Procuradora Kelly Fabiana de Moura Costa: “defender a coisa pública e o dinheiro público, é defender os direitos humanos e a população. É defender o povo pobre”

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16 de junho de 2025

A Procuradora Kelly Fabiana de Moura Costa, 48 anos, natural de Taubaté (SP),  já tem uma trajetória na PGE-SP. Em 2008, trabalhava como Executiva Pública na então Secretaria Estadual do Empregos e Relações do Trabalho, quando teve contato com o trabalho dos Procuradores do Estado.

“Eu admirava muitíssimo os Procuradores que lá estavam. Eles atuavam de forma muito bonita, muito gentil e com apurada técnica jurídica, buscando uma ótima prestação de serviço público. Trabalhávamos com implementação de políticas públicas importantes e eu sempre interagia com os Procuradores. A partir daí, passei a sonhar com esse cargo”, conta.

O apreço era tanto que Kelly pediu sua transferência para a PGE-SP e conseguiu a permuta. O sonho de estar na Procuradoria foi alcançado, mas não seria o suficiente. Em 2013 e 2018, prestou concurso para Procuradora do Estado, mas não conseguiu ingressar na carreira.

Mas ela não pensou em desistir. Em 2025, a nova tentativa deu resultado e a reserva para cotas foram essenciais para que pudesse passar para a segunda fase do certame.

“Gostaria de enfatizar a importância da implementação das cotas para negros e também das cotas PCD nesse 23º Concurso para Procurador do Estado. Foi um ato corajoso e essencial para que eu fosse aprovada. Eu sou proveniente de escola pública (1º e 2º graus) e o 3º grau eu fiz em Universidade particular. Trabalhei, até então, 17 anos como servidora pública-meio e o meu ingresso na Procuradoria se deu através das cotas para pessoas negras”, salienta.

A Procuradora entende ter sido uma implementação tardia, uma vez que a lei de cotas já tem 10 anos de vigência. “No entanto, foi uma iniciativa muito valente, porque é uma importante política pública para uma justa reparação”, completa.

Com relação à sua escolha pela Procuradoria, Kelly  aponta a importante função da Instituição na defesa do Estado. “Defender a coisa pública e o dinheiro público, é defender os direitos humanos e a população. É defender o povo pobre. Eu visualizo isso dentro da Procuradoria. Cada economia que o Procurador consegue na sua atuação, ele está atuando no microcosmos, mas isso reverbera no macro; ou seja, para o bem coletivo e da população”.

Para finalizar, a nova colega destaca que “as suas expectativas são desempenhar a função de forma coerente, coesa e fazer um bom trabalho. Contribuir para que o Estado cumpra sua função social e constitucional. Eu quero fazer parte disso e dar conta do recado”.