Marquesa de Santos: personagem da Independência do Brasil foi tema da visita monitorada! Veja as imagens!

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Em 14/02, a visita monitorada promovida pela Apesp ocorreu no Solar da Marquesa de Santos

Quem passa pelo agitado centro de São Paulo, muitas vezes não consegue observar a história brasileira contada pelos casarões e monumentos presentes em cada esquina da região. Este é o caso do Solar da Marquesa de Santos (situado na atual rua Roberto Simonsen, nº 136 A – antiga rua do Carmo, nº 3). Entre 1834 e 1867, viveu no endereço (\”raro exemplar de residência urbana do século XVIII\”) Maria Domitila de Castro Canto e Melo – a Marquesa de Santos -, uma figura ímpar no período da Independência do Brasil.

À frente do seu tempo e transgressora dos costumes que a sociedade da época reservava às mulheres, a Marquesa de Santos iniciou, em agosto de 1822, um relacionamento com o então príncipe Dom Pedro I. Faltava apenas um mês para o famoso Grito do Ipiranga, que marcou o início do processo que separou definitivamente o Brasil de Portugal. Já como Imperador do Brasil e ainda casado com a imperatriz Leopoldina (que veio a falecer em 1826), D. Pedro concedeu vários títulos de nobreza para Maria Domitila e seus familiares (leia mais abaixo).

Foi neste rico cenário arquitetônico e histórico, que a Apesp promoveu em 14/02 uma visita monitorada.

Após o passeio, foi servido um lanche aos participantes na sede da Apesp.

Em breve, publicaremos um álbum de fotos do passeio!

Saiba mais sobre o Solar da Marquesa!

\”Não há dados precisos sobre a data de construção desse imóvel. Em 1802, foi dado como pagamento de dívidas ao Brigadeiro José Joaquim Pinto de Morais Leme, primeiro proprietário documentalmente comprovado. Contudo, documentos do século XVIII indicam a existência de quatro casas na Rua do Carmo entre 1739 e 1754. A junção de duas dessas casas de taipa de pilão teria originado o Solar, conforme registros fotográficos do século XIX, além de prospecções arqueológicas e análises arquitetônicas realizadas pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH).
A Marquesa de Santos, Maria Domitila de Castro Canto e Melo, foi a proprietária entre 1834 e 1867, adquirindo o imóvel da herdeira do Brigadeiro Leme. A partir de então, tornaram-se famosas as festas ali realizadas, e o imóvel passou a ser conhecido como Palacete do Carmo, uma das residências mais aristocráticas de São Paulo. Com sua morte, a propriedade da casa passou para seu filho, o Comendador Felício Pinto de Mendonça e Castro.No ano de 1880, é colocada em hasta pública e arrematada pela Mitra Diocesana, que aí instalou o Palácio Episcopal, introduzindo modificações no local, como a construção de uma capela e de uma cripta sob o altar-mor. É desse momento, provavelmente, a inclusão de características neoclássicas em sua fachada principal. (…) O pavimento superior conserva até hoje paredes de taipa de pilão e pau-a-pique do século XVIII e mantém as características ambientais das intervenções do século XIX, como forros apainelados, pinturas murais e artísticas e pisos assoalhados, entre outras. Trechos de diversas paredes foram deixados aparentes, com o intuito de informar sobre as antigas e as novas técnicas construtivas encontradas no Solar, como a taipa de pilão, o pau-a-pique, a taipa francesa e a alvenaria de tijolos. Quanto ao tratamento dado à fachada, optou-se por conservar sua feição neoclássica, já incorporada à paisagem do centro\”. (fonte: http://www.museudacidade.sp.gov.br/solardamarquesadesantos.php)

Saiba mais sobre a Marquesa de Santos!

\”Domitila de Castro Canto e Melo nasceu em São Paulo no dia 27 de dezembro de 1797, filha de Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas e do português João de Castro Canto e Melo, que ocupava a função de ajudante militar, na ocasião de seu nascimento. Aos 16 anos de idade, casou-se com o alferes mineiro Felício Pinto Coelho de Mendonça (1798-1833), oficial pertencente ao Corpo dos Dragões de Vila Rica, cidade para a qual mudaram-se após o casamento e onde nasceram seus dois filhos. Em 1819, após ser agredida pelo marido, voltou para a casa dos pais grávida de João, falecido poucos meses depois. Em agosto de 1822 conheceu D. Pedro (1798-1834) e, em seguida, foi viver na Corte. Em virtude desse romance, foi agraciada com títulos de nobreza: Baronesa, em 1824; Viscondessa, em 1825 e Marquesa de Santos, em 1826. Bem como seu pai com o título de visconde em 1827 e seus irmãos se tornaram gentis-homens da Imperial Câmara. Teve cinco filhos com D. Pedro I, dos quais apenas duas filhas sobreviveram, no entanto, ambas ilegítimas e reconhecidas pelo pai posteriormente (…) Em 1834 adquiriu o Solar por onze contos e quatrocentos mil réis, o qual passou por reforma durante dois anos. Nessa época, conforme consta em seu testamento, fez um contrato de segundas núpcias com o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)\” (fonte: http://www.museudacidade.sp.gov.br/solardamarquesadesantos.php)