A Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (APESP) vem a público manifestar seu repúdio ao crime de feminicídio, além de sua consternação com o aumento do número de casos desse crime bárbaro no Brasil durante a pandemia, com seu aparente recrudescimento no final do ano, durante as festas de Natal.
O horror não escolhe vítima, cor ou classe social: seja em face do brutal assassinato da magistrada do Rio de Janeiro, na frente das filhas, seja em casos semelhantes ocorridos simultaneamente em Leme (SP), Curitiba, Santa Catarina e Fortaleza, é desanimador concluir que nossa sociedade evoluiu quase nada.
Uma das raízes da violência doméstica está no machismo, no sentimento de posse e na falsa crença de superioridade do homem sobre a mulher.
Com o intuito de combater esses atos de covardia, a APESP aderiu, desde meados de agosto de 2020, ao movimento “Sinal Vermelho contra a violência doméstica”, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e abraçada por membros da Magistratura, Ministério Público, Defensoria, Polícias Civil e Militar, das farmácias e de todas as entidades que pretendem combater a ocorrência desse crime bárbaro.
Lamentamos que atos como esse se repitam, manifestamos nossa solidariedade com os familiares e amigos das vítimas e conclamamos todos os colegas que busquem rechaçar fortemente esse tipo de mentalidade, que tanta dor traz a qualquer sociedade minimamente civilizada.
DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO