Sucesso absoluto: 300 procuradores prestigiam audiência pública e dizem NÃO ao PLC 25!

\”Há algo de podre no reino da Dinamarca\” – artigo da presidente Márcia Semer no Migalhas!
13 de setembro de 2013
Lançamento de livros de associados. Venha prestigiar!
18 de setembro de 2013

Em concorrida audiência pública promovida pela CCJ da Alesp, 300 procuradores lotaram o auditório Paulo Kobayashi para dizer NÃO ao projeto que reformula a lei orgânica da PGE. O evento ocorreu após intensa mobilização da Apesp, Sindiproesp e conselheiros eleitos nos gabinetes dos deputados estaduais e nas sessões da CCJ: “Na reunião da Comissão de 4/09, o relatório do deputado Cauê Macris seria votado, mas por nossa interferência junto aos deputados um pedido de vista conjunta foi pedido. Em 10/09, também mercê do intenso trabalho empreendido na Alesp, falei ao Colégio de Líderes, em sessão bastante concorrida. Posteriormente, na sessão de 11/09 conseguimos o agendamento dessa audiência pública”, detalha Márcia Semer, presidente da Apesp. 

Diante da mobilização da carreira e sensibilizados com a manifestação contundente dos procuradores contra o projeto, os deputados integrantes da CCJR da Casa presentes à audiência pública  comprometeram-se com a carreira e contra o PLC. Os deputados lamentaram a ausência do procurador-geral Elival da Silva Ramos, que enviou como representante a procuradora-chefe do Centro de Estudos, Mariângela Sarrubbo. O deputado José Bittencourt (PSD) externou a sua irresignação pela ausência do dr. Elival: “não se admite tratarmos de um PLC dessa magnitude e não estar presente o interessado direto”. O deputado Fernando Capez (PSDB) fez coro às palavras do deputado Bittencourt, salientando não lembrar até o momento de nenhuma participação do dr. Elival na Assembleia com o intuito de esclarecer pontos polêmicos ou motivação de um PLC que irá organizar a carreira de procurador do Estado e é tão repudiado por todos. O deputado Antônio Mentor (PT) afirmou que nutria a esperança de que o procurador geral estivesse presente, ponderando que tal ausência justifica ainda mais a necessidade da realização de outras audiências públicas que devem contar com a participação do dr. Elival.

O presidente da OAB SP, Marcos da Costa, entregou à presidente da CCJR, a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), um documento elaborado pela “Comissão Especial para analisar a Reforma da Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado – OAB SP”, que foi presidida por Jorge Eluf Neto, procurador do estado, diretor da CAASP e ex-presidente da Comissão do Advogado Público (também presente à audiência pública) com propostas ao texto de reformulação da LOPGE. A OAB SP defende que suas propostas sejam incorporadas ao texto do relator para fortalecer o exercício profissional da advocacia pública, que serve ao Estado e ao interesse público. Dentre os pontos destacados pelo dr. Marcos da Costa, estão: requisitos para a escolha do PGE e do Corregedor-geral; revisão da hipótese de dispensa de licitação; percepção dos honorários de sucumbência para os advogados prevista na LOPGE; independência e inamovibilidade dos procuradores; espectro muito amplo para as punições no campo disciplinar etc.

O presidente da Anape, Marcello Terto, destacou que a mobilização da carreira na audiência pública mostra a indignação contra um PLC que não tramitou da forma devida: “Faltou luz e clareza. Faltou compreensão em relação ao papel e à identidade do advogado público. Não podemos deixar passar projetos que não ouçam a carreira em relevantes pontos de interesse institucional”. Para Terto, os interesses da PGE estão intrinsicamente relacionados ao interesse do estado de São Paulo: “um projeto de lei orgânica não pode representar o que está na cabeça de apenas uma pessoa (…) Não existe atividade advocatícia sem independência. Os advogados públicos têm que defender o interesse púbico de acordo com o que está previsto na lei e não na cabeça de quem está no Governo. Que independência é essa com a possibilidade remoções imotivadas”. Por fim, consignou que o atual estágio da Advocacia Pública, em que 800 advogados públicos de todas as esferas lotaram auditório no Senado Federal para defender a autonomia (PEC 82), não permite esse tipo de projeto: “o PLC 25 deve ser retirado da Alesp para uma maior depuração”. Nesse momento, a presidente da CCJ Maria Lúcia Amary lembrou que a  deliberação pela realização da CCJ foi unânime,  pois os deputados acharam que precisavam de mais elementos para apreciar a propositura.   

A procuradora-chefe do Centro de Estudos Mariângela Sarrubbo, representando o procurador geral Elival da Silva Ramos, destacou que a realização de uma audiência pública é a oportunidade de se debater o PLC 25. Segundo a dra. Mariângela, a partir do momento em que o Governador enviou a proposta para a Alesp, a discussão saiu da esfera do Executivo e ingressou no foro adequado que é a Assembleia Legislativa. Consignou que a proposta tem como objetivo principal organizar a Instituição de acordo com a atual estrutura, pois a atual LOPGE é anterior à Constituição do Estado de São Paulo. Para a chefe do Centro de Estudos, os colegas estão sendo levados a conclusões que não são muito próprias. Como exemplo, mencionou que o PLC 25 não prevê a dispensa da manifestação dos colegas em licitações. O que há é a dispensa do parecer em casos em que exista uma minuta padrão já anteriormente aprovada. Por fim, afirmou que iria observar as questões debatidas para dar subsídios aos deputados e se colocar à disposição da Casa para esclarecimentos técnicos necessários.

A presidente da Apesp Márcia Semer expressou a sua satisfação de ver o plenário Paulo Kobayashi lotado: “tenho certeza que os deputados aqui hoje presentes saem convencidos de que a voz que temos trazido a essa Casa nos últimos anos são manifestações concretas. São manifestações que não representam apenas a minha pessoa, os diretores da Apesp, do Sindiproesp ou os conselheiros eleitos dentro da nossa PGE. Mas sim representam o sentimento generalizado da carreira com relação a essa proposta de Lei Orgânica”. Semer cumprimentou a dra. Mariângela por entender que ela estava em uma posição bastante sacrificada, reconhecendo a sua coragem. “Quero iniciar a minha fala citando uma frase de Hamlet na peça hom&am