A Ordem dos
Advogados do Brasil, seção São Paulo, lançou em 26 de
abril, as cartilhas Advocacia Pública: uma
instituição que pertence ao povo e Advocacia Pública:
uma função essencial a ser conhecida.
O evento lotou o
auditório do Salão dos Pratos do Palácio dos
Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Elaboradas
pela Comissão do Advogado Público da OAB-SP e com
tiragem inicial de 500 mil exemplares (250 mil cada), as
cartilhas, publicadas com o patrocínio da Editora Gente,
destinam-se a consolidar as informações existentes sobre
as atividades dos advogados públicos.
A presidente da
Comissão do Advogado Público, a procuradora do Estado
Anna Carla Agazzi, explica que uma das cartilhas, com
linguagem mais técnica, tem como público-alvo a classe
jurídica, especialmente os acadêmicos e jovens
profissionais (Advocacia Pública: uma função
essencial a ser conhecida). A outra, com textos mais
acessíveis e ilustrada, destina-se à população em
geral (Advocacia Pública: uma instituição que
pertence ao povo). "Existe ainda muita confusão
em relação ao trabalho do advogado público, entendido
freqüentemente como advogado dos governantes –
prefeitos, governadores e presidentes da República.
Porém, trata-se de uma visão deturpada e distante da
realidade. O advogado público defende o interesse e o
patrimônio públicos, a sociedade, e atua com base na
Constituição Federal e nas leis gerais", explica a
presidente da Comissão.
Com 20 páginas, a
cartilha destinada à classe jurídica pretende esclarecer
questionamentos básicos: o que é Advocacia Pública;
como está organizada; quem são os advogados públicos; o
que os diferencia de outras carreiras públicas; quais as
garantias dos advogados públicos e suas
responsabilidades. A publicação destinada ao público em
geral também tem 20 páginas e explica a atuação dos
advogados públicos na defesa do patrimônio público;
relaciona as diversas carreiras da advocacia pública e as
suas garantias; demonstra a economia que essas carreiras
representam ao erário público. Ambas trazem lista de
endereços de órgãos da Advocacia Pública e de
entidades de classe. "É uma aula de cidadania. Este
trabalho inaugura oficialmente as atividades da Comissão
no tocante à divulgação da Advocacia Pública e
materializa o compromisso da atual gestão da OAB com o
fortalecimento da Advocacia Pública", comemora Anna
Carla Agazzi.
Para o presidente
da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, esse material
leva ao conhecimento geral o perfil de um segmento da
advocacia que, pela relevância de suas atribuições,
mereceu inserção dentre as funções essenciais à
Justiça, arroladas no Capítulo IV do Título III da
Constituição Federal de 1988, que dedica-se ao
regramento da Advocacia Pública, não apenas definindo o
caráter institucional da Advocacia-Geral da União, mas
também estabelecendo padrões semelhantes para os estados
e para o Distrito Federal. "No entanto, as
instituições da Advocacia Pública permanecem pouco
familiares aos cidadãos. As cartilhas vêm preencher esse
vazio com informações valiosas, para o público e aos
profissionais da área jurídica", analisa D’Urso.
Produção
– As cartilhas começaram a ser elaboradas há cerca de
um ano. Um dos principais colaboradores foi o procurador
Carlos José Teixeira de Toledo. "De início tentamos
fazer uma só cartilha. Porém, nos debates na Comissão,
ficou claro que seria mais eficiente desdobrá-la em duas:
uma, mais simples e didática, voltada para a população
em geral – essa coube a mim desenvolver, simplificando a
proposta original e dotando-a de elementos gráficos.
Outra cartilha, com mais informações e maior precisão
técnica, voltada aos profissionais do Direito,
acadêmicos, ONGs e formadores de opinião coube ao colega
Alexandre Filardi". Toledo conta que a intenção é
divulgar esse material mais elaborado inclusive para a
classe jornalística, de maneira a tentar evitar as
freqüentes confusões que ocorrem nos meios de
comunicação. "Essas cartilhas foram intensamente
debatidas na Comissão do Advogado Público e passaram
também pelas mãos dos renomados juristas do Conselho
Assessor da Comissão." Depois dessa fase, vieram as
dificuldades para concretizar a publicação:
supervisionar a editoração e obter o patrocínio.
"Graças ao apoio da Presidência da OAB e o
patrocínio da Editora Gente conseguimos publicar o
material e alcançar a tiragem de 250 mil exemplares de
cada cartilha", comemora Toledo. Ele destaca, ainda,
a satisfação de ver reunidas, apoiando a idéia,
diversas entidades que representam os advogados públicos
em São Paulo: a OAB, a Apesp, o SindiproesP, o Ibape.
"Foi muito gratificante ver concretizado o resultado
desse trabalho e acho que ele atendeu a uma enorme
ansiedade dos advogados públicos de serem conhecidos e
reconhecidos pela sociedade", completa o procurador.
|
|
Cartilhas
sobre a Advocacia Pública foram lançadas em abril,
no Salão dos Pratos do Palácio dos Bandeirantes |
A distribuição
das cartilhas já começou. Serão entregues 100 mil
exemplares em 400 escolas estaduais e também no curso de
Promotoras Legais Populares, organizado pelo Ibape. A meta
da Comissão do Advogado Público é divulgá-las por todo
o interior, em lançamentos que envolverão direta ou
indiretamente as 216 subsecções da OAB no Estado.
Além disso, todos
os advogados receberão as cartilhas via mala-direta da
OAB. Colegas interessados em distribuí-las devem entrar
em contato com a Comissão da OAB pelo endereço
eletrônico advogado.publico@oabsp.org.br