12/11/2018

Governo propõe a Bolsonaro novo socorro a Estados em troca de reforma

Pouco mais de dois anos após a renegociação da dívida dos Estados com a União, um novo socorro aos governos estaduais já é considerado inevitável pela atual equipe econômica. Pelo menos sete governadores já informaram à União que vão extrapolar o limite de gastos estabelecido pelo governo federal como exigência para aderir ao programa de refinanciamento. A estratégia que será sugerida pela equipe de Michel Temer ao presidente eleito é conceder um novo resgate em troca de apoio à reforma da Previdência.

A equipe de Jair Bolsonaro já foi alertada de que a crise financeira dos Estados – agravada pelo rápido avanço dos gastos com salários e aposentadorias – será um dos primeiros e maiores desafios do novo governo.

No ano passado, os gastos com aposentadorias e pensões nos Estados atingiu a marca de R$ 162,9 bilhões. O déficit ficou em R$ 106 bilhões, segundo levantamento do economista Paulo Tafner, autor de uma das propostas de reforma previdenciária entregue a Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

O quadro é mais grave que na União, que já ajustou algumas regras no passado e acabou com a possibilidade de servidores que ingressaram após 2013 se aposentarem com benefício acima do teto do INSS. Na maioria dos Estados, isso ainda é permitido para todos os servidores.

Um relatório do Tesouro Nacional divulgado na semana passada mostra que, em 2017, 16 Estados e o Distrito Federal destinaram mais de 60% da receita para pagar servidores, o que não é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao comprometer a maior parte da receita com pessoal, sobra cada vez menos para manter o funcionamento de serviços básicos que estão sob a responsabilidade dos Estados, como segurança e educação.

Alguns governadores já estão procurando o governo federal desde agora para tentar algum tipo de renegociação, sobretudo porque a perspectiva é de agravamento da crise financeira em 2019. A avaliação na equipe econômica, porém, é que a União não tem nenhuma obrigação de dar algum alívio antes da aprovação da Previdência, que não só ajudará a equilibrar as contas federais, mas também dará instrumentos aos novos governadores para fazer o ajuste fiscal ao alterar as regras de aposentadoria no setor público.

Para dar um alívio imediato aos Estados, a equipe de transição está sendo aconselhada a apoiar um projeto que cria uma contribuição previdenciária complementar para servidores públicos federais. O limite hoje é de 14% – que é a referência para os Estados –, e poderia chegar, nesse caso, a 22%. Bolsonaro disse na sexta-feira, porém, que elevar a alíquota a 22% seria “um absurdo” e que deve aproveitar pouca coisa da proposta.

 

Fonte: Estado de S. Paulo, de 11/11/2018

 

 

CNJ deve confirmar a determinação de reajuste do salário de juízes estaduais

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) deve confirmar a determinação de que todos os juízes estaduais do Brasil tenham seus salários reajustados automaticamente depois de aumento dado aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

NO LOCAL

A Constituição prevê que a correção dos valores da remuneração dos magistrados estaduais só passe a valer depois de ser autorizada por leis locais. O CNJ, no entanto, derrubou a exigência em 2015.

ATALHO

Por meio de uma liminar, o conselho apoiou pleito da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) para que os reajustes fossem automáticos. A agremiação argumentava que os governos e assembleias locais muitas vezes não autorizavam os aumentos.

ATALHO 2

Depois da liminar, a proposta entrou em discussão mais de 40 vezes no plenário do CNJ —mas o julgamento nunca foi concluído. Um novo pedido para que o processo entre em pauta foi feito no dia 1º de outubro.

MAIORIA

Do total de 15 integrantes do CNJ, oito já votaram a favor do aumento automático.

DIRETO

A questão voltou à tona depois que o Senado autorizou, na quarta (7), um aumento de mais de 16% para os ministros do STF –que deve ser estendido a todos os juízes do país.


Fonte: Folha de S. Paulo, Coluna da Mônica Bergamo, de 10/11/2018

 

Economia com fim do auxílio-moradia será insuficiente para compensar aumento de juízes

Vai faltar A economia possível com o fim do auxílio-moradia de juízes e procuradores, que ainda depende do julgamento de ações que estão no Supremo Tribunal Federal, será insuficiente para cobrir os custos do aumento dos salários no Judiciário, aprovado pelo Congresso nesta quarta (7).

Ponta do lápis A proposta de Orçamento encaminhada pelo governo reserva R$ 448 milhões para o pagamento do benefício a funcionários dos tribunais e do Ministério Público Federal em 2019, menos da metade do impacto que o aumento aprovado nesta semana terá nas contas do governo.

Veja bem Representantes de juízes e procuradores pedirão audiência ao ministro Luiz Fux, relator das ações que estão no Supremo, para tentar convencê-lo de que o auxílio-moradia não pode ser extinto. Decisões de Fux estenderam o benefício a magistrados de todo o país há quatro anos.


Fonte: Folha de S. Paulo, seção Painel, de 10/11/2018


 

DECRETO Nº 63.788, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2018

Altera a redação do dispositivo que especifica do Decreto nº 8.140, de 5 de julho de 1976, que organiza o Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado

Clique aqui para o anexo


Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção Decretos, de 10/11/2018

 

 

Comunicado do Conselho da PGE

EXTRATO DA ATA DA 44ª SESSÃO ORDINÁRIA - BIÊNIO
2017/2018
DATA DA REALIZAÇÃO: 09-11-2018
Clique aquipara o anexo


Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção Decretos, de 10/11/2018

 

 

Prorrogação de prazo para manifestação em consulta pública

O Procurador Geral do Estado Adjunto, respondendo pelo expediente da Procuradoria Geral do Estado, informa que fica prorrogado até o dia 23/11/2018 o prazo para apresentação de contribuições à minuta de decreto que regulamenta o uso da arbitragem pelo Estado de São Paulo. As manifestações deverão ser encaminhadas ao seguinte endereço eletrônico: pgearbitragem@sp.gov.br.


Fonte: site da PGE-SP, de 11/11/2018

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