10/6/2019

Justiça cassa liminar que impedia alterações feitas por Doria no Condephaat

A Justiça de São Paulo cassou nesta sexta (7) liminar que suspendia os efeitos de decreto do governador João Doria (PSDB) que altera a composição do Condephaat, órgão estadual de preservação do patrimônio.

A liminar respondia a ação civil pública, iniciada pelo Ministério Público de São Paulo, que requer a nulidade do decreto e manutenção da composição anterior, até que uma lei venha estabelecer nova regulamentação.

Na decisão desta sexta, o desembargador Antonio Carlos Malheiros voltou atrás de posição que ele próprio havia expressado anteriormente. Em 28 de maio, após recurso do estado, ele havia optado por manter a suspensão do decreto.

De caráter monocrático, porém, a decisão não é final. A ação, que corre na segunda instância do Tribunal de Justiça de São Paulo, ainda será julgada por um colegiado de três desembargadores —Malheiros e mais dois.

O Condephaat foi criado há 50 anos por uma lei, e o entendimento da Promotoria era que sua alteração por decreto era inconstitucional.

Ainda segundo a Promotoria, a paridade do conselho ficou prejudicada, pendendo a favor do governo na nova composição, que reduziu o corpo total de 30 para 24 conselheiros.

Na alteração promovida por Doria, a participação dos representantes de universidades paulistas, principal corpo técnico do conselho, caiu de 14 para 5 assentos —4 professores e 1 representante do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

O estado defendeu em seu recurso, datado de 24 de maio, a constitucionalidade do decreto. Entre outros aspectos, a defesa feita pela Procuradoria-Geral do estado recordava que todas alterações anteriores do Condephaat se deram por decretos do Executivo como o assinado por Doria em abril.

O recurso do estado dizia ainda que a nova composição busca tornar o órgão mais dinâmico e argumenta que "houve um expressivo índice de ausências dos titulares das cadeiras destinadas às universidades".

Por fim, o estado pedia a suspensão da liminar explicando que a paralisação das atividades do conselho, prejudicando a proteção do patrimônio no estado.

A última reunião do órgão, que delibera sobre questões como tombamentos, reformas em bens tombados e delimitação de áreas de proteção, ocorreu em 25 de fevereiro. Entre temas que podem vir a exigir a atenção do Condephaat, estão a ampliação do Masp e a modificação do tombamento da praça Vilaboim, em Higienópolis (região central de São Paulo).


Fonte: Folha de S. Paulo, de 7/6/2019

 

 

PGE obtém importante vitória para viabilizar a implantação do PRA no Estado

A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) obteve a confirmação da Lei Estadual que regulamenta o Programa de Regularização Ambiental (PRA), quarta-feira (5), durante o julgamento no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, no Centro da capital.

Para Julia Cara Giovannetti, procuradora do Contencioso Ambiental e Imobiliário (PCAI) e responsável pela defesa judicial do Estado de São Paulo na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2100850-72.2016.8.26.0000, esta conquista permitirá a implementação do Programa de Regularização Ambiental no Estado de São Paulo. "Isso fortalece o Sistema Ambiental Paulista e a promoção de política pública orientada pelo princípio constitucional do desenvolvimento sustentável, permitindo a regularização ambiental das 352.507 mil unidades produtivas cadastradas no Estado ", diz a procuradora.

Em 2015, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sancionou o Projeto de Leique regulamentava o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Porém, a Lei Estadual 15.684/2014 foi suspensa por uma liminar, mesmo após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de quatro ações diretas de inconstitucionalidade através das quais a Suprema Corte entendeu pela constitucionalidade de 32 dos 41 artigos questionados, viabilizando os benefícios e proteção oferecido pelo Código Florestal Federal ao meio ambiente e canalizando políticas relevantes à agricultura.

Segundo a Lei Federal nº 12.651/2012, do novo Código Florestal, as propriedades agrícolas são obrigadas a seguir a legislação e os critérios estabelecidos com intuito de aperfeiçoar a produção e intensificar a responsabilidade sustentável do local. Embora isso esteja previsto, nem todos os Estados conseguem implantar o programa devido aos problemas burocráticos ou jurídicos, como o caso de São Paulo, o que ocasiona a ausência da expansão do processo de normalização da produção sustentável, prejudicando o agricultor em diversos pontos.

O procurador Daniel Smolentzov, chefe da Consultoria Jurídica da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, afirma que o resultado deste julgamento será uma nova etapa ao setor produtivo, com mais controle e meios para atender tanto a agricultura quanto a questão ambiental. "Trata-se de uma importante vitória ao meio ambiente e ao agronegócio paulista, pois a decisão traz uma segurança jurídica e econômica aos agricultores e às suas propriedades", diz o procurador.

Importância do PRA

O Programa de Regularização Ambiental (PRA) é um processo que determina diretrizes de conservação ambiental para áreas agrícolas, e junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e aos Termos de Compromisso, formam os pilares do Código Florestal. Esta iniciativa possui inúmeros benefícios, como: facilita a instituição de novas reservas legais, intensifica a produção hídrica, analisa os compromissos firmados, garantem a preservação contra contaminações ambientais e declina cobranças e multas indevidas.

"Com a decisão judicial, o Estado de São Paulo está pronto para lançar o seu Programa de Regularização Ambiental (PRA), visto que estamos com mais de 98% das propriedades rurais cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e agora com a segurança jurídica necessária ao sucesso do programa", conclui Smolentzov.

 

Fonte: site da PGE-SP, de 7/6/2019

 

 

Corporações e servidores redigiram emendas de deputados na Previdência

Ao menos dez deputados apresentaram emendas à reforma da Previdência que, na verdade, foram elaboradas por associações de servidores ou entidades de classe. A maior parte das propostas tenta preservar benefícios ou incluir categorias em regimes especiais de aposentadoria.

Parlamentares protocolaram textos redigidos por representantes do Ministério Público, de policiais militares, da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e de auditores da Receita.

Embora os documentos sejam assinados formalmente por deputados, os arquivos eletrônicos têm rastros dos computadores em que foram originalmente criados.

Não há qualquer proibição a essa prática. Assessores dessas entidades relatam que costumam entregar projetos e emendas como sugestões aos parlamentares. Em alguns casos, eles acatam a proposta e assumem sua autoria.

As emendas das associações para alterar a reforma refletem a mobilização de servidores para evitar prejuízos com a reforma de Jair Bolsonaro.

Os grupos procuraram deputados alinhados a suas agendas. A frente parlamentar da segurança pública apadrinhou duas emendas que foram escritas pela Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais.

O coronel da Polícia Militar paulista Elias Miler da Silva aparece como autor de dois arquivos protocolados por integrantes da bancada da bala, liderada pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP). Miler é diretor de assuntos legislativos da associação.

Uma das propostas flexibiliza o teto de remuneração de servidores dos estados. A outra altera a reforma para garantir a simetria dos regimes de aposentadoria e dos mecanismos de transição para militares federais e estaduais.

“Isso é legal, legítimo e moral. Na democracia, as entidades associativas são grupos de pressão e dão subsídios aos parlamentares que elas ajudaram a eleger”, diz Miler.

Capitão Augusto defende as emendas da federação e afirma que é justo encampar sugestões feitas pelas associações. “O Brasil é uma democracia representativa. É natural que elas busquem ser representadas pelo Congresso.”

A Folha analisou os arquivos eletrônicos das 277 emendas apresentadas à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma. Na maior parte dos documentos, o campo de identificação do autor estava em branco ou continha o nome de consultores da Câmara.

Em dois arquivos, aparece um dirigente da APMP (Associação Paulista do Ministério Público). Os documentos, quase idênticos, foram protocolados pelos deputados Bilac Pinto (DEM-MG) e Junior Lourenço (PL-MA).

O objetivo é rever a proposta do governo que limita o valor das pensões por morte. O texto também pretende alterar as regras apresentadas pelo governo para o acúmulo de pensões e aposentadorias.

O promotor Paulo Penteado Teixeira Junior, presidente da APMP, afirma que a associação não é contrária à reforma, mas aponta que há itens com um “efeito confiscatório evidente”, uma vez que os servidores contribuem com a Previdência ao longo da carreira.

“As entidades têm que levar, sim, suas propostas. Elas são até uma antítese ao poder econômico”, diz Teixeira.

O sindicato dos auditores da Receita também emplacou uma emenda. O documento, apresentado por um deputado do PSB, tem o registro digital de um advogado que representa a entidade.

A proposta sugere uma redução gradual da contribuição descontada das aposentadorias de servidores inativos. Aos 75 anos, o aposentado ficaria isento dessa cobrança.

O texto diz que funcionários públicos são penalizados para custear um “déficit previdenciário inexistente”. O governo, porém, projeta um buraco de R$ 292 bilhões em 2019.

Outra emenda, entregue pelo deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), aparece com o nome de um servidor da Abin e cria regras especiais para a aposentadoria de agentes do órgão. No texto do governo, a Abin não tem regime especial.

Os deputados puderam apresentar emendas entre 30 de abril e 30 de maio. Cada uma precisava da assinatura de 171 parlamentares para serem aceitas —49 foram rejeitadas por falta de apoio.

O relator da PEC da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), deve divulgar seu texto nesta semana na comissão especial. Ele deve rejeitar a maior parte das sugestões feitas por seus colegas.

Entre as emendas analisadas, o nome de uma supervisora da Confederação Nacional dos Municípios aparece quatro vezes. Uma delas propõe a distribuição da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) a governos estaduais e prefeituras.

“Muitos parlamentares nos procuram porque temos técnicos em todas as áreas, levantamentos e estudos. Nossa atuação é coletiva, visando o bem da população brasileira”, diz o presidente da confederação, Glademir Aroldi.

Ele afirma que debateu a reforma com muitos parlamentares, mas ressalta que a iniciativa foi exclusivamente do deputado Júlio Cesar (PSD-PI). A reportagem não conseguiu contato com sua equipe.

Também foi registrada na Câmara proposta para evitar a proibição de anistias e parcelamentos de dívidas previdenciárias. O autor do arquivo é o diretor jurídico de uma associação de agricultores e pecuaristas.

O documento foi entregue pelo deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Ele diz, porém, que não recolheu assinaturas para validar a emenda e que é favorável à aprovação da reforma sem essa modificação.


Fonte: Folha de S. Paulo, de 10/6/2019

 

Relator da reforma pode criar nova regra de transição

O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), indicou a líderes da Câmara neste domingo, 9, que poderá fazer mudanças no texto para angariar maior apoio à proposta. Dois pontos, porém, ainda precisam ser alvo de debate devido ao grande impacto na economia esperada com a reforma: as novas regras do abono salarial e o desenho definitivo da transição para servidores públicos e para trabalhadores da iniciativa privada, vinculados ao INSS.

Ele também poderá incluir mais uma regra de transição, além das três sugeridas, para quem está próximo de se aposentar. O deputado decidiu adiar a apresentação do seu parecer para a próxima quinta-feira, 13, após discutir o tema com governadores na terça, e novamente com líderes partidários na quarta.

Moreira se reuniu na noite deste domingo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e com líderes de nove partidos na residência oficial da Câmara. No encontro, ele apresentou os termos do seu relatório para começar a construir uma maioria que viabilize a votação na comissão especial que analisa a reforma até 15 de junho.

Os líderes dp PSL, delegado Waldir (GO), e do Novo, Marcel Van Hattem (RS), os dois partidos que integram a base do governo na Câmara, não compareceram ao encontro. Segundo Maia, há a garantia de que os integrantes das duas siglas apoiarão a reforma.

Segundo relatos de pessoas presentes à reunião, Moreira acenou com a possibilidade de abarcar mais trabalhadores do INSS na regra de transição que exige apenas o cumprimento de um “pedágio” de 50% sobre o tempo que falta hoje para a aposentadoria. Essa opção hoje é prevista apenas para quem está a dois anos de pedir o benefício e ainda prevê o cálculo do benefício pelo fator previdenciário – que na prática achata o valor da aposentadoria.

O martelo não foi batido sobre essa proposta, porém, porque a área econômica precisa fazer as contas e verificar se essa flexibilização seria possível diante da meta do governo de obter uma reforma robusta. As regras de transição têm um peso determinante para definir a economia a ser obtida com a reforma. A proposta original prevê impacto de R$ 1,2 trilhão em uma década.

Segundo Moreira, a alteração no regime de capitalização precisará ser mais discutida. “Se governadores e deputados quiserem contribuir com uma unidade e acharem que esse ponto trava o apoio de outros deputados para a construção dessa grande maioria, não vejo problema”, disse. O relator afirmou ainda que deverá exigir a contribuição dos empregadores para a capitalização.

Outro ponto que ainda depende de cálculos da área econômica é a definição de quem continuará recebendo abono salarial. Hoje o benefício é concedido a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, e a proposta do governo era restringir a quem recebe um piso. Uma proposta intermediária, entre 1,4 e 1,6 salário mínimo, está em análise pelo relator.

No entanto, o mais provável, segundo lideranças, é que o abono fique restrito à faixa de até 1,4 salário mínimo (R$ 1.397,20), para evitar comprometer demais a economia esperada com a reforma. Essa mudança já reduziria o impacto da medida em R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, como mostrou o Broadcast. Na ideia original, a mudança renderia uma economia de R$ 169,4 bilhões em uma década.

Governadores

O relator afirmou ainda que se reunirá com os governadores na próxima terça-feira para discutir a permanência de Estados e municípios no texto da reforma. A maioria dos mandatários é favorável à manutenção, mas alguns deputados temem que, ao votarem favoravelmente à proposta, podem se desgastar com suas bases eleitorais.

Maia chegou a fazer um apelo aos governadores, principalmente os do Nordeste, para que convençam as suas bases eleitorais a apoiar a aprovação da reforma. “Se o governador é a favor, o deputado mais próximo a ele não pode ser contra”, afirmou. Para o presidente da Casa, não adianta que os governadores defendam a proposta, se eles não conseguirem atrair os votos de suas bancadas.

Segundo Moreira, o adiamento na apresentação do relatório não deve afetar o calendário estabelecido inicialmente para a votação da reforma na comissão especial, e no plenário da Câmara até o recesso de julho.


Fonte: Estado de S. Paulo, de 10/6/2019

 

 

Servidores tentam atenuar transição de reforma da Previdência

A definição de uma regra de transição mais suave para que servidores públicos mais antigos possam se aposentar com um benefício de maior valor tem sido alvo de intenso embate nos bastidores da reforma da Previdência, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

O relator do projeto de reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), tem sido pressionado pelas categorias a amenizar as exigências para que elas consigam se aposentar com o último (e mais alto) salário da carreira. Do outro lado do cabo de guerra estão técnicos do governo que não querem enfraquecer o discurso de combate a privilégios.

A proposta do governo era exigir de servidores que ingressaram até 2003 as idades mínimas finais, de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, para que eles mantenham o direito à aposentadoria com o último salário (integralidade) e reajustes iguais aos da ativa (paridade). Caso não quisessem esperar, esses funcionários poderiam se aposentar antes, mas apenas com a média dos salários – um valor consequentemente menor, mesmo que acima do teto do INSS (R$ 5,8 mil).

Diante da pressão das categorias, cogita-se instituir a cobrança de um pedágio de 100% sobre o tempo que falta hoje para a aposentadoria. Assim, não seria necessário atingir as idades mínimas de 62 e 65 anos.

Prazo

Uma das divergências, porém, está em torno de quem deve ter acesso a essa regra mais suave. Há quem defenda que essa transição mais branda seja aplicável apenas a quem está a dois anos de atingir os requisitos para pedir o benefício.

Seria um mecanismo semelhante a uma das transições disponíveis no INSS: quem está a dois anos da aposentadoria pode cumprir pedágio de 50%, mas fica sujeito ao fator previdenciário (que diminui o valor do benefício, ou seja, acaba sendo o oposto de qualquer regra de integralidade).

Dados do governo mostram que 238 mil servidores ativos do Executivo têm ou ainda terão direito à aposentadoria com integralidade e paridade.

Desses, 129 mil poderão pedir o benefício neste ou no próximo ano (ou seja, se encaixariam nessa transição mais branda).

Outro grupo argumenta, no entanto, que não seria viável juridicamente separar o grupo dos que têm integralidade e paridade.

 

Fonte: Estado de S. Paulo, de 8/6/2019

 

 

Adotado rito abreviado em ADI contra normas do CE que instituem taxa de fiscalização e prestação de serviço público

 

Tramitará sob o rito abreviado no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6145, ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra normas do Estado do Ceará que instituíram taxa de fiscalização e prestação de serviço público incidente sobre o processo administrativo fiscal, no âmbito da Secretaria de Fazenda Estadual. A providência adotada pela ministra Rosa Weber (relatora), prevista no artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs), autoriza o julgamento da ação pelo Plenário do Supremo diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de liminar.

Na ADI, a OAB argumenta que os dispositivos ofendem a garantia do pleno exercício do direito de petição, que, por expressa previsão constitucional, deve ser gratuito, sob pena de violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório. Alega que os valores da taxa estão em descompasso com os princípios da proporcionalidade, do não confisco e da proibição da utilização de taxa para fins meramente fiscais. Ainda segundo a Ordem, a cobrança instituída pelas normas não se amolda à definição de taxa. “A intenção do legislador não era o custeio de atividade estatal específica e divisível, mas apenas a utilização da espécie com fins arrecadatórios, servindo também à finalidade de desestimular a interposição de recursos administrativos”, sustenta.

A OAB requer a declaração de inconstitucionalidade do artigo 33 e do Anexo IV, item 1.9 e subitens, da Lei 15.883/2015 do Estado do Ceará, e dos artigos 38 e 44 e do Anexo V, item 1.9 e subitens, do Decreto 31.859/2015.

Informações

Para a relatora, a matéria tratada na ação tem “relevância e especial significado para a ordem social e a segurança jurídica”. A ministra requisitou informações ao governador e à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a serem prestadas no prazo de dez dias. Em seguida, determinou que se dê vista dos autos, sucessivamente, no prazo de cinco dias, ao advogado-geral da União e à procuradora-geral da República.

 

Fonte: site do STF, de 8/6/2019

 

 

Ministro convoca audiência pública para discutir conflitos federativos sobre questões fiscais dos estados e da União

 

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzirá no dia 25 de junho audiência pública para discutir os conflitos federativos relacionados ao bloqueio, pela União, de recursos dos estados-membros em decorrência da execução de contragarantia em contratos de empréstimos não quitados. A audiência terá início às 9h30, na Sala de Sessões da Primeira Turma do STF. O primeiro expositor, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, falará sobre o panorama fiscal da União e dos estados.

Calamidade

O tema é objeto da Ação Cível Originária (ACO) 3233, da qual o ministro Fux é relator, ajuizada pelo Estado de Minas Gerais, que alega não ter conseguido saldar a parcela anual de um empréstimo contraído com o banco Credit Suisse em razão da penúria fiscal e da calamidade pública decorrente do rompimento de uma barragem da mineradora Vale, no Município de Brumadinho.

Em fevereiro, o ministro concedeu liminar para que a União se abstivesse de bloquear R$ 612,5 milhões das contas do estado e determinou a devolução de eventuais valores já bloqueados. Diversos estados vêm ajuizando ações semelhantes no STF.

Debate interinstitucional

Em 28 de maio, em audiência de conciliação designada pelo relator, a União e Minas Gerais concordaram com a convocação de audiência pública, visando à promoção de um debate interinstitucional entre representantes da União e dos estados, a fim de que sejam prestados esclarecimentos técnicos sobre os conflitos federativos submetidos à jurisdição do STF.

“A temática versada nessa ação, à similaridade de outras mais, reclama apreciação que ultrapassa os limites do estritamente jurídico, seja por sua complexidade, seja pela relevância constitucional e institucional”, afirma o ministro Fux ao convocar a audiência. Na sua avaliação, a matéria demanda abordagem técnica e interdisciplinar, “atenta às nuances das repercussões práticas e econômicas que os conflitos federativos de ordem fiscal e financeira podem acarretar”.

A proposta da realização da audiência pública, segundo o relator, é abordar os diversos temas controvertidos na ACO 3233 e os desdobramentos sobre temas conexos relativos ao federalismo fiscal brasileiro, para que o STF possa ser municiado de informações imprescindíveis para a solução do caso.

Panorama fiscal

O ministro ressalta que as exposições dos representantes da União e dos estados não se destina a colher interpretações jurídicas, mas a esclarecer questões técnicas a respeito dos temas atinentes aos conflitos federativos de ordem financeira e fiscal discutidos nesse e em outros processos. Entre os tópicos relativos ao panorama fiscal da União e dos estados estão as dívidas dos entes federativos, os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) para despesas com pessoal e as operações de crédito e concessões de garantias.

Representantes da União, dos estados ou de entidades com pertinência temática poderão manifestar intenção de participar e de indicar expositores na audiência mediante petições protocoladas nos autos da ACO 3233 até às 19h de 12/6/2019.

 

Fonte: site do STF, de 7/6/2019

 

 

Tribunal de Impostos e Taxas comemora 84 anos com workshop sobre tributação e convalidação

 

O Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) comemora em junho seus 84 anos de história e, com o apoio da Escola de Governo – EGESP, promoverá um workshop com representantes da área tributária no grande auditório da Secretaria da Fazenda e Planejamento. O órgão, responsável pelo contencioso administrativo do Estado de São Paulo, pretende estimular a troca de informações da área com palestras sobre relevantes temas jurídicos que trazem reflexos no contencioso administrativo-tributário.

O evento, marcado para o dia 25/6, é aberto ao público. As inscrições devem ser feitas até o dia 20/6, preenchendo o formulário neste link. As vagas são limitadas e sujeitas à confirmação.

A programação terá início às 8h30, com o credenciamento. A primeira palestra tem por título "A Resolução Conjunta SFP/PGE - 01, de 7-5-2019 e a 'convalidação' de benefícios fiscais da Guerra Fiscal", sendo conduzida por Osvaldo Santos de Carvalho, coordenador adjunto da Administração Tributária (CAT). Na sequência, Fabiane de Souza Araujo Botechia, assistente fiscal técnica chefe da CAT e juíza do TIT, apresentará um balanço e as atualizações do programa de Estímulo à Conformidade Fiscal, o Nos Conformes.

A discussão sobre a Reforma Tributária será mediada por Argos Campos Ribeiro Simões, Juiz do TIT, e Eduardo Perez Salusse, advogado e sócio fundador do escritório Salusse, Marangoni, Parente, Jabur Advogados. Para encerrar o ciclo de palestras, Robson Maia Lins, advogado no escritório Barros Carvalho Advogados Associados e professor de Direito Tributário da PUC/SP, explanará sobre "Criminalização da Inadimplência Tributária".

Sobre o TIT

Em 84 anos, o Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) se consolidou como o segundo maior e mais importante órgão de contencioso administrativo tributário do Brasil. O investimento contínuo na modernização, fez o TIT ser reconhecido como pioneiro na implantação do processo administrativo tributário eletrônico (ePAT), que trouxe ganhos significativos de celeridade, transparência, praticidade e segurança, mantendo sempre o compromisso com a qualidade da justiça fiscal de suas decisões.

Ao longo de sua história, o TIT consolidou um banco de dados de jurisprudência composto por mais de 150 mil decisões, que é continuamente atualizado com todas as decisões publicadas. Pela internet, o usuário pode pesquisar essa jurisprudência, por diversos parâmetros, obtendo decisões na íntegra. Já se registraram mais de 2,5 milhões de acessos para pesquisas.

Além dessa pesquisa de jurisprudência, o usuário pode consultar também o andamento de um processo específico. Essas possibilidades de consultas ao andamento de processos e à jurisprudência do contencioso administrativo são iniciativas que contribuem para a transparência na relação entre o TIT e a sociedade.

Serviço:

Local: Grande Auditório da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo - Av. Rangel Pestana, nº 300, 17° andar – Centro.

Data: dia 25.06.2019 (terça-feira) - das 08h30 às 12h30.

Inscrições: https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/escoladegoverno/Paginas/inscricao_eventos.aspx

Programação

8h30 - Recepção e credenciamento

9h00 - Abertura – Institucional

9h30 – Palestra: A Resolução Conjunta SFP/PGE - 01, de 7-5-2019 e a "convalidação" de benefícios fiscais da Guerra Fiscal.

Dr. Osvaldo Santos de Carvalho

10h10 – Palestra: "Nos Conformes" – Balanço – Atualidades.

Dra. Fabiane de Souza Araujo Botechia

10h50 – Coffee break

11h10 – Palestra: Reforma Tributária.

Dr. Eduardo Perez Salusse

Dr. Argos Campos Ribeiro Simões

11h50 – Palestra: Criminalização da Inadimplência Tributária.

Dr. Robson Maia Lins

12h30 - Encerramento.

 

Fonte: site da SEFAZ-SP, de 7/6/2019

 

 

Comunicado do Centro de Estudos

O Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, considerando os termos do art. 2º da Resolução PGE 22 de 4-6-2019, publicada no D.O. de 06-06-2019, bem como o disposto nos arts. 46, inc. III, 85, §1º e 90, §1º da Lei Complementar 1.270 de 25-08-2015, comunica que as atividades referentes ao curso de adaptação à carreira de procurador do Estado ocorrerão no período entre 11-06-2019 e 28-06-2019 conforme programação abaixo

Clique aqui para o anexo


Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 8/6/2019

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