A PGE – com apoio da Apesp – realizou, em 1° de
outubro, solenidade em celebração aos 60 anos da PAJ e para
oficializar o término da transição da assistência judiciária para a
Defensoria Pública. O evento foi uma homenagem aos personagens
envolvidos na construção de um serviço referencial na luta pela
garantia dos direitos de cidadania e pelo acesso mais equânime à
justiça. A representatividade da cerimônia – com a presença de
secretários de Estado, representantes de entidades de classe e do
Poder Judiciário, membros do Gabinete, chefias de Unidades da
Procuradoria e ex-subprocuradores gerais da área da AJ – denotou a
relevância da PAJ e, por conseguinte, da PGE.
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Estiveram presentes à
cerimônia: Luiz Antônio Marrey, secretário estadual da Justiça e
Defesa da Cidadania, como representante do governador José Serra;
Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário estadual da Casa Civil;
Rogério Pinto Coelho Amato, secretário estadual de Assistência e
Desenvolvimento Social; Guilherme Afif Domingos, secretário estadual
de Emprego e Relações do Trabalho; Luiz Flávio Borges D´Urso,
presidente da OAB SP; Antonio Calhau, representante do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT/ SP); Feres Sabino e Márcio
Sotelo Felippe, ex-procuradores gerais do Estado; Marcos Nusdeo,
procurador geral do Estado; Marcelo de Aquino, procurador geral
adjunto; Márcia Maria Barreta Fernandes Semer, procuradora chefe do
Centro de Estudos da PGE; Cristina Guelfi Gonçalves, defensora
pública geral de São Paulo; Ary Eduardo Porto, subprocurador geral
do Contencioso;
Maria Helena Marques
Braceiro Daneluzzi, subprocuradora geral da área da Assistência
Judiciária; Flávia Cherto Carvalhaes, corregedora geral interina;
Cristina Maura, respondendo pelo expediente da chefia de Gabinete da
PGE; pela Apesp: Zelmo Denari, presidente; Márcia Sallowics Zanotti,
secretaria geral (também homenageada como ex-subprocuradora geral da
AJ); Paulo Sérgio Garcez Guimarães Novaes, diretor de comunicações;
e Adriana Moresco, diretora social.
Maria Helena Marques Braceiro Daneluzzi,
subprocuradora geral da área da Assistência Judiciária, afirmou que
“ao término dos trabalhos da PAJ, desfrutamos da alegria
proporcionada pela consciência do dever cumprido”. A PAJ contribuiu
para a efetivação e modificação de políticas públicas, sempre com
independência e autonomia, em ações pela garantia de direitos à
moradia, educação, saúde, das pessoas portadoras de deficiência,
pela continuidade de serviços essenciais à população etc. “O papel
da PAJ não foi só garantir o acesso à justiça às pessoas
necessitadas, carentes ou hipossuficientes, mas também o garantir a
efetivação dos direitos essenciais dos cidadãos”, concluiu Maria
Helena Braceiro.
Luiz Antônio Marrey, secretário estadual da
Justiça e Defesa da Cidadania, que representou o governador José
Serra, reafirmou a importância do registro de seis décadas “de um
serviço bem prestado, em defesa de milhares de cidadãos. Muitas
vezes, como promotor criminal, pude constatar o excelente e honrado
trabalho. A comemoração é importante para não se perder a história
de abnegação de tantos procuradores de Estado”. Luiz Flávio Borges
D’Urso, presidente da OAB SP, que representou os cerca de 260 mil
advogados paulistas, reforçou a importância do trabalho desempenhado
pela PGE, conjuntamente com os advogados integrantes dos convênios
da OAB. “Este trabalho é uma profunda manifestação de amor e
destina-se a uma população muitas vezes sem voz”.
Segundo Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário
estadual da Casa Civil, a importância da PAJ sempre pôde ser medida
visualmente na “fila formada, logo pela madrugada, na Avenida
Liberdade, n° 32. Ingressei na PGE em 1981 e fui classificado na PAJ,
onde aprendi a advogar. Aprendi também algo muito importante em
minha vida pública: a justiça é um gênero de primeira necessidade”.
Para Cristina Guelfi Gonçalves, defensora pública
geral, a Defensoria Pública vivencia momentos históricos de
construção, mas já se tornou uma realidade. “Temos a honrosa herança
da PAJ, que sempre foi a nossa casa. Gostaria de externar os meus
agradecimentos à PGE, que por 60 anos foi o berço da Defensoria. Com
duas Instituições dessa magnitude, ganha o povo de São Paulo. Viva a
PGE! Viva a Defensoria!”
Para valorar os 60 anos de história da PAJ e a
importância desse cabedal no futuro da Defensoria Pública, Zelmo
Denari, presidente da Apesp, fez uma analogia com “um alpinista que,
ao escalar uma montanha, olha para trás e enxerga o caminho
percorrido”. Zelmo relembrou ainda o trabalho desenvolvido em defesa
dos lavradores da região de Presidente Prudente, nos idos de 1970,
período de chumbo da ditadura militar, para o qual fez uso da força
da PAJ.
Marcos Nusdeo, procurador geral do Estado,
destacou que a população paulista sempre contou com uma excelente
assistência judiciária, apesar de formalmente o estado de São Paulo
ter sido um dos últimos entes federativos a criar uma Defensoria
Pública. “Orgulhamo-nos de ter participado da formação de uma
sociedade democrática. Quero agradecer aos procuradores que se
dedicaram à AJ e à construção dessa história”. O procurador geral
encerrou o discurso ao oficializar o término da AJ, no âmbito da PGE,
e ao desejar uma atuação profícua à Defensoria Pública.