Desagravo: procuradores unem-se
em defesa de sus prerrogativas
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No
último dia 21 de junho, realizou-se na sessão do Conselho da
PGE ato em desagravo ao procurador Roberto Ramos, atacado no
exercício de suas atividades profissionais. O conselheiro
Márcio Massei, relator do processo, leu voto na Tribuna do
Procurador, com detalhes do caso: "o procurador, atento ao
rigor formal necessário aos atos judiciais e buscando
fragilizar o conjunto probatório apresentado pelo MP e garantir
a ampla defesa do acusado, verificou haver evidente divergência
(...) entre as assinaturas dos policiais militares responsáveis
pela prisão flagrante (...). Argumentou, então haver,
inclusive, ‘vestígios de falsidade ideológica’(...). Não
imputou, em nenhum momento, crime a quem quer que fosse e sequer
requereu a instauração de inquérito. Limitou-se a combater a
irregularidade formal, no estrito cumprimento do dever". |
A magistrada, por sua
vez, consignou as afirmações do procurador como "levianas"
e "às raias da denunciação caluniosa". A juíza ordenou,
ainda, a remessa de cópias do processo ao Delegado da Polícia
Seccional. Segundo Massei, o desagravo representa um apoio a todos os
advogados públicos. "O ato representa a posição de toda uma
classe e de todo o Conselho. É uma honra fazer parte deste ato. É
uma honra trabalhar com o colega Roberto Ramos". Roberto Ramos
agradeceu, de forma emocionada, a todos os colegas presentes e ao
Conselho da PGE, pelo ato de solidariedade, e apesar de ter sido
pessoalmente atingido, considera o desagravo como uma proteção à
carreira. "Eu tenho muito orgulho de ser procurador do Estado e,
a partir deste ato, o orgulho transformou-se em profissão de
fé". Ramos resgatou a sua atuação, sempre pautada pela
garantia dos direitos fundamentais de seus clientes, com a máxima
produtividade, sem litigar contra as evidências e sem cometer
fraudes.
Zelmo Denari,
presidente da Apesp, lamentou os dissabores vivenciados pelo colega e
ressaltou o "inconformismo e o repúdio pela atuação da
magistrada que fez deflagrar a ação penal contra o colega".
Para José Procópio, presidente do Sindiproesp, o ato ocorreu em
momento oportuno, justamente quando a Assistência Judiciária
completa 60 anos, marcados por um desempenho digno e ético por seus
procuradores. José Francisco Lopes de Miranda Leão, procurador do
Estado aposentado, (a quem foi confiada por indicação e patrocínio
da APESP, a defesa do desagravado na ação penal, felizmente,
revertida em sede de habeas corpus, por votação unânime no
TJ), reforçou que os inquéritos policiais devem ser conduzidos com
critério e cautela, para se evitar iniqüidades. Para Miranda Leão,
ao notar a falha técnica, o procurador prestou um serviço à
sociedade, evitando "um exercício de poder medieval". O
procurador geral, Marcos Nusdeo, declarou que o Conselho foi rápido
ao se manifestar a favor do desagravo, e "essa ação só
intensifica mais a unidade da nossa carreira em defesa das nossas
prerrogativas".
A sessão contou com
a presença de Márcia Zanotti, Ivan de Castro, Fernanda Ribeiro de
Mattos Luccas, diretores da APESP; Ivanira Pancheri, diretora
do Sindiproesp; Damião da Lima Trindade, ex-presidente da APESP;
e Elizabete Nunes Guardado, chefe da PR1.
EXPEDIENTE
Informe da Associação
dos Procuradores do Estado de São Paulo - APESP.
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