ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO

 


Boletim Informativo da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo – APESP –  Nº 69 - 14.05.2007 




Gabinete efetiva unificação da advocacia pública


A Emenda Constitucional nº 19, de 14 de abril de 2004, que unificou a advocacia pública paulista, não vinha garantindo uma efetiva assunção do serviço jurídico das autarquias pela PGE. Desde janeiro, Marcelo de Aquino, procurador geral adjunto, vem conduzindo – com a colaboração das colegas Flávia Cherto Carvalhaes, Jacqueline Zabeu Pedroso e Paola de Almeida Prado – um processo de assunção que tem como premissas o conhecimento das particularidades de cada autarquia, por meio de visitas em todas as unidades, e o envolvimento dos secretários de Estado, dos superintendentes e procuradores autárquicos.

Realizado de forma gradual, o programa de assunção já produziu cinco resoluções conjuntas que disciplinam o exercício da advocacia pública no âmbito das autarquias: PGE-IAMSPE n° 01, de 19/03/2007; PGE-IMESC nº 01, de 29/03/2007; PGE-Sutaco n° 01, de 03/05/2007; PGE- HCFMUSP nº 1, de 03/05/2007; e PGE-CBPM nº 1, de 10/05/2007. Em sessão especial do Conselho da PGE sobre o tema, realizada em 19/04/07, Marcelo de Aquino disse que o atual trabalho difere muito do que foi proposto na resolução PGE n° 10, de 05/2006, que previa a assunção de todo o Contencioso das autarquias pela PGE, causando o descontentamento de superintendentes, procuradores autárquicos e procuradores de Estado.

Ademais, o procurador geral adjunto anunciou que já está definido que o grupo de procuradores de Estado que atuará nas autarquias será formado por sete colegas da PPI e 30 da Procuradoria Judicial. Todavia, Marcelo de Aquino reafirmou que a decisão foi tomada após criteriosa análise do impacto nas unidades. Fernanda Ribeiro de Mattos Luccas, diretora cultural da APESP, elogiou o procurador geral adjunto pelo trabalho realizado com as autarquias. A diretora lembrou ainda que a efetiva assunção das autarquias sempre foi uma bandeira da APESP e que, se ainda existem lacunas, o Gabinete já demonstrou ter todo o interesse em resolvê-las. 

O cronograma de assunção foi organizado em duas etapas:

Primeira fase:

O trabalho contempla as autarquias mais expressivas, tais como Iamspe, Sucen, Sutaco, Imesc, Ipesp, Centro Paula Souza, DAEE, Artesp, Ipem, CBPM, DER, HC de São Paulo, Daesp, HC de Ribeirão Preto. Esse grupo está separado em dois subgrupos:

1º) Iamspe, Sucen, Sutaco, Imesc, Ipesp, Centro Paula Souza, DAEE – essas autarquias terão tanto o Contencioso quanto a Consultoria sob a responsabilidade dos procuradores autárquicos, inclusive nas ações em curso nas comarcas do interior. A exceção ocorrerá em algumas ações especiais, tais como mandados de segurança coletivo, dissídio coletivo etc.

2º) O segundo grupo é constituído por autarquias com realidades distintas, são elas:

Artesp

Por ter sido criada após a promulgação da EC n° 19, essa autarquia não possui procuradores autárquicos. Os departamentos de Consultoria e Contencioso serão coordenados por procuradores de Estado.

Ipem

A demanda de Consultoria será atendida por uma Consultoria Jurídica de Secretaria de Estado ainda a ser definida. Será criado um núcleo de Contencioso formado pelos procuradores de Estado, com atuação na autarquia.

CBPM

A autarquia tem um acervo de cerca de 10 mil processos. O único procurador autárquico cuidará da Consultoria, na parte que se refere à concessão de benefícios. O restante da demanda de Consultoria será atendido por uma Consultoria Jurídica de Secretaria de Estado ainda a ser definida. Será criado um Núcleo de Contencioso, formado por procuradores de Estado, com atuação na autarquia. 

DER

A Consultoria será desempenhada por procuradores autárquicos. Com relação ao Contencioso, os procuradores autárquicos atuarão nos casos envolvendo infrações de trânsito e em ações trabalhistas. Para as demais ações, será criado um Núcleo de Contencioso formado por procuradores de Estado, com atuação na autarquia.

HC de São Paulo

A Consultoria será desempenhada pelos quatro procuradores autárquicos da unidade. Será criado um núcleo de Contencioso, formado por procuradores de Estado, com atuação na autarquia.

Daesp

Há dois procuradores autárquicos na unidade. Ainda não foi possível para o atual Gabinete ter uma reunião com o superintendente para definir os rumos da assunção.

HC de Ribeirão Preto

A autarquia ainda não foi visitada. Atualmente, dois procuradores autárquicos têm prestado os serviços de Consultoria. Foi solicitado pelo Gabinete um levantamento sobre as necessidade e dificuldades encontradas pelos procuradores da Regional de Ribeirão Preto, que vêm atuando no Contencioso.

Segunda fase:

As autarquias de menor expressão, que aguardarão a segunda etapa da assunção, são a Agem, a AgemCamp, a Bolsa do Café, a Comissão de Serviços Públicos de Energia, a Famema (extinta), a Faenquil (em processo de extinção), a Famerp (cuja extinção já foi autorizada) e o Ipen.

 

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