26 Jul 17 |
Reformas política e da Previdência devem entrar na pauta do Plenário neste 2º semestre
As
reformas
da
Previdência
e
política
são
dois
dos
principais
temas
pendentes
de
análise
pelo
Plenário
da
Câmara
dos
Deputados
no
segundo
semestre
deste
ano.
Cinco
medidas
provisórias
(MPs)
com
relatórios
aprovados
por
comissões
mistas
também
serão
pautadas. Aprovada
no
começo
de
maio
em
comissão
especial,
a
Proposta
de
Emenda
à
Constituição
(PEC)
287/16,
do
Executivo,
aumenta
a
idade
exigida
para
aposentadoria,
tanto
no
INSS
quanto
no
setor
público,
para
62
anos
de
idade,
se
mulher,
e
65
anos,
se
homem. De
acordo
com
relatório
do
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA),
estão
previstas
transições
para
os
atuais
segurados
da
Previdência,
com
o
cumprimento
de
um
pedágio
para
poder
se
aposentar
e
diminuição
do
valor
da
aposentadoria. Para
ser
aprovada,
a
matéria
precisa
do
voto
favorável
de
ao
menos
308
deputados,
em
dois
turnos
de
votação. Fundo
para
eleições No
caso
da
reforma
política,
composta
por
projetos
de
lei
e
propostas
de
emenda
à
Constituição
(PEC),
as
mudanças
na
legislação
precisam
ser
aprovadas,
tanto
na
Câmara
dos
Deputados
quanto
no
Senado
Federal,
até
outubro
de
2017
para
poderem
ser
aplicadas
nas
eleições
de
2018.
O
prazo
exigido
pela
Constituição
é
de
um
ano
antes
do
pleito. O
deputado
Vicente
Candido
(PT-SP),
relator
do
projeto
de
lei
que
altera
as
leis
dos
Partidos
Políticos
(9.096/95),
das
Eleições
(9.504/97),
o
Código
Eleitoral
(4.737/65)
e
a
minirreforma
eleitoral
de
2015
(13.165/15),
apresentou
uma
nova
versão
do
seu
relatório
à
comissão
especial
relacionada
ao
tema,
prevendo
a
criação
de
um
fundo
para
financiar
as
campanhas
eleitorais,
o
Fundo
Especial
de
Financiamento
da
Democracia
(FFD). Para
2018,
o
FFD
teria
recursos
da
ordem
de
R$
3,5
bilhões;
e
de
R$
2
bilhões
para
os
pleitos
sucessivos.
Além
desse
fundo,
permanecerá
existindo
o
Fundo
Partidário.
O
dinheiro
para
as
campanhas
será
dividido
a
partir
da
configuração
das
bancadas
na
Câmara
e
no
Senado
em
agosto
de
2017,
e
não
apenas
em
razão
dos
eleitos
em
2014. Fim
do
vice Na
PEC
77/03,
que
traz
as
regras
gerais
sobre
o
fundo,
Candido
propõe
o
fim
da
reeleição
para
cargos
do
Poder
Executivo
e
a
extinção
do
cargo
de
vice. Pela
proposta,
fica
estabelecido
o
sistema
distrital
misto
como
regra
para
as
eleições
proporcionais
(cargos
de
deputados
federais,
estaduais,
distritais
e
vereadores)
a
partir
de
2022.
Em
2020,
o
sistema
será
usado
para
escolha
dos
legisladores
nas
cidades
onde
haverá
segundo
turno,
ou
seja,
aquelas
com
mais
de
200
mil
habitantes. Pelo
sistema
misto,
metade
dos
eleitos
virá
da
lista
fechada;
e
a
outra
metade,
do
sistema
distrital,
que
é
majoritário
(vence
o
candidato
que
levar
o
maior
número
de
votos
no
distrito).
“Essa
será
uma
grande
mudança
cultural
onde
vamos
valorizar
partidos.
Vamos
perceber
que
partido
é
importante
para
a
democracia”,
disse
Candido. O
substitutivo
institui
ainda
mandato
de
dez
anos
para
os
membros
de
tribunais
escolhidos
por
indicação
política.
Assim,
todos
os
ministros
do
Supremo
Tribunal
Federal,
por
exemplo,
deixariam
de
ter
mandato
vitalício,
como
é
atualmente. Fonte: Agência Câmara, de 25/7/2017
Em
meio
à
crise,
Ministério
Público
aprova
proposta
de
reajuste
de
16,7% A
pedido
da
subprocuradora-geral
Raquel
Dodge,
que
assumirá
a
PGR
(Procuradoria-Geral
da
República)
em
setembro,
a
proposta
orçamentária
para
o
Ministério
Público
Federal
em
2018,
elaborada
pela
gestão
de
Rodrigo
Janot,
foi
alterada
e
passou
a
prever
reajuste
salarial
de
16,7%
para
os
procuradores. A
proposta
orçamentária
é
um
documento
que
prevê
como
serão
aplicados
os
recursos
no
ano
seguinte.
A
efetivação
do
reajuste
salarial
ainda
depende
de
ser
encampada
pelo
STF
(Supremo
Tribunal
Federal)
e
aprovada
pelo
Congresso
Nacional. Os
salários
do
procurador-geral
e
dos
subprocuradores-gerais
da
República
equivalem
ao
dos
ministros
do
STF. Na
prática,
o
pleito
do
MPF,
aprovado
nesta
terça
(25)
pelo
Conselho
Superior
da
instituição,
quer
elevar
o
teto
do
funcionalismo
federal,
o
que
provocaria
um
efeito
cascata.
O
salário
de
um
ministro
do
Supremo
hoje
é
de
R$
33,7
mil.
Com
o
reajuste
pretendido,
iria
para
R$
39
mil. Ao
pedir
a
inclusão
do
reajuste,
a
futura
procuradora-geral
atendeu
a
pleito
da
ANPR
(Associação
Nacional
dos
Procuradores
da
República),
que
está
em
campanha
pelo
aumento
dos
salários. A
peça
orçamentária,
cujo
relator
foi
o
vice-procurador-geral,
José
Bonifácio
de
Andrada,
não
previa
o
reajuste
sob
a
justificativa
de
que
a
PEC
95,
que
estipulou
no
ano
passado
um
teto
de
gastos
para
o
serviço
público,
impôs
sérias
restrições. A
administração
atual
argumentou
também
que
o
Supremo
ainda
não
se
posicionou
a
favor
do
reajuste.
Procurado,
o
STF
não
se
manifestou. ORÇAMENTO
COMPROMETIDO Mais
de
80%
do
orçamento
do
MPF
previsto
para
2018
está
comprometido
com
gastos
obrigatórios
(salários
e
benefícios,
principalmente).
A
previsão
total
é
de
R$
3,84
bilhões,
dos
quais
R$
3,25
bilhões
serão
para
esse
fim. Na
sessão
do
conselho,
o
presidente
da
ANPR,
José
Robalinho
Cavalcanti,
defendeu
que
a
proposta
orçamentária
deixasse
claro
que
os
procuradores
não
abriram
mão
da
reposição
de
perdas
salariais.
O
gesto
seria
um
recado
ao
STF
e
aos
parlamentares. "O
Poder
Judiciário
não
decidiu
[sobre
reajuste]
ainda.
Este
conselho
vai
decidir
antes",
afirmou
Robalinho.
Ele
lembrou
que
no
ano
passado
esse
reajuste
estava
em
discussão,
mas
encontrou
oposição
da
ministra
Cármen
Lúcia,
presidente
do
STF. Em
2015,
quando
o
Supremo
pleiteou
um
índice
de
reajuste
um
pouco
menor
(de
6,38%),
calculou-se
que
o
impacto
só
no
Judiciário
seria
de
R$
717
milhões,
porque
os
salários
têm
como
base
os
ministros
da
Corte.
À
época,
a
proposta
não
avançou. O
Conselho
Superior
do
MPF
também
aprovou
a
criação
de
uma
equipe
de
transição
na
PGR,
com
membros
ligados
a
Janot
e
Dodge,
para
discutir
os
ajustes
no
orçamento
solicitados
pela
futura
procuradora-geral
–por
exemplo,
de
onde
sairão
os
R$
116
milhões
necessários
para
o
reajuste
salarial
pretendido. Janot
evitou
comentar
as
mudanças
pedidas
por
sua
sucessora
e,
pela
primeira
vez,
deixou
de
defender
a
proposta
orçamentária
elaborada
por
sua
equipe,
alegando
que
ela
terá
efeitos
durante
o
mandato
de
Dodge
e
que,
portanto,
cabe
a
ela
decidir. No
entanto,
ele
destacou
que
incluir
o
reajuste
na
proposta
de
orçamento
em
um
momento
de
ajuste
fiscal
era
uma
"decisão
política". Dodge,
por
sua
vez,
também
destacou
o
momento
difícil,
mas
responsabilizou
as
escolhas
da
atual
gestão
–a
quem
ela
pediu
esclarecimentos
na
semana
passada. "A
proposta
de
2018
[...]
está
sob
os
efeitos
das
opções
de
gestão
administrativa
feitas
no
exercício
de
2017,
seja
quanto
a
medidas
que
resultaram
em
grande
elevação
de
despesa,
com
impacto
nos
anos
seguintes,
seja
quanto
àquelas
que
resultaram
numa
pequena
diminuição
de
despesas",
disse
Dodge. LAVA
JATO
EM
CURITIBA A
discussão
sobre
o
orçamento
previsto
para
a
força-tarefa
da
Lava
Jato
em
Curitiba
tomou
boa
parte
do
debate
no
conselho,
mais
pelo
seu
simbolismo
do
que
por
efeitos
práticos. Dodge
e
Andrada,
relator
da
proposta
orçamentária,
sugeriram
atender
integralmente
o
pedido
de
verbas
da
força-tarefa
de
Curitiba
–o
que
o
conselho
aprovou. Na
proposta
original,
foram
previstos
para
a
força-tarefa
R$
522,7
mil,
ante
um
pedido
de
R$
1,65
milhão.
O
tema
havia
sido
alvo
de
um
questionamento
feito
por
Dodge
a
Janot
na
semana
passada. "Acho
que
[alterar
a
proposta
original]
passa
uma
mensagem
clara
de
que
não
estamos
fazendo
nenhuma
redução,
ao
contrário,
estamos
acolhendo
integralmente
o
pretendido",
disse
Dodge. Andrada
também
propôs
aumentar
a
previsão
de
verba,
devido
ao
caráter
"simbólico"
da
medida. O
R$
1,65
milhão
é
para
despesas
da
força-tarefa
como
diárias
e
passagens
(sem
incluir
gastos
de
pessoal). Neste
ano,
o
grupo
teve
R$
501
mil
disponíveis
inicialmente,
complementados
com
mais
R$
500
mil
no
segundo
semestre.
Segundo
a
assessoria
do
MPF,
nos
últimos
anos
também
foi
assim
–a
força-tarefa
pediu
um
valor
maior,
foi
previsto
um
menor
e,
depois,
complementado. TRANSIÇÃO
'CLARA' Pela
manhã,
ao
abrir
a
sessão
do
conselho,
Janot
parabenizou
Dodge
pela
indicação
à
PGR
e
disse
que
fará
uma
transição
"clara
e
objetiva". "Gostaria
de
parabenizar
a
colega
Raquel
Dodge
pela
indicação.
Será
a
primeira
mulher
a
comandar
o
Ministério
Público.
Temos
as
melhores
expectativas,
conhecemos
o
trabalho
e
desejamos
todo
o
sucesso.
Quero
reafirmar
que
a
Procuradoria-Geral
da
República
se
põe
à
disposição
para
uma
transição
clara,
objetiva
e
que
permita
a
continuidade
dos
trabalhos",
disse.
Fonte: Folha de S. Paulo, de 26/7/2017
PJe
alcança
todas
as
subseções
da
Justiça
Federal
de
São
Paulo Com
a
disponibilização
do
Processo
Judicial
Eletrônico
(PJe)
nas
Subseções
Judiciárias
de
Jaú
e
Avaré
a
partir
desta
segunda-feira
(24/7),
o
sistema
está
presente
em
toda
a
Justiça
Federal
do
estado
de
São
Paulo.
Todas
as
ações,
exceto
as
criminais,
poderão
ser
ajuizadas
por
meio
do
processo
judicial
eletrônico.
A
partir
de
31
de
julho,
o
uso
do
sistema
será
obrigatório. A
implementação
do
PJe
foi
iniciada
na
Justiça
Federal
da
3ª
Região,
que
compreende
os
estados
de
São
Paulo
e
Mato
Grosso
do
Sul,
em
agosto
de
2015,
inicialmente
para
os
mandados
de
segurança
ajuizados
em
duas
varas
da
subseção
de
São
Bernardo
do
Campo. Agora,
o
PJe
completa
sua
expansão
para
as
44
subseções
judiciárias
da
Justiça
Federal
de
São
Paulo.
Em
agosto,
quando
o
sistema
for
implantado
em
todas
as
sete
subseções
judiciárias
do
Mato
Grosso
do
Sul,
atenderá
toda
área
sob
jurisdição
do
TRF-3. De
acordo
com
o
Núcleo
de
Apoio
Judiciário
do
TRF-3,
em
2015,
foram
distribuídos,
somente
na
Seção
de
São
Paulo,
318.491
processos,
incluídos
os
eletrônicos.
Em
2016,
o
estado
recebeu
341.161
novos
processos,
tanto
em
papel
como
pelo
novo
sistema.
Fonte: Assessoria de imprensa do TRF-3, de 25/7/2017
Decisões
do
STJ
reforçam
que
contratação
de
escritórios
de
advocacia,
sem
licitação,
gera
ato
de
improbidade
administrativa O
Superior
Tribunal
de
Justiça,
de
forma
reiterada,
vem
decidindo
que
a
contração
direta
de
serviços
jurídicos
configura
ato
de
improbidade
administrativa.
A
prática,
sob
a
etiqueta
da
inexigibilidade,
afronta
a
lei
de
licitações. As
recentes
decisões
do
STJ
nos
municípios
de
Visconde
do
Rio
Branco
(MG),
Raposos
(MG),
Itatiba
(SP),
reforçam,
ainda,
que
as
contratações
ilícitas
violam
os
princípios
da
legalidade,
impessoalidade,
moralidade
e
eficiência.
Confira
os
acórdãos
aqui. A
ANPM
destaca
que
as
atividades
rotineiras
da
administração
pública,
no
tocante
à
prestação
de
serviços
de
assessoria
jurídica
e
representação
judicial,
devem
ser
exercidas
pelo
procurador
municipal
de
carreira,
que
fará
a
devida
avaliação
das
contratações
públicas,
evitando
prejuízo
ao
erário. Fonte:
site
da
ANPM,
de
25/7/2017 |
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