23 Mai 17 |
Reforma da Previdência não tem mais data, diz relator
O
relator
da
reforma
da
Previdência,
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA),
acredita
que
a
delação
do
empresário
Joesley
Batista,
da
JBS,
destruiu
o
calendário
de
tramitação
da
proposta
e
que
hoje
não
é
possível
garantir
nem
mesmo
que
o
texto
será
votado
pelo
Congresso. "A
minha
avaliação
é
que,
a
cada
dia
que
passa,
é
mais
difícil,
é
mais
complicado",
afirmou
à
Folha.
"O
que
é
difícil
hoje
será
mais
difícil
daqui
a
um
mês." A
dificuldade
aumenta,
segundo
Maia,
devido
à
preocupação
dos
parlamentares
com
o
impacto
que
o
voto
a
favor
do
endurecimento
das
regras
de
aposentadoria
teria
nas
eleições
de
2018. O
relatório
da
reforma
da
Previdência
foi
aprovado,
com
muitas
alterações
em
relação
ao
texto
original,
em
comissão
especial
da
Câmara
no
início
de
maio.
A
expectativa
era
que
ele
fosse
votado
pelo
plenário
no
mês
que
vem. Na
semana
passada,
antes
de
serem
divulgadas
as
primeiras
informações
sobre
a
delação
da
JBS
e
as
citações
ao
presidente
Michel
Temer,
interlocutores
do
governo
trabalhavam
para
conquistar
um
placar
de
ao
menos
308
deputados
(mínimo
para
aprovação
na
Câmara). "Eu
posso
garantir
a
vocês
que
depois
que
recuperar
tudo
isso
eu
vou
tentar
[aprovar
a
proposta].
Mas
eu
posso
garantir
que
vamos
submeter
à
votação?
Não
sei.
Ninguém
sabe",
disse. O
relator,
que
esperava
votação
no
plenário
da
Câmara
no
próximo
dia
1º,
diz
que
"não
existe
mais
data"
porque
"Joesley
destruiu
isso". Reforma
da
Previdência
e
os
principais
pontos Em
um
esforço
para
tocar
a
agenda
de
Temer
no
Legislativo,
o
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
que
tem
adotado
o
discurso
do
Palácio
do
Planalto,
afirmou
nesta
segunda-feira
(22)
que
pretende
colocar
a
reforma
da
Previdência
em
votação
no
plenário
da
Casa
entre
os
dias
5
e
12
de
junho. O
texto
depende
da
aprovação
pelo
plenário
da
Câmara
em
dois
turnos,
além
de
passar
pelo
aval
do
Senado.
A
expectativa
do
governo
era
que
o
texto
fosse
aprovado
ainda
no
primeiro
semestre. O
ministro
da
Fazenda,
Henrique
Meirelles,
afirmou
nesta
segunda
que
o
cronograma
da
reforma
da
Previdência
deverá
sofrer
atrasos
em
razão
da
crise
política
deflagrada
na
semana
passada,
mas
disse
que
acredita
na
aprovação
da
proposta
mesmo
se
Temer
não
seguir
no
comando
do
país. A
reforma
da
Previdência
é
uma
das
apostas
do
governo
Temer
para
controlar
o
rombo
nas
contas
públicas
e,
assim,
reconquistar
a
confiança
dos
investidores. GOVERNO
FORTE O
relator
da
Previdência
afirma
que
já
havia
dificuldade
de
chegar
aos
308
votos
para
aprovação
da
reforma
mesmo
antes
da
crise
gerada
pela
delação. "Não
dá
para
você
garantir
que
uma
reforma
dessa
será
aprovada
com
governo
fraco
ou
com
governo
forte." Maia,
que
diz
ter
conversado
com
Temer
"praticamente
todos
os
dias"
desde
a
divulgação
da
delação,
afirmou
que
continua
na
base
do
Palácio
do
Planalto. Ele
afirma
que
Temer
"inquestionavelmente
foi
vítima"
das
informações
que
foram
publicadas
a
respeito
dele
antes
da
divulgação
dos
áudios
da
JBS. Em
um
discurso
alinhado
ao
Planalto,
o
relator
disse
que
as
condições
dadas
à
JBS
em
troca
da
delação
são
"a
prova
de
que
o
crime
compensa". "Eles
se
apropriaram
de
um
dinheiro
que
pertence
ao
povo
brasileiro,
através
de
empréstimos
do
BNDES,
de
venda
de
ações
para
o
governo
brasileiro,
do
dinheiro
do
PIS
e
dos
fundos
de
pensões",
afirmou
o
deputado.
Fonte: Folha de S. Paulo, de 23/5/2017
Crise
deve
atrasar
reformas
em
'algumas
semanas',
diz
Meirelles A
crise
política
deflagrada
na
semana
passada
pode
atrasar
a
agenda
econômica
de
reformas
"em
algumas
semanas".
A
avaliação
foi
feita
pelo
ministro
da
Fazenda,
Henrique
Meirelles,
em
teleconferência
com
investidores
e
clientes
do
banco
JP
Morgan.
Na
teleconferência
em
inglês,
o
ministro
foi
questionado
se
eventual
atraso
na
tramitação
das
reformas
no
Congresso
seria
em
"semanas
ou
meses".
Ao
investidor,
Meirelles
disse
que
"minha
opinião
é
em
termos
de
semanas". Durante
a
fala
inicial,
o
ministro
da
Fazenda
reconheceu
que
a
crise
política
pode
"mudar
a
programação
da
reforma
da
Previdência",
mas
Meirelles
repetiu
discurso
já
feito
em
outras
ocasiões
de
que
o
importante
é
a
aprovação
do
tema.
"O
ponto
principal
é
que
(a
reforma)
vai
mostrar
os
resultados",
disse,
ao
comentar
que
muita
gente
o
questiona
sobre
eventual
atraso
de
um
ou
dois
meses.
"Na
verdade,
o
importante
é
a
confiança
de
que
será
aprovado."
O
ministro
da
Fazenda
reafirmou
a
expectativa
de
que,
a
despeito
da
crise
política,
o
Congresso
aprovará
a
agenda
de
reformas
estruturais.
“Eu
tenho
falado
com
lideranças
políticas
e
acho
que
há
consenso
de
que
a
agenda
legislativa
vai
avançar.
No
geral,
entendo
que
a
agenda
de
reformas
é
algo
que
está
além
do
cenário
político”,
disse. Aos
investidores,
o
ministro
citou
como
exemplo
a
aprovação
na
semana
passada
de
medida
para
ajudar
a
situação
financeira
dos
Estados.
Para
Meirelles,
a
aprovação
sinaliza
o
comprometimento
do
Legislativo
com
a
agenda
econômica
do
governo.
“O
que
estou
dizendo
é
que
a
reforma
da
Previdência
pode
ter
uma
mudança
na
programação,
mas
o
ponto
básico
é
que
isso
vai
mostrar
resultados”,
disse,
ao
reafirmar
a
expectativa
de
aprovação
da
agenda
de
reformas. Durante
a
teleconferência,
Meirelles
defendeu
que
a
experiência
recente
mostra
que
crises
políticas
têm
impacto
limitado
na
economia
quando
há
comprometimento
com
a
agenda.
Em
teleconferência
com
analistas
e
investidores
internacionais,
o
ministro
lembrou
de
experiências
recentes,
como
em
2002
e
2005,
quando
a
crise
política
gerou
influência
temporária,
mas
a
manutenção
das
políticas
recolocou
a
economia
nos
trilhos. “Outro
ponto
que
tenho
de
mencionar
é
a
minha
experiência
com
crises
no
Banco
Central.
Depois
de
um
momento
(da
crise
política),
a
economia
mantém
seu
fluxo”,
disse
em
teleconferência
do
banco
JP
Morgan,
ao
mencionar
as
crises
de
origem
política
em
2002
-
eleição
de
Luiz
Inácio
Lula
da
Silva
-
e
2005
-
mensalão. “Deixamos
claro
que
a
política
econômica
seria
mantida
e
muito
provavelmente
qualquer
mudança
política
não
mudaria
os
fundamentos
da
economia”,
disse
Meirelles,
que
foi
presidente
do
BC
entre
2003
e
2010.
Nessas
duas
ocasiões,
lembrou,
a
economia
retomou
a
trajetória
em
seguida. Além
da
comparação
com
as
duas
crises
recentes,
o
ministro
mencionou
que
o
atual
momento
do
Brasil
decorre
de
decisões
econômicas
tomadas
desde
2011
“com
afrouxamento
fiscal
e
monetário
que
geraram
a
crise”.
“Tivemos
razões
econômicas
que
tornaram
a
crise
política
mais
aguda”,
disse.
Fonte: Estado de S. Paulo, de 23/5/2017
ADI
questiona
leis
do
RS
sobre
substituição
tributária
no
atacado A
Associação
Brasileira
de
Importadores
e
Distribuidores
de
Pneus
(Abidip)
ajuizou
no
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
a
Ação
Direta
de
Inconstitucionalidade
(ADI)
5702,
com
pedido
de
medida
cautelar,
contra
duas
leis
e
um
decreto
do
Rio
Grande
do
Sul
que
instituíram
e
regulamentaram
a
substituição
tributária
do
Imposto
sobre
Circulação
de
Mercadorias
e
Prestação
de
Serviços
(ICMS)
no
comércio
atacadista. Segundo
a
autora
da
ação,
com
as
novas
normas,
passou-se
a
exigir
uma
nova
substituição
tributária
nas
saídas
promovidas
por
estabelecimento
atacadista
naquele
estado
de
mercadorias
que
já
foram
efetivamente
tributadas
pelo
regime
de
substituição
tributária. No
caso
dos
pneumáticos,
por
exemplo,
é
estabelecido
por
resolução
do
Conselho
Nacional
de
Política
Fazendária
(Confaz)
que
o
recolhimento
do
ICMS
se
dará
pelo
importador
ou
fabricante,
em
substituição
aos
demais
comercializadores.
A
legislação
gaúcha
acrescenta
a
esse
recolhimento
a
substituição
também
pelo
varejo
atacadista,
com
relação
à
circulação
subsequente.
Com
isso,
alega
o
pedido,
a
norma
estabelece
uma
“dupla”
substituição
tributária. “Elegeu
como
responsável
pelo
pagamento
do
imposto,
na
condição
de
substituto
tributário,
o
estabelecimento
atacadista
em
relação
às
operações
subsequentes
promovidas
por
contribuintes
gaúchos,
independentemente
de
a
operação
já
ter
sido
tributada
pelo
regime
de
substituição
tributária”,
explica
a
ação. O
Estado
do
Rio
Grande
do
Sul,
para
a
autora
da
ADI,
instituiu
um
adicional
do
tributo
já
devidamente
retido
e
recolhido
por
outro
estabelecimento
(fabricante,
industrial
ou
importador),
violando
diretamente
norma
da
Constituição
Federal
que
estabelece
que
somente
lei
complementar
pode
dispor
sobre
substituição
tributária
e
que,
nos
casos
de
operações
interestaduais,
dependerá
de
acordo
específico
celebrado
pelos
estados
interessados. Alega
a
associação
afronta
também
ao
princípio
da
isonomia,
uma
vez
que
a
substituição
tributária
do
ICMS
é
exigida
somente
a
determinados
contribuintes.
Ao
exigir
a
substituição
tributária
do
ICMS
“somente
a
determinados
contribuintes,
e
por
determinadas
circunstâncias
que
nada
tem
a
ver
com
o
fato
gerador
do
tributo
(existência
de
relação
de
interdependência
entre
os
estabelecimentos
remetente
e
destinatário),
implica
em
tratar
desigualmente
as
empresas
que
atuam
no
mesmo
segmento
de
atividade
comercial”,
afirmou. A
ADI
requer
liminarmente
a
suspensão
dos
efeitos
do
artigo
1º,
do
Decreto
50.052/2013,
do
artigo
1º,
inciso
I,
da
Lei
14.056/2012,
e
do
artigo
2º,
inciso
V,
da
Lei
14.178/2012,
todas
do
Estado
do
Rio
Grande
do
Sul.
No
mérito,
pede
a
declaração
de
inconstitucionalidade
dos
mesmos
dispositivos. O
ministro
Marco
Aurélio
é
o
relator
da
ADI
5702. Fonte: site do STF, de 22/5/2017
Plenário
pode
votar
projeto
que
regulariza
incentivos
fiscais
dos
estados O
Plenário
da
Câmara
dos
Deputados
realiza
na
terça-feira
(23)
sessão
extraordinária
para
votar
o
projeto
que
convalida
isenções
concedidas
no
âmbito
da
guerra
fiscal
entre
os
estados
(PLP
54/15).
Esse
é
o
único
item
da
pauta
de
terça-feira. O
Projeto
de
Lei
Complementar
(PLP)
54/15,
do
Senado,
propõe
uma
transição
para
as
isenções
fiscais
concedidas
unilateralmente
pelos
estados,
com
prazos
que
variam
de
1
a
15
anos
de
vigência
para
as
atuais
isenções
e
incentivos. Segundo
o
texto,
um
convênio
do
Conselho
Nacional
de
Política
Fazendária
(Confaz)
poderá
perdoar
os
créditos
exigíveis
decorrentes
das
isenções
de
ICMS
concedidas,
prorrogando-as
por
períodos
que
variam
de
acordo
com
o
setor
da
economia. O
projeto
permite
que
esse
convênio
seja
aprovado
e
ratificado
com
o
voto
favorável
de
um
mínimo
de
2/3
dos
estados
e
1/3
dos
estados
integrantes
de
cada
uma
das
cinco
regiões
do
País.
Atualmente,
é
preciso
haver
unanimidade
dos
estados
para
aprovar
incentivos. Fundo
penitenciário Na
quarta-feira
(24),
os
deputados
podem
votar
a
Medida
Provisória
755/16,
que
permite
ao
governo
federal
repassar
diretamente
a
estados
e
municípios
dinheiro
do
Fundo
Penitenciário
Nacional
(Funpen)
sem
o
uso
de
convênios. De
acordo
com
o
projeto
de
lei
de
conversão
do
senador
Ricardo
Ferraço
(PSDB-ES),
a
partir
de
2020,
o
repasse
direto
de
recursos
do
fundo
para
os
estados
e
o
Distrito
Federal
será
de
40%
da
dotação
orçamentária
e
não
mais
de
até
10%,
como
estava
previsto
na
MP
original. Esses
repasses,
a
título
de
transferência
obrigatória,
serão
maiores
em
2017
(até
70%
dos
recursos),
diminuindo
progressivamente
em
2018
(até
45%)
e
em
2019
(até
25%). Fonte:
Agência
Câmara,
de
23/5/2017 |
||
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