22 Jun 17 |
Secretária especial de Direitos Humanos do Brasil é eleita na OEA
A
secretária
especial
de
Direitos
Humanos
do
governo
brasileiro,
Flávia
Piovesan,
foi
eleita
nesta
quarta-feira
uma
das
conselheiras
da
Comissão
Interamericana
de
Direitos
Humanos
(CIDH),
entidade
da
Organização
dos
Estados
Americanos
(OEA)
sediada
em
Washington.
Flávia
foi
a
segunda
figura
mais
votada,
mantendo
o
Brasil
com
uma
posição
no
conselho.
Os
EUA,
por
sua
vez,
perderam
seu
posto. Flávia
assume
a
função
em
janeiro
de
2018
e
fica
nela
por
três
anos.
Ela
concorreu
com
Antonia
Urrejola
Noguera
(Chile),
Carlos
Horacio
de
Casas
(Argentina),
Douglass
Cassel
(Estados
Unidos),
Gianella
Bardazano
Gradin
(Uruguai)
e
Joel
Hernández
García
(México).
Enquanto
o
mexicano
foi
o
mais
votado,
a
chilena
foi
a
terceira
colocada. Flávia,
Antonia
e
Hernández
substituirão
os
mandatos
de
James
Cavallaro
(Estados
Unidos),
Paulo
Vannuchi
(Brasil)
y
José
de
Jesús
Orozco
Henríquez
(México).
O
também
brasileiro
Paulo
Abrão
atua
como
diretor-executivo
da
Comissão,
que
tem
ao
total
sete
conselheiros. Especialista
de
longa
data
no
tema
de
direitos
humanos,
Flávia
conseguiu
ser
eleita
em
meio
à
turbulência
política
no
Brasil
e
a
resistência
de
uma
série
governos
latino-americanos,
como
Venezuela
e
Bolívia. A
CIDH
é
o
principal
órgão
de
direitos
humanos
do
continente
e
analisa
anualmente
milhares
de
petições
de
cidadãos
e
instituições
das
Américas.
Entre
suas
conquistas
mais
significativas
estão
a
criação
de
condições
para
a
gestação
da
Lei
Maria
da
Penha,
que
combate
a
violência
contra
a
mulher
no
Brasil. Na
primeira
metade
do
ano,
o
governo
federal
quitou
a
dívida
de
US$
8
milhões
que
tinha
com
a
OEA
e
ainda
pagou
antes
do
vencimento
os
US$
10,6
milhões
referentes
à
contribuição
do
país
neste
ano.
O
Brasil
vinha
sendo
cobrado
pelo
atraso
nas
quitações
dentro
do
organismo
interamericano.
O
país
ainda
estuda
doar
US$
500
mil
(R$
1,555
milhão)
para
a
CIDH,
que
enfrenta
grave
crise
financeira.
Fontes
diplomáticas
afirmam
que
a
quitação
do
débito
foi
consequência
de
um
estudo
realizado
pelo
governo
brasileiro,
capitaneado
pelo
Ministério
do
Planejamento
com
o
Itamaraty,
para
analisar
a
situação
das
dívidas
brasileiras
com
organismos
internacionais
e
onde
se
decidiu
que
a
OEA
é
um
dos
organismos
prioritários. PROTEÇÃO
AOS
MAIS
VULNERÁVEIS Em
março,
Flávia
—
professora
de
Direito
Constitucional,
autora
de
livros
na
área
de
direitos
humanos
e
procuradora
do
estado
de
São
Paulo
—
defendeu
ao
GLOBO
sua
candidatura
pregando
um
olhar
diferenciado
a
negros,
indígenas,
mulheres,
migrantes
e
privados
de
liberdade. —
A
proteção
aos
grupos
mais
vulneráveis,
como
os
povos
indígenas,
as
mulheres,
os
afrodescendentes,
migrantes,
privados
de
liberdade,
a
população
LGBTI,
que
merecem
um
olhar
diferenciado.
Outro
grande
tema
se
relaciona
à
violência.
Há
três
anos,
assisti
audiências
da
Corte
Interamericana
com
o
México
sobre
desaparecimento
forçado,
tortura,
violação
nos
cárceres,
execuções
sumárias.
É
um
tema
muito
presente
na
região,
que
se
relaciona
também
com
a
violação
à
vida
de
jornalistas
investigativos
e
outros
atores
que
se
dedicam
a
defender
os
direitos
humanos.
São
pautas
novas
que
estão
na
agenda
contemporânea
regional
e
nacional. Segundo
Flávia,
o
Sistema
Interamericano
de
Direitos
Humanos
é
crucial
"porque
salvou
e
continua
salvando
vidas". —
Contribuiu
para
a
desestabilização
da
ditadura
na
região.
A
Comissão
foi
à
Argentina,
foi
ao
Chile
e
teve
a
coragem
de
denunciar
os
arbítrios
do
regime
ditatorial.
Deu
uma
visibilidade
internacional
para
o
problema
que
é
importante
para
desencorajar
os
Estados
a
continuar
e
incentivá-los
a
avançar
em
políticas
públicas,
em
marcos
legislativos
ou
ao
menos
não
retroceder. Fonte: O Globo, de 22/6/2017
Vitória
em
ação
rescisória
faz
Estado
economizar
mais
de
R$
44
milhões Em
mais
uma
bem
sucedida
atuação
da
Procuradoria
Geral
do
Estado
(PGE),
o
Estado
de
São
Paulo
obteve
importante
vitória
junto
ao
2º
Grupo
de
Câmaras
de
Direito
Público
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
(TJSP),
que
julgou
procedente
a
ação
rescisória
nº
9051872-23.2008.8.26.0000
e,
por
conseguinte,
reduziu
substancialmente
a
indenização
fixada
em
desapropriação
direta
de
imóvel
para
a
criação
da
Estação
Ecológica
Jureia-Itatins. No
caso
em
questão,
a
Fazenda
Pública
Estadual
ingressou
com
a
ação
rescisória
questionando
o
valor
da
indenização
arbitrada
na
desapropriação
direta,
fixada
em
torno
de
R$
45
milhões
reais,
sendo
que
98,78%
desse
montante
equivaliam
ao
valor
pago
à
cobertura
vegetal. Alegou
que
a
prova
pericial
produzida
na
ação
de
desapropriação
não
condizia
com
a
realidade
do
imóvel,
diante
das
inconsistências
dos
métodos
e
parâmetros
utilizados,
que
não
observaram
as
características
de
inacessibilidade
do
local,
inviabilidade
da
exploração
econômica,
da
duplicidade
na
valoração
da
cobertura
vegetal
e
sua
hipervalorização,
o
que
redundava
em
nítida
violação
aos
dispositivos
legais
e
constitucionais
da
justa
e
prévia
indenização
e
defesa
ao
meio
ambiente. A
ação
foi
então
julgada
procedente
reconhecendo
a
impropriedade
do
método
involuntivo
de
avaliação,
e
reconheceu
a
duplicidade
da
valoração
da
cobertura
vegetal
(já
que
o
valor
da
cobertura
já
estava
incluída
no
valor
da
terra
nua)
e
a
hipervalorização
da
propriedade,
uma
vez
que,
pelas
condições
físicas
do
imóvel,
seria
impossível
a
exploração
da
madeira
ali
existente. Constou
do
acórdão
proferido
que
"o
valor
da
mata
atribuído
ao
imóvel
corresponde
a
nada
menos
do
que
98,78%
do
valor
total
do
imóvel
compreendidos
o
valor
das
construções
e
benfeitorias,
conforme
se
depreende
da
tabela
apresentada
(fl.
2017).
Em
que
pese
a
extensa
discussão
travada
nos
autos
quanto
à
determinação
do
valor
da
cobertura
florestal,
com
base
nas
espécies
encontradas
no
local
e
no
diâmetro
considerado
hábil
para
a
extração,
forçoso
reconhecer
não
ser
este
elemento
da
propriedade
passível
de
indenização.
E
isso
justamente
porque
a
própria
condição
do
terreno
constituído
de
59%
de
terreno
montanhoso
e
41%
de
área
plana
somente
acessível
por
barco
inviabiliza
a
atividade
econômica
de
extração
de
madeira.
A
propósito,
é
exatamente
esta
realidade
do
imóvel
que
impede
a
exploração
do
local,
tanto
assim,
que
todas
as
perícias
realizadas
no
imóvel
não
verificaram
nenhuma
atividade
econômica
voltada
ao
extrativismo
florestal.
Inserida
a
propriedade
em
área
montanhosa,
compreendida
na
região
da
Serra
de
Itatins
e
com
área
de
planície
somente
acessível
por
barco,
o
alto
custo
empregado
no
corte,
retirada
e
transporte
até
a
região
consumidora
mais
próxima,
distante
a
140
km
do
local
tornam
absolutamente
inviável
a
extração
como
atividade
econômica.
Deste
modo,
a
atribuição
do
valor
do
imóvel,
preponderantemente,
com
base
no
valor
atribuído
a
cobertura
vegetal,
apenas
e
tão
somente,
com
base
no
método
de
aplicação
do
volume
médio
da
floresta,
incluindo-se
os
valores
médios
de
tora,
lenha
e
palmito,
entretanto,
sem
considerar
a
viabilidade
econômica
do
imóvel,
acabaram
por
tornar
os
laudos
periciais
produzidos
incorretos
(...)
Desta
forma,
escorreito
o
valor
do
imóvel
inicialmente
atribuído
pela
Fazenda
Pública
em
janeiro
de
1992,
nos
autos
da
desapropriação,
porquanto
o
valor
de
Cr$
128.857.135,96
(cento
e
vinte
e
oito
milhões,
oitocentos
e
cinquenta
e
sete
mil,
cento
e
trinta
e
cinco
Cruzeiros
Reais
e
noventa
e
seis
centavos),
o
que
equivale
ao
montante
devidamente
atualizado
pela
tabela
prática
para
cálculo
de
atualização
monetária
IPCA-E
deste
E.
Tribunal
de
Justiça
corresponde
a
R$
686.333,21
(seiscentos
e
oitenta
e
seis
mil,
trezentos
e
trinta
e
três
Reais
e
vinte
e
um
centavos),
atualizado
até
outubro
de
2016,
data
da
entrega
do
laudo." Assim,
a
indenização
que
girava
em
torno
de
R$
45
milhões
foi
reduzida
para
pouco
mais
de
R$
686
mil. Atuaram
no
processo
os
procuradores
do
Estado
Marco
Antonio
Gomes
e
Leila
D'Áuria
Kato
(aposentada),
responsáveis
pela
elaboração
da
peça
inicial;
Plínio
Back
Silva,
Caio
Cesar
Guzzardi
da
Silva,
Maria
de
Lourdes
D'Arce
Pinheiro,
Alessandra
Ferreira
de
Araújo
Ribeiro
e
Rodrigo
Levkovicz,
na
fase
instrutória
e
recursal
contra
as
decisões
que
indeferiram
a
tutela
antecipada;
e,
finalmente,
Anna
Luiza
Mortari,
que
analisou
e
manifestou-se
sobre
o
laudo
pericial,
elaborou
memorial
e
sustentou
oralmente
o
caso
perante
o
2º
Grupo
de
Direito
Público
do
TJSP,
todos
da
Procuradoria
do
Contencioso
Ambiental
e
Imobiliário
(PCAI). Fonte: site da PGE SP, de 21/6/2017
Mudança
nas
regras
da
Previdência
deve
ter
atraso O
governo
já
admite
mais
atrasos
na
votação
da
reforma
da
Previdência
com
a
perspectiva
de
o
presidente
Michel
Temer
ser
denunciado
pelo
Ministério
Público
e
a
derrota
sofrida
na
votação
da
proposta
de
mudança
nas
leis
trabalhistas
em
uma
comissão
do
Senado
na
terça-feira.
Embora
tentem
administrar
os
efeitos
sobre
as
demais
medidas
econômicas,
representantes
do
governo
reconhecem
nos
bastidores
que
não
é
possível
saber
quando
exatamente
haverá
“clima
político”
para
votar
a
reforma
da
Previdência. Na
Câmara
dos
Deputados,
a
defesa
por
uma
reforma
mais
“enxuta”
ganha
reforços
em
meio
à
crise.
O
presidente
em
exercício
da
Casa,
Fábio
Ramalho
(PMDB-MG),
engrossou
os
pedidos
por
uma
proposta
limitada
à
criação
de
idade
mínima
de
aposentadoria.
O
deputado,
que
sempre
fez
ponderações
em
relação
à
proposta
do
governo,
disse
que
com
a
redução
do
texto
“até
setembro
a
gente
consegue
vencer
isso
na
Câmara”.
À
Coluna
do
Estadão,
o
presidente
da
Casa,
Rodrigo
Maia
–
que
está
no
exercício
da
Presidência
durante
a
viagem
de
Michel
Temer
–,
já
havia
admitido
que
agosto
seria
um
prazo
otimista
para
a
votação.
Alegou,
da
mesma
forma,
não
haver
“clima
político”
para
pautar
a
proposta
no
plenário. Apesar
do
clima
de
indefinição,
a
equipe
econômica
mantém
o
otimismo
com
a
possibilidade
de
votar
a
proposta
em
primeiro
turno
(a
medida,
que
é
uma
emenda
à
Constituição,
exige
duas
votações)
antes
do
recesso,
que
começa
oficialmente
em
18
de
julho,
e
com
a
preservação
do
texto
aprovado
na
comissão
especial.
Uma
fonte
da
área
econômica
que
participa
das
negociações
disse
não
acreditar
que
a
rejeição
do
parecer
da
reforma
trabalhista
na
Comissão
de
Assuntos
Sociais
(CAS)
do
Senado
afete
a
Previdência.
Mas
lembra
que
os
impactos
da
medida
foram
projetados
apenas
para
2018
em
diante.
Mesmo
que
a
votação
ocorra
apenas
no
segundo
semestre,
o
efeito
esperado
com
as
mudanças
estariam
preservados,
um
sinal
importante
do
ponto
de
vista
fiscal. ‘No
telhado’.
Entre
aliados
do
presidente,
no
entanto,
a
percepção
é
diferente.
O
deputado
Beto
Mansur
(PRB-SP),
que
havia
minimizado
o
resultado
na
CAS
na
terça-feira,
disse
ontem
que
a
votação
foi
um
“alerta”
ao
governo.
Agora,
defendeu
ele,
é
preciso
que
o
Senado
vote
as
mudanças
na
lei
trabalhista
em
plenário
para
dar
uma
“boa
sinalização”
de
que
as
duas
Casas
trabalham
“em
conjunto”. Mansur
disse
ainda
que
é
preciso
aguardar
a
denúncia
do
procurador-geral
da
República,
Rodrigo
Janot,
contra
o
presidente
Temer,
com
base
nas
delações
da
JBS.
“Ela
(reforma
da
Previdência)
está
no
telhado.
Acho
que
tem
de
esperar
um
pouco
essa
coisa
da
denúncia.
”,
afirmou.
Por
alterar
a
Constituição,
a
reforma
da
Previdência
precisa
de
aprovação
de
308
deputados
e
49
senadores,
bem
mais
do
que
a
aprovação
mínima
exigida
para
a
reforma
trabalhista. Concessões.
Para
ajudar
na
aprovação,
articuladores
políticos
dão
como
certas
algumas
concessões
no
plenário,
como
a
manutenção
das
regras
atuais
para
aposentadoria
rural
e
Benefício
de
Prestação
Continuada
e
a
inclusão
dos
agentes
penitenciários
no
regime
especial
para
policiais,
que
estabelece
idade
mínima
de
55
anos,
a
menor
de
toda
a
reforma.
Os
servidores
públicos
ainda
pressionam
para
que
o
governo
desista
de
elevar
as
exigências
para
que
funcionários
que
ingressaram
até
2003
tenham
direito
à
aposentadoria
integral. Para
a
área
econômica,
continua
valendo
o
“plano
A”,
que
é
a
aprovação
do
relatório
do
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA)
já
ratificado
pela
comissão
especial.
Mas
a
fonte
admite
que
tudo
depende
do
“desenrolar”
no
Congresso
e
de
como
os
parlamentares
percebem
a
necessidade
da
reforma. O
governo
também
monitora
movimentos
da
base
aliada
no
sentido
de
cobrar
fatura
maior.
Há
o
temor
de
que
os
parlamentares
comecem
a
“testar
o
poder
de
fogo”
do
governo
e,
em
troca
de
apoio
às
medidas
impopulares,
reforcem
investidas
por
benesses
no
campo
econômico.
Fonte: Estado de S. Paulo, de 22/6/2017
Alckmin
terá
de
excluir
aposentado
de
gasto
mínimo
com
educação,
diz
TCE O
Estado
de
São
Paulo,
sob
o
comando
do
governador
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
terá
de
retirar,
a
partir
do
orçamento
de
2018,
valores
pagos
a
aposentados
que
constam
no
cálculo
de
gasto
mínimo
constitucional
com
educação. A
medida
aparece
em
forma
de
"ressalva"
na
análise
das
contas
do
Estado
de
2016,
votada
na
manhã
desta
quarta-feira
(21)
pelo
TCE
(Tribunal
de
Contas
do
Estado).
As
contas
do
governador
foram
aprovadas
pelo
órgão,
apesar
dessa
e
de
outras
"ressalvas",
alertas
e
recomendações. No
cálculo
apresentado
pelo
TCE,
os
pagamentos
com
aposentados
computados
como
se
fossem
investimentos
em
educação
alcançaram
R$
6,5
bilhões
no
ano
passado.
São
valores,
que
na
prática,
não
vão
para
a
sala
de
aula
–por
isso
devem
sair
do
volume
declarado
como
educação,
segundo
o
TCE. A
Constituição
paulista
exige
que
30%
das
receitas
sejam
investidos
na
manutenção
e
desenvolvimento
do
ensino.
Só
levando
em
conta
as
aposentadorias,
porém,
é
que
o
governo
alcança
o
índice.
O
governo
Alckmin
diz
que
gastou
31%
das
receitas
com
educação
em
2016.
O
percentual
cai
para
25%
ao
descontar
o
gasto
com
aposentados. Na
análise
do
TCE,
o
entendimento
foi
de
que
o
Estado
respeita
a
vinculação
exigida
pela
Constituição
Federal,
que
é
de
um
mínimo
de
25%.
Os
conselheiros
acompanharam
o
voto
do
relator,
conselheiro
Roque
Citadini. Reportagem
da
Folha
publicada
no
início
do
mês
havia
adiantado
o
entendimento
de
não
mais
aceitar
a
manobra,
sob
a
exigência
de
respeitar
o
mínimo
federal
de
25%,
e
não
o
que
descreve
a
Constituição
estadual. O
governo
de
São
Paulo
tem
lançado
mão
da
manobra
há
vários
anos.
Essas
operações
representaram,
só
nos
últimos
três,
mais
de
R$
13
bilhões
de
recursos
declarados
como
educação,
mas
desviados
para
pagamento
de
aposentados.
O
volume
representa
quase
metade
do
orçamento
anual
da
Secretaria
de
Educação. Nem
todo
gasto,
mesmo
que
no
âmbito
da
secretaria
de
Educação,
pode
ser
considerado
como
de
"Manutenção
e
Desenvolvimento
da
Educação".
Ações
de
assistência
estudantil
e
até
merenda,
por
exemplo,
não
entram
na
conta
porque
não
têm
relação
direta
com
o
ensino. O
que
diz
a
lei A
Constituição
paulista
exige
que
ao
menos
30%
das
receitas
do
Estado
sejam
aplicadas
em
educação Medida Para
alcançar
os
30%,
o
governo
inclui
aposentadorias
ligadas
à
educação
como
"manutenção
e
desenvolvimento"
do
setor O
que
diz
o
governo Uma
outra
lei
permite
a
medida,
e
o
TCE
tem
aprovado
as
contas.
Porém
o
tribunal
decidiu
nesta
quarta
(21)
que
a
partir
de
2018
os
aposentados
devem
ser
retirados
da
conta Interpretações
da
legislação
dão
margem
à
manobra.
A
LDB
(Lei
de
Diretrizes
e
Bases
da
Educação),
de
1996,
descreve
o
que
é
"manutenção
e
desenvolvimento"
da
educação.
Não
inclui
os
aposentados,
embora
seja
omissa
em
citar
a
exclusão. Manuais
de
prestação
de
contas
do
MEC
são
claros
em
excluir
inativos.
Atos
do
Conselho
Estadual
de
São
Paulo
vão
na
mesma
linha.
A
mesma
manobra
já
foi
questionada
em
outros
Estados. O
governo
pode
incluir
os
recursos
do
ensino
superior,
mas
a
etapa
definida
como
prioridade
do
Estado
é
o
ensino
médio.
Ao
excluir
o
orçamento
das
universidades
estaduais,
a
educação
básica
recebe
19%
da
receita
total:
R$
21
bilhões. CONTAS O
próprio
relatório
do
TCE
indicou
dificuldades
da
rede
estadual
de
educação,
como
existência
de
lotação
de
salas
em
número
expressivo
de
escolas
e
carência
de
acessibilidade
nas
unidades,
por
exemplo.
Falhas
na
operacionalização
e
gastos
com
merenda
escolar
também
constam
nos
relatórios
de
fiscalização. Outra
ressalva
nas
contas
foi
com
relação
ao
sistema
Detecta,
programa
que
visa
integrar
os
bancos
de
dados
da
polícia
com
imagens
de
câmeras
para
identificar
atitudes
suspeitas
em
tempo
real.
O
TCE
concluiu
que
o
programa
não
pode
ser
considerado
um
software
inteligente,
não
opera
com
todas
as
funcionalidades
previstas
em
contrato
e,
até
este
momento,
"não
produziu
os
resultados
esperados
nas
atividades
de
planejamento,
prevenção
e
investigação
policial". Anunciado
por
Alckmin
em
2014,
o
Detecta
foi
comprado
pelo
governo
por
R$
9,7
milhões
-pagos
à
Microsoft,
detentora
de
uma
tecnologia
importada
de
Nova
York. OUTRO
LADO A
secretaria
de
Planejamento
de
Alckmin
argumentou
que
as
contas
do
governo
foram
aprovadas
pelo
Tribunal,
"o
que
comprova
seu
compromisso
em
aplicar
da
melhor
forma
os
recursos
públicos
ao
cidadão
paulista".
As
questões
apontadas
serão
respondidas
e
eventuais
contribuições
serão
acolhidas.
Com
relação
à
inclusão
dos
inativos
no
percentual
mínimo
em
educação,
o
governo
informa
que
"as
providências
com
relação
ao
orçamento
de
2018
serão
tomadas
conforme
a
orientação
do
TCE". A
pasta
da
educação
também
informou
que
as
questões
apontadas
pelo
tribunal
"serão
sanadas
e
eventuais
contribuições
que
permitam
o
aperfeiçoamento
dos
programas
serão
acolhidas".
De
acordo
com
o
governo,
que
a
formação
de
classes
é
feita
de
acordo
com
a
quantidade
de
alunos
e,
uma
vez
constatada
a
necessidade
de
mais
atendimentos,
mais
classes
podem
ser
abertas
ao
longo
do
ano
letivo,
"impossibilitando
que
haja
um
excesso
de
alunos
por
sala". Sobre
acessibilidade,
a
Pasta
afirma
que
firmou
um
TAC
(Termo
de
Ajustamento
de
Conduta)
com
o
Ministério
Público.
E
negou
que
haja
falha
na
distribuição
de
alimentos.
"Todas
as
unidades
precisam
seguir
o
cardápio
elaborado
por
nutricionistas
do
Departamento
de
Alimentação
e
Assistência
ao
Aluno
(DAAA),
adequados
às
necessidades
diárias
de
nutrientes
da
faixa
etária
dos
alunos." Sobre
o
Detecta,
a
Secretaria
da
Segurança
Pública
de
São
Paulo
afirma
que
todas
as
funcionalidades
previstas
no
sistemas
estão
em
funcionamento.
"A
efetividade
do
sistema
no
combate
à
criminalidade
pode
ser
comprovada
em
números:
desde
sua
criação,
em
2014,
até
10
de
junho
deste
ano,
o
sistema
foi
o
responsável
pela
prisão
em
flagrante
de
5.128
pessoas
em
todo
o
Estado,
3.596
veículos
foram
interceptados
e
306
armas
foram
apreendidas.
O
sistema
já
conta
com
3.384
câmeras,
entre
leitores
digitais
de
placas
e
câmeras
de
videomonitoramento." Fonte: Folha de S. Paulo, de 22/6/2017
Comunicado
do
Conselho
da
PGE A
Secretaria
do
Conselho
da
Procuradoria
Geral
do
Estado
comunica
que
a
11ª
Sessão
Ordinária
do
biênio
2017/2018,
agendada
para
o
próximo
dia
23
de
junho
(sexta-feira),
com
início
às
10h,
realizar-se-á
no
Kanpec
Oriental
Food
com
endereço
na
Avenida
Independência
1.022,
Jardim
Independência,
em
Taubaté/SP. Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
22/6/2017 |
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