19 Jan 18 |
TJ-SP
decide
manter
licitação
de
linhas
do
metrô
O
presidente
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo,
desembargador
Manoel
de
Queiroz
Pereira
Calças,
suspendeu
liminar
que
proibia
a
realização
do
leilão
das
Linhas
5-Lilás
e
17-Ouro
do
Metrô
de
São
Paulo,
previsto
para
amanhã
(19).
Com
a
decisão,
a
licitação
poderá
prosseguir
na
data
marcada.
O
pedido
de
suspensão
de
liminar
foi
formulado
pela
Companhia
do
Metropolitano
de
São
Paulo
–
Metrô
e
pelo
governo
do
Estado
de
São
Paulo
após
proibição
em
1ª
instância
da
12ª
Vara
da
Fazenda
Pública
da
Capital.
“A
paralisação
do
certame
provocará
o
retardamento
do
procedimento
licitatório
e,
por
conseguinte,
da
entrega
da
operação
comercial,
em
detrimento
da
expectativa
de
expansão
do
serviço
público
de
transporte
metroviário
à
população”,
fundamentou
o
presidente. Fonte:
site
do
TJ-SP,
de
18/1/2018
Juízes
querem
aumento
de
salário
em
troca
da
extinção
do
auxílio-moradia Em
meio
à
discussão
sobre
o
auxílio-moradia
dos
juízes,
diretores
das
associações
de
magistrados
vão
cobrar
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
que,
caso
o
benefício
seja
retirado,
haja
reajuste
nos
salários
da
categoria.
Se
isso
ocorrer,
a
verba
para
bancar
a
magistratura
brasileira,
uma
das
maiores
do
mundo,
terá
de
ser
multiplicada.
Isso
porque
aposentados
e
pensionistas
não
têm
direito
ao
benefício,
mas,
com
o
cancelamento
revertido
em
aumento
de
salários,
em
tese,
todos
serão
contemplados.
O
valor
do
auxílio-moradia
varia
entre
R$
4
mil
e
R$
5
mil
mensais,
dependendo
da
esfera
–
estadual
ou
federal,
por
exemplo
—
e
da
localidade.
Com
base
em
uma
liminar
concedida
pelo
ministro
Luiz
Fux,
o
benefício
é
pago
desde
2014
a
todos
os
juízes,
inclusive
aos
que
são
donos
de
imóveis
nas
cidades
onde
trabalham. Quando
os
diretores
das
associações
de
magistrados
foram
avisados
informalmente
pela
presidente
do
Supremo,
ministra
Cármen
Lúcia,
de
que
deve
haver,
em
março,
uma
votação
sobre
o
auxílio-moradia
dos
juízes
e
desembargadores,
teve
início
uma
mobilização
da
categoria.
Segundo
o
presidente
da
Associação
dos
Magistrados
do
Distrito
Federal
(Amagis-DF),
Fábio
Esteves,
“ninguém
vai
brigar
pelo
auxílio-moradia.
Mas,
em
contrapartida,
a
categoria
quer
um
reajuste
salarial.
Magistrados
estão
há
cinco
anos
sem
receber
aumento”.
Na
opinião
do
juiz,
a
briga
não
será
pelo
recebimento
do
auxílio-moradia,
mas,
sim,
pela
recomposição
salarial.
Que,
para
ele,
“não
pode
sofrer
sobressalto
negativo”. “No
fim
do
governo
do
PT,
início
do
governo
Temer,
até
a
Defensoria
Pública
da
União
(DPU)
teve
reajustes.
Se
continuar
assim,
no
ano
que
vem,
eles
vão
ganhar
mais
que
os
ministros
do
STF
(Supremo
Tribunal
Federal).
Isso,
fora
os
honorários
de
sucumbência
a
que
eles
têm
direito
—
até
R$
20
mil
por
pessoa,
dependendo
do
mês.
Temos
o
pessoal
da
Receita
Federal,
que
ganhou
aumento
e
bônus
de
produtividade.
Vão
ter
vencimentos
acima
do
teto.
O
que
as
associações
de
magistrados
estão
trabalhando
é
essa
coisa
da
desvalorização
da
nossa
carreira”,
complementou
Esteves. “Seja
como
moradia
ou
como
aumento
de
subsídio,
o
importante
é
que
os
integrantes
da
carreira
não
sejam
prejudicados.
Precisa
haver
uma
valorização
da
magistratura.
A
história
da
votação
foi
anunciada
pela
Cármen
Lúcia
numa
reunião
entre
os
diretores
de
associações,
mas
o
tema
era
outro.
Isso
foi
apenas
um
recado
informal”,
lembra
o
magistrado,
que
milita
pelo
aumento
de
salários
em
detrimento
do
auxílio-moradia. De
acordo
com
a
especialista
em
contas
públicas
Selene
Peres
Nunes,
uma
das
criadoras
da
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal
(LRF),
muito
mais
que
exagerada,
essa
situação
é
“absurda”.
“Condicionar
o
cancelamento
do
auxílio-moradia
ao
aumento
dos
salários
é
ridículo,
uma
coisa
absurda.
Acho
até
justo
que
o
magistrado
que
sai
do
domicílio
—
por
exemplo,
o
juiz
estadual
segue
da
capital
para
o
interior
—
receba.
Mas
aquele
que
vive
aqui,
trabalha
aqui
e
ganha
dinheiro
para
moradia,
é
absurdo.
Quando
você
presta
um
concurso,
sabe
que,
eventualmente,
vai
ter
que
se
mudar
de
cidade.
Foi
assim
comigo.
Saí
do
Rio
e
vim
para
Brasília.
Opção
minha.
E
eu
não
recebo
esse
auxílio-moradia.
Cadê
a
equidade?”,
questiona. A
professora
acredita
que
o
aumento
de
salários
pode
inchar
ainda
mais
o
orçamento
da
Justiça.
“Aumentar
os
salários
da
categoria
cria
uma
conta
muito
maior,
porque
mais
gente
recebe”.
O
argumento
justifica-se
porque,
hoje,
só
recebe
o
auxílio
quem
está
na
ativa.
Com
a
mudança,
os
aposentados
e
pensionistas
também
passam
a
receber
mais.
“Por
isso
essa
briga,
que,
na
minha
opinião,
é
absurda.
Precisa
tirar
o
auxílio
e
deixar
o
salário,
o
mais
alto
do
funcionalismo
público,
como
está”,
acrescenta. Trabalhista Quem
mais
gasta
com
auxílio-moradia
é
a
Justiça
do
Trabalho.
Neste
ano,
ela
deve
consumir
R$
197,7
milhões
com
o
pagamento
do
benefício.
“A
Justiça
do
Trabalho
é
tão
cara
—
e
tão
lenta
em
prestação
de
serviços
à
sociedade
—
que,
caso
ela
fosse
destituída
e
o
Estado
indenizasse
seus
requerentes,
seria
mais
rápido
e
mais
barato”,
acredita
a
ministra
aposentada
Eliana
Calmon,
ex-corregedora
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
(CNJ). Levantamento
do
CNJ,
aliás,
aponta
que
90%
dos
gastos
do
Judiciário
correspondem
ao
pagamento
de
pessoal.
Um
levantamento
realizado
sob
a
supervisão
da
ministra
Cármen
Lúcia
detalha
que
a
força
de
trabalho
do
Poder
Judiciário
conta
com
451.497
mil
pessoas,
entre
concursados
e
terceirizados,
dos
quais
17.338
juízes,
278.515
servidores
e
155.644
auxiliares. Fonte:
Correio
Braziliense,
de
19/1/2018
Cármen
Lúcia
enfrenta
o
“maldito”
auxílio-moradia A
presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal
tem
“encontro
marcado”
com
um
dos
mais
graves
e
controvertidos
problemas
do
Judiciário
e
do
Ministério
Público. A
coluna
“Painel“,
da
Folha,
informa
nesta
quinta-feira
(18)
que
Cármen
Lúcia
“avisou
a
dirigentes
de
associações
de
magistrados
que
vai
colocar
em
votação,
no
início
de
março,
a
ação
que
pode
acabar
com
o
auxílio-moradia”. Liminar
concedida
pelo
ministro
Luiz
Fux
em
setembro
de
2014
–e
não
julgada
até
hoje–
abriu
a
porteira
para
a
concessão
do
auxílio-moradia
para
a
magistratura,
decisão
na
qual
o
Ministério
Público
pegou
carona. “Nós
vamos
ter
um
encontro
marcado”,
previu
em
maio
de
2016
o
ministro
Gilmar
Mendes,
durante
sessão
em
que
criticou
“esse
maldito
e
malfadado
auxílio-moradia”. Gilmar
foi
acompanhado,
na
ocasião,
pelas
ministras
Rosa
Weber
e
Cármen
Lúcia,
diante
do
então
presidente
do
Supremo,
Ricardo
Lewandowski,
visivelmente
constrangido. “Presidente,
acredito
que
esse
tribunal
tem
uma
grande
responsabilidade.
Estou
convencido
de
que
aqui
se
cuida
da
violação
de
poder.
(…)
Me
parece
que
temos
que
meditar
muito
sobre
isso.
Se
nós
não
o
fizermos,
certamente
a
realidade
vai
impor
limites”,
advertiu. Rosa
Weber
concordou:
“Entendo
eu
que
esse
plenário
tem
encontro
marcado
com
esse
tema,
no
que
diz
respeito
às
vantagens
que
estão
sendo
asseguradas,
[como]
o
auxílio-moradia
à
magistratura”.
“Tenho
posição
firmada
há
muito
tempo”,
disse
Rosa
Weber. Mendes
disse
que
“o
Brasil
se
converteu
nos
últimos
anos,
inclusive
ajudado
pela
agenda
associativa
sindical,
numa
república
corporativa”.
“Regulamenta-se
tudo,
de
forma
generosa,
como
a
prestação
de
diárias
e
gratificações.” “Hoje,
paga-se
auxílio-moradia
para
todos
os
magistrados,
casados
ou
não,
tendo
moradia
ou
não,
em
nome
da
autonomia
administrativa-financeira”,
protestou. O
então
presidente
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
José
Renato
Nalini
admitiu,
numa
entrevista
à
televisão,
a
distorção
que
muitos
não
reconhecem:
“O
auxílio-moradia
disfarça
um
aumento
do
subsídio
que
está
defasado”. Eis
alguns
fatos
que
confirmam
o
aparente
descontrole
na
concessão
desses
benefícios
(independente
de
eventuais
desdobramentos
que
tenham
surgido): -
Em
fevereiro
de
2015,
os
quatro
ramos
do
Ministério
Público
da
União
cogitaram
não
quitar
contratos
continuados
para
garantir
o
pagamento
do
auxílio-moradia. -
Em
maio
de
2016,
o
ministro
Dias
Toffoli,
do
Supremo
Tribunal
Federal,
manteve
decisão
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
que
determinou
ao
Tribunal
de
Justiça
de
Mato
Grosso
suspender
o
pagamento
de
auxílio-moradia
a
magistrados
aposentados
e
pensionistas. -
Em
agosto
de
2016,
o
STJ
manteve
decisão
do
Tribunal
de
Justiça
de
Santa
Catarina
que
suspendeu
o
pagamento
de
auxílio-moradia
para
magistrados
casados
entre
si. -
Em
outubro
de
2017,
o
corregedor
nacional
de
Justiça,
ministro
João
Otávio
de
Noronha,
suspendeu
liminarmente
ato
do
Tribunal
de
Justiça
do
Rio
Grande
do
Norte
que
concedia
o
pagamento
de
auxílio-moradia
retroativo
aos
magistrados
estaduais. -
Em
dezembro
de
2017,
o
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público
confirmou
o
entendimento
de
que
o
auxílio-moradia
não
deve
ser
pago
caso
o
cônjuge
também
receba
o
benefício
e
more
no
mesmo
local. Nesta
quarta-feira
(17),
a
coluna
“Painel”
revelou
que
“o
auxílio-moradia
pago
a
juízes
continua
custando
caro
à
União”. “Com
quase
R$
200
milhões,
a
Justiça
do
Trabalho
lidera
a
previsão
de
gasto
com
auxílio-moradia
em
2018.” “Dos
cinco
órgãos
que
lideram
a
previsão
de
gastos
com
o
auxílio-moradia,
três
são
ligados
ao
Judiciário.
A
Justiça
do
Trabalho
desponta
em
primeiro
lugar,
o
MPU
aparece
na
terceira
colocação
(R$
124,1
milhões)
e
a
Justiça
Federal,
na
quinta
(R$
107,4
milhões)”. Ainda
segundo
a
coluna,
“diversas
associações
ameaçam
declarar
guerra
ao
STF
numa
tentativa
de
fazer
Cármen
Lúcia
recuar”. Em
setembro
último,
o
editor
deste
Blog
fez
os
seguintes
registros,
em
palestra
no
Conselho
Nacional
de
Justiça: “Eis
um
indicador
de
como
o
tempo
é
curto
para
o
administrador.
A
atual
gestão
do
Supremo
e
do
CNJ
ainda
não
havia
completado
um
ano
e
um
site
de
advogados,
o
‘Migalhas’,
fez
a
seguinte
provocação,
semanas
atrás: “O
mandato
da
ministra
Carmen
Lúcia
acabou
e
ninguém
ainda
foi
avisado.
Só
isso
explica
a
chefe
do
Judiciário,
para
aplacar
a
mídia,
assinar
uma
portaria
querendo
que
os
tribunais
mandem
para
o
CNJ
o
valor
dos
vencimentos
dos
juízes”. E
concluía:
“Por
que,
ao
invés
de
adular
a
plateia,
a
presidente
do
Supremo
não
coloca
em
pauta
a
vergonhosa
questão
do
auxílio-moradia?” Se
cumprir
a
agenda
e
enfrentar
o
corporativismo,
Cármen
Lúcia
poderá,
nessa
seara,
reverter
o
desgaste
percebido
pela
advocacia. Como
já
afirmou
Joaquim
Falcão,
diretor
da
FGV
Direito
Rio
e
ex-conselheiro
do
CNJ,
“pautar
o
processo
e
chamá-lo
a
julgamento
são
escolhas
discricionárias
de
responsabilidade
do
presidente”. Fonte:
Blog
do
Fred,
de
19/1/2018
Temer
calcula
ter
R$
30
bi
para
aprovar
Previdência O
Palácio
do
Planalto
vai
abrir
as
torneiras
das
emendas
parlamentares
para
aprovar
a
reforma
da
Previdência
antes
do
fim
de
fevereiro
e
consolidar
a
estratégia
de
montar
uma
ampla
frente
eleitoral
com
todos
os
partidos
da
base
aliada.
O
governo
Michel
Temer
avalia
ter
um
“arsenal”
maior
do
que
o
usado
em
votações
importantes
do
ano
passado
para
convencer
o
Congresso
a
votar
a
matéria
e
aglutinar
a
base. Do
ano
passado,
somente
em
restos
a
pagar
de
emendas
parlamentares
–
que
podem
ser
destinadas
por
deputados
federais
e
senadores
a
redutos
eleitorais
–
e
novas
emendas
do
Orçamento
deste
ano
são
mais
de
R$
20
bilhões.
Somados
outros
R$
10
bilhões
que
o
governo
estima
economizar
ainda
neste
ano
caso
a
reforma
da
Previdência
seja
aprovada,
e
que
seriam
usados
em
obras
que
podem
render
dividendos
eleitorais
aos
aliados
neste
ano,
o
valor
do
“arsenal”
de
Temer
pode
superar
R$
30
bilhões. Na
avaliação
do
Planalto,
a
reforma
é
o
que
falta
para
a
construção
de
uma
candidatura
única
de
centro
e,
assim,
assegurar
a
maior
parcela
de
tempo
no
rádio
e
na
TV
e
do
fundo
eleitoral.
Nesta
quinta-feira,
18,
o
Estado
mostrou
que
Temer
vai
condicionar
a
manutenção
dos
partidos
no
comando
de
ministérios
ao
apoio
a
um
único
nome
na
disputa
pela
Presidência
na
tentativa
de
isolar
o
ex-presidente
Luiz
Inácio
Lula
da
Silva
e
o
PT. Temer
e
seus
aliados
avaliam
que
a
aprovação
da
reforma
da
Previdência
deve
gerar
mais
investimentos
na
economia
e,
consequentemente,
uma
sensação
de
melhora
que
pode
resultar
em
votos.
Além
disso,
teria
um
caráter
simbólico
de
coesão
dos
partidos
da
base
que
pode
ser
levado
para
a
campanha
eleitoral.
Além
de
poder
usar
os
restos
a
pagar
de
2017,
o
governo
tem
todo
o
potencial
de
liberação
de
emendas
do
Orçamento
de
2018
para
convencer
os
parlamentares.
Nas
palavras
de
um
auxiliar
de
Temer,
“ano
novo,
Orçamento
novo”. Empenho.
Dos
R$
10,74
bilhões
em
emendas
empenhadas
do
ano
passado,
apenas
R$
2,27
bilhões
foram
pagos
até
dezembro.
O
restante
(R$
8,47
bilhões)
é
enquadrado
como
restos
a
pagar
que
o
governo
pode
executar
ao
longo
deste
ano.
No
Orçamento
de
2018,
há
mais
R$
11,8
bilhões
autorizados
para
deputados
e
senadores.
O
cálculo
leva
em
conta
tanto
as
emendas
que
foram
apresentadas
individualmente
quanto
as
formuladas
pelas
bancadas
estaduais. Para
atender
às
demandas
dos
parlamentares,
porém,
o
governo
também
terá
de
cumprir
as
restrições
impostas
pela
lei
eleitoral,
que
proíbe
a
transferência
de
recursos
da
União
para
Estados
e
municípios
nos
três
meses
que
antecedem
a
votação.
Assim,
de
julho
a
setembro
o
governo
só
poderá
pagar
emendas
que
forem
empenhadas
até
junho. Conforme
o
Estado
mostrou
no
início
deste
mês,
Temer
bateu
recorde
de
liberação
de
emendas
em
2017,
ano
em
que
precisou
negociar
o
apoio
de
deputados
para
suspender
o
andamento
de
duas
denúncias
contra
ele.
O
valor
empenhado
no
ano
passado
representou
um
crescimento
de
48%
em
relação
ao
ano
anterior
e
68%
maior
do
que
o
liberado
em
2015,
quando
a
execução
das
emendas
se
tornou
obrigatória. Na
avaliação
do
Planalto,
com
a
proibição
de
doações
eleitorais
de
empresas
e
a
consequente
redução
de
verbas
para
campanha,
a
máquina
governamental
deve
ter
peso
redobrado
no
pleito
deste
ano.
As
novas
regras
eleitorais
estão
no
centro
da
estratégia
de
Temer.
O
Planalto
estima
que
as
direções
partidárias
saem
fortalecidas
com
a
criação
do
fundo
eleitoral,
cuja
distribuição
de
verbas
vai
ficar
a
cargo
dos
presidentes
e
tesoureiros
das
legendas.
Assim,
um
deputado
rebelde
pode
ser
“punido”
com
menos
recursos.
Por
isso
o
governo
aposta
no
fechamento
de
questão
dos
partidos
aliados
em
torno
da
Previdência
e
deve
usar
a
reforma
ministerial
para
prestigiar
as
direções
partidárias.
Um
exemplo
disso
é
a
insistência
na
manutenção
do
nome
da
deputada
Cristiane
Brasil
(PTB-RJ)
para
o
Ministério
do
Trabalho.
Apesar
de
considerar
ter
hoje
mais
armas
do
que
no
ano
passado,
o
governo
não
vai
colocar
a
reforma
em
votação
se
não
tiver
certeza
da
aprovação.
Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
de
19/1/2018
TJ-SP
estuda
criar
vara
especializada
em
lavagem
e
crimes
contra
licitações A
nova
cúpula
da
Justiça
de
São
Paulo
deverá
analisar
neste
ano
a
criação
de
uma
vara
especializada
para
acompanhar
processos
sobre
organização
criminosa
e
lavagem
de
dinheiro,
além
de
delitos
relacionados,
como
crimes
contra
a
ordem
econômica
e
a
Lei
de
Licitações,
quando
não
envolverem
a
União. Até
o
ano
passado,
tramitavam
em
São
Paulo
pelo
menos
1.405
processos
relacionados
a
esses
delitos,
segundo
levantamento
da
Secretaria
de
Primeira
Instância.
A
ideia
é
concentrar
ações
penais
e
investigações
em
andamento
na
32ª
Vara
Criminal
da
capital
paulista,
por
ser
a
mais
nova
dentre
as
unidades
do
Fórum
Ministro
Mário
Guimarães,
na
Barra
Funda. O
presidente
do
Tribunal
de
Justiça,
desembargador
Manoel
Pereira
Calças,
já
aprovou
parecer
favorável
em
outubro
de
2017,
quando
era
corregedor-geral.
O
documento
foi
encaminhado
ao
Conselho
Superior
da
Magistratura,
formado
por
sete
integrantes
da
corte.
Em
dezembro,
o
grupo
preferiu
deixar
a
análise
para
a
gestão
que
assumiria
agora. Calças
declarou
à
ConJur
que
criar
a
vara
é
importante
para
atender
“essa
nova
reclamação
da
sociedade,
no
sentido
de
punição
daqueles
que
fazem
parte
da
máquina
pública
e
que
agem
de
forma
ilegal”. Ele
afirma
que,
na
falta
de
juízos
especializados,
varas
distintas
acabaram
recebendo
processos
sobre
a
chamada
“máfia
dos
fiscais”
(sobre
servidores
da
Prefeitura
de
São
Paulo
que
cobravam
propinas
de
empreiteiras
para
reduzir
o
valor
do
ISS).
“Isso
não
é
bom,
até
porque
pode
haver
decisões
conflitantes”,
afirma
o
atual
presidente. O
parecer,
elaborado
por
juízes
que
assessoravam
Pereira
Calças
até
dezembro,
também
diz
que
a
demanda
por
uma
nova
estrutura
surgiu
com
“o
crescimento
dos
cartéis
criminosos”,
que
praticam
crimes
“de
modo
sofisticado
e
com
enorme
capacidade
de
ocultação
de
suas
operações
ilícitas”. Para
enfrentar
esse
novo
cenário,
o
documento
afirma
ser
necessário
ter
juízes
com
conhecimento
de
“institutos
probatórios
não
corriqueiros”,
como
a
delação
premiada,
grampos
ambientais,
ações
controladas
e
alienações
antecipadas. Os
autores
defendem
que,
quando
a
vara
for
implantada,
já
receba
todos
os
inquéritos
e
as
ações
penais
sobre
o
tema.
A
transferência,
segundo
eles,
não
viola
o
princípio
do
juiz
natural,
pois
o
Supremo
Tribunal
Federal
já
reconheceu
que
é
possível
alterar
a
competência
territorial
em
razão
da
matéria,
sem
mudar
a
competência
material
(HC
113.018). No
ano
passado,
o
tribunal
implantou,
pela
primeira
vez,
a
especialização
em
Direito
Empresarial,
com
duas
varas
no
Fórum
João
Mendes. Origem A
especialização
de
varas
criminais
é
mais
comum
na
Justiça
Federal,
nos
crimes
contra
o
sistema
financeiro
e
que
envolvam
a
União.
Rio
de
Janeiro,
São
Paulo
e
Curitiba
foram
as
primeiras
varas
federais
com
foco
específico
nesse
tipo
de
assunto.
Brasília
vai
instalar
em
fevereiro
uma
unidade
especializada,
também
na
Justiça
Federal. O
grupo
que
planejou
as
mudanças
foi
comandado
pelo
ministro
aposentado
do
Superior
Tribunal
de
Justiça
Gilson
Dipp,
também
ex-corregedor
nacional
da
Justiça. Fonte: Conjur, de 18/1/2018
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