15 Mai 17 |
Reconhecida responsabilidade do Estado de SP por dívida da Vasp com a União
O
ministro
Gilmar
Mendes,
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF),
julgou
procedente
em
parte
pedido
do
Estado
de
São
Paulo
para
evitar
que
seja
retido
repasse
de
recursos
pela
União
em
decorrência
de
dívidas
da
antiga
Viação
Aérea
São
Paulo
(Vasp).
Na
Ação
Cível
Originária
(ACO)
776,
a
decisão
impede
a
execução
de
parte
da
dívida,
porém
reconhece
a
validade
e
possibilidade
de
retenção
de
parte
do
débito,
equivalente
a
US$
260
milhões
em
valores
de
1990. Foi
reconhecida
a
parte
do
débito
renegociada
em
contrato
realizado
em
26
de
setembro
de
1990,
poucos
dias
antes
da
privatização
da
companhia,
ocorrida
em
1º
de
outubro
daquele
ano.
O
contrato
de
renegociação
foi
firmado
com
o
objetivo
de
equalizar
dívidas
anteriores
e
possibilitar
refinanciamento
de
outras
pela
União,
visando
tornar
a
empresa
atrativa
para
o
setor
privado. Por
ostentar
a
condição
de
fiador,
o
Estado
de
São
Paulo
acabou
assumindo
responsabilidade
solidária
direta
da
dívida.
Contudo,
o
ministro
Gilmar
Mendes
observou
que
a
cláusula
segunda
do
contrato,
relativo
à
incorporação
de
novos
financiamentos
ao
saldo
devedor,
cria
óbice
à
execução
de
parte
da
dívida.
Isso
porque
determina
o
repasse
de
benefícios
eventualmente
obtidos
pela
União
de
renegociações
com
credores
externos.
Tais
descontos
foram
obtidos
pela
União
mas
não
repassados
ao
saldo
devedor,
o
que
torna
a
dívida
ilíquida
para
fim
de
cobrança. “É
o
caso
de
declarar-se
que
o
valor
do
saldo
devedor,
o
qual
pode
ser
objeto
de
retenção
(por
ser
certo,
líquido
e
exigível),
restringe-se
ao
refinanciamento
da
obrigação
principal
assumida
em
26
de
setembro
de
1990,
consubstanciada
na
dívida
anteriormente
existente,
qual
seja,
US$
260.619.097,38”,
diz
a
decisão. Porém
os
acréscimos
ao
saldo
devedor
provenientes
de
financiamentos
posteriores
à
assinatura
do
contrato
só
obrigam
o
pagamento
pelo
fiador
caso
se
tornem
líquidos. Planos
econômicos O
ministro
também
afastou
alegação
do
Estado
de
São
Paulo
de
que
o
saldo
devedor
deveria
ser
compensado
com
crédito
de
R$
1,5
bilhão
da
Vasp
em
relação
à
União,
devido
em
razão
do
congelamento
de
tarifas
imposto
por
planos
econômicos
passados.
O
caso
está
em
disputa
judicial,
e
segundo
alega
o
Estado
de
São
Paulo,
o
direito
já
foi
reconhecido
pelo
Tribunal
Regional
Federal
da
1ª
Região
(TRF-1).
O
ministro
do
STF
considerou
a
compensação
inviável
porque
o
alegado
crédito
da
companhia
com
a
União
não
ostenta
caráter
de
liquidez. Outro
ponto
abordado
foram
os
repasses
da
União
que
poderiam
ser
retidos
para
fim
de
pagamento
de
dívida.
O
ministro
considerou
válidas
as
retenções
dos
recursos
do
Fundo
de
Participação
dos
Estados
e
aqueles
créditos
referentes
ao
Imposto
sobre
Produtos
Industrializados
(IPI)-Exportação.
Afastou
parcelas
referentes
ao
Imposto
sobre
Circulação
de
Mercadorias
e
Serviços
(ICMS)
oriundos
da
Lei
Kandir
(Lei
Complementar
87/1996)
e
da
Medida
Provisória
(MP)
237/2005,
por
ausência
de
previsão
legal. Fonte: site do STF, de 12/5/2017
OAB
defende
contagem
de
prazos
em
dias
úteis
nos
juizados
especiais A
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil
quer
que
os
prazos
dos
juizados
especiais
sejam
contados
em
dias
úteis,
conforme
prevê
o
artigo
219
do
novo
Código
de
Processo
Civil.
O
Conselho
Pleno
da
entidade
aprovou
a
adoção
de
medidas,
ainda
não
definidas,
para
que
a
regra
seja
aplicada. Segundo
a
OAB,
o
dispositivo
não
tem
sido
respeitado
em
alguns
tribunais,
causando
insegurança
jurídica
para
os
advogados.
A
proposta
foi
relatada
pela
Conselheira
Federal
Francilene
Gomes
de
Brito,
do
Ceará. “A
determinação
corrida
dos
prazos
viola
garantia
trabalhista,
obrigando
o
advogado
a
exercer
normalmente
suas
funções
aos
fins
de
semana,
igualando-os
aos
dias
úteis
aqueles
que
deveriam
ser
destinados
ao
descanso
semanal”,
disse. O
presidente
da
OAB,
Claudio
Lamachia,
lembrou
que
no
final
de
2016
entregou
ao
presidente
da
Câmara
dos
Deputados,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
o
anteprojeto
de
lei
de
autoria
da
OAB
para
acrescentar
a
aplicação
subsidiária
do
novo
Código
de
Processo
Civil
no
âmbito
dos
Juizados
Especiais
Cíveis,
Federais
e
da
Fazenda
Pública
na
parte
da
contagem
dos
prazos
processuais.
Com
informações
da
Assessoria
de
Imprensa
do
Conselho
Federal
da
OAB. Fonte: Conjur, de 13/5/2017
Valéria
Cristina
Farias
recebe
"Prêmio
PGE"
2016 Em
solenidade
realizada
na
manhã
desta
quinta-feira,
01.05.2017,
a
procuradora
do
Estado
Valéria
Cristina
Farias
recebeu
o
prêmio
“Procuradoria
Geral
do
Estado”
edição
2016
pelo
trabalho
“Política
tributária
e
climática
do
Estado
de
São
Paulo
–
O
viés
extrafiscal
do
IPVA,
do
ICMS
incidente
sobre
operações
internas
relativas
à
circulação
de
energia
elétrica
e
o
programa
de
estímulo
à
cidadania
fiscal”. Ao
fazer
seus
agradecimentos,
a
laureada
destacou
a
importância
da
iniciativa
e
da
condução
do
prêmio
instituído
pelo
Centro
de
Estudos
da
Procuradoria
Geral
do
Estado
(CEPGE)
que,
segundo
ela,
“serve
de
estímulo
e
dignifica
a
nossa
carreira
de
Procurador
na
defesa
dos
interesses
do
Estado
de
São
Paulo”. A
procuradora
do
Estado
chefe
do
CEPGE,
Mariângela
Sarrubbo
Fragata,
ressaltou
a
alegria
proporcionada
pela
oportunidade
de
mais
uma
vez
ver
encerrado
o
certame
com
Sucesso.
Observou
que
concorreram
quatro
trabalhos
e
que
a
excelência
e
qualidade
de
todos
eles
foram
destacadas
pela
Comissão
Examinadora.
Lembrou
que,
além
de
originalidade,
ineditismo
e
interesse
institucional,
a
qualidade
dos
estudos
é
fundamental
para
que
haja
um
laureado.
“Apesar
de
sempre
queremos
entregar
o
prêmio,
isso
só
acontece
quando
algum,
ou
alguns
dos
trabalhos,
atinge,
efetivamente,
um
grau
de
qualidade
superior”,
disse
ela. Para
a
subprocuradora
geral
do
Estado
da
Área
do
Contencioso
Tributário-Fiscal,
Maria
Lia
Pinto
Porto
Corona,
Valéria
Cristina
Farias
“é
um
exemplo
para
todos
nós”.
Ela
lembrou
que
desde
sua
atuação
na
Baixada
Santista,
quando
chegou
a
chefiar
a
Procuradoria
Regional
de
Santos
(PR-2),
o
trabalho
da
laureada
é
inspirador.
Ao
final
de
sua
fala,
Maria
Lia
exortou
a
todas
à
leitura
do
trabalho
premiado. Em
sua
fala,
o
procurador
geral
do
Estado,
Elival
da
Silva
Ramos
fez
questão
de,
além
de
analisar
as
especificidades
técnicas
do
texto,
lembrar
que
o
Prêmio
PGE
é
julgado
por
uma
banca
externa
à
Instituição,
com
participação
de
membros
de
instituições
de
ensino
jurídico
diversas
entre
si.
Além
disso,
os
trabalhos,
ao
serem
avaliados,
os
são
de
forma
que
os
julgadores
não
saibam
que
são
seus
respectivos
autores. Nesta
edição,
a
Comissão
Julgadora
foi
composta
pelos
professores
doutores
Flávio
Luiz
Yarshuell
(Faculdade
de
Direito
da
Universidade
de
São
Paulo
–
Fadusp),
Paulo
Cesar
Conrado
(Fundação
Getúlio
Vargas
–
FGV)
e
Silvio
Luis
Ferreira
da
Rocha
(Pontifícia
Universidade
Católica
de
São
Paulo
–
PUC/SP). Além
de
diversas
autoridades
da
PGE,
a
cerimônia
contou
ainda
com
as
presenças
do
marido
da
homenageada,
Marcelo
Gomes
Alba,
e
do
professor
e
orientador
da
laureada
na
Universidade
Católica
de
Santos
–
Unisantos,
Fernando
Cardozo
Fernandes
Rei. Fonte: site da PGE-SP, de 13/5/2017
Ministra
Cármen
Lúcia
apresenta
balanço
de
julgamentos
com
repercussão
geral
a
presidentes
de
TJs Na
sétima
reunião
realizada
com
os
presidentes
dos
Tribunais
de
Justiça
(TJs),
a
presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
e
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
(CNJ),
ministra
Cármen
Lúcia,
apresentou
um
balanço
dos
recursos
com
repercussão
geral
julgados
pelo
Plenário
do
STF.
Segundo
ela,
somente
este
ano
foram
julgados
pelo
Plenário
do
Supremo
30
recursos
com
repercussão
geral,
cujas
decisões
servirão
de
base
para
conclusão
de
milhares
de
processos
que
tramitam
em
todas
as
instâncias
do
Judiciário. A
ministra
informou
aos
desembargadores
que
ainda
há
54
recursos
com
repercussão
geral
para
serem
julgados
no
STF
e
que
irá
pautá-los
assim
que
eles
forem
liberados
para
julgamento.
Segundo
ela,
desde
fevereiro
tem
sido
priorizado
o
julgamento
de
casos
com
repercussão
geral
reconhecida
para
diminuir
o
acervo
dos
TJs.
Cármen
Lúcia
explicou
que
as
teses
aprovadas
em
decisões
com
repercussão
geral
são
disponibilizadas
no
site
do
Supremo
para
que
os
tribunais
apliquem
o
que
foi
decidido. A
presidente
do
Supremo
e
do
CNJ
se
comprometeu
a
enviar
um
ofício
aos
tribunais
no
dia
seguinte
à
publicação
da
ata
com
a
tese
de
repercussão
geral
aprovada.
Além
disso,
será
divulgado
um
enunciado
no
julgamento
dos
recursos
que
não
têm
repercussão
geral
reconhecida. Durante
a
reunião
também
foram
discutidos
assuntos
como
a
priorização
da
primeira
instância,
o
esforço
concentrado
para
julgar
recursos
criminais,
os
concursos
públicos
para
juiz
e
o
Processo
Judicial
Eletrônico
(PJe). Sobre
a
Meta
1
do
Judiciário
neste
ano
(julgar
mais
processos
que
os
distribuídos),
a
ministra
Cármen
Lúcia
avisou
que
ela
não
será
alterada,
como
desejavam
os
TJs.
No
entanto,
defendeu
que
os
processos
sobrestados
nos
tribunais,
que
aguardam
uma
posição
do
STF,
não
sejam
contabilizados
como
se
não
tivessem
sido
julgados. Ações
criminais A
presidente
voltou
a
pedir
empenho
para
que
os
TJs
façam
um
esforço
concentrado
para
julgar
recursos
da
área
criminal.
"Ainda
há
processos
pendentes
há
muito
tempo,
alguns
há
mais
de
cinco
anos.
Continua
sendo
um
gargalo
e
um
calcanhar
de
Aquiles
no
Judiciário",
afirmou. Em
relação
aos
concursos
para
juízes,
a
ministra
Cármen
Lúcia
informou
que
está
dando
prioridade
ao
assunto
no
CNJ,
levando
ao
Plenário
as
liminares
que
tratam
do
tema.
Ela
destacou
que
tramitam
hoje
no
STF
165
mandados
de
segurança
contra
medidas
cautelares
concedidas
pelo
Conselho
nessa
área.
"Precisamos
pacificar
isso
no
CNJ
para
os
concursos
não
ficarem
pendentes",
assinalou,
citando
que
em
80%
dos
casos
a
controvérsia
se
refere
aos
critérios
do
edital. Sobre
o
PJe,
a
ministra
entregou
um
questionário
aos
participantes
da
reunião
para
saber
como
está
a
situação
do
projeto
nos
estados.
"É
um
assunto
preocupante,
pois
os
gastos
são
enormes",
frisou.
No
próximo
dia
25,
haverá
uma
reunião
no
CNJ
para
discutir
o
tema
e
tirar
as
dúvidas
sobre
o
programa. Primeiro
grau A
ministra
Cármen
Lúcia
informou
aos
presidentes
dos
TJs
que
o
Conselho
fez
um
estudo
sobre
a
priorização
do
1°
grau.
Citou
que
não
será
adiada
a
implantação
da
Resolução
219,
do
CNJ,
que
dispõe
sobre
a
distribuição
de
servidores,
de
cargos
em
comissão
e
de
funções
de
confiança
nos
órgãos
do
Judiciário
de
1º
e
2º
graus,
como
queriam
os
tribunais
estaduais.
"Em
casos
específicos,
os
tribunais
podem
levar
ao
CNJ
a
justificativa
de
não
terem
cumprido
a
resolução
para
ver
o
que
podemos
fazer",
apontou. Violência A
ministra
aproveitou
a
reunião
para
anunciar
que
será
lançado,
no
âmbito
do
CNJ,
o
plano
Brasil
pela
Paz,
com
iniciativas
para
reduzir
a
violência
no
país
e
ajudar
as
vítimas.
Um
dos
objetivos
é
aperfeiçoar
o
Banco
Nacional
de
Mandados
de
Prisão
e
o
Cadastro
Nacional
de
Presos. O
plano
prevê
ainda
um
projeto
de
atenção
às
vítimas
de
violência.
"O
Estado
brasileiro
não
dá
atenção
a
essas
pessoas.
A
mãe
não
sabe
se
quem
matou
seu
filho
foi
condenado
e
onde
ele
está.
Temos
que
informar
às
vítimas
quando
será
o
julgamento.
Somos
responsáveis
pelo
réu
e
também
pela
vítima",
sustentou. A
ministra
Cármen
Lúcia
anunciou
ainda
que
irá
propor
a
nível
nacional
a
criação
de
Associações
de
Proteção
e
Amparo
aos
Condenados
(Apac)
para
menores
em
conflito
com
lei.
"A
Apac
é
um
projeto
da
comunidade
e
não
do
Estado
e
não
é
para
desencarcerar”,
ponderou.
A
proposta
é
que
tenha
uma
unidade
para
menores
masculinos
em
Itaúna
(MG),
onde
foi
criada
a
primeira
Apac,
e
outra
para
crianças
e
adolescentes
mulheres
em
Fortaleza
(CE). O
plano
prevê
também
um
choque
de
jurisdição
para
reduzir
o
número
de
presos
provisórios
e
um
diagnóstico
das
varas
criminais
para
reestruturá-las.
A
presidente
do
STF
e
do
CNJ
pediu
ainda
que
os
participantes
do
encontro
informem
a
ela,
até
o
próximo
dia
31
de
maio,
como
estão
as
condições
das
grávidas
e
lactantes
presas. Apenas
o
presidente
do
TJ
de
Rondônia
não
compareceu. Fonte:
site
do
STF,
de
12/5/2017 |
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