08 Jan 18 |
Governo
avalia
regra
mais
branda
para
agente
penitenciário
na
aposentadoria
Na
tentativa
de
conquistar
apoio
para
aprovar
a
reforma
previdenciária
em
fevereiro,
o
presidente
Michel
Temer
avalia
igualar
as
regras
de
aposentadoria
dos
agentes
penitenciários
às
dos
policiais
federais
e
legislativos.
A
proposta
é
discutida
como
uma
maneira
de
reverter
os
votos
de
pelo
menos
dez
deputados
que
se
declaram
indecisos. Em
conversa
com
a
Folha,
o
ministro
da
Secretaria
de
Governo,
Carlos
Marun,
avaliou
como
"justo"
que
sejam
adotadas
regras
mais
brandas
para
os
agentes. A
proposta
chegou
a
ser
discutida
em
maio
na
Câmara,
mas
foi
barrada
pelos
articuladores
do
Planalto. Marun
admitiu
rever
essa
posição,
mas
apenas
se
os
parlamentares
que
apoiam
a
mudança
se
comprometerem
a
defender
publicamente
a
reforma. "Eu
vejo
justiça
no
pleito
dos
agentes
penitenciários.
Se
eles
conseguirem
mobilizar
[deputados],
o
pleito
passa
a
ter
outro
peso",
disse. Pelo
último
balanço,
o
governo
conta
com
260
votos
favoráveis
à
reforma
e
enxerga
pelo
menos
cem
parlamentares
indecisos.
A
meta
é
conseguir
virar
metade
deles
até
19
de
fevereiro,
data
prevista
para
a
votação
da
proposta. Há
cerca
de
65
mil
agentes
penitenciários
em
atuação
no
país.
A
categoria,
embora
não
seja
numerosa
como
as
dos
demais
servidores
da
área
de
segurança,
é
organizada
e
combativa.
Em
maio,
invadiram
a
Câmara
para
pressionar
pela
flexibilização
das
regras. "Nós
somos
um
governo
do
diálogo
e
não
podemos
fechar
os
ouvidos
[para
reivindicações
de
categorias].
O
que
não
mude
os
pilares
da
proposta
pode
até
ser
aprimorado",
afirmou
o
ministro
Marun. Com
a
mudança,
os
agentes
penitenciários
passariam
a
ter
idade
mínima
de
55
anos
para
aposentadoria.
Sem
a
norma
diferenciada,
ficariam
enquadrados
nas
mesmas
regras
dos
servidores
públicos,
que
preveem
aposentadoria
a
partir
de
62
anos
(mulheres)
e
65
anos
(homens). Além
dessa
flexibilização,
o
Planalto
avalia
a
redução
da
idade
mínima
das
mulheres
de
62
para
60
anos
e
uma
regra
de
transição
mais
benéfica
para
quem
ingressou
no
funcionalismo
antes
de
2003. A
expectativa
é
que
essas
alterações
possam
conquistar
o
apoio
de
pelo
menos
mais
30
deputados. Pelas
flexibilizações
feitas
até
o
momento,
a
economia
prevista
com
a
reforma
será
de
60%
do
valor
original,
de
R$
793
bilhões
em
dez
anos. Os
ministros
Henrique
Meirelles
(Fazenda)
e
Eliseu
Padilha
(Casa
Civil)
já
defenderam
publicamente
que
não
é
possível
fazer
mais
alterações
na
proposta.
Nos
bastidores,
contudo,
o
entorno
do
presidente
avalia
que
apenas
com
novas
mudanças
será
possível
conseguir
apoio
para
aprovar
a
iniciativa. Até
a
data
de
votação,
Marun
calcula
que
o
governo
terá
quatro
semanas
para
conseguir
virar
os
50
votos
necessários.
Na
avaliação
dele,
a
próxima
semana
será
esvaziada
em
Brasília,
o
que
dificultará
a
atuação
do
governo. Por
conta
da
expectativa,
Padilha,
o
principal
articulador
do
Planalto
na
reforma,
vai
tirar
férias
até
o
dia
16.
Na
sua
ausência,
responderá
pelas
funções
da
pasta
o
subchefe
para
Assuntos
Jurídicos
da
Casa
Civil,
Gustavo
Rocha. A
escolha
é
um
reconhecimento
de
Temer
pelo
trabalho
do
assessor
presidencial,
considerado
um
de
seus
principais
conselheiros
jurídicos.
Fonte:
Folha
de
S.
Paulo,
de
8/1/2018
Vai
começar O
governador
de
São
Paulo,
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
quer
iniciar
em
fevereiro
a
transição
do
governo
para
o
seu
vice,
Márcio
França
(PSB).
O
presidenciável
tucano
já
começou
a
definir
quem
deve
deixar
o
secretariado. Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
Coluna
do
Estadão,
de
8/1/2018
Flávia
Piovesan
‘abre
o
leque’
na
luta
por
direitos Eleita
representante
do
Brasil
na
Comissão
Interamericana
de
Direitos
Humanos,
a
paulistana
Flávia
Piovesan
ainda
não
se
mudou
para
Washington
mas
já
está
com
a
mão
na
massa.
Recentemente
viajou
a
Frankfurt,
onde
participou
de
um
encontro
no
Max
Planck
Institute
sobre
sistemas
regionais
de
direitos
humanos.
Depois,
participou
de
uma
agenda
da
própria
CIDH
nos
EUA. Enquanto
“corre
atrás’
de
uma
casa
onde
morar
e
de
uma
escola
para
as
crianças
na
capital
americana,
a
ex-secretária
nacional
dos
Direitos
Humanos
de
Temer
achou
tempo
para
rever
e
atualizar
três
livros
sobre
sua
área
–
um
deles
na
17.ª
edição
–
que
serão
relançados
pela
editora
Saraiva. “Nem
defini
a
data
para
mudar”,
disse
à
coluna,
“mas
a
cabeça
já
está
nas
rotinas
da
nova
tarefa”.
De
que
rotinas
ela
fala?
A
primeira,
definir
seu
papel
em
um
dos
três
eixos
da
instituição
–
a
proteção
de
pessoas
ameaçadas,
as
relatorias
temáticas
e
as
relatorias
por
países.
Seu
destino
provável
–
a
ser
confirmado
na
distribuição
de
relatorias,
que
acontece
em
fevereiro
–
é
ficar
com
a
Colômbia.
Leia-se:
tornar-se
a
relatora
dos
assuntos
desse
país
e
cuidar
da
herança
das
Farc. A
missão
seguinte
é
prática.
“Trata-se
de
ajudar
os
ex-militantes
da
antiga
guerrilha
a
se
encaixarem
na
sociedade,
a
superar
seu
deslocamento,
orientá-los
nas
negociações
jurídicas
para
tornar
sua
longa
vida
na
selva
um
passado
a
ser
esquecido”,
resume
a
ex-secretária
do
governo
Temer. É
preciso
deixar
clara
a
diferença
entre
a
tarefa
da
comissão
e
a
das
instituições
políticas
e
diplomáticas.
“Não
cuidamos
de
assuntos
de
governo,
ou
dos
de
natureza
policial.
A
nossa
missão
é
proteger
pessoas,
servir
como
um
pronto-socorro
para
quem,
muitas
vezes,
está
em
perigo
de
vida.”
A
função
da
CIDH,
insiste
a
nova
integrante,
“é
salvar
vidas,
contribuir
para
tirar
do
mapa
os
regimes
ditatoriais,
fortalecer
por
todo
lado
o
Estado
de
Direito”. Flávia
quer
“carregar”
para
dentro
dessa
operação
as
universidades
–
um
aprendizado
recente
que
a
deixou
entusiasmada.
“Já
fizemos
isso
no
Brasil,
entre
a
Secretaria
Especial
dos
Direitos
Humanos
e
universidades
de
alguns
Estados.
Queremos
ampliar
essa
experiência,
convocar
esses
estudiosos,
colocar
a
pesquisa
e
os
dados
a
serviço
de
soluções
para
os
desequilíbrios
regionais.
E
produzir
assim
um
impacto
em
toda
a
região.” Não
é
fácil,
e
não
é
pouco
o
trabalho.
“Estamos
lidando
com
a
região
mais
desigual
e
mais
violenta
do
planeta”,
resume
a
nova
integrante
da
comissão.
E,
entre
os
conflitos
do
continente,
os
vividos
por
Venezuela,
México
e
Honduras
são
os
mais
urgentes.
Quanto
à
Venezuela,
que
define
como
“um
país
na
UTI”,
a
representante
brasileira
acha
“lamentável”
a
ideia,
sugerida
dias
atrás,
de
intervenção
externa.
“Isso
traria
o
colapso
de
vez.
É
preciso
achar
sempre
um
caminho
para
o
diálogo.” Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
Coluna
Direto
da
Fonte,
por
Sonia
Racy,
de
6/1/2018
Justiça
garante
posse
de
candidata
com
Síndrome
de
Asperger A
12ª
Câmara
de
Direito
Público
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
garantiu
o
direito
a
nomeação
e
posse
de
uma
pessoa
com
deficiência
em
cargo
da
Secretaria
de
Administração
do
Município
de
Osasco.
A
candidata,
que
possui
síndrome
de
Asperger,
foi
aprovada
em
concurso
para
o
cargo
de
fiscal
tributário,
dentre
as
vagas
reservadas
a
pessoas
com
deficiência,
mas
reprovada
na
perícia
médica.
Segundo
os
médicos
da
Prefeitura,
a
aspirante
à
vaga
não
apresentava
deficiência
alguma.
A
candidata
entrou
com
mandado
de
segurança
contra
a
avaliação
médica
que
a
impediu
de
ser
nomeada. Em
primeiro
grau,
o
juiz
José
Tadeu
Picolo
Zanoni,
da
1ª
Vara
da
Fazenda
Pública
de
Osasco,
garantiu
a
nomeação
e
a
posse,
diante
da
documentação
nos
autos
que
comprova
a
deficiência
da
candidata
e,
também,
com
base
na
legislação
que
considera
como
deficiente
a
pessoa
com
“transtorno
do
espectro
autista”,
no
qual
a
síndrome
de
Asperger
se
inclui. Em
reexame
necessário
do
mandado
de
segurança,
foi
confirmada
a
decisão
judicial,
pelos
mesmos
fundamentos.
Em
seu
voto,
o
relator
do
caso,
desembargador
José
Manoel
Ribeiro
de
Paula,
afirmou
que
“existe
farta
documentação
nos
autos
que
atesta
a
deficiência
da
impetrante,
ou
seja,
relatórios
médicos
desde
2013
assinados
por
médicos
que
compravam
a
existência
da
doença”. Participaram
do
julgamento
os
desembargadores
Edson
Ferreira
da
Silva
e
José
Roberto
de
Souza
Meirelles.
A
votação
foi
unânime. Reexame
Necessário
nº
1009260-43.2017.8.26.0405 Fonte: site do TJ-SP, de 6/1/2018
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