07 Ago 17 |
Maia pede que presidente não ceda na Previdência
Após
a
denúncia
por
corrupção
passiva
ser
rejeitada
por
263
deputados
na
semana
passada,
o
presidente
Michel
Temer
fez
ontem
um
afago
ao
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
e
aceitou
suas
sugestões
para
não
ceder
antes
da
hora
na
negociação
da
reforma
da
Previdência. Em
reunião
no
Palácio
do
Planalto,
da
qual
também
participaram
ministros,
Temer
concordou
com
as
observações
de
Maia
e
deu
sinais
de
que
vai
transformá-lo
numa
espécie
de
articulador
da
reforma,
curando
feridas
deixadas
no
relacionamento
dos
dois
no
processo
de
votação
da
denúncia. O
presidente
disse
em
entrevista
ao
Estado,
publicada
no
sábado,
que
as
mudanças
na
Previdência
poderiam
se
resumir
à
fixação
da
idade
mínima
para
aposentadoria
(65
anos
para
homens
e
62
para
mulheres)
e
ao
corte
dos
privilégios
do
funcionalismo.
Na
reunião
de
ontem,
porém,
ouviu
de
Maia
que
é
preciso
discutir
também
um
modelo
de
transição
para
os
que
ingressaram
no
serviço
público
antes
de
2003.
O
deputado
defendeu
uma
campanha
publicitária
para
mostrar,
em
termos
didáticos,
que
os
aposentados
podem
ficar
sem
receber,
como
no
Rio,
se
nada
for
feito
agora. “Queremos
uma
reforma,
não
uma
meia-sola”,
afirmou
o
ministro
da
Secretaria-Geral
da
Presidência,
Moreira
Franco,
que
também
participou
da
reunião.
“O
presidente
pediu
trabalho
e
empenho
para
que
possamos
cumprir
a
agenda
econômica.
São
medidas
que
podem
dar
tranquilidade
fiscal,
como
a
Previdência,
a
simplificação
tributária
e
o
Refis.”
Além
do
Programa
de
Recuperação
Fiscal,
há
mais
de
20
Medidas
Provisórias
na
pauta
do
Congresso. Convocada
de
última
hora
por
Temer,
a
reunião
ocorreu
no
Planalto,
o
que
não
é
usual
no
fim
de
semana,
e
durou
quatro
horas.
Além
de
Maia
e
Moreira,
contou
com
o
presidente
do
Senado,
Eunício
Oliveira
(PMDB-CE),
e
dos
ministros
Henrique
Meirelles
(Fazenda)
e
Antônio
Imbassahy
(Governo).
Gravação.
Antes
de
o
plenário
da
Câmara
derrubar
a
denúncia
contra
Temer,
na
quarta-feira,
Maia
chegou
a
ser
olhado
com
desconfiança
por
auxiliares
do
presidente.
Primeiro
nome
na
linha
sucessória
da
Presidência
da
República,
o
deputado
foi
acusado
de
se
movimentar
para
ocupar
a
cadeira
do
peemedebista
e
não
escondeu
a
mágoa. O
encontro
de
ontem
serviu
para
serenar
os
ânimos.
A
convite
de
Temer,
Maia
também
gravou
um
vídeo
no
Planalto,
que
foi
divulgado
na
rede
social
do
governo.
Falou
sobre
a
segunda
fase
das
ações
do
Executivo
no
Rio,
seu
reduto
eleitoral,
no
combate
ao
crime
organizado. A
portas
fechadas,
Meirelles
disse
que
o
mercado
estava
“ansioso”
por
um
prazo
para
a
reforma
da
Previdência.
A
ideia
do
Planalto
é
aprová-la
na
Câmara
até
setembro,
mas
Eunício
afirmou
que
o
Congresso
não
pode
fixar
um
prazo
definitivo.
“Eu
tenho
que
pensar
no
consumidor,
e
não
no
mercado”,
reagiu
o
presidente
do
Senado.
“Se
aprovar
a
idade
mínima,
50%
está
resolvido.
Já
é
metade
da
reforma”,
completou. Por
se
tratar
de
Proposta
de
Emenda
à
Constituição
(PEC),
o
governo
precisa
de
308
votos
na
Câmara
e
49
no
Senado,
em
duas
votações,
para
mudar
as
regras
da
aposentadoria.
A
base
aliada
está
dividida
e
Temer
quer
uma
radiografia
dos
partidos
para
saber
com
quem
pode
contar
nos
próximos
embates.
A
maior
divisão
ocorre
no
PSDB,
que
constantemente
ameaça
abandonar
o
governo. O
discurso
oficial
é
o
de
que
não
haverá
retaliação
aos
infiéis,
mas
Temer
disse
ao
Estado
que
quem
estiver
“sentindo-se
mal”
no
governo
deve
deixar
a
equipe.
Na
votação
da
denúncia,
22
deputados
tucanos
se
posicionaram
a
favor
do
presidente,
21
contra
e
4
se
abstiveram.
“Estamos
entrosados,
motivados
e
temos
o
compromisso
de
fazer
o
máximo
para
que
a
pauta
de
modernização
do
País
avance”,
amenizou
Imbassahy,
um
dos
quatro
ministros
do
PSDB. Ao
Estado,
Temer
elogiou
a
atuação
de
Maia
nos
últimos
dias.
“O
presidente
Rodrigo
Maia
se
comporta
como
estadista
porque
cumpre
rigorosamente
o
regimento
interno
da
Câmara
e
a
Constituição.
O
exemplo
dele
deve
servir
para
vários
outros
militantes
da
área
jurídica,
que
muitas
vezes
ultrapassam
os
limites
da
lei”,
argumentou
o
presidente
em
um
recado
indireto
ao
procurador-geral
da
República,
Rodrigo
Janot.
Pela
contabilidade
do
Planalto,
muitos
dos
aliados
que
votaram
contra
Temer
na
quarta
vão
aprovar
a
reforma
da
Previdência.
Questionado
se
confiava
no
apoio
do
PSDB,
o
presidente
respondeu:
“Não
acredito
que
eles
votem
contra
o
Brasil". Fonte: Estado de S. Paulo, de 7/8/2017
Governo
quer
impor
agenda
de
reforma
sem
ter
votos
para
aprová-la O
governo
quer
impor
a
discussão
da
reforma
da
Previdência
como
passo
seguinte
à
decisão
da
Câmara
que
barrou
a
denúncia
contra
o
presidente
Michel
Temer. No
dia
posterior
ao
resultado
que
segurou
a
acusação
da
PGR,
o
ministro
Henrique
Meirelles
(Fazenda)
declarou
que
a
regra
da
aposentadoria
deve
ser
votada
até
o
mês
de
outubro. Seu
colega
Eliseu
Padilha
(Casa
Civil)
seguiu
o
mesmo
tom,
afirmando
que
o
tema
será
prioridade
do
Palácio
do
Planalto
a
partir
de
agora. Pelo
lado
da
Câmara,
o
presidente
Rodrigo
Maia
disse
ser
possível
apreciá-lo
em
setembro
no
plenário.
Ontem,
Temer
recebeu
Maia
no
Planalto
para
mapear
o
cenário
de
apoio. O
governo
e
seus
aliados
adotam
a
estratégia
do
otimismo
para
criar
um
ambiente
favorável
à
votação
do
texto.
É
do
jogo.
A
realidade,
no
entanto,
ainda
pesa
contra
o
Planalto. Em
entrevista
publicada
no
domingo
(5)
pela
Folha,
Maia
admitiu
que,
no
momento,
não
há
condição
política
para
aprovar
as
mudanças. Na
avaliação
do
relator
Arthur
Oliveira
Maia,
do
PPS-BA,
Temer
terá
de
arcar
com
uma
"conta
pesada"
para
levar
adiante
o
assunto
no
Congresso.
Segundo
ele,
o
governo
vai
encarar
uma
"série
de
desgastes"
para
satisfazer
a
base
aliada
que
acaba
de
salvar
o
presidente
do
risco
de
se
tornar
réu
por
corrupção
no
STF. É
natural
a
celebração
governista
da
vitória
contra
a
PGR.
Mas
é
sabido
que
as
faturas
serão
diversificadas
e
de
custo
elevado,
sobretudo
para
os
frágeis
e
baqueados
cofres
públicos. Os
263
votos
que
salvaram
Temer
não
se
traduzem
em
263
votos
a
favor
da
reforma
da
Previdência.
O
placar
está
distante
dos
308
para
aprová-la.
É
fato,
porém,
o
apoio
de
parte
do
PSDB
que
votou
pela
denúncia. A
estrada
precisaria
ficar
livre
de
turbulências.
O
procurador-geral,
Rodrigo
Janot,
indica
nesta
segunda
(7)
na
Folha
que
Temer
deve
ser
alvo
de
outra
acusação.
O
presidente
tem
força
política
para
derrubá-la,
mas
não
vai
escapar
de
nova
barganha
dos
sedentos
e
caros
deputados.
Fonte: UOL Notícias, coluna do Leandro Colon, de 7/8/2017
Comunicado
do
Conselho
da
PGE Extrato
da
Ata
da
14ª
Sessão
Ordinária
-
Biênio
2017/2018 Data
da
Realização:
04-08-2017
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 5/8/2017
Comunicado
do
Centro
de
Estudos Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
5/8/2017 |
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