06 Dez 17 |
Anape vai ao Congresso para discutir com deputados e senadores a Reforma da Previdência
Representantes
da
Associação
Nacional
dos
Procuradores
dos
Estados
e
do
Distrito
Federal
(Anape)
foram
ao
Congresso
Nacional
para
discutir
com
deputados
e
senadores
a
Reforma
da
Previdência. Durante
a
visita
os
representantes
da
Anape
foram
recebidos
pelo
presidente
do
Senado
Federal,
Eunicio
Oliveira
(PMDB-CE),
que
assegurou
que
o
texto
da
PEC
287/16
não
será
pautado
esse
ano
no
Senado
Federal
e,
que,
seguirá
todos
os
tramites
previstos
quando
for
apreciado
pela
casa. “O
medo
era
que
houvesse
atropelos,
mas
houve
a
garantia
de
que
o
processo
legal
será
obedecido
e
que
haverá
oitivas
em
audiências
públicas
para
discutir
a
Reforma
da
Previdência
no
Senado
Federal“,
explica
o
diretor
de
assuntos
legislativos
da
Anape,
Vicente
Martins. O
vice-presidente
da
Câmara,
Deputado
Fábio
Ramalho
(PMDB-MG),
também
recebeu
os
representantes
da
Anape
e
não
se
mostrou
crédulo
na
aprovação
da
PEC287/16
ainda
dezembro. Outros
deputados
também
receberam
representantes
da
entidade
e
se
mostraram
descrentes
com
a
aprovação
da
Reforma
ainda
este
ano,
entre
eles,
os
deputados
Jô
Moraes
(PC
do
B/MG);
Laudívio
Carvalho
(Solidariedade/MG);
Lincoln
Portela
(PRB/MG);
Reginaldo
Lopes
(PT/MG);
Newton
Cardoso
Jr.
(PMDB/MG);
Gabriel
Guimarães
(PT/MG)
e
Leonardo
Quintão
(PMDB/MG). Fonte: site da Anape, de 6/12/2017
Governo
busca
56
votos
para
começar
votação
da
reforma
da
Previdência
na
segunda-feira O
governo
calcula
que
faltam
56
votos
para
alcançar
o
mínimo
de
308
que
são
necessários
para
aprovação
da
reforma
da
Previdência
na
Câmara.
O
Planalto
espera
fechar
essa
conta
até
o
fim
desta
semana
para
que
a
proposta
comece
a
ser
discutida
pelos
deputados
já
na
próxima
segunda-feira,
11. O
presidente
Michel
Temer
acertou
com
lideranças
governistas
e
com
o
relator
da
reforma,
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA),
um
esforço
na
busca
pelos
votos
restantes.
Para
aprovar
a
reforma
na
Câmara,
o
governo
precisa
de
pelo
menos
308
votos
em
cada
uma
das
duas
votações
no
plenário.
Governistas
dizem,
porém,
que
só
querem
votar
a
proposta
quando
tiverem
cerca
de
330
votos
garantidos.
“Hoje
temos
252
votos
a
favor
e
140
indecisos”,
disse
ao
Estadão/
Broadcast
Darcísio
Perondi
(PMDB-RS),
vice-líder
do
governo
na
Câmara
e
um
dos
responsáveis
por
calcular
os
votos. Nesta
terça-feira,
5,
Temer
disse
que
o
governo
não
colocará
o
texto
em
votação
se
os
partidos
da
base
não
garantirem
votos
suficientes
para
aprová-lo.
“Acho
que
vai
ser
agora
pelo
que
estou
sentindo.
Estou
animadíssimo”,
disse
em
evento
no
Itamaraty. O
governo
espera
conseguir
os
votos
que
faltam
após
partidos
da
base
aliada
decidirem
por
obrigar
seus
deputados
a
votarem
a
favor
da
reforma.
O
movimento
deve
ser
puxado
por
PMDB
e
PSDB.
Nesta
terça-feira,
o
líder
do
PMDB,
Baleia
Rossi
(SP),
disse
que
já
há
maioria
na
direção
nacional
da
sigla
para
fechar
questão
até
o
fim
da
semana
-
o
partido
deve
tomar
a
decisão
hoje. O
fechamento
de
questão
sobre
um
tema
é
uma
decisão
tomada
pela
maioria
da
executiva
nacional
de
um
partido.
Quando
isso
acontece,
parlamentares
que
votarem
de
forma
diferente
ao
que
determinou
a
direção
da
legenda
podem
ser
punidos
até
mesmo
com
a
expulsão. Votação.
Na
avaliação
do
relator,
o
fechamento
de
questão
deve
ajudar
consideravelmente
a
conseguir
os
votos
que
faltam.
Para
ele,
há
“grandes
chances”
de
a
matéria
ser
votada
na
Câmara
ainda
este
ano.
Segundo
Oliveira
Maia,
a
expectativa
é
começar
a
votação
na
terça-feira,
dia
12.
“Se
votarmos
o
primeiro
turno
na
semana
que
vem,
dá
para
votar
em
segundo
turno
na
outra”,
declarou
o
relator,
que
se
reuniu
nesta
terça-feira
com
Temer. O
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
disse
ter
certeza
que
o
governo
conseguirá
os
308
votos
necessários,
mas
não
se
comprometeu
em
pautar
a
matéria
no
plenário
para
a
próxima
semana.
“A
gente
não
vai
a
voto
sem
número.” O
governo
também
trabalha
para
convencer
os
38
deputados
do
PSD
e
os
37
do
PR
a
votarem
a
favor
da
reforma.
Integrantes
do
chamado
Centrão,
esses
são
os
partidos
da
base
que
apresentam
maior
resistência
à
proposta. Fonte: Estado de S. Paulo, de 6/12/2017
Governo
intensifica
pressão
para
aprovar
reforma
da
Previdência O
presidente
Michel
Temer
intensificou
a
pressão
sobre
a
base
aliada
na
Câmara
com
o
discurso
de
que
o
cenário
mudou
e
é
favorável
para
a
votação
da
reforma
da
Previdência.
No
entanto,
ainda
há
resistência
de
aliados
para
votar
a
PEC
(Proposta
de
Emenda
à
Constituição)
neste
ano. Esta
quarta-feira
(6)
é
tida
pelo
governo
como
o
"dia
D"
da
reforma.
Temer
reunirá
líderes
para
ter
um
raio-X
mais
realista
sobre
as
intenções
de
voto
dos
deputados.
Há
também
uma
série
de
encontros
em
diferentes
partidos
para
que
a
reforma
seja
debatida. Para
tentar
provocar
um
efeito
pró-reforma
em
outras
legendas,
a
bancada
do
PMDB
encaminhou
à
cúpula
da
sigla
um
pedido
para
"fechar
a
questão"
–ou
seja,
determinar
que
todos
os
deputados
do
partido
votem
a
favor,
estabelecendo,
para
quem
não
seguir
a
decisão,
punições
que
podem
incluir
até
a
expulsão. Temer
telefonou
ao
presidente
nacional
do
PMDB,
senador
Romero
Jucá
(Roraima),
e
pediu
que
marque
reunião
da
executiva
nacional
do
partido
o
mais
rápido
possível
para
discutir
o
fechamento
de
questão. RESISTÊNCIA Apesar
da
mobilização,
siglas
governistas
como
PSD,
PP,
PR,
DEM
e
PRB
manifestaram
–alguns
até
publicamente–
posição
contrária
a
fechar
questão
pela
reforma.
O
PSDB,
por
exemplo,
discute
nesta
quarta
o
assunto,
que
encontra
resistências. Temer
falou
nesta
terça-feira
(5)
que
só
pedirá
que
a
reforma
previdenciária
vá
para
o
plenário
da
Câmara
quando
houver
votos
suficientes
para
aprová-la. Ele
afirmou
acreditar
que
o
clima
pessimista
sobre
a
aprovação
da
proposta
neste
ano
mudou
e
que
é
possível
conseguir
apoio
para
votá-la
neste
mês
no
plenário. Os
últimos
cálculos
feitos
pelo
Planalto,
no
entanto,
apontam
um
placar
de
266
votos,
número
inferior
aos
308
necessários
para
aprovar
uma
proposta
de
emenda
constitucional. SENADO "Nós
estamos
conversando
muito.
Eu
falei
há
pouco
com
o
presidente
Eunício
Oliveira
[Senado]
e
ele
está
entusiasmado
em
votar
em
fevereiro
se
aprovar
agora
[na
Câmara].
Evidentemente,
temos
de
ver
se
tem
votos.
Se
não
tem
votos,
não
faz
sentido
[votar]",
disse. O
presidente
falou
com
jornalistas
no
almoço
em
homenagem
ao
presidente
da
Bolívia,
Evo
Morales,
no
Palácio
do
Itamaraty. A
partir
do
mapeamento
dos
encontros
desta
quarta,
o
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
decidirá
se
pautará
ou
não
a
votação
para
semana
que
vem. "Não
marquei
nada
sobre
o
início
da
discussão.
Só
saberemos
se
tem
voto
para
levar
a
reforma
ao
plenário
depois
das
reuniões
com
os
líderes",
disse
o
presidente
da
Câmara
à
Folha. Ele,
porém,
defendeu
que
a
reforma
seja
votada
ainda
neste
ano.
"Sem
a
reforma
da
Previdência,
nós
podemos
ter
um
2018
muito
ruim
e
um
2019
péssimo",
disse. Já
o
relator
da
proposta,
Arthur
Maia
(PPS-BA),
vai
na
contramão
do
discurso
de
ambos.
Ele
disse
ser
a
favor
de
colocar
a
proposta
na
pauta
da
Casa
mesmo
que
o
placar
esteja
apertado. Apesar
do
discurso
de
euforia
adotado
por
Temer
e
outros
aliados,
governistas
admitem
nos
bastidores
que
ainda
não
há
razão
para
cantar
vitória.
Não
vamos
a
voto
sem
número
para
aprovar,
diz
Maia
sobre
Previdência O
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
afirmou
nesta
terça-feira
(5)
que
só
colocará
a
reforma
da
Previdência
em
votação
se
houver
certeza
de
que
há
o
número
de
votos
necessários
para
aprová-la. "Vamos
fazer
as
contas
primeiro
para
ver
se
a
gente
tem
número.
A
gente
não
vai
a
voto
sem
número",
afirmou
Maia
quando
questionado
se
o
texto
seria
votado
na
próxima
semana. Ele,
porém,
defendeu
que
o
texto
seja
votado
ainda
este
ano.
"Sem
a
reforma
da
Previdência,
nós
podemos
ter
um
2018
muito
ruim
e
um
2019
péssimo",
disse. Com
tempo
curto
para
votar
antes
do
início
do
recesso
parlamentar,
que
começa
no
dia
23
de
dezembro,
o
governo
pressiona
lideranças
partidárias
e
parlamentares
para
espremer
os
308
votos
necessários
para
a
aprovação
do
texto,
mas
enfrenta
resistência
em
partidos
da
base. O
presidente
da
Câmara
já
havia
afirmado
que
só
colocaria
o
tema
na
pauta
caso
houvesse
o
número
de
votos
para
aprovar
a
reforma,
mas
há
uma
mudança
no
tom
do
discurso.
Em
novembro,
Maia
afirmava
haver
um
clima
de
desgaste
nos
partidos
da
base
após
a
votação
de
duas
denúncias
criminais
contra
Temer
no
segundo
semestre
de
2017. Com
declarações
mais
otimistas,
o
presidente
da
Casa
afirmou
nesta
terça
ter
esperança
de
votar
a
matéria
em
2017
e
disse
que
os
partidos
estão
"engajados".
"O
importante
é
que
nós
estamos
trabalhando,
os
partidos
estão
engajados
e
tenho
muita
esperança
que
a
gente
possa
votar
este
ano." Segundo
parlamentares
ouvidos
pela
Folha,
os
deputados
também
esperam
que
se
consolide
um
número
de
votos
suficientes
para
se
comprometerem
com
a
reforma.
"Eu
já
ouvi
deputado
dizendo
'podem
contar
comigo
para
ser
o
308º
voto',
ou
seja,
eles
querem
votar
se
for
aprovar",
disse
o
líder
do
PSD,
Marcos
Montes
(MG). VOTOS Nesta
terça,
o
PMDB
do
presidente
Michel
Temer
decidiu
pelo
fechamento
de
questão
no
assunto
—o
que
significa
que
parlamentares
que
votarem
contra
a
aprovação
da
reforma
podem
sofrer
punições
e
até
serem
expulsos
do
partido. Outros
partidos,
como
o
PP
e
o
PTB
já
sinalizaram
que
podem
também
optar
pelo
fechamento
de
questão,
e
a
ideia
tem
sido
defendida
dentro
do
PSDB
rachado
pelo
senador
Aécio
Neves
(MG)
e
o
ex-presidente
Fernando
Henrique
Cardoso. O
movimento,
porém,
não
deve
ser
acompanhado
pelo
partido
de
Maia.
Segundo
ele,
o
DEM
"tem
votado
majoritariamente
com
a
orientação
do
seu
líder
e
do
seu
presidente,
sem
fechar
questão". Outros
partidos
que
abrigam
figuras-chave
do
governo,
como
o
PSD
do
ministro
da
Fazenda,
Henrique
Meirelles,
também
não
devem
fechar
questão.
Além
do
PSD,
o
PR
também
não
deve
votar
de
forma
conjunta.
Fonte: Folha de S. Paulo, 6/12/2017
Três
desembargadores
concorrem
hoje
à
presidência
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo O
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
elege
nesta
quarta-feira,
6,
seu
novo
comando.
A
grande
Corte,
com
359
desembargadores,
vai
escolher
o
sucessor
de
Paulo
Dimas
de
Bellis
Mascaretti
na
Presidência
e
também
o
vice-presidente
e
o
corregedor-geral. Concorrem
à
cadeira
que
Dimas
Mascaretti
ocupa
há
dois
anos
os
desembargadores
Ademir
de
Carvalho
Benedito,
atual
vice-presidente,
Eros
Piceli
–
que
já
foi
vice
–
e
Manoel
de
Queiroz
Pereira
Calças,
hoje
o
corregedor. Para
a
vice-presidência
concorrem
os
desembargadores
João
Carlos
Saletti,
Artur
Marques
da
Silva
Filho,
Renato
de
Salles
Abreu
Filho,
Walter
da
Silva
e
Carlos
Henrique
Abrão. Disputam
o
cargo
de
corregedor-geral
da
Justiça
os
desembargadores
Márcio
Orlando
Bártoli,
Geraldo
Francisco
Pinheiro
Franco
e
Fernando
Antonio
Maia
da
Cunha As
eleições
para
os
cargos
de
direção
e
cúpula
do
TJ
paulista
serão
realizadas
no
Palácio
da
Justiça,
na
Sé. Votam
para
os
cargos
de
direção
–
presidente,
vice-presidente
e
corregedor-geral
–
todos
os
desembargadores,
que
são
359. A
votação
começa
às
9
horas
e
vai
até
meio-dia,
em
urnas
eletrônicas. Se
nenhum
candidato
conquistar
maioria
absoluta
–
metade
dos
integrantes,
mais
um
-,
será
realizado
segundo
turno,
das
13h30
às
15h30. Já
para
os
cargos
de
cúpula,
os
desembargadores
votam
apenas
para
o
presidente
da
Seção
que
integram
–
Direito
Público,
Direito
Privado
e
Direito
Criminal.
A
votação
acontece
no
mesmo
horário,
mas
em
outras
salas
do
Palácio. A
eleição
do
Conselho
Consultivo
da
Escola
Paulista
da
Magistratura
tem
chapa
única
e
será
necessária
apenas
a
maioria
simples
dos
votos
para
a
aclamação. Informações
em
tempo
real
serão
divulgadas
pelo
Twitter
do
Tribunal
–
www.twitter.com/tjspoficial CONHEÇA
TODOS
OS
CANDIDATOS: Presidência Desembargador
Ademir
de
Carvalho
Benedito Desembargador
Eros
Piceli Desembargador
Manoel
de
Queiroz
Pereira
Calças Vice-Presidência Desembargador
João
Carlos
Saletti Desembargador
Artur
Marques
da
Silva
Filho Desembargador
Renato
de
Salles
Abreu
Filho Desembargador
Walter
da
Silva Desembargador
Carlos
Henrique
Abrão Corregedoria
Geral
da
Justiça Desembargador
Márcio
Orlando
Bártoli Desembargador
Geraldo
Francisco
Pinheiro
Franco Desembargador
Fernando
Antonio
Maia
da
Cunha Presidência
de
Direito
Criminal Desembargador
Fernando
Antonio
Torres
Garcia Presidência
de
Direito
Privado Desembargador
Gastão
Toledo
de
Campos
Mello
Filho Desembargador
Heraldo
de
Oliveira
Silva Presidência
de
Direito
Público Desembargador
Getúlio
Evaristo
dos
Santos
Neto Escola
Paulista
da
Magistratura Chapa
–
Francisco
Loureiro Diretor:
Desembargador
Francisco
Eduardo
Loureiro Vice-Diretor:
Desembargador
Luís
Francisco
Aguilar
Cortez Conselho
Consultivo
e
de
Programas: Desembargador
Tasso
Duarte
de
Melo
(Direito
Privado) Desembargador
Milton
Paulo
de
Carvalho
Filho
(Direito
Privado) Desembargador
Aroldo
Mendes
Viotti
(Direito
Público) Desembargador
Eduardo
Cortez
de
Freitas
Gouvêa
(Direito
Público) Desembargador
Francisco
José
Galvão
Bruno
(Direito
Criminal) Desembargador
Hermann
Herschander
(Direito
Criminal) Gilson
Delgado
Miranda
(juiz
de
entrância
final) Fonte: Blog do Fausto Macedo, de 6/12/2017
Súmulas
vinculantes
desequilibraram
poderes,
diz
Alexandre
de
Moraes As
Súmulas
Vinculantes,
criadas
com
a
Emenda
Constitucional
45/2004,
desequilibraram
o
sistema
de
freios
e
contrapesos
que
rege
o
tripé
dos
poderes
Executivo,
Legislativo
e
Judiciário.
A
afirmação
é
do
ministro
Alexandre
de
Moraes,
para
quem,
a
mudança
permitiu
que,
de
certa
forma,
o
STF
legislasse. Essa
"super
competência"
já
foi
citada
anteriormente
pelo
constitucionalista
português
Carlos
Blanco
de
Morais
em
entrevista
à
ConJur.
Segundo
o
jurista,
"o
STF
pode
até
substituir-se
a
Deus
e
à
dogmática
jurídica,
julgando
normas
inconstitucionais
e
depois
repô-las
em
vigor
quando
se
percebeu
a
existência
de
certos
efeitos
indesejáveis". Moraes
também
criticou
as
interpretações
abrangentes
feitas
por
membros
do
Judiciário.
"Uma
coisa
é
a
interpretação
constitucional,
outra
é
o
ativismo
judicial",
disse
durante
sua
palestra
no
IV
Colóquio
sobre
o
Supremo
Tribunal
Federal,
organizado
pela
Associação
dos
Advogados
de
São
Paulo
na
segunda-feira
(4/12),
na
capital
paulista. Ele
defendeu
a
possibilidade
de
serem
feitas
interpretações
do
conteúdo
sistêmico
das
leis
e
adaptações
com
o
passar
do
tempo
—
que
fazem
parte
da
evolução
jurisprudencial
—,
mas
criticou
a
falta
de
limites
nesses
entendimentos,
muitas
vezes
amplos
demais. O
problema
da
interpretação
das
normas
conforme
preceitos
de
momento,
para
o
ministro,
é
que
"amanhã,
podemos
não
concordar
com
as
decisões
do
Supremo".
Segundo
ele,
essas
práticas,
se
ilimitadas,
permitem
ao
juiz,
em
alguns
casos,
tomar
a
liberdade
do
que
ele
classificou
de
"acho
que,
não
gosto
de..." "Pode
interpretar,
pode
evoluir,
mas
não
pode
esquecer
aquilo
que
está
escrito
expressamente",
explicou.
Destacando
que
o
ativismo
não
é
feito
só
no
STF,
“mas
também
pelo
juiz
de
primeira
instância”,
Alexandre
de
Moraes
citou
como
um
dos
exemplos
desse
ativismo
a
proibição
à
cláusula
de
desempenho,
criada
com
a
Lei
dos
Partidos
Políticos
(Lei
9.096//97). Ele
explicou
que,
à
época
da
decisão,
o
entendimento
pode
até
ter
agradado
a
todos,
por
conta
das
repercussões
que
teria
naquele
momento.
Mas
o
tempo
passou,
continuou,
e
uma
sucessão
de
decisões
do
STF
e
do
Tribunal
Superior
Eleitoral
resultaram
em
29
partidos
políticos
no
Congresso,
36
criados
e
mais
50
na
fila
do
TSE. "Há
partidos
absolutamente
insignificantes
que
vendem
seu
tempo
de
TV
ou
vão
ao
debate
bater
língua
de
trapo
[...]
Não
se
deve
aplicar
ativismo
à
política
eleitoral,
porque
não
se
sabe
quais
os
efeitos
sobre
o
Congresso",
afirmou. Ator
ou
moderador Esse
mesmo
argumento
foi
usado
por
Moraes
em
seu
discurso
na
XXII
Conferência
Nacional
da
Advocacia,
na
última
semana,
também
em
São
Paulo.
Ele
defendeu
que
o
Judiciário
não
crie
interpretações
a
partir
das
próprias
crenças
para
conseguir
julgar
normas
inconstitucionais. Na
ocasião,
ele
defendeu
que
o
Supremo
evitasse
virar
principal
ator
político
do
país,
mesmo
"neste
momento
histórico,
em
que
temos
um
Congresso
Nacional
sem
nenhum
apoio”,
disse.
Para
o
ministro,
não
se
pode
"confundir
jamais
o
continente
[a
democracia]
com
o
conteúdo
[parlamentares
envolvidos
em
ilícitos]”. “Discordar
de
uma
lei
e
trocá-la
por
outra
é
uma
opção
legitima
do
legislador”,
afirmou.
“Podemos
discordar
ou
não
do
tratamento
dado
a
uma
matéria.
Mas
daí
a
dizer
que
ele
é
inconstitucional,
há
uma
distância.
Uma
distância
que
pode
ser
reduzida
quando
utilizam
de
forma
ampla
princípios
gerais.” Fonte:
Conjur,
de
6/12/2017 |
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