06 Nov 17 |
Fiscalização
do
TCE
vê
caixa-preta
e
manobra
fiscal
de
Alckmin São
Paulo
tem
as
contas
em
dia
e
não
atrasa
salários. A
frase
é
repetida
como
um
mantra
pelo
governo
estadual
e
será
usada
como
trunfo
em
uma
eventual
campanha
presidencial
do
governador
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
no
ano
que
vem. Mas
há
caixas
pretas
e
pouca
transparência
no
azul
das
contas
paulistas,
segundo
quem
fiscaliza
as
contas
estaduais
tucanas. No
último
mês
de
junho,
o
TCE
(Tribunal
de
Contas
do
Estado),
num
ato
inédito,
aprovou
com
ressalvas
as
últimas
contas
do
tucano. Os
conselheiros
alertam
que
podem
rejeitar
o
balanço
de
2017,
caso
o
Estado
não
esclareça
as
desonerações
fiscais
que
concede
e
não
cumpra
o
pagamento
de
precatórios,
as
dívidas
que
o
governo
assume
após
perder
ações
judiciais. O
relatório
do
TCE
chamou
a
atenção
do
deputado
estadual
Raul
Marcelo,
líder
do
PSOL
na
Assembleia. Há
três
meses,
ele
e
outros
21
deputados
criaram
uma
frente
parlamentar
para
investigar
as
desonerações
do
Estado.
A
maioria
é
da
oposição
(PT,
PSOL
e
PC
do
B),
mas
também
estão
no
grupo
Roberto
Engler
(PSDB),
Luiz
Carlos
Gondim
(SD)
e
Ricardo
Madalena
(PR). Hoje,
nem
a
Assembleia
Legislativa
nem
o
TCE
dizem
saber
quanto
Alckmin
concede
em
benefícios
fiscais
e
como
compensa
o
dinheiro
que
deixa
de
arrecadar
–duas
exigências
da
LRF
(Lei
de
Responsabilidade
Fiscal). "O
governo
precisará
ser
mais
transparente
com
as
renúncias
fiscais",
escreveu
o
conselheiro
Antonio
Roque
Citadini,
relator
das
contas
de
2016
no
TCE.
"Constatei
uma
informação
simplista,
na
Lei
de
Diretrizes
Orçamentárias,
indicando
que
a
renúncia
fiscal
em
2016
tem
previsão
de
R$
15
bilhões.
No
relatório
de
fiscalização,
porém,
nenhum
dado
há
sobre
a
matéria." Os
conselheiros
trabalham
em
parceria
com
a
Diretoria
de
Contas,
que
analisa
o
cumprimento
do
orçamento
ao
longo
do
ano. Segundo
a
Fazenda,
seus
funcionários
"têm
trabalhado
para
atender
todas
as
solicitações
do
Tribunal". Nem
a
pasta
nem
o
TCE
detalharam
a
tarefa.
"As
interações
com
o
TCE
encontram-se
em
andamento,
e
o
conteúdo
e
formato
das
novas
demonstrações
serão
definidas
ao
final
do
processo",
afirma
a
Fazenda. GRANDE
APOSTA Em
outro
flanco,
os
agentes
fiscais
do
Estado,
por
meio
de
seu
sindicato,
processam
o
governo
Alckmin
desde
o
ano
passado.
Eles
questionam
a
operação
da
CPSEC
(Companhia
Paulista
de
Securitização). Criada
em
2009
pelo
então
governador
José
Serra
(PSDB),
a
empresa
transfere
ao
mercado
os
créditos
dos
programas
de
parcelamento
de
dívidas
dos
contribuintes
com
o
Estado. Os
fiscais
comparam
ao
modelo
usado
pelos
bancos
com
as
hipotecas
nos
EUA,
que
levou
à
crise
de
2008. O
governo
poderia
receber
o
pagamento
das
dívidas
parceladas,
ao
longo
de
anos.
Em
vez
disso,
transforma
esse
passivo
em
debêntures
(títulos
da
dívida)
e
as
oferece
a
investidores. Com
essa
operação,
o
Estado
recebe
esses
valores
de
uma
só
vez
–segundo
a
Fazenda,
foram
R$
2,14
bilhões
aos
cofres
estaduais
de
2012
a
2015,
ano
da
última
emissão
ao
mercado. Para
os
fiscais,
a
atividade
da
CPSEC
descumpre
leis
federais
que
regem
o
sistema
financeiro
e
configura
antecipação
de
receitas,
prática
conhecida
como
"pedalada",
descumprindo
a
LRF. A
Fazenda
afirma
que
não
se
trata
de
"pedalada",
mas
de
"antecipação
de
receita
de
contratos
de
parcelamentos
de
tributos,
cujos
fatos
geradores
já
ocorreram,
cujas
dívidas
foram
devidamente
reconhecidas
pelos
contribuintes
devedores". A
pasta
também
argumenta
que
a
CPSEC
é
regulamentada
por
lei
estadual
e
não
é
regida
pela
LRF
porque
é
uma
estatal
e
não
recebe
recursos
do
Estado
para
o
pagamento
de
pessoal
ou
custeio. A
empresa
funciona
no
prédio
da
Fazenda,
e
99%
de
suas
ações
são
controladas
pelo
Estado.
O
processo
está
em
análise
pelo
Ministério
Público
de
Contas,
do
TCE. Em
uma
primeira
manifestação,
o
órgão
endossou
um
parecer
do
Tribunal
de
Contas
da
União,
que
entendeu
que
atuações
semelhantes
à
da
CPSEC
são
"operações
de
crédito,
nos
termos
da
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal". Para
o
Ministério
Público,
a
operação
pode
ter
"nefastas
consequências",
ao
transformar
uma
"receita
futura
em
receita
presente
desvalorizada".
Além
disso,
comprometeria
o
Estado
a
entregar
sua
arrecadação
quando
recebesse
as
dívidas. OUTRO
LADO A
Secretaria
da
Fazenda
de
São
Paulo
afirma
que
se
compromete
a
apresentar
as
informações
sobre
as
desonerações
fiscais
"de
acordo
com
as
determinações
da
legislação
e
as
orientações
do
TCE". Sobre
contrapartidas
e
extensão
dos
benefícios,
a
pasta
"esclarece
que
ao
longo
dos
últimos
anos
o
governo
do
Estado
tem
adotado
medidas
para
equilibrar
suas
contas"
e
"destaca"
a
revisão
que
havia
feito
–por
exemplo,
a
redução
de
benefícios
para
gás
natural,
TV
por
assinatura
e
carne.
Também
não
há
renovação
de
outros
itens. A
secretaria
argumenta
que
a
relação
com
o
contribuinte
que
recebe
desonerações
não
é
individualizada,
mas
por
setor
de
produção. "Cumpre
observar
que
o
levantamento
dos
valores
envolvidos
estaria
resguardado
pelo
sigilo
fiscal
instituído
pelo
artigo
198
do
Código
Tributário
Nacional,
que
veda
a
divulgação,
por
parte
da
Fazenda
Pública
ou
de
seus
servidores,
de
informação
obtida
em
razão
de
ofício
sobre
a
situação
econômica
ou
financeira
do
sujeito
passivo
ou
de
terceiros
e
sobre
a
natureza
e
o
estado
de
seus
negócios
ou
atividades",
afirma
a
pasta. Em
relação
à
CPSEC,
a
Fazenda
afirma
que
a
operação
não
pode
ser
classificada
como
antecipação
de
receitas. Diz
também
que
não
se
trata
de
uma
operação
de
crédito
no
sentido
do
que
diz
a
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal. "As
operações
de
cessão
definitiva
de
direitos
ou
do
fluxo
financeiro
decorrente
de
tais
direitos,
quando
não
implicarem,
direta
ou
indiretamente,
qualquer
compromisso
de
garantir
o
recebimento
do
valor
do
crédito
cedido,
em
caso
de
inadimplemento
por
parte
do
devedor,
não
constituem
operação
de
crédito",
diz
a
secretaria. Ainda
segundo
a
Fazenda,
as
emissões
de
debêntures
"não
correspondem
a
financiamento
bancário,
mas
valores
mobiliários
oferecidos
ao
mercado
de
capitais,
lastreadas
em
ativos
de
sua
propriedade,
que
são
os
direitos
originários
de
parcelamento
de
débitos
tributários,
medida
em
perfeita
sintonia
com
a
legislação
vigente".
Fonte: Folha de S. Paulo, 6/11/2017
‘Há
derrotas
e
há
avanços
no
governo’,
diz
Flávia
Piovesan Flávia
Piovesan
deixou
ontem
a
Secretaria
Nacional
de
Cidadania
do
governo
Michel
Temer
após
exoneração
publicada
no
Diário
Oficial
da
União.
Embora
não
esteja
expresso
formalmente,
e
após
suas
críticas
à
portaria
de
fiscalização
do
trabalho
em
condições
análogas
à
escravidão,
ela
afirmou
ao
Estado
que
saiu
“a
pedido”.
“Tenho
em
mãos
o
ofício
que
entreguei
à
ministra
de
Direitos
Humanos
(Luislinda
Valois)
e
encaminhei
uma
carta
ao
presidente
da
República.” Professora
de
Direito
Constitucional
e
Direitos
Humanos
da
PUC-SP,
procuradora
do
Estado
e
eleita
membro
da
Comissão
Interamericana
de
Direitos
Humanos
da
Organização
dos
Estados
Americanos
(OEA),
a
agora
ex-secretária
chegou
ao
governo
em
maio
do
ano
passado
como
titular
dos
Direitos
Humanos
(depois
Cidadania),
após
o
afastamento
da
presidente
cassada
Dilma
Rousseff.
“Todos
os
dias
neste
um
ano
e
meio
foram
instáveis,
turbulentos,
com
tempestades
e
incêndios”,
disse. Orientanda
de
Temer
e
uma
das
maiores
especialistas
em
Direitos
Humanos
do
Brasil,
Flávia
afirmou
que
não
sofreu
qualquer
pressão
em
razão
de
seus
posicionamentos.
“Gostaria
de
expressar
minha
gratidão,
meu
respeito
(ao
presidente),
porque
sempre
foi
resguardada
minha
independência.
Eu
realmente
tive
carta-branca
na
pasta.”
Ela,
porém,
admitiu
tensões
no
governo:
“Houve
batalhas
que
nós
perdemos
e
houve
batalhas
que
nós
ganhamos”.
Leia
trechos
da
entrevista
de
Flávia,
que,
em
janeiro,
vai
assumir
seu
posto
na
OEA,
em
Washington,
para
um
mandato
de
quatro
anos: Após
as
críticas
à
portaria
da
fiscalização
ao
trabalho
em
condições
análogas
à
escravidão,
a
exoneração
não
contém
“a
pedido”.
Como
foi
sua
saída? Foi
a
pedido.
Tenho
em
mãos
o
ofício
que
entreguei
à
ministra
de
Direitos
Humanos
(Luislinda
Valois)
na
quinta-feira,
entreguei
em
mãos,
formalizando
meu
pedido
de
exoneração.
Eu
havia
proposto
permanência
até
dia
31
de
outubro.
Encaminhei
uma
carta
ao
presidente
da
República
(Michel
Temer)
que
foi
protocolada
na
terça-feira.
Eu
estou
pedindo
faz
tempo
audiência
para
me
despedir,
mas
está
tudo
confuso. Houve
alguma
reação
dentro
do
governo
em
relação
a
suas
declarações
contra
a
portaria
do
Ministério
do
Trabalho? Não
houve.
Claro
que
a
política
de
direitos
humanos
é
sempre
tensa,
há
jogos
de
poderes.
Em
qualquer
governo,
defender
direitos
humanos
é
difícil.
A
nossa
escolha
é
sempre
a
favor
dos
mais
vulneráveis,
daqueles
que
não
têm
voz,
e
muitas
vezes
nós
tivemos
tensionamentos
no
campo
intragovernamental,
interinstitucional,
federativo
e
com
a
sociedade
civil.
Por
parte
do
presidente
da
República,
gostaria
de
expressar
minha
gratidão,
meu
respeito,
porque
sempre
foi
resguardada
minha
independência.
Eu
realmente
tive
carta-branca
na
pasta.
Eu
tenho
grande
respeito
ao
presidente,
porque
ele
sempre
manteve
a
minha
independência. Não
houve
nenhuma
queixa? Não,
nunca.
Tensões
há.
Houve
só
duas
tensões
explícitas. Quais
tensões
explícitas? A
primeira
foi
com
o
Ministério
do
Trabalho.
Houve
uma
tensão
no
ano
passado
sobre
a
lista
suja
do
trabalho
escravo.
Sempre
defendi
a
publicidade
porque
a
lista
é
um
mecanismo
aplaudido
pela
OIT
(Organização
Internacional
do
Trabalho)
como
eficaz
para
a
prevenção
do
trabalho
escravo.
Então,
houve
tensão,
porque
não
chegamos
a
um
consenso.
O
ministro
(do
Trabalho,
Ronaldo
Nogueira)
apontava
uma
série
de
entraves,
dizendo
que
a
divulgação
impacta
a
saúde
econômica
do
País.
Mas
hoje
não
se
pode
admitir
trabalho
escravo
e
infantil
na
cadeia
produtiva,
isso
não
é
competitivo
para
o
mercado.
Uma
outra
tensão
foi
quando
tentamos
barrar
o
projeto
de
lei
que
alargava
a
jurisdição
dos
militares
em
crimes
contra
civis
durante
a
Olimpíada,
mas
infelizmente
houve
ampliação
desse
PL
(projeto
de
lei
e
foi
retirada
a
expressão
Olimpíada
para
que
fosse
ampliado
e
aprovado.
Eu
lamento.
Há
derrotas
e
há
avanços.
Houve
batalhas
que
nós
perdemos
e
houve
batalhas
que
ganhamos. Qual
sua
avaliação
final? Nunca
tive
o
luxo
de
ter
um
céu
de
brigadeiro.
Todos
os
dias
neste
um
ano
e
meio
foram
instáveis,
turbulentos,
com
tempestades
e
incêndios.
Saio
com
minha
consciência
tranquila,
porque
eu
fiz
o
meu
melhor,
apesar
de
todas
as
nossas
limitações.
A
nossa
equipe
era
muito
técnica,
sempre
trabalhando
com
base
na
Constituição,
nos
tratados
de
direitos
humanos,
na
jurisprudência.
Fui
recebida
com
cartazes
de
protesto,
com
um
caixão,
aos
gritos
de
“governo
golpista”,
mas
estou
muito
feliz
porque
ontem
(terça-feira,
dia
31
de
outubro)
esses
servidores
expressaram
o
reconhecimento
do
nosso
trabalho
em
equipe.
A
causa
(dos
direitos
humanos)
me
levou
àquela
tempestade,
ao
governo,
e
a
causa
me
tirou,
porque
agora
a
causa
é
na
OEA. Já
está
licenciada
da
Procuradoria-Geral
do
Estado
de
São
Paulo
para
seguir
para
a
OEA? A
Procuradoria
já
aprovou
por
unanimidade
(a
licença).
Fico
feliz
que
tenha
dado
tudo
certo. Fonte: Estado de S. Paulo, de 2/11/2017
Anape
defende
PGE
de
carreira
e
unicidade
no
Amapá A
Procuradoria-Geral
do
Amapá
(PGE/AP),
a
Assembleia
Legislativo
do
Estado
e
o
Poder
Executivo
amapaense
receberam,
na
quarta-feira
(01/11),
o
Presidente
da
ANAPE,
Telmo
Filho,
o
Diretor
Jurídico
e
de
Prerrogativas,
Helder
Barros,
e
o
Presidente
da
APEAP,
Diego
Bonilla.anape1 Inicialmente
os
dirigentes
da
ANAPE
e
da
APEAP
foram
recebidos
pelo
Procurador-Geral,
quando
trataram
da
questão
que
envolve
a
tentativa
de
responsabilização
do
parecerista.
O
Presidente
reafirmou
que
a
ANAPE
estará
sempre
ao
lado
dos
associados
que
forem
demandados
por
manifestação
técnico-profissional.
“É
inaceitável
a
tentativa
de
responsabilizar
o
Procurador
por
seu
parecer
jurídico,
fora
das
hipóteses
de
dolo
ou
fraude.
O
sistema
de
justiça
tem
de
atuar
com
independência
técnica,
sob
pena
de
fraude
à
Constituição.”,
afirmou
Telmo. Após,
ANAPE,
APEAP
e
PGE/AL
foram
recebidos
pelo
Presidente
da
AL/AP,
Deputado
Cacá
Barbosa,
quando
solicitaram
que
o
Parlamento
adote
a
pauta
do
PGE
de
carreira
e
não
permita
a
aprovação
de
medidas
legislativas
que
violem
a
previsão
constitucional
da
exclusividade
e
unicidade
de
representação
do
ente
federado.
Receberam
o
apoio
explícito
do
Presidente
do
Legislativo.anape2 Concluindo
as
agendas,
estiveram
com
o
Vice-Governador
Papaléo
Paes,
no
exercício
da
chefia
do
Poder
Executivo,
que
afirmou
ser
muito
importante
que
o
chefe
da
PGE
seja
de
carreira. Acompanharam
a
agenda
os
procuradores
amapaenses
Thiago
Albuquerque,
Davi
Evangelista
e
Luis
Starling. Fonte: site da ANAPE, de 3/11/2017
CNJ
suspende
limitação
do
pagamento
de
diárias
a
juízes
paraibanos De
forma
unânime,
o
Conselho
Nacional
de
Justiça
(CNJ)
decidiu
que
o
Tribunal
de
Justiça
da
Paraíba
(TJPB)
deve
assegurar
o
pagamento,
sem
limitação,
de
diárias
a
magistrados
e
servidores
deslocados
para
trabalho
em
localidade
diversa
da
em
que
estão
lotados.
A
deliberação
se
deu
em
julgamento
durante
a
29ª
Sessão
Plenária
Virtual
do
Conselho
no
Procedimento
de
Controle
Administrativo
(PCA)
0005327-57.2017.2.00.0000,
que
tinha
como
requerente
a
Associação
dos
Magistrados
da
Paraíba.
No
processo,
a
associação
questionava
e
pedia
a
suspensão
do
Ato
da
Presidência
n.
17/2017
do
TJPB,
que
limitava
o
pagamento
ao
correspondente
a
cinco
diárias
mensais.
Relator
do
PCA,
o
conselheiro
Rogério
Nascimento
havia
deferido
liminar
sob
o
argumento
de
que
o
pagamento
deve
ser
feito
sempre
que
o
deslocamento
for
necessário,
conforme
prevê
expressamente
o
artigo
65
da
Lei
Orgânica
da
Magistratura
Nacional
(Loman)
e
a
Resolução
CNJ
n.
73.
Em
sua
defesa,
o
TJPB
alegou
enfrentar
momento
de
fragilidade
orçamentária.
Em
seu
voto,
o
relator
rebateu
esse
argumento.
“O
pagamento
de
diárias
é
despesa
de
natureza
obrigatória,
tanto
para
os
servidores
quanto
para
os
magistrados,
uma
vez
que
se
destinam
a
ressarcir
os
gastos
da
função
exercida
pelo
magistrado.
Vale
dizer,
são
indenizatórias
e
como
tal,
não
geram
aumento
patrimonial,
uma
vez
que
recompensam
as
despesas
realizadas”,
afirmou
Rogério
Nascimento.
Além
de
estabelecer
a
retomada
do
pagamento
das
diárias,
o
relator
determinou
que
o
tribunal
faça
um
levantamento
da
necessidade
do
deslocamento
de
juízes
para
as
comarcas
sem
titular
e
atue
para
que
os
deslocamentos
observem
os
princípios
da
razoabilidade.
Por
fim,
o
conselheiro
solicitou
que
o
TJPB
apresente
um
plano
de
utilização
dos
veículos
oficiais
que
priorize
o
primeiro
grau.
Outros
julgamentos Durante
a
29ª
Sessão
Virtual,
foram
julgados
10
itens.
Entre
eles,
houve
duas
prorrogações
de
Processos
Administrativos
Disciplinares
(PADs).
O
processo
contra
o
magistrado
Marcelo
Testa
Baldochi,
vinculado
ao
Tribunal
de
Justiça
do
Maranhão,
e
o
processo
proposto
contra
o
desembargador
Washington
Luiz
Damasceno
Freitas,
que
pertence
ao
Tribunal
de
Justiça
de
Alagoas,
foram
prorrogados
por
140
dias
–
os
magistrados
encontram-se
afastados
do
cargo.
Quatro
outros
itens
tiveram
o
julgamento
suspenso
por
pedidos
de
vista.
Fonte: Agência CNJ de Notícias, de 6/11/2017
OAB
questiona
dispositivo
do
Código
Penal
que
tipifica
delito
de
desacato
a
agente
público O
ministro
Luís
Roberto
Barroso
é
o
relator
da
Arguição
de
Descumprimento
de
Preceito
Fundamental
(ADPF)
496,
ajuizada
no
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
pelo
Conselho
Federal
da
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil
(OAB)
para
questionar
o
artigo
331
do
Código
Penal
(Decreto-Lei
2.848/1940),
que
tipifica
o
delito
de
desacato
a
funcionário
público
no
exercício
da
função. De
acordo
com
a
entidade,
a
norma
questionada
prevê
a
imposição
da
pena
de
detenção
ou
de
multa
em
decorrência
da
prática
do
crime
de
desacato.
Contudo,
salienta
a
ação,
o
que
se
verifica
é
que
o
dispositivo
legal
não
especifica
a
conduta
de
desatacar,
trazendo
uma
normatização
extremamente
vaga.
Como
decorrência
dessa
imprecisão,
o
tipo
penal
do
desacato
tem
reprimido
a
liberdade
de
expressão
de
cidadãos,
que
são
intimidados
a
não
se
manifestar
diante
de
condutas
praticadas
por
agentes
públicos,
por
receio
de
incorrer
no
tipo
previsto
no
artigo
331,
frisa
a
entidade. Nesse
sentido,
a
OAB
lembra
que
a
Comissão
Interamericana
de
Direitos
Humanos
considera
que
as
normas
nacionais
que
tipificam
o
crime
de
desacato
são
incompatíveis
com
o
artigo
13
da
Convenção
Americana
sobre
Direitos
Humanos,
título
que
tutela
justamente
a
liberdade
de
expressão. Para
a
entidade,
a
norma
viola,
ainda,
o
princípio
republicano,
que
pressupõe
a
igualdade
formal
entre
as
pessoas,
a
eleição
dos
detentores
do
poder
político,
a
responsabilidade
do
chefe
de
governo
e/ou
de
Estado,
impondo-se
a
prestação
de
contas
de
suas
condutas.
O
crime
de
desacato,
ao
coibir
a
contestação
dos
cidadãos
às
atitudes
dos
agentes
estatais,
mostra-se
em
dissonância
com
o
referido
princípio,
pois
enfraquece
a
prerrogativa
do
cidadão
de
fiscalizar
as
atividades
dos
agentes
públicos,
ressalta
a
autora
da
ação. Outros
preceitos
constitucionais
violados
são
os
da
legalidade
e
da
igualdade
e
do
Estado
Democrático
de
Direito,
conclui
a
OAB,
ao
pedir
a
concessão
de
liminar
para
que
se
afaste
a
aplicação
do
artigo
331
do
Código
Penal,
suspendendo-se
investigações,
inquéritos
e
ações
penais
nas
quais
haja
imputação
desse
delito.
No
mérito,
pede
que
se
declare
a
não
recepção
do
dispositivo
pela
ordem
constitucional
vigente. Fonte: site do STF, de 5/11/2017
Comunicado
do
Centro
de
Estudos Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
2/11/2017 |
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