05 Fev 18 |
PGE obtém vitória no combate à sonegação fiscal no setor de combustíveis
Em
julgamento
realizado
no
último
dia
30.01,
o
Tribunal
de
Justiça
do
Estado
de
São
Paulo
(TJSP)
manteve
o
regime
especial
de
apuração
e
recolhimento
de
ICMS
imposto
pela
Delegacia
Regional
Tributária
de
Santos
(DRT-2)
à
empresa
Petrozara
Distribuidora
de
Petróleo
Ltda,
que
possui
débito
inscrito
em
dívida
ativa
superior
R$
160
milhões. O
caso
está
sob
acompanhamento
do
Grupo
de
Atuação
para
Recuperação
Fiscal
(Gaerfis),
que
realizou
sustentação
oral
durante
o
julgamento. Citando
precedentes
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF),
do
Superior
Tribunal
de
Justiça
(STJ)
e
do
próprio
TJSP,
o
relator
do
recurso,
desembargador
Kleber
Leyser
de
Aquino,
da
3ª
Câmara
de
Direito
Público,
entendeu
que
o
regime
especial
imposto
à
empresa
devedora
não
constitui
sanção
política,
já
que
não
se
destina
à
cobrança
dos
débitos
passados,
mas
sim
a
“evitar
o
aumento
desenfreado
da
dívida
fiscal
do
contribuinte
sistematicamente
inadimplente,
impedindo
que
o
erário
sofra
mais
prejuízo”. O
relator
citou
ainda
trecho
da
decisão
monocrática
proferida
pelo
ministro
Joaquim
Barbosa,
do
STF,
por
ocasião
do
julgamento
do
recurso
extraordinário
nº
595.764/MG,
no
sentido
de
que
“o
reconhecimento
da
inconstitucionalidade
das
sanções
políticas
não
serve
de
salvo-conduto
à
prática
pura
e
simples
de
sonegação
como
instrumento
para
assegurar
vantagens
competitivas”.
Aquino
foi
seguido
pelos
demais
componentes
da
turma
julgadora,
que,
por
unanimidade
de
votos,
negaram
provimento
ao
recurso
da
empresa
devedora. Apelação
nº
0000146-14.2017.8.26.0562 Fonte: site da PGE SP, de 4/2/2018
Maia
quer
engavetar
texto
da
reforma
da
Previdência
Sem
previsão
de
que
o
governo
conseguirá
os
votos
necessários
para
aprovar
a
reforma
da
Previdência,
o
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
pretende
engavetar
o
projeto
e
transferir
o
ônus
da
derrota
para
o
Palácio
do
Planalto. Maia
não
deve
agendar
nova
data
para
a
apreciação
da
proposta
caso
não
haja
apoio
de
308
dos
513
deputados
para
aprová-la
em
20
de
fevereiro,
para
quando
está
prevista
a
votação
em
plenário. Seu
plano
é
dizer
que
o
texto
ficará
como
"legado"
para
ser
votado
em
2019
pelo
novo
presidente
da
República
que
será
eleito
neste
ano. O
deputado
se
irritou
com
as
declarações
do
presidente
Michel
Temer
sobre
"ter
feito
sua
parte"
para
que
a
reforma
avançasse
no
Congresso,
e
estuda
fazer
um
discurso
duro,
com
críticas
à
articulação
do
Planalto,
caso
não
haja
votos
suficientes
para
aprová-la
na
data
prevista. A
conta
de
Maia
é
a
seguinte:
quanto
mais
Temer
e
sua
equipe
tentarem
transferir
aos
deputados
a
culpa
por
não
terem
dado
aval
ao
projeto,
mais
agressiva
deve
ser
sua
fala
quando
a
reforma
naufragar
por
completo. A
aliados,
o
presidente
da
Câmara
disse
que
isentará
os
parlamentares
—os
deputados
resistem
em
aprovar
mudanças
no
sistema
previdenciário
em
ano
de
eleição—
e
enumerará
os
motivos
pelos
quais,
na
sua
opinião,
o
governo
não
conseguiu
apoio. Ele
avalia
que
o
Planalto
gastou
boa
parte
de
seu
capital
político
no
ano
passado
para
enterrar
as
duas
denúncias
contra
Michel
Temer. Maia
admite
que
a
derrota
da
Previdência
já
é
prevista
por
políticos,
empresários
e
investidores,
mas
acredita
que
propostas
como
a
reoneração
da
folha
de
pagamento,
a
privatização
da
Eletrobras,
entre
outras,
podem
ser
uma
forma
de
acalmar
o
mercado.
Com
a
Previdência
fora
da
pauta,
esses
projetos
terão
um
caminho
mais
livre
para
avançar
no
Congresso. Temer
e
seus
auxiliares,
por
sua
vez,
não
querem
reconhecer
que
a
batalha
terminou
e
ainda
articulam
para
que
o
texto
—já
bastante
desidratado
em
relação
ao
original—
consiga
o
aval
da
Câmara
este
mês. REUNIÃO Neste
domingo
(4),
por
exemplo,
Temer
se
reuniu
no
Palácio
do
Jaburu
com
o
relator,
Arthur
Maia
(PPS-BA),
e
os
ministros
Henrique
Meirelles
(Fazenda)
e
Moreira
Franco
(Secretaria-Geral),
para
debater
os
pontos
que
ainda
podem
ser
negociados
na
tentativa
de
vencer
as
resistências
dos
deputados
indecisos. Pedidos
de
alterações
foram
feitos,
inclusive,
pelo
presidente
da
Câmara,
que,
apesar
de
estar
bastante
pessimista
quanto
à
aprovação
—a
conta
do
governo
hoje
é
de
cerca
de
250
votos
a
favor
da
reforma—,
não
quer
passar
a
ideia
de
que
desistiu
por
completo
da
proposta. Nas
suas
articulações,
Rodrigo
Maia
vai
tentar
conquistar
votos
diretamente
com
governadores
e
prefeitos
que
têm
projetos
a
serem
votados
na
Câmara
e
podem
pressionar
os
deputados
de
sua
base
a
apoiarem
a
medida. Entre
o
que
está
sendo
negociado
está
a
criação
de
um
sistema
de
transição
para
servidores
públicos
que
ingressaram
antes
de
2003
e
a
retirada
da
proposta
de
limitação
a
dois
salários
mínimos
para
o
acúmulo
de
pensão
e
aposentadoria. Na
reunião
deste
domingo,
o
governo
ficou
de
fazer
as
contas
para
ver
se
será
possível
flexibilizar
esses
pontos. CÁLCULO
ELEITORAL A
postura
que
vem
adotando
durante
o
debate
e
a
votação
cada
vez
mais
próxima
da
reforma
da
Previdência
é
também
um
cálculo
eleitoral
do
presidente
da
Câmara. Há
pelo
menos
três
meses,
ganhou
forma
—e
articulação—
sua
pretensão
de
se
candidatar
ao
Planalto
nas
eleições
de
outubro. Maia
aparece
apenas
com
1%
das
intenções
de
votos
na
última
pesquisa
Datafolha
e
sabe
que
a
Previdência
é
uma
bandeira
pouco
popular. Sua
estratégia
agora
é
colocar
em
pauta
na
Câmara
propostas
de
segurança
pública
e
saúde,
com
mais
apelo
junto
à
sociedade. Auxiliares
do
ministro
da
Fazenda
avaliam
que
Maia
poderia
tentar
culpar
Meirelles
pelo
fracasso
da
reforma. Ambos
disputam
o
posto
de
candidato
da
centro-direita
como
uma
alternativa
a
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
e,
inicialmente,
avaliavam
que
obter
protagonismo
à
frente
da
medida
era
essencial
para
o
sucesso
das
candidaturas. Maia,
no
entanto,
diz
que
não
pretende
transferir
o
ônus
da
derrota
para
o
ministro.
O
deputado
acredita
que,
caso
o
Planalto
decida
lançar
um
candidato
do
governo,
o
próprio
Temer
poderia
ser
esse
personagem. Com
aprovação
baixíssima,
o
presidente
nega
que
disputará
a
reeleição.
Segundo
o
Datafolha,
87%
das
pessoas
não
votariam
em
alguém
indicado
por
ele. Fonte: Folha de S. Paulo, de 5/2/2018
66%
dos
procuradores
municipais
tiveram
indicação
política Uma
pesquisa
realizada
pela
Associação
Nacional
dos
Procuradores
Municipais
(ANPM)
mostrou
que
66%
dos
profissionais
da
categoria
estão
no
cargo
por
indicação
política. FILTRO O
procurador
municipal
é
o
responsável
por
analisar
se
os
atos
do
prefeito
e
os
contratos
municipais
estão
cumprindo
as
normas
legais.
É
ele
quem
recebe
primeiro
os
casos
de
corrupção. MEMÓRIA A
ANMP
diz
que,
com
as
indicações
políticas,
o
procurador
mantém
compromisso
direto
com
o
gestor
público
e
não
com
o
município.
Além
disso,
ao
deixar
a
administração,
leva
toda
a
memória
jurídica. Fonte: Folha de S. Paulo, Coluna da Mônica Bergamo, de 3/2/2018
Auxílio-moradia
custa
R$
817
mi
à
União Em
2018,
a
União
deve
gastar
R$
831
milhões,
segundo
o
previsto
na
Lei
Orçamentária
Anual
(LOA),
aprovada
pelo
Congresso
em
dezembro.
Mas
isso
não
significa
que
a
União
vai
pagar,
efetivamente,
esse
total.
No
ano
passado,
por
exemplo,
o
Congresso
havia
autorizado
R$
865
milhões
em
gastos
com
auxílio-moradia,
porém
o
valor
pago
ficou
em
R$
817
milhões
–
valor
atualizado
pela
inflação
tendo
como
base
o
Índice
Nacional
de
Preços
ao
Consumidor
(IPCA). O
debate
sobre
o
peso
do
auxílio-moradia
no
Orçamento
da
União
veio
à
tona
na
última
semana
devido
à
revelação
de
casos
de
magistrados
que
recebem
o
benefício
mesmo
tendo
domicílio
próprio
nas
cidades
em
que
atuam.
O
auxílio
foi
garantido
por
liminar
do
ministro
Luiz
Fux,
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF),
a
juízes
de
todo
o
País
em
2014.
O
pagamento
foi
estabelecido
pela
Lei
Orgânica
da
Magistratura,
de
1979.
Pelo
texto,
além
do
salário,
os
magistrados
dispõem
desse
direito
“nas
localidades
em
que
não
houver
residência
oficial
à
disposição”.
Nesta
quinta-feira,
1.º,
magistrados
incluíram
a
discussão
do
tema
em
manifestação
feita
em
Brasília. Entretanto,
não
é
apenas
no
Judiciário
que
os
agentes
públicos
podem
requerer
o
benefício.
Tanto
membros
do
Legislativo
como
do
Executivo
podem
ter
acesso
ao
pagamento.
Em
2017,
o
maior
montante
foi
pago
pelo
Executivo.
Foram
R$
330
milhões
de
despesas
com
o
benefício,
concedidos
a
agentes
públicos
civis
e
militares,
no
Brasil
ou
no
exterior. O
Judiciário
foi
o
segundo
poder
que
mais
custeou
o
auxílio
para
seus
membros,
com
R$
291
milhões
gastos,
seguido
do
Ministério
Público
–
R$
108
milhões.
Já
o
Legislativo
garantiu
R$
10
milhões
em
pagamentos
deste
tipo.
Evolução.
O
mesmo
levantamento
realizado
pela
Consultoria
do
Senado
aponta
que
o
custeio
de
auxílio-moradia
subiu
de
R$
75
milhões
em
2010,
nos
três
Poderes,
para
R$
814
milhões
no
ano
passado
em
valores
reais.
O
aumento
mais
significativo
ocorreu,
principalmente,
entre
os
anos
de
2014
e
2015,
quando
o
ministro
Fux
concedeu
a
liminar
beneficiando
todos
os
magistrados.
Em
2014,
a
União
gastava
R$
363
milhões,
mas
em
2015
subiu
para
aproximadamente
R$
820
milhões. “É
possível
observar
uma
trajetória
de
crescimento
dos
gastos,
com
um
salto
considerável
entre
2014
e
2015,
a
partir
de
quando
os
gastos
se
mantêm
estáveis.
O
referido
salto
é
decorrência
de
decisões
do
Supremo
Tribunal
Federal
que
beneficiaram
membros
do
Poder
Judiciário,
concedendo-lhes
direito
à
percepção
do
auxílio-moradia,
e
de
consequentes
normas
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
e
do
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público”,
diz
a
nota. Legislativo.
O
Congresso
gastou
em
média
R$
810.930,95
por
mês
em
2017
com
pagamento
de
auxílio-moradia
para
deputados
e
senadores.
Na
Câmara,
151
parlamentares
que
não
utilizam
apartamentos
funcionais
têm
direito
a
receber
o
benefício,
sendo
que
70
deputados
recebem
em
espécie
e
81
pedem
reembolso.
Segundo
a
assessoria
da
Câmara,
“as
normas
que
regulamentam
o
auxílio-moradia
para
os
deputados
não
condicionam
a
concessão
do
benefício
à
inexistência
de
imóvel
próprio”
no
Distrito
Federal.
No
Senado,
16
senadores
pedem
o
auxílio-moradia
de
R$
5,5
mil.
Em
dezembro
de
2017,
a
Casa
gastou
R$
79.933,33
com
o
benefício
e,
nos
demais
meses
do
ano,
a
média
de
gasto
foi
de
R$
87.822,58.
Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
de
3/2/2018 |
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