04 Out 17 |
DECRETO Nº 62.861, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017
Suspende
o
expediente
nas
repartições
públicas
estaduais
no
dia
13
de
outubro
de
2017,
e
dá
providências
correlatas Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 4/10/2017
Justiça
paulista
julga
111.4
mil
recursos
de
2º
grau
em
agosto O
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
julgou,
em
agosto,
111.478
processos
em
2ª
instância,
com
distribuição
de
87.232
novos
recursos.
O
total
inclui
os
processos
julgados
pelo
colegiado,
as
decisões
monocráticas
e
os
recursos
internos.
No
acumulado
dos
oito
meses
do
ano,
foram
julgados
656.158
feitos
em
2º
grau. De
acordo
com
a
movimentação
processual,
deram
entrada
no
mês
99.381
novos
recursos,
com
uma
média
diária
de
4.321,
perfazendo
um
total
de
87.232
processos
distribuídos
em
2ª
instância.
Até
agosto
foram
distribuídos
593.366
novos
recursos. Atualmente
estão
em
andamento
652.667
recursos,
divididos
nos
cartórios
de
Câmaras
(238.691);
Cartórios
de
Processamento
de
Recursos
aos
Tribunais
Superiores
(80.423);
Acervo
do
Ipiranga
(128.851);
Gabinetes
da
Seção
Criminal
(25.216);
Seção
de
Direito
Público
(31.825);
Seção
de
Direito
Privado
(117.591)
e
Gabinetes
da
Câmara
Especial
(4.619).
No
total
de
processos
que
se
encontram
em
gabinetes
não
estão
contabilizados
os
recursos
internos. Fonte: site do TJ SP, de 3/10/2017
Excesso
de
plataformas
de
processo
eletrônico
atrapalha
advogados Advogada
desde
1983,
Elza
Lara
se
considera
uma
mulher
acostumada
com
o
mundo
digital,
mas,
ao
mesmo
tempo,
se
intitula
uma
“idosa
em
fim
de
carreira”.
Seu
maior
problema
ao
advogar,
diz,
não
são
as
constantes
mudanças
legislativas
ou
a
falta
de
aplicação
de
jurisprudências
consolidadas,
mas
os
inúmeros
sistemas
processuais
usados
no
Brasil. Ao
todo,
são
mais
de
40
plataformas
usadas
pelos
mais
de
90
tribunais
brasileiros,
entre
cortes
superiores,
federais,
estaduais
e
trabalhistas.
“Existem
três
programas
básicos
para
navegação
(Mozilla
Firefox,
Internet
Explorer
e
Google
Chrome),
mas,
nunca
se
sabe
qual
deles
está
funcionando
melhor
em
cada
tribunal
para
ler
o
certificado
digital”,
reclama
a
advogada. Atualmente,
os
principais
sistemas
usados
no
Brasil
são
o
PJe,
o
Projudi
e
o
e-SAJ.
Mas
há
outros,
por
exemplo,
o
e-Proc,
que
é
usado
pelo
TRF-4
e
será
adotado
pelo
TJ-RS;
o
Tucujuris,
do
TJ-AP;
e
o
Apolo,
utilizado
no
TRF-2. Um
outro
problema
encontrado
é
que
alguns
tribunais
têm
mais
de
um
sistema
funcionando
simultaneamente.
Por
exemplo,
os
tribunais
de
Justiça
do
Paraná
e
de
Roraima,
que
usam
Pje
e
Projudi,
e
o
do
Rio
Grande
do
Norte,
que
tem
funcionando
em
seus
servidores
o
Pje
conjuntamente
com
o
e-SAJ. Há
ainda
alguns
tribunais
que
mudaram
o
sistema
usado
e
aqueles
que
não
terminaram
de
implantar
sua
plataforma
processual
em
todas
as
comarcas.
Um
exemplo
disso
é
o
TJ-GO,
que
usou
o
PJe
até
25
de
janeiro
deste
ano
e,
depois
disso,
passou
a
oferecer
o
Projudi
aos
jurisdicionados. Prejuízo
dos
menores Ilson
Stabile,
diretor
da
SoftPlan
(empresa
que
desenvolveu
o
e-SAJ,
usado
em
nove
tribunais),
diz
que
essa
rica
fauna
de
plataformas
atrapalha,
principalmente,
o
trabalho
das
pequenas
bancas. Ele
explica
que
esses
escritórios,
por
não
terem
um
modelo
próprio
de
gestão,
sofrem
com
a
falta
de
“consistência
ou
padronização
entre
as
interfaces
e
meios
de
operação
destes
sistemas”.
Para
o
executivo,
o
fluxo
de
peticionamento,
acompanhamento
processual
e
controle
de
prazos
peca
pela
falta
de
uniformidade. Cesar
Orlando,
fundador
da
LegalCloud,
lista
entre
os
principais
problemas
dessa
excessiva
diversidade
processual
o
fato
de
cortes
usarem
sistemas
com
diferentes
níveis
de
maturidade
tecnológica
e
a
necessidade
de
refazer
determinadas
funcionalidades
já
existentes
por
causa
da
necessidade
de
interação. “Caso
tenha
uma
alteração
de
grande
magnitude
no
Judiciário,
todos
os
sistemas
precisarão
se
adaptar,
o
que
implica
em
maiores
custos
e
tempo
de
migração”,
diz
um
dos
criadores
da
Calculadora
de
Prazos. Especificamente
para
os
advogados,
afirma
o
empresário,
o
principal
problema
ao
usar
múltiplos
sistemas
é
a
necessidade
de
diferentes
configurações
de
computador
e
o
aprendizado
sobre
as
particularidades
de
cada
plataforma.
“Há
também
a
necessidade
de
baixar
um
programa
como
o
Navegador
do
Advogado
ou
Navegador
PJe.” A
advogada
Elza
Lara
conta
sobre
sua
tentativa
frustrada
de
acessar
o
sistema
do
Tribunal
Regional
do
Trabalho
da
2ª
Região,
que
compreende
a
Grande
São
Paulo
e
o
litoral
do
estado.
Em
setembro,
tentou
acessar
o
sistema
porque
precisava
dos
dados
de
um
processo
digital
em
andamento,
mas
não
conseguiu
as
informações
pois
as
configurações
de
seu
computador
estavam
muito
à
frente
das
usadas
pelo
tribunal.
Ao
tentar
acessar
a
plataforma,
a
advogada
era
informada
pelo
sistema
que
seu
certificado
digital,
mesmo
válido,
não
estava
sendo
reconhecido. Falhas
estruturais
também
complicam,
por
exemplo
configurações
exigidas
que
são
mais
velhas
do
que
as
usadas
em
todo
o
mundo.
Ela
ligou
para
a
corte
em
busca
de
ajuda
e
ouviu
dos
atendentes
da
corte
que,
como
o
programa
usado
não
é
de
SP,
o
auxílio
só
poderia
ser
prestado
em
outro
número.
Segundo
a
advogada,
também
lhe
foi
dito
que
a
versão
do
Java
instalada
em
seu
computador
é
mais
avançada
do
que
a
usada
pelo
sistema,
sendo
necessário
desinstalá-la
e
substituí-la
por
uma
mais
antiga.
Trocando
em
miúdos,
estar
em
dia
com
as
atualizações
tornou-se
pior
do
que
ter
programas
ultrapassados. A
saga
da
advogada
chegou
a
Brasília.
Atendentes
do
Tribunal
Superior
do
Trabalho,
disseram
que
enviariam
um
link
para
que
ela
pudesse
regredir
seu
sistema.
"O
e-mail
não
veio
até
hoje”,
reclama. Soluções
personalizadas “Cada
tribunal
possui
suas
especificidades,
e
elas
precisam
ser
contempladas
pelo
sistema
adotado
pela
instituição.
Por
isso,
cada
corte
que
opera
no
sistema
da
Justiça
deve
ter
à
sua
disposição
soluções
adequadas
à
sua
realidade,
pensadas
para
atender
especificidades
que
variam
de
acordo
com
o
papel
assumido
e
as
funções
executadas
de
cada
usuário”,
afirma
Ilson
Stabile. Ele
diz
ainda
que
adotar
um
sistema
único
resultaria
na
perda
de
todo
o
trabalho
feito
até
agora,
gerando
um
enorme
retrocesso
tecnológico,
pois,
segundo
o
executivo,
seria
como
"nivelar
por
baixo"
porque
a
proposta
de
unicidade
de
sistema
desconsidera
as
peculiaridades
de
cada
Tribunal.
“É
inviável
e
a
prova
disso
são
as
sucessivas
tentativas
infrutíferas
nesta
linha.” Cesar
Orlando
segue
essa
mesma
linha.
Ele
até
considera
tecnicamente
possível
unificar
os
sistemas,
mas
pondera
que
seria
uma
medida
inviável
do
ponto
de
vista
prático
e
ineficaz.
“Seria
mais
vantajoso
adotar
um
já
existente
ou
começar
do
zero”,
sugere. Ele
também
cita
como
alternativa
manter
os
múltiplos
sistemas
internos
de
cada
corte
e
fazer
com
que
eles
se
comuniquem
por
meio
do
Modelo
Nacional
de
Interoperabilidade.
A
diferença,
complementa,
apareceria
apenas
para
o
público
externo,
que
teria
uma
plataforma
única. “Um
sistema
único
externo
apresentaria
vantagens
na
experiência
de
uso,
mitigação
de
possíveis
problemas
relacionados
à
configuração
de
computadores
e
menores
gastos
no
suporte
técnico
aos
usuários”,
explica
Cesar
Orlando. Para
Stabile,
são
necessários
alguns
ajustes
para
permitir
a
interoperabilidade:
“A
disponibilização
de
interfaces
de
integração
entre
os
sistemas
dos
tribunais,
outras
instituições,
e
escritórios
de
advocacia
—
aliada
a
um
portal
único
nacional
de
peticionamento
e
consultas
aos
advogados
que
não
possuem
sistemas
informatizados—
é
a
saída
para
promover
resultados
mais
céleres
à
Justiça”. Tentativas
de
integração O
MNI,
iniciado
em
setembro
de
2016,
faz
com
que
todas
as
fases
da
tramitação
processual
ocorram
diretamente
entre
o
SAJ
(sistema
do
TJ-SP)
e
o
e-STF.
Um
exemplo
é
remessa
e
a
devolução
dos
processos,
que
passaram
a
ser
instantâneas. Já
para
o
público
externo
há
o
Escritório
Digital,
que
criou
uma
interface
única
de
acesso
para
os
sistemas
processuais
brasileiros.
O
modelo,
que
ainda
não
foi
assimilado
por
todos
os
tribunais,
foi
lançado
em
2015
e
sua
instalação
começou
em
dezembro
do
mesmo
ano. A
medida
foi
criada
como
condição
para
relativizar
a
implantação
do
Processo
Judicial
Eletrônico
(PJe),
que,
inicialmente,
seria
obrigatório
para
todo
o
Brasil.
A
mudança
foi
definida
na
Resolução
185/2013. Além
do
Escritório
Digital,
a
seccional
mineira
da
OAB
desenvolveu
o
Navegador
do
Advogado,
que
garante
o
acesso
direto
já
pré-configurado
a
todos
os
tribunais
do
país.
O
programa,
que
está
disponível
para
download
no
site
da
OAB-MG,
direciona
o
profissional
automaticamente
para
os
sistemas
usados
por
cada
corte. Principais
Sistemas Corte
Plataforma STF
e-STF STJ
e-STJ TST
PJe TRF-1
PJe/SEI TRF-2
Apolo TRF-3
PJe TRF-4
e-Proc TRF-5
PJe TJ--AC
e-SAJ TJ-AL
e-SAJ TJ-AM
e-SAJ TJ-AP
Tucujuris TJ-BA
PJe TJ-CE
PJe TJ-DF
PJe TJ-ES
PJe TJ-GO
Projudi TJ-MA
PJe TJ-MG
PJe TJ-MS
e-SAJ TJ-MT
PJe TJ-PA
PJe TJ-PB
PJe TJ-PE
PJe TJ-PI
PJe TJ-PR
PJe
e
Projudi TJ-RJ
Projudi
(criminal)/PJE TJ-RN
PJe
e
e-SAJ TJ-RO
PJe TJ-RR
PJe
e
Projudi TJ-RS
Saindo
do
PJe
para
e-Proc TJ-SC
e-SAJ TJ-SE
PJe TJ-SP
e-SAJ TJ-TO
e-Proc TRTs
Pje Fonte: Conjur, de 3/10/2017
Debates
no
TCE
abordam
legislação
e
normas
para
negociar
com
o
Estado As
discussões
técnicas
realizadas
durante
o
I
Seminário
de
Direito
Administrativo
trataram
de
assuntos
ligados
à
regulação
das
contratações
com
a
administração
pública.
Professores
e
especialistas
se
revezaram
em
debates
que
ocorreram
durante
toda
a
programação. Com
o
tema
‘Reforma
na
lei
de
introdução
às
normas
do
Direito
Brasileiro’,
a
primeira
mesa
foi
mediada
pelo
Procurador-Geral
do
Ministério
Público
de
Contas
(MPC),
Rafael
Neubern
Demarchi
Costa,
e
contou
com
a
participação
da
Professora
de
Direito
Administrativo
da
Fundação
Getúlio
Vargas
(FGV-SP)Vera
Monteiro;
do
Secretário
de
Articulação
para
Investimentos
e
Parcerias
da
Presidência
da
República,
Marco
Aurélio
Barcelos;
e
do
Desembargador
Federal
da
3ª
Região
e
Doutor
em
Direito
pela
USP,
José
Marcos
Lunardelli. Vera
Monteiro
declarou
que
as
regras
para
contratações
foram
criadas
para
aprimorar
a
qualidade
das
atividades
decisórias
na
administração
pública
do
país.
“Uma
boa
aplicação
do
Direito
Público
brasileiro
também
pode
garantir
a
eficiência
e
a
segurança
jurídica”,
explicou. Na
sequência,
às
10h30,
os
professores
de
Direito
Administrativo
Jacintho
Arruda
Câmara
(PUC-SP)
e
André
Rosilho
(FGV-SP)
e
a
Assessora
Jurídica
do
Tribunal
de
Contas
do
Munícipio
de
São
Paulo
(TCM-SP)
Christianne
Stroppa
discutiram
a
Lei
das
Estatais.Os
trabalhos
foram
mediados
pela
Auditora-Substituta
de
Conselheiro
e
coordenadora
do
corpo
de
auditores
do
TCESP,
Silvia
Monteiro. No
período
da
tarde,
às
14h00,
os
professores
de
Direito
Fernando
Dias
Menezes
de
Almeida
(USP)
e
Carolina
Mota
(Mackenzie),
e
o
Procurador
do
Estado
de
São
Paulo
Fabio
Augusto
Daher
Montes
debateram
a
legislação
relacionada
aos
ajustes
contratuais. As
15h30
foram
abordados
temas
específicos
como
o
Fundo
Imobiliário
do
Estado
e
práticas
de
‘compliance’,
isto
é,
de
atuação
da
administração
pública
dentro
dos
limites
impostos
pela
lei
e
por
regulamentos
internos
e
externos. Os
trabalhos
tiveram
como
palestrantes
o
professor
da
FGV,
Mario
Engler
Pinto
Junior;
a
especialista
em
Direito
Administrativo
da
FGV,
Heloísa
Ferraz;
e
o
Professor-Doutor
em
Direito
pela
USP,
André
Castro
Carvalho.
O
Vice-Presidente,
Conselheiro
Renato
Martins
Costa
coordenou
os
debates. Fonte:
site
do
TCE-SP,
de
3/10/2017 |
||
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