04 Mai 17 |
Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência; invasão adia análise de destaques
A
Comissão
Especial
da
Reforma
da
Previdência
(PEC
287/16)
aprovou
nesta
quarta-feira
(3),
por
23
votos
a
14,
o
texto-base
do
relator,
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA).
Encaminharam
voto
contrário
ao
texto:
PT,
PSB,
PDT,
SD,
PCdoB,
PHS,
Psol,
Pros
e
Rede. Apesar
da
vitória
do
governo
na
comissão,
a
oposição
argumentou
durante
todo
o
dia
que
o
resultado
desta
votação
já
era
conhecido
porque
os
partidos
da
base
do
governo
poderiam
substituir
os
parlamentares
que
estivessem
querendo
votar
contra. Nesta
semana,
foram
feitas
cinco
mudanças
na
comissão
entre
deputados
da
base.
A
oposição
acredita,
portanto,
que
a
votação
no
Plenário
será
muito
diferente
porque
serão
necessários
308
votos. "Os
23
votos
que
sepultaram
a
Previdência
no
Brasil
terão
que
prestar
contas
a
partir
de
agora
nas
ruas,
nas
redes
sociais
e,
principalmente,
quando
levarmos
essa
reforma
para
o
Plenário",
disse
o
deputado
André
Figueiredo
(PDT-CE). Deputados
da
própria
base
do
governo
ressaltaram
durante
os
encaminhamentos
de
votação
que
ainda
querem
modificar
alguns
pontos
do
texto
no
Plenário.
O
PSDB
citou
a
aposentadoria
por
incapacidade,
que,
pelo
texto
atual,
tem
valor
menor
para
quem
se
acidenta
fora
do
ambiente
do
trabalho. Já
o
deputado
Pauderney
Avelino
(DEM-AM)
citou
a
necessidade
de
uma
regra
de
transição
para
os
servidores
públicos
que
entraram
antes
de
2003.
"Para
que
nós
possamos
levar
ainda
à
apreciação
do
Plenário
da
Casa,
eventualmente,
alguma
alteração
para
aqueles
que
entraram
até
2003.
Para
fazer
uma
transição
mais
adequada",
afirmou. A
sessão
teve
vários
momentos
de
agressões
verbais
entre
os
parlamentares,
embora
tenha
transcorrido
normalmente
até
a
invasão
dos
agentes
penitenciários.
Até
o
momento,
não
foi
marcada
nova
reunião
para
a
continuação
da
votação
dos
destaques.
Os
deputados
já
rejeitaram
os
38
destaques
simples
ao
texto,
por
22
votos
a
14.
A
etapa
seguinte
é
a
análise
de
13
destaques
de
bancada. Invasão A
votação
dos
destaques
foi
interrompida
após
uma
invasão
de
dezenas
de
agentes
penitenciários
no
plenário
da
comissão.
Os
agentes
penitenciários
invadiram
a
Câmara
e
agrediram
verbalmente
os
deputados,
contrariados
com
a
retirada
deles
das
regras
de
aposentadoria
especial
dos
policiais,
que
têm
55
anos
de
idade
mínima. Ao
longo
do
dia,
o
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
chegou
a
incluí-los
no
texto,
mas
depois
voltou
atrás.
Maia
disse
que
retirou
os
agentes
justamente
porque
teria
recebido
várias
mensagens
contrárias
à
medida
após
um
grupo
deles
terem
invadido
o
Ministério
da
Justiça
na
terça-feira
(2). "Desde
o
momento
em
que
acabei
de
ler
o
meu
parecer,
recebi
uma
centena
de
mensagens
de
parlamentares,
absolutamente
revoltados
com
essa
condição,
alegando
que
se
trata
de
uma
genuflexão
do
Legislativo
a
um
movimento
que
foi
feito
contra
a
lei
brasileira,
de
desrespeito
ao
poder
federal,
de
desrespeito
ao
Ministério
da
Justiça",
disse
o
deputado. Durante
a
votação
dos
destaques
ao
texto
principal,
o
PSDB
chegou
a
se
posicionar
favoravelmente
à
reinclusão
dos
agentes,
mas
o
líder
do
governo,
deputado
Aguinaldo
Ribeiro
(PP-PB),
chamou
os
partidos
da
base
para
conversar
e
foi
negociado
para
que
o
assunto
seja
votado
no
Plenário
da
Câmara. Idade
mínima A
reforma
aprovada
fixa
idades
mínimas
de
aposentadoria
de
62
anos
para
a
mulher
e
65
anos
para
o
homem,
mas
essas
idades
serão
alcançadas
até
2038.
Também
será
elevado
gradualmente
o
tempo
de
contribuição
mínimo
de
15
para
25
anos.
Quem
já
está
no
mercado
de
trabalho
terá
que
cumprir
um
pedágio
de
30%
sobre
o
período
que
faltar
para
completar
os
tempos
de
contribuição
atuais:
de
35
anos
para
o
homem
e
30
anos
para
a
mulher. Fonte: Agência Câmara, de 4/5/2017
Reforma
da
Previdência
é
aprovada
em
comissão
e
avança
na
Câmara Depois
de
mais
de
oito
horas
de
discussão,
a
comissão
especial
da
Câmara
aprovou
nesta
quarta-feira,
3,
o
texto
da
reforma
da
Previdência
apresentado
pelo
relator,
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA).
O
placar,
de
23
votos
a
favor
e
14
contra,
foi
exatamente
o
que
o
governo
esperava
–
três
quintos
da
comissão.
Esse
será
o
porcentual
necessário
para
a
votação
em
plenário
(308
de
513
deputados).
Mas
o
embate
desta
quarta-feira
mostrou
que
a
tarefa
não
será
fácil. Na
sequência,
a
sessão
que
votava
os
destaques
do
texto
principal
foi
invadida
por
um
grupo
de
agentes
penitenciários
revoltados
com
a
retirada
de
um
destaque
(alteração
no
texto
do
relator)
que
incluía
a
categoria
no
grupo
que
terá
direito
a
regras
mais
brandas
de
aposentadoria,
com
idade
mínima
de
55
anos.
A
invasão
foi
reprimida
por
agentes
da
polícia
legislativa
(categoria
que
foi
agraciada
com
esta
mesma
regra).
Foram
usadas
bombas
de
efeito
moral
e
spray
de
pimenta
para
tentar
dispersar
os
manifestantes.
Por
questões
de
segurança,
Maia
e
o
presidente
da
comissão
especial
da
reforma
da
Previdência,
deputado
Carlos
Marun
(PMDB-MS),
foram
retirados
às
pressas
da
sala
por
policiais
legislativos
e
levados
para
um
local
fora
da
Câmara.
Durante
a
invasão,
os
agentes
penitenciários
gritavam
que
iriam
paralisar
o
País.
Eles
pedem
que
a
sessão
da
comissão
em
que
o
parecer
do
relator
foi
aprovado
por
23
votos
a
14
seja
cancelada.
“Fomos
feitos
de
moleques.
Essa
Casa
nos
empenhou
a
palavra
de
que
o
destaque
seria
aprovado
hoje.
Não
somos
moleques.”,
gritavam
os
agentes,
que
também
cantaram
o
Hino
Nacional. Ao
Broadcast
Político,
Marun
afirmou
que
suspendeu
por
tempo
indeterminado
a
sessão
do
colegiado,
e
que
se
reunirá
com
governo
nesta
quinta-feira,
4,
para
decidir
uma
nova
data
para
continuar
a
votação
dos
destaques. Pressão.
As
horas
que
antecederam
a
votação
foram
marcadas
por
forte
pressão
de
grupos
que
tentaram
ganhar
algum
benefício.
Houve
uma
reviravolta
nas
regras
de
aposentadoria
dos
policiais,
por
exemplo.
O
relator,
deputado
Arthur
Oliveira
Maia
(PPS-BA),
decidiu
retirar
os
agentes
penitenciários
e
socioeducativos
do
grupo
que
teria
acesso
a
condições
mais
brandas
de
acesso
ao
benefício.
Isso
pouco
tempo
depois
de
anunciar
a
inclusão
da
categoria
na
regra
especial.
O
vaivém
gerou
gritaria
entre
deputados
da
própria
base
aliada
e
despertou
a
ira
dos
agentes,
que
tentaram
invadir
o
anexo
2
da
Câmara
dos
Deputados,
onde
ficam
as
comissões. Os
agentes
penitenciários
já
haviam
invadido
na
terça-feira
a
sede
do
Ministério
da
Justiça,
o
que
levou
o
relator
a
dizer
que
não
cederia
a
demandas
de
“vândalos”.
Depois,
acabou
cedendo
e
incluiu
a
categoria
na
regra
que
permitia
idade
mínima
de
até
55
anos
para
aposentadoria,
desde
que
fosse
aprovada
uma
lei
complementar
regulamentando
o
modelo
alternativo.
A
iniciativa
contemplava
ainda
os
agentes
socioeducativos. A
inclusão
dos
agentes
penitenciários
na
regra
especial,
no
entanto,
não
foi
articulada
com
o
Palácio
do
Planalto.
Ao
saber
da
“novidade”,
o
ministro-chefe
da
Casa
Civil,
Eliseu
Padilha,
entrou
em
campo
para
convencer
o
relator
a
recuar
da
decisão.
Segundo
um
integrante
do
Planalto,
Padilha
disse
que
a
mudança
não
foi
autorizada
pelo
governo,
que
já
reiterou
que
não
há
mais
espaço
para
concessão
na
reforma. “Não
vou
transformar
relatório
em
polêmica
desnecessária.
O
relator
quer
se
eximir
da
decisão
nesse
momento”,
disse
Oliveira
Maia
ao
anunciar
a
desistência
horas
depois. Embora
os
agentes
tenham
ficado
sem
aposentadoria
especial,
os
policiais
legislativos
conseguiram
resultado
positivo
após
a
pressão
sobre
os
parlamentares.
A
carreira
poderá
se
aposentar
com
idade
mínima
de
55
anos,
pelo
menos
até
a
regra
definitiva
dos
policiais
ser
enviada
por
projeto
de
lei,
o
que
deve
ser
feito
juntamente
com
as
regras
da
Previdência
dos
militares. Resistência.
A
sessão
de
votação
foi
tumultuada
e
chegou
a
ser
suspensa
por
três
vezes
ao
longo
do
dia.
Para
que
a
proposta
fosse
aprovada,
partidos
da
base
aliada
trocaram
deputados
contrários
à
reforma,
na
comissão,
por
outros
favoráveis,
manobra
duramente
atacada
pela
oposição. Partidos
que
integram
a
base
aliada,
PSB,
PHS,
PROS
e
Solidariedade
orientaram
suas
bancadas
a
votar
contra
o
parecer
do
relator.
Todos
os
cinco
deputados
desses
partidos,
além
de
um
do
PTB
votaram
contra,
o
que
demonstra
que,
nas
próximas
semanas,
serão
ainda
mais
intensas
as
negociações
do
governo
com
sua
base. O
Planalto
comemorou
o
resultado.
Por
meio
do
seu
porta-voz,
Alexandre
Parola,
o
presidente
Michel
Temer
disse
que
o
número
de
votos
demonstra
o
reconhecimento
sobre
a
urgência
da
votação
e
que
a
reforma
da
Previdência
é
inadiável
por
uma
razão
simples:
“Se
não
reformarmos,
pagaremos
amanhã”.
O
relator
disse
que
a
data
de
votação
da
matéria
em
plenário
dependerá
do
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia. Versões.
Em
meio
às
mudanças,
foram
distribuídas
nesta
quarta
mais
duas
versões
do
relatório
da
reforma
da
Previdência,
isso
depois
das
três
que
foram
divulgadas
no
dia
da
leitura
do
parecer,
no
dia
18
de
abril.
No
começo
da
manhã,
o
texto
sequer
estava
pronto,
o
que
atrasou
o
início
dos
trabalhos
da
comissão
e
levou
a
três
suspensões
da
sessão.
O
mesmo
ocorreu
após
o
almoço,
quando
a
retirada
dos
agentes
foi
anunciada:
foram
quase
duas
horas
de
atraso.
Só
às
19h30
as
bancadas
começaram
a
orientar
a
votação,
sete
horas
depois
do
início. A
sessão
foi
marcada
por
tensão
e
alguns
bate-bocas
entre
deputados
de
oposição
e
da
base
do
governo.
Além
dos
problemas
ou
das
vantagens
da
reforma
da
Previdência
apontados
pelos
parlamentares,
teve
um
pouco
de
tudo
dos
discursos,
incluindo
defesa
do
povo
palestino
e
críticas
ao
movimento
contra
imigrantes
em
São
Paulo. Fonte: Estado de S. Paulo, de 4/5/2017
Justiça
acolhe
pedido
do
Estado
e
aplica
multa
a
sindicatos A
juíza
da
16ª
Vara
da
Fazenda
Pública,
Ana
Luiza
Villa
Nova,
deferiu
pedido
do
governo
do
Estado
de
São
Paulo
e
aplicou
multa
de
R$
937
mil
para
cada
um
dos
seguintes
sindicatos:
Sindicato
dos
Trabalhadores
em
Empresas
de
Transportes
Metroviários
e
Empresas
Operadoras
de
Veículos
Leves
Sobre
Trilhos,
Sindicato
dos
Trabalhadores
em
Empresas
Ferroviárias
da
Zona
Central
do
Brasil
e
Sindicato
dos
Trabalhadores
em
Empresas
Ferroviários
de
São
Paulo
em
razão
do
descumprimento
da
liminar
concedida
em
27
de
abril,
que
restou
caracterizado,
segundo
a
juíza
“pois
é
fato
público
e
notório
que
foi
mantida
a
posição
de
paralisação
dos
serviços
de
transporte
coletivo
por
parte
destes
nesta
data
de
28
de
abril
de
2017,
o
que
pode
ser
constatado
pelos
cidadãos
desta
cidade
de
São
Paulo,
tanto
pessoalmente
como
pela
ampla
e
intensa
divulgação
pelos
meios
de
comunicação“. A
juíza
determinou,
ainda,
que
a
intimação
dos
sindicatos
para
pagamento
voluntário
se
dê
no
momento
em
que
estes
ingressarem
nos
autos
do
processo,
o
que
deve
ocorrer
no
prazo
máximo
de
15
dias
úteis. Se
os
sindicatos
não
efetuarem
voluntariamente
o
pagamento,
a
juíza
irá
apreciar
o
pedido
já
formulado
pelo
Governo
do
Estado
de
São
Paulo,
através
da
Procuradoria
Geral
do
Estado,
para
o
bloqueio
de
suas
contas.
Os
sindicatos
ainda
podem
recorrer. O
Sindicato
dos
Trabalhadores
em
Empresas
Ferroviárias
da
Zona
Sorocabana
não
foi
localizado
e,
portanto,
ainda
não
foi
citado
da
liminar. Fonte: site da PGE SP, de 3/5/2017
STF
discute
súmula
para
acabar
com
"reajuste
de
13,23%"
de
servidores O
Supremo
Tribunal
Federal
publicou
nesta
quarta-feira
(3/5)
proposta
de
súmula
vinculante
para
tentar
acabar
com
decisões
judiciais
que
concedem
o
chamado
“reajuste
de
13,23%”
a
servidores
públicos
sem
previsão
em
lei.
De
autoria
do
ministro
Gilmar
Mendes,
o
verbete
propõe
estender
ao
caso
específico
desse
ajuste
a
vedação
ao
reajuste
salarial
com
base
no
princípio
da
isonomia,
já
prevista
de
maneira
mais
ampla
na
Súmula
Vinculante
37. Em
sua
proposta
de
súmula,
Gilmar
afirma
que
todos
os
ministros
da
atual
composição
do
Supremo,
exceto
Alexandre
de
Moraes,
têm
pelo
menos
uma
decisão
cassando
o
reajuste
concedido
pelo
Judiciário.
Como
exemplos,
ele
cita
14
reclamações
em
que
o
STF
cassou
o
aumento. “Não
obstante
o
teor
da
orientação
firmada
nas
mencionadas
decisões,
é
cediço
que
a
controvérsia
a
respeito
do
tema
segue
atual
e
acarreta
grave
insegurança
jurídica
e
relevante
multiplicação
de
processos
sobre
idêntica
questão”,
diz
o
ministro,
na
proposta.
Com
a
publicação
do
texto
no
Diário
de
Justiça
Eletrônico
do
Supremo
(DJe),
os
interessados
no
assunto
têm
cinco
dias
para
se
manifestar,
antes
que
a
PSV
seja
enviada
à
Procuradoria-Geral
da
República. Embora
o
conflito
seja
atual,
a
história
do
“reajuste
de
13,23%”
é
longa.
Começou
em
julho
de
2003,
quando
foi
sancionada
a
Lei
10.698,
por
meio
da
qual
o
governo
concedeu
a
todos
os
servidores
públicos
federais
um
aumento
de
R$
59,87.
É
a
Vantagem
Pecuniária
Individual
(VPI). Imediatamente,
servidores
foram
à
Justiça
reclamar
da
falta
de
paridade
no
pagamento
da
verba.
Reclamavam
que,
enquanto
a
VPI
representava
6%
de
aumento
para
quem
ganhava
R$
1
mil,
significava
0,0015%
para
quem
ganha
R$
40
mil,
conforme
contou
o
economista
Antonio
Delfim
Netto
em
texto
publicado
nesta
quarta
no
jornal
Folha
de
S.Paulo. A
Justiça
Federal,
então,
começou
a
decidir
que
a
natureza
jurídica
da
VPI
é
de
reajuste
geral,
e
por
isso
deveria
ser
paga
proporcionalmente
aos
servidores,
retroativamente
à
data
de
sua
criação.
A
conta
feita
foi
que
a
verba
deveria
ser
o
equivalente
à
fração
que
a
VPI
representava
no
menor
salário
do
funcionalismo
público
federal
na
época:
R$
452,23.
Assim
chegou-se
à
cifra
de
13,23%. E
a
Justiça
Federal
começou
a
determinar
o
pagamento
da
correção
retroativa
a
2003,
data
da
edição
da
lei.
Delfim
Netto
chamou
o
entendimento
de
"hermenêutica
logarítimica".
Nesta
quarta,
o
Tribunal
de
Contas
da
União
negou
pedido
para
transformar
a
VPI
em
reajuste
salarial.
"Quem
fizer
esse
pagamento
pode
ser
condenado
pelo
TCU",
disse,
depois
do
julgamento,
o
ministro
Bruno
Dantas,
relator
do
processo. O
conflito
jurídico
começou
a
se
desenrolar
em
torno
da
natureza
jurídica
da
verba.
Outras
varas
da
Justiça
Federal
passaram
a
entender
que
a
VPI
não
seria
reajuste
geral.
Esse
reajuste
foi
dado
pela
Lei
10.697/2003,
sancionada
no
mesmo
dia
da
lei
que
criou
a
VPI.
Ela
deu
1%
de
aumento
a
todos
os
servidores
públicos
federais. Regulamentação
e
jurisdição Em
2012,
a
1ª
Turma
do
STJ
decidiu
que
a
VPI
era,
sim,
reajuste
geral,
e
por
isso
deveria
ser
proporcional
ao
salário.
E
manteve
a
conta
dos
13,23%.
Meses
depois,
a
2ª
Turma
do
Supremo
cassou
decisão
que
havia
transformado
a
VPI
em
reajuste,
mas
afirmando
ser
inconstitucional
a
concessão
de
reajuste
sem
previsão
em
lei
com
base
no
princípio
da
isonomia. A
discussão
continuou
nas
instâncias
locais,
até
que,
em
2014,
o
ministro
Gilmar
Mendes
cassou
decisão
do
Tribunal
Regional
Federal
da
1ª
Região
que
havia
concedido
o
“reajuste
de
13,23%”,
com
base
no
precedente
da
2ª
Turma.
Imediatamente,
as
turmas
de
Direito
Público
do
STJ
se
adequaram
ao
entendimento. Conforme
conta
o
ministro
Gilmar
em
sua
proposta
de
súmula,
embora
a
jurisprudência
tenha
se
firmado,
a
briga
não
terminou.
Tornou-se
uma
disputa
entre
as
demandas
salariais
do
funcionalismo
público
federal
contra
entendimentos
judiciais. Em
maio
de
2016,
reportagem
da
ConJur
revelou
que
o
Conselho
Nacional
de
Justiça
analisa
um
processo
de
regulamentação
do
“reajuste
de
13,23%”.
O
argumento
é
o
de
que
a
Justiça
Federal
vinha
reconhecendo
que
a
VPI
tem
natureza
jurídica
de
reajuste
geral,
e
não
de
verba
eventual. O
processo
foi
aberto
porque
o
STJ,
o
Conselho
da
Justiça
Federal,
o
Superior
Tribunal
Militar
e
o
Tribunal
de
Justiça
do
Distrito
Federal
pediram
complementações
orçamentárias
para
pagar
a
verba.
O
STJ
pediu
R$
149
milhões;
a
Justiça
Federal,
R$
875,5
milhões;
o
TJ-DF,
R$
275,2
milhões;
e
o
STM,
R$
33
milhões.
No
total,
a
União
terá
de
gastar
R$
1,3
bilhão
com
esses
reajustes,
caso
o
CNJ
concorde
com
o
pedido. É
uma
tentativa
de
contornar
a
jurisprudência.
Em
abril
deste
ano,
foi
ajuizado
no
STJ
um
Pedido
de
Uniformização
de
Interpretação
de
Lei
(Puil)
para
que
se
defina,
mais
uma
vez,
qual
a
natureza
jurídica
da
VPI.
O
autor
do
pedido
é
um
servidor
federal
que
teve
seu
pleito
de
transformar
a
verba
em
reajuste
negado
pelo
Conselho
da
Justiça
Federal. Dois
meses
depois
do
ajuizamento
do
pedido
de
uniformização,
a
Turma
Nacional
de
Uniformização
do
CJF,
responsável
por
definir
a
tese
a
ser
aplicada
a
cada
tema
em
discussão
nos
Juizados
Especiais,
definiu
que
a
VPI
não
é
reajuste
geral.
Portanto,
seu
pagamento
em
parcela
única
a
todos
em
julho
de
2003
encerrou
o
assunto.
O
aumento,
definiu
a
TNU,
foi
o
de
1%
concedido
pela
Lei
10.697. “Não
há
dúvidas
quanto
ao
entendimento
firmado
pelo
STF
a
respeito
do
tema:
os
servidores
públicos
federais
não
fazem
jus
ao
pretendido
reajuste
geral
de
13,23%,
nem
com
base
na
Lei
10.698/03
tampouco
com
espeque
na
Lei
13.317/2016”,
diz
o
ministro
Gilmar
na
sua
proposta
de
súmula
vinculante.
“É
reiterado
o
entendimento
desta
corte
no
sentido
de
que
a
concessão
do
reajuste
de
13,23%
pelo
Judiciário
com
base
no
princípio
da
isonomia,
sem
qualquer
autorização
legal,
afronta
diretamente
o
princípio
da
legalidade,
bem
como
a
Súmula
339
e
a
Súmula
Vinculante
37.” Fonte: Conjur, de 3/5/2017
Anape
lança
primeiro
diagnóstico
das
PGEs
e
PGDF
na
próxima
3ª
feira
(9/5) Diretores
da
Associação
Nacional
dos
Procuradores
dos
Estados
e
do
DF
(Anape)
se
reuniram
nesta
terça
(2/5)
para
preparar
a
versão
final
do
“Relatório
Geral
das
Procuradorias-Gerais
e
dos
Procuradores
dos
Estados
e
do
DF”,
que
será
lançado
na
próxima
3ª
feira. A
Anape
idealizou
a
pesquisa
com
o
objetivo
de
levantar
dados
jurídicos,
administrativos
e
demográficos
referentes
às
duas
dimensões.
O
encontro
aconteceu
na
sede
da
entidade. O
relatório
foi
o
primeiro
levantamento
produzido
exclusivamente
com
procuradores
estaduais
e
respectivas
instituições.
A
pesquisa
foi
realizada
por
meio
de
um
questionário
on-line
e,
nos
seis
meses
em
que
ficou
disponível
para
acesso,
contou
com
a
participação
de
797
procuradores
respondentes. O
presidente
da
Anape,
Marcello
Terto
e
Silva,
afirma
que
o
documento
é
um
dos
principais
projetos
da
atual
gestão.
“Ele
tem
como
meta
servir
de
importante
base
de
dados
para
programas
que
permitam
identificar
padrões
corporativos
e
institucionais
e
as
carências
estruturais
que
as
PGEs
e
a
PGDF
precisam
superar
para
atenderem
com
mais
eficiência
às
suas
responsabilidades
constitucionais
e
estratégicas”,
declara. Os
dados
coletados
revelaram
tendências
e
informações
relativas,
por
exemplo,
às
condições
de
trabalho
nas
Procuradorias-Gerais
e
ao
perfil
demográfico
da
categoria.
Além
disso,
o
documento
também
conta
com
a
opinião
dos
integrantes
da
carreira
a
respeito
da
atuação
das
entidades
associativas
e
dos
serviços
oferecidos
por
elas. O
1º
vice-presidente
da
Anape,
Telmo
Lemos
Filho,
reforça
a
relevância
do
levantamento
para
uma
avaliação
mais
aprofundada
da
categoria
e
dos
órgãos
em
que
esses
profissionais
atuam.
“O
diagnóstico
apresentado
nessa
reunião
é
um
documento
muito
importante
para
que
se
tenha
a
visão
das
PGEs
e
da
carreira
de
procurador
dos
Estados
e
do
DF.
Certamente
será
um
instrumento
valioso
para
o
planejamento
das
ações
da
Anape”,
avalia
Telmo. Já
o
diretor
de
filiação
e
convênios
da
Anape,
Cláudio
Cairo,
aponta
que
a
pesquisa
conta
com
análises
por
diversos
aspectos
e
alcançou,
em
média,
20%
do
público
interno
da
Anape. “Fizemos
uma
discussão
detalhada
sobre
o
diagnóstico
da
carreira
de
procurador
do
Estado,
como
preparação
para
a
apresentação
ao
Conselho
Deliberativo
na
próxima
semana.
O
diagnóstico
tem
várias
dimensões
e
precisa
ser
planejado
em
relação
à
organização
dos
dados
de
divulgação
dos
resultados
e
direcionamento
das
consequências
do
trabalho”,
explica. A
pesquisa
contou
com
o
apoio
do
Instituto
de
Pesquisa
Econômica
Aplicada
(Ipea)
e
do
Colégio
Nacional
de
Procuradores-Gerais
dos
Estados
e
do
Distrito
Federal
(CNPGE)
e
foi
executada
pelo
instituto
de
psicologia
clínica
e
organizacional
Psych. O
coordenador-executivo
da
pesquisa,
Cristiano
Costa,
conta
que
hoje
é
possível
observar
no
país
um
momento
singular
que
exige
“planejamento
e
a
execução
de
iniciativas
racionais
para
o
fortalecimento
de
carreiras
públicas”.
Ainda
segundo
ele,
o
servidor
público
e
as
organizações
às
quais
se
vinculam
experimentam
um
aumento
nas
exigências
e
expectativas
por
parte
da
sociedade
e,
por
isso,
a
realização
do
levantamento
permitiu
a
observância
de
alguns
aspectos
relacionados
a
essas
novas
demandas. “O
alcance
desse
reconhecimento
depende
da
capacidade
de
produção
de
um
mapa
metodologicamente
consistente,
que
identifique
e
apresente
as
percepções
e
significados
compartilhados
no
ambiente,
neste
caso,
pelos
procuradores
de
Estado
no
Brasil.
Afinal
de
contas,
o
desempenho
das
suas
atividades
não
se
dá
no
vazio.
O
compromisso
com
a
missão
pública
aos
quais
foram
designados
é
também
uma
resultante
do
conhecimento
sobre
as
contingências
e
contextos
que
interferem
em
seu
trabalho”,
explica. Além
dos
citados,
também
estiveram
presentes
o
diretor
administrativo
e
financeiro
da
entidade,
Helder
de
Araújo,
e
o
presidente
da
Associação
dos
Procuradores
do
Distrito
Federal
(APDF),
Carlos
Augusto
Valenza. Fonte: site da Anape, de 3/5/2017
Comunicado
do
Conselho
da
PGE Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
4/5/2017 |
||
O Informativo Jurídico é uma publicação diária da APESP, distribuída por e-mail exclusivamente aos associados da entidade, com as principais notícias e alterações legislativas de interesse dos Procuradores do Estado, selecionadas pela C Tsonis Produção Editorial. Para deixar de receber o Informativo Jurídico, envie e-mail para apesp@apesp.org.br; indicando no campo assunto: “Remover Informativo Jurídico”. |