ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO

 


Boletim Informativo da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo – APESP –  Nº 71 - 29.08.2007 




Seminário foi oportunidade para amadurecer a decisão

o período da manhã, deu-se continuidade ao Seminário "Questão remuneratória: caminhos e perspectivas", quando foram expostos os argumentos dos integrantes da Comissão Redatora e franqueada a palavra aos presentes. José Procópio, presidente do Sindiproesp, explicitou a posição da diretoria da entidade, pela qual a solução adotada não poderia prescindir da verba honorária nem da inclusão dos procuradores de autarquias. Pessoalmente, Procópio colocou-se favorável ao subsídio como forma de evitar a evasão de quadros que acomete a PGE e instrumento de paridade remuneratória com as carreiras paradigmas.

Dirceu José Viera Chrysostomo, ex-procurador geral, disse ser favorável ao regime de subsídios, desde de que o projeto de lei a ser encaminhado fosse o elaborado pela Comissão. Para Miranda Leão, 1° vice-presidente do Sindiproesp, migrar para o regime de subsídio só seria viável após um aperfeiçoamento institucional amplo da PGE. Miranda Leão entende que, sem contar com a autonomia orçamentária, inerente tanto ao Ministério Público quanto à magistratura, o subsídio configuraria um "suicídio".

Thiago Sombra, conselheiro eleito da PGE, ponderou que a decisão da AGE afetaria o futuro da carreira, em menor grau aos colegas mais antigos e com maior intensidade aos níveis iniciais.

Para Sombra, a AGE não poderia "rifar" um instrumento importante de negociação e que a PGE não deveria configurar-se em uma carreira de passagem. Para Sombra é necessário aproveitar a atual mobilização com o objetivo de traçar estratégias remuneratórias.

Márcia Zanotti, secretária geral da Apesp, afirmou que não se pode considerar o subsídio uma "tábua de salvação". Zanotti não compartilha a tese da inexistência de uma política remuneratória e destacou que a última revalorização foi calculada após um escalonamento, buscando diminuir as diferenças
entre os níveis. Segundo a diretora é fundamental continuar votando projetos vitais, tais como a promoção desvinculada.

Para Ivanira Pancheri, secretária geral do Sindiproesp, fica muito clara a participação dos procuradores em funções essenciais à Justiça e que a luta pela paridade deve ser contínua. Regina Celi, conselheira da PGE, exaltou a excelência do trabalho dos procuradores e consignou que a PGE é o maior escritório de advocacia da América latina.


Antes da votação, colegas colaboraram com suas sugestões. No detalhe, Caio Gasparini.


Diretoria da APESP apura resultado da votação

Caio Gasparini, classificado na PR da Grande São Paulo, reforçou a necessidade de uma revisão abrangente da carreira e que a discussão sobre a adoção do subsídio manifesta um incorfomismo com a atual situação.

Márcio Henrique Mendes da Silva, classificado na PR de Ribeirão Preto, defendeu que a atual sistemática remuneratória não é tão segura. "Não consigo ver um futuro muito claro com a atual sistemática. Estamos arrecadando 50% do necessário para termos reajuste no próximo ano".

Marcos de Azevedo, classificado na PR de Presidente Prudente, disse que a carreira não pode ficar estagnada, devendo lutar por uma Lei Orgânica moderna e pela valorização da advocacia pública.

Segundo Rubens Rosseti, o trabalho da Comissão não pode ser desperdiçado, mas que o momento não seria adequado para encaminhar o projeto de subsídios.

O colega Rubens Rosseti afirmou ainda que o processo "iniciou-se pelo fim" , pois o anteprojeto foi redigido sem a mensuração das condições políticas e do compromisso do procurador geral, Marcos Nusdeo, com o texto.


APESP ofereceu almoço aos presentes à Assembléia Geral

 

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