A luta por nossos direitos previdenciários desdobra-se
agora em nova frente: o Senado. Reabrem-se discussões sobre vários temas
que o governo federal já imaginava "resolvidos" na Câmara dos
Deputados. Para nós, também se abrem novas possibilidades – e novos
riscos.
Subteto estadual – A discussão sobre o subteto
remuneratório estadual sofre uma dupla pressão. De um lado, amplia-se o
movimento para estender o subteto da magistratura (subsídio dos
desembargadores) a todos os servidores, e não só às carreiras
jurídicas. Esta posição conta com o apoio dos governadores do Rio Grande
do Sul e Paraná. Por outro lado, busca novo fôlego a posição, derrotada
na Câmara, no sentido de que o subteto estadual volte a ser, para todos os
servidores, o subsídio dos governadores, excetuados apenas a magistratura e
o MP (excluindo, portanto, procuradores e defensores). Esta posição
regressiva ainda tem apoio de diversos governadores, em especial do
nordeste.
Seja como for, a "frente de governadores",
inicialmente monolítica na tramitação da reforma da Previdência na
Câmara, já não conserva unidade, tanto pelos interesses contraditórios
nessa mesma questão, como pelas divergências interestaduais que afloraram
nos debates da reforma tributária. O que não é motivo para esmorecer
nossa luta: a simples reabertura dessa discussão encerra riscos, ainda mais
naquele ambiente volátil que é o parlamento.
Aposentadoria integral – Há senadores que ainda
resistem à manutenção da aposentadoria com remuneração integral aos
atuais servidores, mas são minoria. Aumentaremos a vigilância sobre eles.
Paridade – A paridade remuneratória entre os
atuais servidores ativos e inativos saiu da Câmara "na forma da lei",
o que configura óbvia limitação. Por isso, tem sido objeto de intensos
esforços da APESP, SindiproesP, ANAPE e das demais
entidades de servidores para que essa expressão seja suprimida do
texto definitivo. Começa a melhorar a correlação de forças no Senado
para atingirmos esse objetivo. Mas os governadores recrudescem na
resistência à mudança. Mobilizaremos todas as energias em nossa defesa.
Contribuição dos inativos – A luta pela
supressão da contribuição dos inativos ainda mostra-se muito difícil,
pois continua havendo uma clara maioria de senadores favorável à sua
introdução. Redobraremos esforços para combatê-la.
Terreno movediço – Esses são apenas alguns dos
pontos que merecem mais atenção atualmente (há ainda as questões da
regra de transição, do índice de contribuição etc.).
O Senado, como já acontecera na Câmara, constitui
terreno movediço, seja pela maior influência lá exercida pelos
governadores, seja pelo próprio empenho dos senadores em exibir alguma
"contribuição" à reforma da Previdência.
Não podemos abaixar a guarda. A APESP
praticamente mudou-se para Brasília, todas as semanas, durante os três
dias "úteis" de funcionamento Senado. Nossa luta está longe de
terminada. É só ver a quantidade de Emendas apresentadas naquela casa ao
texto da reforma previdenciária recebido da Câmara: quase 200!
Numa frase: nossa luta continua - ainda mais
agora, quando estamos na iminência da votação em primeiro turno no
Senado.
deflagrou uma campanha, mediante mensagens pagas em programas radiofônicos,
visando demonstrar ao governo do Estado a importância de dar rapidamente
posse aos colegas aprovados no último concurso de ingresso à nossa
carreira.
A campanha, que mostra à população paulista a premente
necessidade da pronta nomeação dos aprovados no último concurso,
permanecerá no ar entre os dias 15 e 19 de setembro (segunda a
sexta-feira), na rádio Bandeirantes, com uma inserção matutina
durante o "Jornal Bandeirantes" (das 6h às 10h), e outra
inserção vespertina, durante o "Jornal em Três Tempos", (das
18h às 18h30).
Sintonize a emissora nesses horários e divulgue a campanha.
Ela não passará despercebida no Palácio dos Bandeirantes e na Assembléia
Legislativa.