21 Dez 16 |
Plenário aprova renegociação da dívida dos estados, que vai para sanção presidencial
O
Plenário
da
Câmara
dos
Deputados
aprovou
nesta
terça-feira
(20)
a
renegociação
das
dívidas
dos
estados
com
a
União
(Projeto
de
Lei
Complementar
257/16,
do
Executivo).
Pela
proposta,
os
estados
poderão
ter
o
pagamento
de
débitos
alongados
por
mais
20
anos,
com
descontos
nas
parcelas
até
julho
de
2018
e
novos
indexadores. O
projeto,
que
segue
para
a
sanção,
preserva
a
maior
parte
dos
pontos
aprovados
pela
Câmara
em
agosto,
como
a
adoção,
por
dois
anos,
de
um
limite
para
o
aumento
dos
gastos
públicos,
vinculado
à
inflação
–
medida
semelhante
à
prevista
para
a
União
na
Emenda
Constitucional
do
Teto
dos
Gastos
(EC
95/16). Em
relação
ao
texto
aprovado
pelo
Senado
na
semana
passada,
os
deputados
aprovaram
a
criação
de
um
regime
especial
para
estados
em
calamidade
financeira
–
hoje,
Rio
de
Janeiro,
Minas
Gerais
e
Rio
Grande
do
Sul.
Esses
estados
poderão,
depois
de
aprovado
um
plano
de
recuperação
por
meio
de
lei
estadual,
ter
as
obrigações
com
a
União
suspensas
por
três
anos. Foram
retiradas,
no
entanto,
as
contrapartidas
propostas
pelo
Senado,
como
o
aumento
da
contribuição
previdenciária
paga
por
servidores
estaduais
e
a
proibição
de
novos
cargos
e
de
aumentos
salariais,
entre
outros.
Agora,
caberá
a
leis
estaduais
estabelecer
as
medidas
de
ajuste
para
que
o
plano
de
recuperação
seja
celebrado. “Janela
de
oportunidade” O
relatório
do
deputado
Esperidião
Amin
(PP-SC)
manteve
apenas
as
condições
da
renegociação
criadas
pelos
senadores
e
transferiu
a
criação
de
eventuais
contrapartidas
para
as
assembleias
legislativas.
Ele
reconheceu,
também,
que
a
versão
aprovada
pela
Câmara
não
deve
ter
o
aval
do
governo
federal. Amin
retirou
a
proibição
de
reajustes
e
criação
de
cargos
enquanto
vigorar
o
regime
de
recuperação
e
a
determinação
de
que
esse
plano
tenha
medidas
como
aumento
da
contribuição
previdenciária
dos
servidores
e
desestatização. O
relator
disse
que
o
texto
aprovado
dá
aos
estados
uma
“janela
de
oportunidade”
para
negociar
suas
dívidas.
“Para
salvar
a
situação
dos
estados
em
situação
difícil,
resolvemos
pinçar
aquilo
que
é
do
regime
de
repactuação
e
de
ajuste
fiscal.
Fizemos
isso
para
atender
os
Estados
que
estão
de
joelhos”,
disse. Depois
de
negociação
com
o
PT,
que
obstruiu
parte
dos
trabalhos,
Amin
retirou
a
possibilidade
de
privatização
de
bens
dos
estados
transferidos
para
a
União
como
garantia
do
regime
de
recuperação
fiscal.
Outro
ponto
retirado
foi
a
autorização
para
financiamento
de
programas
de
demissão
voluntária. Críticas
dos
deputados A
proposta
de
contrapartidas
feita
pelo
Senado
havia
sido
criticada
por
vários
deputados.
“No
final
do
ano
legislativo,
o
Senado
devolveu
uma
bomba”,
disse
o
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia,
após
reunir
líderes
partidários. “Achar
que,
no
dia
20
de
dezembro,
vamos
votar
aumento
de
contribuição
previdenciária
e
congelamento
de
salários,
é
achar
que
esta
Câmara
não
respeita
a
sociedade
brasileira”,
afirmou
Maia.
“Quanto
às
contrapartidas
incluídas
de
última
hora
para
o
Senado,
infelizmente
ou
felizmente,
eu
não
compreendo
que
a
Casa
tenha
condição
de
votar.” O
líder
do
DEM,
Pauderney
Avelino
(AM),
alertou
que
os
estados
só
chegaram
a
uma
situação
de
calamidade
financeira
porque
comprometeram
recursos
com
aumentos
salariais
–
em
alguns
casos,
avaliou,
até
mesmo
contrariando
a
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal
(Lei
Complementar
101/00).
Ele
disse
que
proposta
aprovada
pode
não
gerar
os
resultados
esperados. “Tivemos
a
oportunidade
de
dar
ao
País
um
projeto
para
corrigir
os
defeitos
que
vêm
acontecendo
ao
longo
do
tempo
nos
estados.
Lamentavelmente,
não
foi
possível.
Estamos
produzindo
um
‘Frankenstein’.
Nem
atendemos
aos
estados
nem
à
União”,
criticou,
lembrando
a
reação
do
Ministério
da
Fazenda
ao
texto
apresentado
pelos
líderes. Fonte: Agência Câmara, de 20/12/2016
Em
derrota
para
o
governo,
Câmara
aprova
renegociação
da
dívida
dos
Estados No
último
dia
de
votações
na
Câmara,
a
base
aliada
entrou
em
acordo
com
a
oposição
e
aprovou
por
296
votos
a
12
a
renegociação
da
dívida
dos
Estados,
já
com
a
inclusão
do
regime
de
recuperação
fiscal
para
entes
mais
endividados.
Contrariando
a
orientação
do
governo,
os
deputados
retiraram
do
texto
as
contrapartidas
para
quem
aderir
à
moratória.
O
projeto
segue
para
sanção
presidencial. O
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ)
defendeu
a
votação
e
a
independência
do
Congresso
ante
ao
Executivo.
"Não
precisamos
dizer
'amém'
ao
Ministério
da
Fazenda.
Temos
que
votar
o
texto
que
entendemos
que
é
o
melhor
para
o
Brasil.
Se
o
presidente
[Michel
Temer]
entender
que
não
é
o
melhor
para
o
Brasil,
ele
veta.
O
que
não
podemos
é
convocar
os
deputados
e
não
votar
nada",
disse
durante
a
discussão
da
proposta. Após
acordo
em
reunião
de
líderes
na
manhã
dessa
terça-feira,
20,
o
relator
Esperidião
Amin
(PP-SC)
apresentou
novo
parecer,
sem
as
contrapartidas
que
foram
incluídas
pelo
Senado.
De
acordo
com
o
novo
texto,
o
regime
de
recuperação
fiscal
suspende
por
três
anos
o
pagamento
da
dívida
de
estados
em
calamidade
fiscal,
mas
as
contrapartidas
serão
determinadas
por
meio
de
projeto
específico
nas
assembleias
legislativas. No
texto
inicial
-
que
foi
modificado
-,
Estados
em
calamidade
financeira,
como
Rio
de
Janeiro,
Rio
Grande
do
Sul
e
Minas
Gerais,
teriam
o
pagamento
da
dívida
suspenso
em
troca
de
medidas
de
ajuste,
como
a
criação
de
programa
de
privatização;
a
elevação
da
contribuição
previdenciária
dos
servidores
ativos
e
inativos
para,
no
mínimo,
14%;
a
redução
e
benefícios
fiscais;
e
a
adoção
de
novas
regras
previdenciárias. Um
dos
principais
pontos
de
conflito
entre
governo
e
deputados,
o
texto
previa
ainda
que,
durante
a
moratória,
os
Estados
ficariam
proibidos
de
conceder
reajustes
aos
servidores,
criar
cargos,
realizar
concursos
públicos
(exceto
para
suprir
vagas),
criar
despesa
obrigatória
de
caráter
continuado
e
gastar
com
publicidade
oficial
(exceto
para
saúde
e
segurança).
Todos
os
pontos
foram
retirados
do
relatório. Amin
também
retirou
a
punição
de
reclusão
de
um
a
quatro
anos
para
gestores
que
descumprirem
regras
previstas
no
regime
de
recuperação
fiscal.
A
oposição
se
uniu
à
base
após
um
acordo
para
retirar
do
texto
também
o
financiamento
ao
Plano
de
Demissão
Voluntária
(PDV).
De
acordo
com
o
líder
do
PT,
Afonso
Florence
(PT-BA),
o
partido
tentava
manter
os
direitos
dos
servidores.
Ele
acredita
que
a
falta
de
financiamento
irá
desestimular
os
Estados
a
realizarem
planos
de
demissão
voluntárias.
O
projeto
também
aumenta
em
até
20
anos
o
prazo
para
renegociação
geral
das
dívidas
de
estados
e
do
Distrito
Federal
com
a
União. Fazenda
é
contra.
A
resolução
final
encontrada
pelos
deputados,
entretanto,
não
foi
de
agrado
do
governo
que,
ao
longo
da
discussão,
trabalhou
para
derrubar
a
votação.
Deputados
da
base
e
o
próprio
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia
(DEM-RJ),
denunciaram
a
atuação
do
líder
do
governo,
André
Moura
(PSC-SE),
que,
segundo
eles,
estaria
operando
no
plenário
para
que
os
deputados
não
registrassem
presença. "Quero
pedir
que,
se
o
governo
não
quiser
votar
a
matéria,
que
venha
aqui
e
coloque
abertamente
essa
posição,
em
vez
de
ficar
pedindo
para
os
parlamentares
não
registrarem
presença",
afirmou
Maia.
A
posição
do
governo
já
era
conhecida.
Após
a
reunião
de
líderes
que
definiu
pela
retirada
de
contrapartidas,
André
Moura
esteve
no
Ministério
da
Fazenda
e
voltou
ao
Congresso
afirmando
que
era
preciso
inserir
os
compromissos
fiscais
novamente
no
texto.
O
objetivo
não
foi
alcançado. Fonte: Estado de S. Paulo, de 21/12/2016
TJ
nega
indenização
de
R$
800
mil
para
a
família
de
Eloá
Pimentel O
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
(TJ-SP)
negou
neste
mês
indenização
de
R$
800
mil
que
a
família
de
Eloá
Cristina
Pimentel
da
Silva
cobrava
do
Estado.
O
G1
apurou
que
pedido
com
o
valor
havia
sido
feito
pelo
advogado
Ademar
Gomes,
que
defende
os
interesses
dos
parentes
da
adolescente
de
15
anos,
morta
a
tiros
pelo
ex-namorado
em
2008,
em
Santo
André,
no
ABC.
Os
familiares
queriam
que
a
Fazenda
Pública
do
Estado
de
São
Paulo
os
indenizasse
já
que
Lindemberg
Alves
matou
a
ex-namorada
após
a
invasão
da
Polícia
Militar
(PM)
ao
apartamento
onde
ela
era
mantida
refém
com
uma
amiga.
O
ex-namorado
não
aceitava
o
fim
do
relacionamento.
Para
o
advogado,
o
Estado
teve
responsabilidade
na
ação
policial
que
resultou
na
morte
de
Eloá.
Mas
esse
não
foi
o
entendimento
da
11ª
Câmara
de
Direito
Público. Procurado
nesta
terça-feira
(20)
pela
reportagem,
Ademar
Gomes
disse
que
irá
recorrer
da
decisão
ao
Superior
Tribunal
de
Justiça
(STJ).
"Entrei
com
processo
de
dano
moral
e
material
contra
a
Fazenda
Pública
por
entender
que
além
de
Lindemberg,
o
estado
causou
a
morte
de
Eloá",
falou
o
advogado.
"A
PM
negligenciou
de
seu
trabalho
e
cometeu
muitas
falhas",
disse
Gomes,
que
não
quis
comentar
o
valor
da
indenização.
"O
que
posso
dizer
é
que
o
TJ
negou
o
pedido
de
indenização
e
vou
recorrer
ao
STJ
agora".
O
G1
não
conseguiu
localizar
representantes
da
Fazenda
Pública
para
comentar
a
decisão
judicial. O
crime Em
2012,
Lindemberg
foi
julgado
por
um
júri
popular
e
acabou
condenado
a
98
anos
e
10
meses
de
reclusão
pelo
assassinato
da
ex-namorada,
e
pelos
outros
11
crimes
cometidos
em
2008.
O
sequestro
foi
acompanhado
ao
vivo
pela
imprensa
e
emissoras
de
televisão.
Mas
em
2013
o
TJ
reduziu
sua
pena
para
39
anos
e
3
meses
de
prisão
em
regime
fechado.
Vale
lembrar
que
pela
lei
brasileira,
um
preso
condenado
pode
ficar
no
máximo
30
anos
preso. Fonte: Portal G1, de 20/12/2016
Ferramenta
do
STF
mostra
estatísticas
da
repercussão
geral
desde
2008 Desde
2008,
o
Supremo
Tribunal
Federal
julgou
o
mérito
de
316
ações
com
repercussão
geral
reconhecida.
Além
disso,
outros
317
processos
tiveram
repercussão
geral
reconhecida,
mas
o
mérito
ainda
não
foi
julgado. As
informações
estão
disponíveis
no
site
do
STF,
que
agora
conta
com
uma
ferramenta
com
estatísticas
da
repercussão
geral
desde
2008.
Ela
pode
ser
acessada
no
item
“Estatísticas
e
relatórios”,
no
menu
“Repercussão
Geral”. No
link
reservado
às
estatísticas,
é
possível
ter
acesso
às
seguintes
informações:
relação
completa
dos
temas
de
repercussão
geral;
temas
com
repercussão
geral
reconhecida;
temas
com
repercussão
geral
reconhecida
e
com
mérito
julgado;
temas
com
repercussão
geral
reconhecida
e
com
mérito
pendente
de
julgamento;
temas
com
repercussão
geral
negada
e
processos
sobrestados
em
razão
da
repercussão
geral,
além
dos
novos
relatórios
que
trazem
a
lista
de
processos
com
repercussão
geral
reconhecida
e
mérito
julgado,
a
cada
ano,
desde
2008,
bem
como
a
lista
de
processos
em
que
houve
decisão
no
sentido
da
inexistência
de
repercussão
geral,
desde
2008. Desde
a
regulamentação
desse
instituto,
300
ações
tiveram
a
repercussão
geral
negada,
sendo
263
por
tratarem
de
matéria
infraconstitucional.
O
total
de
processos
sobrestados
nas
instâncias
inferiores
em
razão
da
repercussão
geral
é
de
mais
de
1,5
milhão.
Com
informações
da
Assessoria
de
Imprensa
do
STF. Acesse
a
ferramenta
aqui
Fonte:
Conjur,
de
20/12/2016 |
||
O Informativo Jurídico é uma publicação diária da APESP, distribuída por e-mail exclusivamente aos associados da entidade, com as principais notícias e alterações legislativas de interesse dos Procuradores do Estado, selecionadas pela C Tsonis Produção Editorial. Para deixar de receber o Informativo Jurídico, envie e-mail para apesp@apesp.org.br; indicando no campo assunto: “Remover Informativo Jurídico”. |