16 Mai 16 |
PM faz reintegração de posse de 4 unidades de ensino sem aval da Justiça
A
Polícia
Militar
realizou
na
manhã
desta
sexta-feira
(13)
quatro
reintegrações
de
posse
de
imóveis
públicos
ocupados
por
estudantes
sem
recorrer
à
Justiça.
Dessas,
três
são
diretorias
de
ensino
e
uma
Etec
(escola
técnica
do
Estado).
A
polícia
afirmou
que
duas
pessoas
foram
presas
por
furto
durante
a
operação.
Duas
Etecs
foram
desocupadas
na
noite
desta
quinta
(12)
após
reunião
de
pais,
alunos
e
representantes
da
escola. Também
nesta
sexta
(13)
a
Folha
revelou
que
a
Procuradoria-Geral
do
Estado
de
São
Paulo,
que
defende
o
governo
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
orientou
as
secretarias
estaduais
a,
daqui
para
frente,
fazer
reintegração
de
posse
de
imóveis
ocupados
por
manifestantes
sem
recorrer
à
Justiça. O
parecer
do
procurador
geral
do
Estado,
Elival
Ramos,
de
terça
(10),
foi
em
resposta
a
uma
consulta
feita
pelo
então
secretário
da
Segurança,
Alexandre
de
Moraes,
empossado
ministro
da
Justiça
do
governo
Michel
Temer. As
ações
policiais
aconteceram
na
Etesp
(Escola
Técnica
Estadual
de
São
Paulo)
–onde
também
funciona
uma
Fatec
(Faculdade
de
Tecnologia)
e
nas
diretorias
de
ensino:
Centro-Oeste,
Norte
1
e
Guarulhos-
Sul.
As
outras
Etecs
foram
Prof.
Basilides
de
Godoy
(Vila
Leopoldina)
e
Prof.
Horácio
Augusto
da
Silveira,
na
Vila
Guilherme
(zona
norte). A
bancada
do
PT
na
Assembleia
Legislativa
anunciou
que
entrará
na
Justiça
contra
o
que
classifica
de
"reintegração
arbitrária
promovida
por
Alckmin". Alunos
da
Etesp
disseram
à
Folha
que
a
Força
Tática
chegou
ao
local
por
volta
das
5h30.
De
acordo
com
uma
estudante,
que
se
identificou
apenas
como
Nina,
desde
a
última
quarta
(11)
a
segurança
do
prédio
só
autoriza
a
entrada
de
alunos
da
Fatec.
"Os
estudantes
da
Etesp
que
saiam
não
podiam
mais
entrar.
Essa
tática
foi
adotada
justamente
para
enfraquecer
o
movimento",
disse. A
PM
não
informou
quantos
alunos
da
Etesp
foram
detidos
e
encaminhados
para
3°
DP
(Campos
Elíseos).
Em
frente
ao
distrito,
alunos
abriram
cartazes
e
faixa
de
protesto
contra
Nivaldo
de
Jesus
dos
Santos,
diretor
da
Etesp. Gabriel,
15,
foi
o
primeiro
estudante
a
ser
liberado
do
3°
DP.
Na
presença
do
pai,
Marcos
Antônio
da
Silva,
44,
o
garoto
prestou
depoimento.
Segundo
ele,
a
PM
entrou
na
Etesp
por
volta
das
6h30
silenciosamente.
"Acordei
com
um
policial
dizendo
'levanta
ai',
de
uma
maneira
muito
bruta".
Segundo
ele,
um
colega
apanhou
de
cassetete
no
pescoço
ao
perguntar
a
um
policial
se
tinham
mandado.
Os
estudantes,
em
um
grupo
de
mais
ou
menos
20,
decidiram
não
resistir. O
Centro
Paula
Souza
disse,
em
nota,
que
os
11
estudantes
que
estavam
na
unidade
saíram
pacificamente
e
foram
levados
para
delegaria
para
realizar
boletim
de
ocorrência.
"Uma
perícia
realizada
pela
polícia
identificou
previamente
arrombamentos
e
portas
forçadas.
Os
ocupantes
invadiram
a
sala
do
diretor,
abriram
sua
caixa
de
correio
eletrônico
e
imprimiram
uma
pilha
de
e-mails.
Alguns
documentos
já
haviam
sido
rasurados
e
jogados
pela
janela
na
quarta",
disse,
em
nota,
o
órgão. Na
Etec
Prof.
Horácio
Augusto,
a
desocupação
foi
aprovada
em
assembleia,
após
reunião
do
grêmio
de
alunos
com
a
superintendência
do
Centro
Paula
Souza.
De
acordo
com
o
órgão
de
ensino,
não
houve
dano
nessa
unidade
e
as
aulas
ocorrem
normalmente. Na
Etec
Basilides
de
Godoy,
o
Centro
Paula
Souza
informou
que
os
15
estudantes
que
ocupavam
o
local
deixaram
o
prédio
após
uma
reunião
com
pais
e
representantes
da
escola
na
noite
desta
quinta-feira
(12).
A
direção
da
unidade
afirmou
que
houve
o
sumiço
de
cinco
HDs
com
todo
o
banco
de
dados
da
escola
e
de
extintores
de
incêndio,
além
de
danos
ao
circuito
de
câmeras
e
à
central
telefônica.
Não
houve
violência. O
Centro
Paula
Souza
diz
ainda
que
as
aulas
permanecem
suspensas
na
Etesp
e
na
Basilides
para
que
possa
realizar
a
"reorganização
dos
espaços,
muito
sujos
e
revirados". Por
fim,
o
órgão
diz
que
reconhece
o
direito
às
reivindicações,
mas
informa
que
elas
já
foram
atendidas.
"A
partir
de
agosto,
as
Etecs
que
ainda
não
serviam
refeição
e
têm
alunos
estudando
em
tempo
integral
passarão
a
distribuir
almoço.
Mesmo
assim,
a
instituição
tem
se
reunido
com
grêmios
estudantis
das
Etecs
para
continuar
o
diálogo." DIRETORIAS
DE
ENSINO Na
unidade
da
Centro-Oeste,
os
alunos
disseram
que
a
PM
chegou
por
volta
das
6h,
retirou
os
alunos
e
os
levaram
em
um
ônibus
para
23°DP
(Perdizes).
Estudantes
que
estavam
na
Norte
1
foram
encaminhados
para
o
7°
DP
(Lapa).
Já
estudantes
que
estavam
em
Guarulhos-Sul
foram
levados
para
1°
DP. A
Secretaria
do
Estado
da
Educação
informou
que
as
atividades
foram
retomadas
nas
diretorias
de
ensino
Centro-Oeste,
Guarulhos-Sul
e
Norte
1
na
manhã
desta
sexta
(13). Segundo
a
pasta,
as
invasões
inviabilizavam
a
tramitação
de
documentos
e
a
execução
de
diversos
serviços
tais
como
ações
pedagógicas,
licitações,
contratação
de
cuidadores
para
alunos
com
deficiência,
processos
de
transporte
escolar,
pedidos
de
aposentadoria
e
licenças.
"Intransigentes,
os
manifestantes
prejudicaram
o
andamento
de
264
escolas
e
de
cerca
de
230
mil
estudantes
numa
ação
seletiva
de
natureza
exclusivamente
política",
diz,
em
nota,
a
pasta. OUTRO
LADO Em
nota,
a
Secretaria
da
Segurança
Pública
afirmou
que
a
desocupação
foi
pacífica
e
que
"não
houve
confronto
com
os
manifestantes".
Dois
suspeitos,
segundo
a
polícia,
foram
pressos
por
furto
à
Diretoria
de
Ensino
de
Guarulhos
(Grande
SP). A
secretaria
afirma
ainda
que
os
demais
manifestantes
foram
conduzidos
às
delegacias
de
cada
região
para
serem
identificados
e
prestarem
esclarecimentos.
"A
PM
agiu
a
pedido
dos
órgãos
que
administram
os
espaços
públicos
e
sob
recomendação
de
parecer
da
PGE",
diz,
em
nota,
a
pasta. Fonte: Folha de S. Paulo, de 14/5/2016
Desocupar
escolas
sem
aval
judicial
não
é
arbitrário,
diz
governo
Alckmin "Não
há
arbitrariedade
por
parte
do
Estado,
na
medida
em
que
sempre
se
tentou
o
diálogo,
a
conciliação,
a
desocupação
pacífica",
disse
Adalberto
Robert
Alves,
autor
do
parecer
que
subsidiou
decisão
do
governo
Geraldo
Alckmin
(PSDB)
de
fazer
reintegrações
sem
ir
à
Justiça. Nesta
sexta
(13),
quatro
escolas
técnicas
foram
desocupadas
por
meio
dessa
estratégia. Alves,
assessor-chefe
da
assessoria
jurídica
do
gabinete
da
Procuradoria-Geral
do
Estado,
disse
que
recorrer
à
Justiça
significa,
em
alguns
casos,
demora
para
resolver
o
problema
de
ocupações
simultâneas. "Muitas
vezes
o
Judiciário
não
aprecia
o
nosso
pedido
com
a
urgência
necessária.
É
um
procedimento
que
acaba
atrapalhando,
demorando
para
que
retomemos
a
posse." Ele
citou
decisão
dada
na
semana
passada
em
que
um
juiz
de
primeira
instância
proibiu
que
a
Polícia
Militar
usasse
arma
na
reintegração
de
posse
da
sede
administrativa
do
Centro
Paula
Souza,
órgão
que
cuida
das
escolas
técnicas
do
governo
paulista. A
sentença
foi
revertida
em
segunda
instância. LEGITIMIDADE A
medida
do
governo,
com
base
na
chamada
"autotutela
do
Estado",
tem
legitimidade
e
está
amparada
em
precedentes
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo
e
em
ao
menos
um
caso
do
Superior
Tribunal
de
Justiça,
afirmou. "Inúmeros
alunos
são
prejudicados
por
essa
ocupação
ao
não
desenvolver
atividades
acadêmicas.
Isso
causou
prejuízos
a
eles",
disse. "O
que
a
Procuradoria
está
fazendo
é
assegurar
o
direito
de
os
alunos
assistirem
às
aulas,
o
que
é
um
dever
do
Estado." Fonte: Folha de S. Paulo, de 14/5/2016
‘Autotutela
é
para
diminuir
conflitos’,
diz
procurador
sobre
ação
em
escolas Integrante
da
Procuradoria-Geral
do
Estado,
Adalberto
Robert
Alves
é
autor
do
parecer
que
orienta
a
gestão
Alckmin
a
fazer
reintegração
de
posse
sem
autorização
da
Justiça.
“São
duas
faces
que
nós
precisamos
observar:
garantir
a
liberdade
de
manifestação
e
sem
ofender
o
direito
daqueles
que
querem
estudar.”
Leia
a
entrevista: Especialistas
criticam
a
supressão
do
poder
conciliador
quando
você
não
tem
autorização
judicial
para
fazer
a
reintegração
de
posse.
Qual
a
análise
do
senhor? A
função
principal
do
Poder
Judiciário
é
analisar
as
tutelas,
os
pedidos
que
lhes
são
submetidos.
É
claro
que
na
resolução
das
ações
há
uma
tentativa
de
conciliação.
Isso
não
quer
dizer
que,
sem
se
socorrer
do
Poder
Judiciário,
o
Estado
não
tenha
também
tentado
a
conciliação.
Nesse
caso
específico
da
invasão
das
escolas,
houve
tentativas
de
negociação,
foi
marcado
reunião,
os
representantes
foram
convidados
e
não
compareceram.
A
tentativa
de
conciliação
deve
se
dar
tanto
quando
o
Estado
vai
a
juízo
quanto
ele
entende
que
pode,
pelos
próprios
meios,
reaver
as
posses
de
seus
bens.
Essa
orientação
que
a
Procuradoria
deu,
inclusive,
fala
expressamente
que
a
possibilidade
de
o
Estado
não
precisar
ajuizar
uma
ação
para
reaver
a
posse
dos
seus
bens
não
significa
dizer
que
o
Estado
não
tenha
de
tentar
resolver
as
coisas
de
forma
pacífica,
negociando
com
as
pessoas. Na
questão
das
escolas,
a
maior
parte
dos
ocupantes
é
menor
de
idade.
O
parecer
indica
as
ações
sejam
acompanhadas
pelo
Conselho
Tutelar.
É
obrigatório? Essa
parte
de
operacionalização
cabe
à
Secretaria
da
Segurança
Pública
e
à
Polícia
Militar.
Eles
devem
analisar
a
situação
e
quais
cautelas
adotar.
A
nossa
orientação
foi
sempre
procurar
resguardar
sua
conduta
da
melhor
forma
possível.
Agora,
nossa
orientação
não
é
dirigida
a
uma
situação
específica.
É
uma
diretriz
jurídica.
Por
isso,
colocamos
que
em
algumas
situações,
a
atuação
vai
ter
de
ser
emergencial,
mas
sempre
é
recomendável
que
se
tome
as
cautelas
necessárias. Também
há
uma
divergência
sobre
o
conceito
de
autotutela.
Qual
interpretação
da
Procuradoria? Eu
penso
que
esses
especialistas
estão
fazendo
a
leitura
com
base
no
Código
Civil,
mais
especificamente
no
artigo
1.210,
parágrafo
1.º,
que
fala
realmente
que
a
reação
tem
de
ser
imediata.
Mas
essa
regra
do
Código
Civil
com
relação
ao
Estado,
ao
poder
público,
não
é
totalmente
aplicável
na
medida
em
que
a
Procuradoria
fez
questão
de
citar
obras
recentes
de
administrativistas
e
principalmente
jurisprudência
recente
dos
tribunais
falando
que
em
relação
à
administração
não
há
essa
necessidade
da
reação
ser
imediata.
Para
o
particular,
realmente
fala
que
a
reação
deve
ser
imediata.
Para
o
poder
público,
não
é
assim
que
funciona. A
aplicação
da
autotutela
já
foi
feita
antes
pelo
Estado
de
São
Paulo? Na
jurisprudência
eu
trago
precedentes
de
município
da
esfera
federal.
A
opção
até
o
momento
foi
se
socorrer
ao
Poder
Judiciário.
Não
se
acirra
o
conflito? A
nossa
decisão
de
recomendar
o
exercício
da
autotutela
é
justamente
para
diminuir
os
conflitos
porque
pode
ser
exercida
de
forma
mais
rápida.
Na
medida
em
que
as
pessoas
que
fazem
as
ocupações
veem
que
essa
atividade
não
vai
perdurar
por
muito
tempo,
nós
entendemos
que
isso
tende
a
inibir
essas
invasões.
Nossa
intenção
é
sempre
diálogo.
Há
outros
meios
de
pleitear
que
não
violando
o
direito
de
outras
pessoas.
São
duas
faces
que
nós
precisamos
observar:
garantir
a
liberdade
de
manifestação
sem
ofender
o
direito
daqueles
que
querem
estudar,
até
porque
é
uma
obrigação
do
Estado
permitir
o
acesso
das
pessoas
à
educação. Fonte: Estado de S. Paulo, de 14/5/2016
Em
São
Paulo,
polícia
retira
à
força
estudantes
que
ocuparam
escolas A
polícia
de
São
Paulo
retirou
à
força
os
estudantes
que
ocupavam
uma
escola
técnica
e
três
diretorias
de
ensino
há
mais
de
uma
semana.
A
desocupação
foi
feita
sem
autorização
da
Justiça.
A
retirada
dos
alunos
começou
cedo.
Alguns
resistiram
e
foram
carregados
por
policiais
até
o
ônibus
que
seguiria
para
uma
delegacia.
Um
vídeo,
gravado
por
estudantes,
mostra
uma
jovem
sendo
levada
por
quatro
policiais.
Alunos
reclamaram
da
forma
como
foram
retirados.
“Eu
ainda
fui
arrastado,
mas
não
sofri
tanto,
porém,
fui.
Mas
tem
algum
aí
dentro
que
sofreram
mata-leão,
foi
arrastado
no
chão”,
disse
um
estudante.
Segundo
a
polícia,
89
pessoas,
43
menores
e
46
maiores
de
idade
foram
ouvidas
na
delegacia
e
depois
liberados.
Entre
elas,
quatro
são
suspeitas
de
furtar
e
danificar
equipamentos
das
escolas. A
retirada
dos
estudantes
pela
PM
sem
um
mandado
de
reintegração
de
posse
gerou
questionamentos
sobre
a
legalidade
da
ação.
O
governo
paulista
disse
que
a
operação
foi
legal,
amparada
por
um
parecer
favorável
da
Procuradoria
Geral
do
Estado.
Segundo
um
professor
de
direito,
a
ação
pode
ser
questionada
judicialmente.
“A
gente
não
está
falando
de
uma
invasão
de
propriedade
ou
qualquer
coisa
assim.
A
gente
está
falando
de
ocupação
de
escola
como
um
direito
de
manifestação
dos
adolescentes
e
adolescentes
esses
que
tem
prioridade
absoluta
na
Constituição.
Me
parece
que
há
uma
atitude
que
no
mínimo
não
é
prudente”,
afirmou
Roberto
Dias,
professor
de
Direito
Constitucional
da
FGV. O
Procurador
Geral
do
Estado,
reafirma
que
a
medida
tem
amparo
legal.
“Nós
recomendamos
que
passasse
a
usar
aquilo,
aquele
poder
que
o
estado
sempre
teve
de
fazer
a
chamada
reintegração
administrativa,
mas
que
um
direito
é
um
dever
do
estado
fazer
isso.
Porque
todas
essas
ocupações
-
isso
é
público
e
notório
-
têm
gerado
prejuízos
que
são
cobertos
pelo
povo,
aqui
no
caso
de
São
Paulo,
pelo
cidadão
que
paga
esses
prejuízos
através
de
tributos”,
disse
Elival
da
Silva
Ramos,
procurador-geral
de
São
Paulo.
Duas
escolas
continuam
ocupadas
por
estudantes
que
protestam
por
falta
de
merenda.
A
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil
manifestou
preocupação
pelo
uso
de
forças
policiais,
sem
autorização
judicial,
na
desocupação
de
escolas.
Segundo
a
OAB,
foi
uma
invasão
pacífica
feita
por
jovens
que
estudam
lá. Clique
aqui
e
assista
à
reportagem
na
íntegra
Fonte: Jornal Nacional, de 13/5/2016
CNJ
anuncia
nova
versão
do
PJe,
que
também
será
utilizada
no
Supremo A
nova
versão
do
sistema
Processo
Judicial
Eletrônico
(PJe)
está
passando
pelos
últimos
ajustes
e
será
executada
no
dia
27
de
maio,
segundo
o
presidente
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
e
do
Supremo
Tribunal
Federal,
ministro
Ricardo
Lewandowski.
Trata-se
da
maior
alteração
já
feita
no
sistema
e
que
permitirá
maior
facilidade
de
uso,
com
adaptações
para
tornar
a
ferramenta
mais
amigável,
acessível
e
colaborativa. O
presidente
Ricardo
Lewandowski
também
anunciou
que
o
PJe
iniciará
em
breve
sua
operação
no
Supremo
Tribunal
Federal.
“Não
faria
senso
que
todo
o
Judiciário
estivesse
usando
esse
sistema,
e
o
STF
não
estivesse
acoplado
a
ele.
Pretendemos
nos
integrar
à
comunidade
PJe.”
Ele
lembrou
que
cada
tribunal
deve
aderir
ao
sistema
nacional
de
processo
eletrônico
desenvolvido
pelo
CNJ
no
seu
próprio
ritmo
e
segundo
possibilidades
orçamentárias. O
presidente
da
Comissão
de
Tecnologia
da
Informação
do
CNJ,
conselheiro
Gustavo
Alkmim,
esclareceu
que
a
partir
de
maio
a
nova
plataforma
terá
um
calendário
para
expansão
a
todos
os
tribunais
que
usam
o
PJe.
“Daqui
até
o
meio
do
ano,
os
magistrados
já
estarão
operando
na
plataforma
2.0,
que
é
muito
mais
célere,
muito
mais
eficaz
do
que
a
que
estamos
trabalhando
atualmente”,
informou. O
conselheiro
explicou
que,
a
partir
do
dia
27
de
maio,
os
primeiros
testes
serão
feitos
ainda
no
CNJ,
que
validará
a
versão
2.0
antes
da
expansão.
“O
processo
eletrônico
do
Judiciário
é
hoje
uma
realidade,
não
tem
como
voltar”,
disse,
cumprimentando
o
presidente
Ricardo
Lewandowski
por
apoiar
e
investir
no
projeto.
“Em
meio
a
essa
crise,
estamos
navegando
em
mares
seguros,
em
águas
que
não
são
turvas,
perseguindo
nossos
objetivos
e
vamos
alcançá-los”,
respondeu
o
ministro. Ainda
sobre
o
PJe,
a
corregedora
nacional
de
Justiça,
ministra
Nancy
Andrighi,
anunciou
que
começou
a
usar
a
ferramenta
para
fazer
inspeções
em
juizados
especiais
com
o
objetivo
de
reduzir
gastos
e
deslocamentos
desnecessários.
A
ação
faz
parte
da
Meta
2
da
Corregedoria
do
CNJ,
que
determina
que
as
turmas
recursais
—
que
funcionam
como
instância
de
2º
grau
dos
juizados
especiais
—
deverão
diminuir,
até
o
fim
de
2016,
70%
do
acervo
atual
de
recursos
pendentes
de
julgamento. Depoimentos
gravados Outra
novidade
é
que
o
CNJ
lançou,
na
terça-feira
(10/5),
dois
produtos
destinados
a
facilitar
o
trabalho
de
captura
e
armazenamento
de
atos
processuais
em
áudio
e
vídeo,
em
especial
depoimentos
e
interrogatórios.
Os
sistemas
entrarão
em
funcionamento
com
a
aprovação
de
alterações
na
Resolução
CNJ
105/2010.
Ambas
as
ferramentas
já
estão
prontas
e
entrarão
em
fase
de
testes
com
um
grupo
de
magistrados
nos
próximos
30
dias,
antes
de
chegarem
a
todos
os
interessados. Além
de
permitir
a
gravação
de
depoimentos,
interrogatórios
e
inquirição
de
testemunhas
por
meio
do
sistema
Audiência
Digital,
as
alterações
na
Resolução
CNJ
105
permitiram
que
o
conselho
criasse
um
sistema
próprio
de
repositório
de
mídias
para
armazenamento
de
documentos
de
som
e
imagem
para
o
PJe,
inclusive
os
decorrentes
da
instrução
do
processo.
Esses
conteúdos
serão
publicados
em
portal
próprio
na
internet
para
acesso
por
magistrados
e
outras
partes
interessadas
no
processo:
trata-se
do
PJe
Mídias. As
novidades
atendem
ao
novo
Código
de
Processo
Civil,
que
prevê
a
possibilidade
de
as
audiências
serem
integralmente
gravadas
em
imagem
e
em
áudio,
desde
que
assegurado
o
rápido
acesso
das
partes
e
dos
órgãos
julgadores
(parágrafo
5,
artigo
367),
e
dá
cumprimento
à
Estratégia
Nacional
de
Tecnologia
da
Informação
e
Comunicação
do
Poder
Judiciário
(Resolução
211/2015),
que
prevê
entre
os
requisitos
mínimos
de
nivelamento
de
infraestrutura
a
existência
de
solução
de
gravação
audiovisual
de
audiências.
Fonte: Assessoria de Imprensa do CNJ, de 13/5/2016
Comunicado
do
Centro
de
Estudos Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
14/5/2016 |
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