13 Jan 16 |
Liminar
obriga
USP
a
fornecer
"cápsula
contra
o
câncer"
a
paciente
do
RS
A
Universidade
de
São
Paulo
foi
obrigada
a
fornecer
a
um
morador
de
Porto
Alegre
a
chamada
‘‘pílula
contra
o
câncer’’
(fosfoetanolamina
sintética)
para
uso
contínuo
e
na
medida
de
suas
necessidades.
A
determinação
é
da
2ª
Turma
Recursal
da
Fazenda
Pública
da
capital
gaúcha,
que
deu
prazo
de
48
horas
para
seu
cumprimento,
a
contar
da
ciência
da
decisão
judicial.
O
relator
do
caso,
juiz
Mauro
Caum
Gonçalvesm
arbitrou
multa
diária
de
R$
1,2
mil
em
caso
de
descumprimento
da
medida.
Ele
reformou
decisão
de
primeira
instância
que
havia
negado
pedido
do
autor. A
liminar,
ainda
não
publicada,
segue
caminho
diferente
do
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo,
que
cassou
liminares
semelhantes
de
primeiro
grau.
Em
novembro
de
2015,
desembargadores
do
Órgão
Especial
decidiram,
por
maioria
de
votos,
que
o
Judiciário
não
poderia
permitir
distribuição
de
droga
ainda
sem
testes
em
seres
vivos
e
registro
formal. A
substância
era
distribuída
a
algumas
pessoas
no
município
de
São
Carlos,
onde
um
professor
aposentado
pesquisa
seus
efeitos
no
Instituto
de
Química
da
USP.
Depois
de
uma
liminar
assinada
no
Supremo
Tribunal
Federal
pelo
ministro
Luiz
Edson
Fachin,
uma
enxurrada
de
processos
pelo
país
passou
a
cobrar
medida
semelhante. Em
São
Carlos,
a
juíza
Gabriela
Müller
Carioba
Attanasio
concedeu
uma
série
de
liminares,
depois
derrubadas
pelo
Órgão
Especial.
Só
continua
valendo
um
caso
no
estado:
o
de
uma
médica
que,
depois
de
recorrer
ao
STF
e
ao
Superior
Tribunal
de
Justiça,
conseguiu
receber
as
cápsulas
até
que
seu
caso
seja
analisado
nas
cortes
superiores,
como
revelou
a
revista
Consultor
Jurídico. No
Rio
Grande
do
Sul,
foi
apresentado
ao
menos
mais
um
pedido
sobre
fornecimento
de
fosfoetanolamina,
que
acabou
negado,
em
novembro,
pela
10ª
Vara
da
Fazenda
Pública
do
Foro
Central.
O
processo
foi
extinto.
Com
informações
da
Assessoria
de
Imprensa
do
TJ-RS. Fonte:
Conjur,
de
13/01/2016
Alckmin
sanciona
lei
que
permite
criação
de
promotorias
regionais
do
MP-SP O
Ministério
Público
de
São
Paulo
planeja
criar
promotorias
de
Justiça
regionais
para
concentrar
temas
complexos
como
saúde,
educação
e
meio
ambiente.
A
medida
foi
liberada
por
uma
mudança
na
Lei
Orgânica,
sancionada
pelo
governador
Geraldo
Alckmin
(PSDB)
e
publicada
nesta
terça-feira
(12/1)
no
Diário
Oficial
do
estado.
Hoje,
cada
promotoria
tem
atuação
local,
sem
especialização
por
assuntos.
Para
o
procurador-geral
de
Justiça,
Márcio
Elias
Rosa,
a
Lei
Complementar
49/2016
vai
reorganizar
a
estrutura
do
MP
para
atender
conflitos
“que
não
respeitam
fronteiras”
e
permitir
que
promotores
se
especializem
nessas
demandas.
A
área
ambiental
deve
ser
uma
das
primeiras
contempladas
com
a
mudança,
segundo
Elias
Rosa.
“É
uma
forma
moderna
[de
atuação],
porque
muitos
dos
problemas
não
são
afeitos
exclusivamente
a
cada
território.
A
existência
de
instâncias
regionais
para
a
resolução
dos
problemas
sociais
é
algo
que
o
Brasil
deveria
realizar
mais”,
afirmou
Alckmin
nesta
segunda-feira
(11/1),
em
cerimônia
para
marcar
a
sanção
da
norma.
A
novidade
segue
tendência
de
outros
MPs
pelo
país,
conforme
coluna
assinada
pelo
promotor
de
Justiça
Charles
Hamilton
Santos
Lima
na
revista
Consultor
Jurídico.
Ele
aponta
que
o
Ministério
Público
de
Pernambuco,
onde
atua,
implantou
em
2004
a
Promotoria
de
Justiça
Agrária
e
a
Promotoria
de
Transportes.
Piauí,
Distrito
Federal,
Goiás,
Santa
Catarina
e
Rio
Grande
do
Sul
têm
experiências
semelhantes,
segundo
ele.
Fonte:
Assessoria
de
Imprensa
do
MP-SP,
de
12/01/2016
Fornecimento
de
comida
a
presos
é
alvo
de
investigação
na
Grande
SP Com
gastos
do
governo
paulista
que
ultrapassam
R$
200
milhões
por
ano,
a
alimentação
dos
presos
na
Grande
SP
é
alvo
de
investigação
por
suspeita
de
irregularidades
que
incluem
pagamentos
indevidos
e
"quentinhas"
menores
e
de
qualidade
inferior
ao
previsto
em
contrato.
Em
um
dos
casos,
a
fiscalização
da
Secretaria
da
Administração
Penitenciária
verificou
em
2015
que,
em
vez
da
entrega
de
marmitex
com
100
g
de
carne
bovina,
150
g
de
frango
ou
120
g
de
peixe,
a
empresa
responsável
enviara
só
63
g
–e
de
carne
suína,
não
prevista
em
contrato.
Nessa
mesma
unidade,
em
Itapecerica
da
Serra,
a
entrega
de
presentes
natalinos
pela
fornecedora
das
refeições
à
cúpula
do
CDP
(Centro
de
Detenção
Provisória)
foi
fotografada
no
final
do
ano. O
diretor
Claudinei
Teixeira
de
Souza
acabou
exonerado
do
cargo
pela
gestão
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
por
ordem
do
secretário
Lourival
Gomes
(Administração
Penitenciária),
após
a
pasta
ser
questionada
pela
Folha. No
CDP
de
Vila
Independência
(zona
sul),
imagens
registradas
por
agentes
penitenciários
mostram
"quentinhas"
enviadas
ao
presos
misturadas
a
prego
e
a
restos
de
frango
(como
cabeça). Vistorias
do
TCE
(Tribunal
de
Contas
do
Estado)
nas
unidades
prisionais
apontaram,
além
de
má
qualidade,
pagamentos
por
um
número
de
refeições
maior
do
que
a
população
carcerária
existente. PATRIMÔNIO Até
setembro
de
2015,
quem
cuidava
dos
contratos
com
as
empresas
de
"quentinhas"
na
Grande
SP
era
Hugo
Berni
Neto,
servidor
que
saiu
do
cargo
de
coordenador
das
28
unidades
prisionais
após
a
Folha
mostrar
que,
em
dois
anos,
empresa
de
sua
família
adquiriu
patrimônio
milionário
em
imóveis. Agora,
a
Secretaria
da
Administração
Penitenciária
afirma
estar
verificando
todos
os
contratos
de
alimentação
que
antes
eram
de
responsabilidade
de
Berni. Promotores
também
investigam
superfaturamento
no
fornecimento
de
alimentos
ao
CDP
Belém
1,
em
contrato
com
empresa
suspeita
de
fraude
em
licitações
de
municípios
paulistas,
no
caso
conhecido
como
máfia
da
merenda. Os
gastos
com
as
refeições
dos
presos
apresentam
variações
significativas
dependendo
da
unidade
prisional. Em
outubro,
a
diária
por
preso
no
CDP
Vila
Independência
era
de
R$
15,26
e
no
CDP
de
Pinheiros
4
(zona
oeste),
de
R$
13,60.
Já
na
Penitenciária
1
de
Franco
da
Rocha,
limitava-se
a
R$
8,07. A
diferença
de
preço
é
justificada
pelo
Estado
devido
à
modalidade
do
contrato. No
caso
das
duas
primeiras
unidades,
as
"quentinhas"
chegam
prontas.
Em
Franco
da
Rocha,
a
empresa
contrata
os
presos
para
fazer
a
comida
e
arca
com
os
custos
de
manter
a
cozinha. Unidades
que
gastam
mais
por
preso
não
necessariamente
têm
comida
melhor.
Pelo
contrário,
dizem
funcionários
do
sistema
prisional
entrevistados
e
que
se
alimentam
no
local
de
trabalho. O
cardápio
básico
no
Estado
é
de
três
refeições
diárias
–em
algumas
unidades,
há
uma
quarta,
um
lanche
da
tarde.
No
almoço
e
no
jantar,
a
dieta
é
composta
por
arroz,
feijão,
guarnição,
salada,
suco
e
sobremesa. O
conselheiro
Antônio
Roque
Citadini
fez
questionamentos
sobre
o
cardápio
em
sessão
do
TCE. "São
tantas
as
alternativas
de
pratos
para
a
comida
dos
presos
que
eu
tenho
a
impressão
de
que
ou
os
presos
estão
com
problemas
por
estarem
muito
gordos
de
tanto
que
estão
comendo
ou
eles
não
estão
comendo
nada." OUTRO
LADO A
SAP
(Secretaria
de
Estado
da
Administração
Penitenciária)
afirma
que
abriu
investigação
em
2015
para
apurar
todos
os
contratos
de
alimentação
das
unidades
prisionais
da
Grande
São
Paulo.
Atualmente,
a
corregedoria
da
SAP
realiza
trabalho
de
coleta
de
provas
e
depoimentos. Questionada
sobre
refeições
estragadas
e
com
prego,
a
pasta
afirmou
que
fiscaliza
os
alimentos
entregues
e
que,
em
caso
de
irregularidade,
as
empresas
sofrem
sanções
contratuais
e
têm
de
repor
os
produtos
no
mesmo
dia. Sobre
as
diferenças
nos
valores
dos
alimentos,
a
pasta
diz
que
"os
preços
das
refeições
podem
sofrer
alterações
entre
as
unidades
prisionais,
pois
são
referentes
a
processos
licitatórios
ocorridos
em
diferentes
épocas". Os
reajustes
também
seguem,
nesses
casos,
índices
diferentes. Por
isso,
considera
equivocado
comparar
preços
dos
alimentos
das
unidades. A
pasta
afirma
ainda
que
segue
as
regras
da
Secretaria
de
Estado
da
Fazenda
e
que
as
novas
unidades
são
construídas
com
cozinha
–para
"diminuir
os
custos"
do
Estado
e
contribuir
com
a
"reintegração
social
da
pessoa
presa,
que
adquire
experiência
profissional
e
em
liberdade
pode
trabalhar
em
cozinhas
industriais
e
restaurantes". Nas
próximas
licitações,
a
secretaria
afirma
que
irá
seguir
recomendação
do
TCE
(Tribunal
de
Contas
do
Estado)
para
que
haja
um
cardápio
único
no
Estado. EMPRESAS As
empresas
afirmam
que
os
valores
cobrados
obedecem
a
limites
do
Estado. A
Health,
fornecedora
do
CDP
de
Itapecerica
da
Serra,
também
diz
atuar
"com
observância
e
adequação
tanto
da
qualidade
como
da
quantidade,
de
acordo
com
os
meandros
legais,
contratuais
e
administrativos
praticados". Sobre
a
fiscalização
que
apontou
a
entrega
de
quantidade
menor
de
mistura
e
de
tipo
não
previsto
em
cardápio,
a
Health
diz
seguir
padrão
estipulado
e
que
esse
tipo
de
"carne
em
nada
desnatura
ou
prejudica
as
partes
contratantes,
pelo
contrário,
trata-se
de
corte
de
notável
qualidade
para
consumo,
resultando
em
vantagem
ao
estabelecimento
prisional". Questionada,
a
empresa
não
comentou
sobre
os
presentes
natalinos
enviados
ao
CDP
de
Itapecerica
da
Serra,
que
levaram
à
exoneração
do
diretor
da
unidade. A
Real
Food,
fornecedora
do
CDP
de
Vila
Independência,
afirmou
desconhecer
a
informação
sobre
refeições
fotografadas
por
agentes
com
prego
e
restos
de
frango. Diz
seguir
padrões
de
qualidade
e
que
sua
responsabilidade
vai
"até
o
momento
do
recebimento
e
conferência
da
alimentação
na
unidade". Sobre
a
variação
de
preços,
diz
que
está
ligada
diretamente
à
estrutura
de
trabalho,
dentre
outros
fatores. O
ex-coordenador
das
prisões
Hugo
Berni
Neto
nega
que
seu
enriquecimento
tenha
ligação
com
a
sua
atuação
na
secretaria. Fonte:
Folha
de
S.
Paulo,
de
13/01/2016
Resolução
Conjunta
SF/PGE-1,
de
11-01-2016 Altera
a
Resolução
Conjunta
SF/PGE
01,
de
17-11-2015,
que
dispõe
sobre
o
Programa
Especial
de
Parcelamento
-
PEP
do
ICMS,
instituído
pelo
Decreto
61.625,
de
13-11-2015 Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
13/01/2016
|
||
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