11 Jul 16 |
ANAPE e APESP em atuação conjunta na Câmara dos Deputados garantem avanços
O
1º
Vice-presidente
da
ANAPE,
Telmo
Lemos
Filho,
e
o
Presidente
da
APESP,
Marcos
Nusdeo,
cumpriram
agenda,
nas
últimas
terça
e
quarta-feiras
(5
e
6/07),
em
Brasília,
oportunidade
na
qual
fizeram
intenso
corpo-a-corpo
com
os
deputados
federais
para
impedir
graves
retrocessos
presentes
desde
a
origem
no
PLP
257/2016,
que
trata
do
refinanciamento
da
dívida
dos
Estados,
do
DF
e
dos
Municípios
e
exige
deles
contrapartidas. Relator
do
projeto,
o
deputado
Esperidião
Amin
(PP/SC)
apresentou
substitutivo
à
proposta
original
e
suprimiu
algumas
medidas
graves
com
reflexos
sobre
a
qualidade
dos
serviços
públicos
e
sobre
a
autonomia
dos
Estados,
DF
e
Municípios. Dentre
as
principais
mudanças,
foi
suprimido
os
dispositivos
que:
i)
obrigava
os
Estados
a
adotarem
a
legislação
de
pessoal
da
União
(o
que
eliminaria
os
quinquênios,
sexta
parte
e
licença-prêmio),
ii)
proibia
a
realização
de
concursos
de
ingresso
por
dois
anos;
e
iii)
previa
a
elevação
das
alíquotas
de
contribuição
previdenciária
dos
servidores
ao
regime
próprio
de
previdência
social
para
14%
(quatorze
por
cento). “A
APESP
foi
pioneira
na
atuação
referente
ao
PLP
257
e
esteve
em
Brasília
logo
que
o
projeto
foi
apresentado
–
o
que
impediu
de
passar
na
Câmara
por
acordo
de
lideranças
ainda
no
prazo
das
emendas.
Foi
fundamental
nossa
luta
inicial.
Chamamos
atenção
para
algo
que
iria
passar
despercebido
e
tinha
diversas
armadilhas.
A
mobilização
constante
da
APESP
e
ANAPE
na
Câmara
dos
Deputados
fez
com
que
conseguíssemos
sensibilizar
os
parlamentares
para
uma
série
de
ataques
aos
direitos
do
funcionalismo,
que
estavam
sendo
propostos
no
PLP”,
frisa
Marcos
Nusdeo,
que
se
colocou
novamente
à
disposição
da
agenda
parlamentar
de
interesse
dos
procuradores
de
todo
o
país
assim
que
o
governo
indicou
que
submeteria
o
projeto
ao
regime
de
urgência
na
Câmara
dos
Deputados. “O
projeto
era
antifederativo.
Agora,
é
só
um
projeto
limitador
de
gastos.
Consideramos
uma
grande
vitória”,
define
Fabrizio
Pieroni,
Diretor
Financeiro
da
APESP,
que
em
4/4
publicou
o
artigo
“Projeto
de
lei
sobre
reequilíbrio
fiscal
viola
pacto
federativo”. O
presidente
da
ANAPE,
Marcello
Terto,
reuniu-se
com
Nusdeo,
Lemos
Filho
e
a
assessoria
parlamentar
da
entidade,
tão
logo
chegou
de
viagem
ao
Maranhão,
para
avaliar
o
teor
do
substitutivo
e
seus
impactos.
O
assunto
também
foi
discutido
com
o
presidente
da
ANADEP,
defensor
público
Joaquim
Neto,
e
o
Defensor
Público-Geral
do
DF,
Ricardo
Batista
Sousa,
com
a
finalidade
de
traçar
estratégias
conjuntas
quanto
a
pontos
ainda
polêmicos
do
PLP
257. No
final
da
tarde,
a
Minoria
não
fechou
acordo
com
o
deputado
Esperidião
Amin
e
a
votação
do
mérito
do
PLP
257
deve
ficar
para
a
próxima
semana. Antes,
em
reunião
na
liderança
da
minoria,
foram
apresentadas
algumas
preocupações,
agora
quanto
ao
texto
do
substitutivo: A
nova
definição
de
despesa
de
pessoal,
com
a
inclusão
de
prestação
de
serviços
terceirizados
e
a
contratação,
direta
e
indireta,
de
pessoal
pode
fragilizar
as
alegações
de
defesa
utilizadas
pelas
unidades
federadas
em
processos
que
tratam
dos
seus
reflexos
funcionais
e
trabalhistas
subsidiários
(nova
redação
do
parágrafo
1º
do
art.
18
da
LRF); A
adoção
de
regime
de
caixa
para
a
definição
de
despesa
de
pessoal
permite
a
manipulação
de
dados
e
relatórios,
já
que
a
imputação
da
despesa
ficará
a
critério
do
pagador,
em
prejuízo
dos
servidores
públicos; A
inclusão
do
inciso
IV
no
artigo
23
da
LRF,
que
impede
a
concessão
de
vantagens
decorrentes
diretamente
de
lei,
como
adicionais
por
tempo
de
serviço,
viola
o
direito
adquirido
dos
servidores
e
fragiliza
toda
a
proposta;
e O
recálculo
das
despesas
de
pessoal
pelos
novos
critérios
definidos
na
proposta,
na
forma
prevista
no
art.
13,
certamente
inviabilizará
ações
importantes
em
áreas
prioritárias
dos
Estados. No
final
da
noite,
o
requerimento
de
urgência
ao
PLP
257
não
foi
aprovado.
Precisando
obter
257
votos,
a
proposta
recebeu
apenas
253
votos
favoráveis. Fonte: site da Anape, de 8/7/2016
Toffoli
mantém
veto
a
auxílio-moradia
retroativo O
ministro
Dias
Toffoli,
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF),
julgou
inviável
mandado
de
segurança
em
que
a
Associação
dos
Magistrados
do
Estado
do
Amapá
(Amaap)
tentava
anular
suspensão
do
pagamento
retroativo
do
auxílio-moradia
pelo
tribunal
estadual.
A
entidade
buscava
anular
decisão
do
Conselho
Nacional
de
Justiça.
De
acordo
com
a
associação,
a
ordem
de
suspensão
do
CNJ
se
deu
sem
que
fossem
notificados,
desde
o
início
do
processo,
os
82
magistrados
no
TJ-AP
que
recebem
a
referida
indenização. Sustentou
que
o
Conselho
deveria
reiniciar
o
pedido
de
providências
com
a
intimação
dos
magistrados
interessados
ou,
por
substituição
processual,
da
própria
Amaap.
Com
a
alegação
de
que
houve
violação
ao
princípio
da
ampla
defesa
e
do
contraditório,
a
associação
pediu
no
Supremo
a
anulação
do
processo
administrativo
no
CNJ. Toffoli
destacou
que
o
STF
tem
entendido
que
as
deliberações
do
CNJ
devem
respeitar
a
notificação
dos
interessados
desde
que
comprovada
a
existência
de
situação
jurídica
constituída
com
base
no
ato
sob
análise. “Inexistindo
a
consolidação
de
situação
jurídica,
esta
Corte
não
tem
reconhecido
o
direito
ao
contraditório
e
à
ampla
defesa”,
afirmou. A
deliberação
do
CNJ
considerou
que
inexiste
fundamento
para
o
pagamento
retroativo
ao
período
de
maio
de
2009
a
fevereiro
de
2014. “A
mais
ampla
garantia
do
contraditório
não
se
dá
como
um
fim
em
si
mesmo,
mas
sempre
com
vista
à
possibilidade
de
assegurar
um
resultado
útil,
não
sendo
razoável
se
exigir
do
Conselho
a
oitiva
dos
interessados
quando
nenhuma
consideração
a
eles
pertinente
se
revela
útil
ao
deslinde
da
questão,
somente
para
se
ter
por
assegurada
as
suas
participações
formais”,
concluiu
Toffoli. Fonte: Blog do Fred, de 10/7/2016
Estados
travam
pagamento
a
fornecedor
e
funcionário Metidos
em
uma
grave
crise
econômica,
os
governadores
estão
atrasando
uma
fatia
crescente
dos
pagamentos
para
fornecedores
e
funcionários.
A
dívida
acumulada
apenas
nos
primeiros
quatro
meses
deste
ano
já
chega
a
R$
11,4
bilhões.
Levantamento
feito
pela
Folha
nos
relatórios
orçamentários
entregues
pelos
Estados
ao
Tesouro
Nacional
mostra
que
esse
passivo
registrou
um
aumento
de
82%
em
relação
ao
mesmo
período
do
ano
passado.
São
despesas
que
foram
contratadas,
registradas
nos
balanços
dos
Estados
e
que
correspondem
a
serviços
que
foram
prestados
e
a
produtos
que
foram
entregues.
Mas
não
foram
pagos
pelos
governadores.
No
jargão
técnico,
trata-se
da
fração
das
despesas
liquidadas
(reconhecidas)
que
não
foi
paga. O
represamento
dos
pagamentos
a
fornecedores
e
servidores
se
tornou
regra
entre
governadores,
que,
em
meio
à
recessão,
viram
suas
receitas
despencarem. O
problema
dos
Estados
é
semelhante
ao
que
aflige
o
governo
federal
no
cenário
atual:
as
despesas
continuam
crescendo,
mas
a
receita
cai. Mas
se
a
União
consegue
recorrer
ao
mercado
financeiro
para
tapar
o
buraco
orçamentário,
Estados
e
municípios,
não.
Desde
os
anos
1990,
eles
são
proibidos
de
fazer
operações
de
crédito
sem
a
autorização
do
Tesouro. Entre
2011
e
2014,
o
governo
federal
autorizou
uma
onda
de
endividamento
dos
governos
regionais
com
instituições
financeiras,
mas
a
torneira
foi
fechada
no
ano
passado.
Muitos
Estados,
que
haviam
aproveitado
o
dinheiro
extra
para
ampliar
despesas,
acabaram
asfixiados. SEM
JUROS Assim,
a
alternativa
encontrada
pela
maioria
tem
sido
adiar
pagamentos,
o
que
na
prática
se
traduz
em
um
endividamento
de
curto
prazo,
sobre
o
qual
não
incide
juros,
mas
que
prejudica
fornecedores
e
servidores. Esse
passivo
nada
tem
a
ver
com
a
dívida
financeira
dos
Estados
com
a
União,
que
somava
R$
427
bilhões
ao
fim
de
2015
e
cujas
condições
de
pagamento
foram
renegociadas
no
mês
passado.
O
acordo
ainda
precisa
da
aprovação
do
Congresso. Secretários
estaduais
de
Fazenda
narram
que,
nos
últimos
encontros
com
seus
pares,
a
expressão
"eu
sou
você
amanhã"
se
tornou
frequente.
Eles
culpam
o
governo
federal,
os
juros
e
as
desonerações
de
impostos
feitas
pela
União
pela
sua
crise. Neste
momento,
mais
de
dez
Estados
estão
atrasando
o
pagamento
dos
servidores. O
Rio
é
o
caso
que
ganhou
maior
repercussão,
com
as
greves
de
servidores
e
decreto
de
calamidade
financeira
às
vésperas
da
Olimpíada.
Só
em
julho
o
funcionalismo
terminou
de
receber
o
pagamento
de
maio,
que
havia
sido
parcelado
em
duas
vezes.
Pela
regra
que
valia
até
o
ano
passado,
os
salários
deveriam
ter
sido
pagos
em
2
de
junho. Em
entrevista
recente
à
Folha,
o
economista
José
Roberto
Afonso,
da
FGV,
afirmou
que
o
endividamento,
que
se
avolumou
com
a
crise,
transformou
fornecedores
em
um
banco
informal
dos
Estados. "O
levantamento
mostra
que
o
'banco
do
fornecedor'
está
operando
em
escala
nacional,
não
é
um
problema
localizado
no
Rio,
que
está
sendo
tratado
como
exceção
quando
na
verdade
não
é
diferente
da
maioria
dos
Estados." Especialista
em
contas
públicas
e
ex-secretário
de
Finanças
da
cidade
de
São
Paulo,
Amir
Khair
pondera
que
esse
represamento
nunca
é
igual
a
zero,
porque
muitos
pagamentos
obedecem
a
prazos
estipulados
em
contrato,
que
podem
ser
superiores
ao
intervalo
observado
no
levantamento. Ele
ressalta,
porém,
que
os
governadores
adotaram
uma
gestão
"perdulária"
nos
últimos
anos.
"Há
uma
tendência
de
perdoar
os
Estados,
como
se
fossem
pobres
vítimas
das
mudanças
fiscais
do
país.
Mas
a
verdade
é
que
se
acostumaram
a
gastar
na
época
das
'vacas
gordas'
e,
quando
têm
que
controlar
despesas,
não
controlam",
diz. A
LRF
(Lei
de
Responsabilidade
Fiscal)
não
prevê
punição
a
esse
tipo
de
dívida. Fonte: Folha de S. Paulo, de 11/7/2016
Dívida
com
fornecedores
mais
do
que
dobrou
em
sete
Estados Dos
24
Estados
e
Distrito
Federal
com
dados
públicos
no
sistema
do
Tesouro
Nacional,
15
aumentaram
o
represamento
de
pagamentos
entre
o
início
deste
ano
e
o
mesmo
período
do
ano
passado.
Maranhão,
Roraima
e
Mato
Grosso
do
Sul
não
apresentaram
relatórios
de
execução
orçamentária
deste
ano
ou
de
2015,
o
que
inviabilizou
a
análise
de
seu
desempenho.
Em
sete
Estados,
o
endividamento
com
fornecedores
e
funcionalismo
mais
do
que
dobrou
entre
o
primeiro
quadrimestre
de
2015
e
2016. O
resultado
do
DF
salta
aos
olhos.
O
represamento
de
pagamentos
aumentou
1.400%.
Segundo
o
secretário
de
Fazenda,
José
Antônio
Fleury
Teixeira,
a
administração
atual
encontrou
R$
2,4
bilhões
em
dívidas
não
registradas,
que
segundo
ele
foram
herdadas
da
gestão
anterior,
o
que
disparou
as
despesas
inscritas
no
balanço. "A
dívida
de
pessoal,
nós
conseguimos
pagar
no
ano
passado,
mas
ainda
restou
R$
1,1
bilhão
para
honramos
com
fornecedores
de
toda
a
natureza",
disse. As
despesas
com
valor
até
R$
50
mil
foram
priorizadas.
Segundo
Fleury,
a
maior
parte
da
dívida
liquidada
que
persiste
é
com
fornecedores
da
área
da
saúde. A
renegociação
da
dívida
financeira
com
a
União,
que
prevê
uma
carência
no
fluxo
de
pagamentos,
deverá
trazer
uma
economia
de
R$
80
milhões
ao
Distrito
Federal
neste
ano.
"Isso
ajuda,
mas
o
problema
enfrentado
por
todos
os
Estados
neste
momento
é
como
fechar
a
folha
do
mês
seguinte",
diz,
indicando
que
um
socorro
emergencial
não
encerra
o
problema. É
o
caso
do
Rio
Grande
do
Norte,
cuja
dívida
com
fornecedores
e
servidores
aumentou
184%
neste
ano.
O
secretário
de
Planejamento,
Gustavo
Nogueira,
diz
que
o
pagamento
do
funcionalismo,
antes
no
dia
30,
foi
postergado
para
o
dia
10
do
mês
seguinte. Ele
afirma
que
os
números
com
que
trabalha
diferem
dos
que
constam
na
declaração
entregue
pelo
Estado
ao
Tesouro,
mas
admite
dificuldades. A
receita
estadual
encolheu
18%
no
1º
quadrimestre
do
ano
ante
o
mesmo
período
de
2015.
Nogueira
atribui
a
sangria
à
queda
dos
repasses
federais
–40%
do
orçamento
do
Estado
são
de
transferências
da
União. "Estamos
revendo
contratos
com
fornecedores,
reduzimos
o
gasto
com
custeio
em
quase
14%,
não
abrimos
uma
nova
obra,
mas
não
podemos
deixar
de
prestar
os
serviços." O
Ceará,
que
aparece
em
segundo
na
lista
de
maiores
altas,
atribui
o
aumento
a
um
efeito
calendário. Segundo
o
secretário
da
Fazenda,
Mauro
Benevides,
o
Estado
repassa
semanalmente
a
parte
do
ICMS
que
cabe
aos
municípios.
Como
o
dia
30
de
abril
caiu
num
sábado,
o
pagamento
foi
empurrado
extraordinariamente
para
o
mês
seguinte. "O
Ceará
é
um
dos
poucos
Estados
que
já
pagaram
a
primeira
parcela
do
13º
aos
servidores",
disse. OUTRA
PONTA Na
outra
ponta,
aparecem
São
Paulo
e
Espírito
Santo,
que,
apesar
da
queda
de
receita,
pagaram
toda
a
dívida
com
fornecedores
liquidada
neste
ano.
Segundo
a
secretaria
de
Fazenda
paulista,
isso
ocorreu
porque
parte
dos
pagamentos
se
destinou
a
honrar
compromissos
assumidos
em
anos
anteriores. Fonte:
Folha
de
S.
Paulo,
de
11/7/2016 |
||
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