09 Mar 16 |
Parlamentares defendem valorização da advocacia pública em sessão solene na Câmara
Parlamentares
de
diversos
partidos
defenderam
nesta
terça-feira
(08/03)
a
aprovação
de
projetos
de
valorização
dos
advogados
públicos
que
tramitam
no
Congresso
Nacional.
As
declarações
foram
dadas
durante
sessão
solene
realizada
na
Câmara
dos
Deputados
para
homenagear
o
Dia
Nacional
da
Advocacia
Pública,
celebrado
na
segunda-feira
(07/03). O
autor
da
proposta
de
realização
da
sessão
solene,
deputado
federal
Rogério
Rosso
(PSD/DF),
criticou
os
que
classificam
como
"pauta-bomba"
os
projetos
de
valorização
das
carreiras
que
integram
a
advocacia
pública.
"Não
podemos
permitir
que,
ao
não
se
separar
o
joio
do
trigo,
tudo
vire
irresponsabilidade",
ressaltou. Os
advogados
públicos
reivindicam
a
aprovação
de
duas
Propostas
de
Emenda
Constitucional,
as
PECs
nº
82/07
e
443/09.
A
primeira
concede
mais
autonomia
administrativa
e
orçamentária
para
a
Advocacia-Geral
da
União
(AGU).
A
segunda
fixa
parâmetros
para
a
remuneração
dos
advogados
públicos,
reduzindo
a
diferença
salarial
entre
a
categoria
e
integrantes
de
outras
funções
essenciais
à
Justiça,
como
a
magistratura,
o
Ministério
Público
e
a
Defensoria
Pública. Além
disso,
o
governo
federal
enviou
ao
Congresso
um
conjunto
de
projetos
de
valorização
da
advocacia
pública.
As
propostas
incluem
o
pagamento
de
honorários
de
sucumbência
e
a
permissão
para
exercer
a
advocacia
privada,
entre
outras
medidas. Interesse
público Rubens
Bueno
(PPS/PR)
lembrou
que
o
trabalho
dos
advogados
públicos
assegurou
mais
de
R$
3
trilhões
aos
cofres
públicos
entre
2010
e
2014.
"Essa
quantia
fortaleceu
os
gastos
públicos
de
maneira
muito
relevante.
Por
isto
entendemos
ser
muito
justa
essa
homenagem.
O
fortalecimento
da
categoria
dos
advogados
públicos
impulsiona
o
Brasil
na
direção
de
maior
Justiça
social
e
distribuição
de
renda,
ou
seja,
ao
Estado
almejado
pela
assembleia
que
elaborou
a
Constituição
Cidadã.
Investir
na
advocacia
pública
é
investir
no
interesse
público",
afirmou. O
mesmo
raciocínio
foi
utilizado
pela
deputada
Érika
Kokay
(PT/DF).
"Para
cada
R$
1
investido
na
Procuradoria
da
Fazenda
Nacional,
você
resgata
R$
820.
Isto
deveria
ser
incorporado
em
qualquer
cálculo
de
PEC,
porque
não
é
gasto
para
o
Estado.
É
investimento.
Se
nós
temos
uma
instituição
que
defende
o
Estado
a
partir
de
uma
concepção
republicana,
temos
uma
instituição
que
defende
o
direito
do
povo
brasileiro",
acrescentou
a
parlamentar. "Esta
iniciativa
traz
para
esta
Casa
não
apenas
uma
homenagem,
mas
uma
oportunidade
de
refletir
sobre
o
papel
que
os
advogados
públicos
cumprem
no
fortalecimento
da
República",
completou
Bebeto
(PSB/BA).
"Muito
ouvimos
que
esta
Casa
estaria
produzindo
uma
pauta
que
produziria
efeito
avassalador
na
economia
brasileira,
aumentando
significativamente
o
custeio
da
máquina
pública.
Mas
os
que
apregoavam
este
discurso
catastrófico
não
se
deram
conta
do
papel
que
a
AGU
cumpre
no
sentido
de
garantir
ao
próprio
Estado
recuperação
de
ativos.
Sem
a
AGU,
não
podemos
falar
de
um
Estado
republicano",
completou
o
deputado. "Não
é
possível
imaginar
Justiça
sem
advogados,
ainda
mais
os
públicos.
E
eles
estão
aqui
dizendo,
através
desta
data,
desta
cerimônia,
que
têm
condições
de
ajudar
o
Brasil,
mas
que
precisam
de
um
pouco
de
ferramentas",
finalizou
Soraya
Santos
(PMDB/RJ). Dirigentes
de
associações
que
representam
as
carreiras
também
participaram
da
sessão,
acompanhada
por
dezenas
de
advogados
públicos.
"Queremos
autonomia
para
defender
o
que
é
do
povo
brasileiro",
resumiu
o
presidente
do
Sindicato
Nacional
dos
Procuradores
da
Fazenda
Nacional
(Sinprofaz),
Achilles
Linhares
Frias. Fonte: site da AGU, de 9/3/2016
Maior
entidade
de
Advogados
Públicos
Federais
do
Brasil
é
oficialmente
lançada Foram
empossados
na
noite
dessa
segunda-feira
(07/03),
os
membros
eleitos
para
a
primeira
Diretoria,
Conselho
Fiscal
e
Representantes
Estaduais
para
o
período
de
2016
até
2018
da
Associação
Nacional
dos
Advogados
Públicos
Federais
(ANAFE). Ao
início
da
cerimônia
de
posse,
o
presidente
do
Conselho
Federal
da
OAB
(CFOAB),
Claudio
Lamachia,
destacou
o
simbolismo
da
data
e
reiterou
o
compromisso
da
Ordem
em
atuar
para
fomentar
o
fortalecimento
da
advocacia
pública
no
Brasil. “O
dia
7
de
março,
além
de
celebrar
o
Dia
Nacional
da
Advocacia,
marca
o
início
da
ANAFE,
entidade
comprometida
com
a
advocacia
pública,
fruto
da
fusão
de
duas
entidades
com
histórias
marcantes
na
carreira.
Essa
união
demonstra
que
de
fato,
a
advocacia
pública
está
unida.
A
OAB
é
de
advogados
públicos
e
privados
e
a
advocacia
pública
é
uma
carreira
fundamental
para
nos
reforçar
como
Brasil
e
como
instituição”,
afirmou. Lamachia
acrescentou
sua
fala
parabenizando
o
trabalho
de
excelência
das
entidades
que,
segundo
ele,
foi
comprovado
pelo
prestígio
da
posse
que
lotou
o
auditório
do
Conselho
Federal
da
OAB. Com
discurso
histórico,
o
então
presidente
da
ANPAF,
José
Galdino
iniciou
sua
fala
saudando
aos
presentes
pelo
Dia
Nacional
da
Advocacia
Pública,
relembrou
sua
trajetória
à
frente
da
associação
e
destacou
que
a
ANAFE
já
nasce
com
mais
de
3.500
associados
de
todas
as
carreiras
da
AGU. “Iniciei
meu
mandato
com
grandes
desafios
em
busca
de
conquistas
para
a
carreira.
Uma
delas
foi
de
lutar
pela
aprovação
das
propostas
que
favorecem
a
Advocacia
Pública,
nos
mobilizamos
pela
PEC
443
e
conseguimos
a
fervorosa
vitória
no
dia
12
de
agosto
com
a
aprovação
em
primeiro
turno
da
proposta
de
redenção
da
Advocacia
Pública
Federal.
O
outro
grande
desafio
foi
de
dar
continuidade
ao
processo
de
unificação
das
entidades.
Não
faltaram
esforços
para
levar
esses
sonhos
em
frente.
Houve
coragem,
otimismo
e
muita
luta
para
a
concretização
dessa
fusão”,
afirmou. Em
seguida,
o
então
Diretor-Geral
da
UNAFE,
Roberto
Mota,
agradeceu
aos
membros
e
associados
da
entidade
realizando
um
breve
resgate
histórico
de
sua
gestão.
Ao
final
de
seu
empolgante
discurso,
Mota
afirmou
ao
Procurador
Federal,
Flávio
Chiarelli,
que
estava
representando
o
Advogado-Geral
da
União
José
Eduardo
Cardozo,
que
a
carreira
quer
a
unificação
das
carreiras
da
AGU. “A
carreira
decidiu
tomar
mais
um
passo
a
frente.
Os
advogados
públicos
federais
debateram
e
decidiram
pela
unificação
das
carreiras
da
AGU
e
vamos
cobrar
diuturnamente
para
que
a
missão
delegada
ao
Advogado-Geral
da
União
seja
realizada”,
afirmou. O
primeiro
Presidente
da
ANAFE,
Marcelino
Rodrigues,
iniciou
seu
discurso
ressaltando
a
simbologia
do
momento
que,
segundo
ele,
foi
sonhado
por
muitos,
e
consiste
no
primeiro
passo
e,
talvez
por
isso,
o
mais
importante,
rumo
a
uma
única
entidade
representativa
das
carreiras
que
compõem
a
AGU. Marcelino
Rodrigues
também
apresentou
um
descritivo
sobre
a
trajetória
da
ANPAF
e
da
UNAFE
que
culminou
na
unificação
das
entidades,
após
uma
jornada
árdua,
de
altos
e
baixos,
mas
que,
para
a
alegria
de
todos,
terminou
da
melhor
forma
possível. Ao
final
de
seu
combativo
discurso,
o
presidente
da
ANAFE
se
direcionou
ao
representante
do
Advogado-Geral
da
União
dizendo
que,
caso
devidamente
valorizados,
os
Advogados
Públicos
Federais
têm
condições
de
apresentar
alternativas
à
crise
instalada
em
vários
âmbitos
do
Estado
brasileiro,
seja
através
do
incremento
de
arrecadação
no
âmbito
da
dívida
ativa,
por
exemplo,
ou
na
defesa
do
erário
brasileiro
contra
abusos
perpetrados
por
aqueles
que
deveriam
primar
pela
legalidade
e
pelo
interesse
público. “Por
sua
condição
de
advogado
público
de
carreira,
bem
como
seu
histórico
de
defesa
dos
pleitos
da
advocacia
pública
no
Parlamento,
inclusive
tendo
sido
o
primeiro
Presidente
da
Frente
Parlamentar
da
Advocacia
Pública
na
Câmara
Federal,
esperamos
que
haja
um
diálogo
perene
com
as
associações
e
com
os
membros
da
instituição,
para
que
possamos
democratizar
cada
vez
mais
a
AGU
e
alçá-la
ao
patamar
constitucional
pensado
pelo
Constituinte
de
1988”,
afirmou. Representando
a
diretoria
do
CFOAB,
o
secretário-geral
adjunto
Ibaneis
Rocha
parabenizou
todos
os
advogados
públicos
presentes
e
destacou
a
importância
da
união
da
UNAFE
com
a
ANPAF
e
a
criação
da
ANAFE
para
o
fortalecimento
da
advocacia
pública. Por
fim,
relembrou
o
apoio
do
Conselho
Federal
da
OAB
com
a
adesão
à
Carta-Compromisso,
escrita
pelos
membros
da
AGU
que
compuseram
a
lista
tríplice
para
indicação
do
chefe
da
instituição. “Reitero
nosso
compromisso
na
luta
pela
autonomia
contrução
de
uma
advocacia
pública
forte
e
autônoma,
pelas
prerrogativas
dos
advogados
públicos,
pela
temporalidade
das
designações,
transparência,
prestação
de
contas,
racionalização
e
participação
dos
membros
na
escolha
dos
gestores
e
do
Advogado-Geral
da
União.
Lutaremos
sempre
pela
advocacia
de
Estado
que
o
povo
merece.
Vida
longa
e
sorte
à
nova
associação”,
afirmou. Em
seguida,
os
termos
de
posse
foram
assinados
e
todos
os
membros
da
Diretoria,
Conselho
Fiscal
e
Representantes
Estaduais
presentes
foram
empossados. Além
de
Advogados
Públicos
Federais
de
todo
o
país,
dirigentes
de
diversas
entidades
representativas
e
jornalistas,
estiveram
presentes,
ainda,
o
presidente
da
seccional
da
OAB
no
DF,
Juliano
Costa
Couto,
o
Procurador-Geral
Federal,
Renato
Rodrigues
Vieira,
e
o
Procurador-
Geral
do
Banco
Central,
Isaac
Sidney
Menezes
Ferreira. Ao
final
do
dia
histórico
para
advocacia
pública
federal,
os
convidados
se
dirigiram
ao
restaurante
do
Conselho
Federal
da
OAB,
onde
foi
servido
um
coquetel
com
música
ao
vivo. Fonte: site da UNAFE, de 8/3/2016
Câmara
aprova
projeto
que
autoriza
uso
de
substância
contra
o
câncer O
Plenário
da
Câmara
dos
Deputados
aprovou
nesta
terça-feira
(8)
o
Projeto
de
Lei
4639/16,
que
autoriza
a
produção
e
o
uso
da
fosfoetanolamina
sintética
aos
pacientes
com
câncer
mesmo
antes
da
conclusão
dos
estudos
que
permitam
à
Agência
Nacional
de
Vigilância
Sanitária
(Anvisa)
analisar
o
pedido
de
registro
definitivo
dela
como
medicamento.
A
matéria
será
analisada
ainda
pelo
Senado. De
autoria
de
um
grupo
de
trabalho
sobre
o
tema,
que
atuou
no
âmbito
da
Comissão
de
Seguridade
Social
e
Família
da
Câmara,
o
projeto
foi
assinado
por
26
deputados,
entre
membros
da
comissão
e
outros
que
apresentaram
propostas
sobre
o
tema
anteriormente. O
texto
permite
que
os
pacientes
façam
uso
da
substância
por
livre
escolha
se
diagnosticados
com
câncer
e
se
assinarem
termo
de
consentimento
e
responsabilidade.
A
opção
pelo
uso
voluntário
da
fosfoetanolamina
sintética
não
exclui
o
direito
de
acesso
a
outras
modalidades
terapêuticas. Relevância
pública A
substância
é
definida
como
de
relevância
pública
e
sua
produção,
distribuição,
prescrição,
dispensação
e
uso
poderão
ocorrer
mesmo
sem
registro
sanitário. Os
testes
e
estudos
clínicos
sobre
essa
substância
ainda
estão
em
curso
e
a
Anvisa
não
pode
conceder
o
registro
sem
a
conclusão
das
pesquisas.
Entretanto,
a
própria
Anvisa
terá
de
autorizar
os
laboratórios
que
farão
a
produção
e
distribuição
da
fosfoetanolamina
sintética. Exceção Segundo
a
relatora
da
proposta
pela
Comissão
de
Seguridade
Social
e
Família,
deputada
Leandre
(PV-PR),
o
Brasil
não
tem
laboratórios
oficiais
que
produzam
o
medicamento
para
consumo.
“O
País
tem
apenas
laboratórios
químicos
oficiais
e
não
farmacêuticos”,
afirmou,
destacando
a
necessidade
de
quebra
de
patente
para
a
produção
por
outros
laboratórios. Na
discussão
em
Plenário,
uma
das
preocupações
dos
deputados
foi
o
acesso
da
população
à
substância,
de
preferência
com
distribuição
pública
e
gratuita. O
deputado
Glauber
Braga
(Psol-RJ)
questionou
a
relatora
quanto
à
possibilidade
de
o
medicamento
ser
vendido
por
um
preço
abusivo
mesmo
com
a
permissão
temporária.
“Queremos
que
as
pessoas
tenham
acesso
ao
medicamento
sem
pagar
um
preço
abusivo
por
ele”,
afirmou. Histórico A
fosfoetanolamina
é
pesquisada
pelo
Instituto
de
Química
de
São
Carlos,
da
Universidade
de
São
Paulo,
há
cerca
de
20
anos
por
meio
de
estudos
conduzidos
pelo
professor
aposentado
da
universidade
Gilberto
Orivaldo
Chierice. A
substância
imita
um
composto
que
existe
no
organismo,
o
qual
sinaliza
as
células
cancerosas
para
que
o
sistema
imunológico
as
reconheça
e
as
remova.
Os
resultados
podem
variar
de
acordo
com
o
sistema
imunológico
de
cada
paciente,
mas
há
vários
relatos
de
casos
de
regressão
agressiva
da
doença
e
até
de
cura. A
fosfoetanolamina
vinha
sendo
distribuída
de
forma
gratuita
no
campus
da
universidade,
em
São
Carlos,
mas,
em
2014,
a
droga
parou
de
ser
entregue
por
causa
de
uma
portaria
determinando
que
substâncias
experimentais
tivessem
todos
os
registros
antes
de
serem
disponibilizadas
à
população. Sem
a
licença
da
Anvisa,
essas
substâncias
passaram
a
ser
entregues
somente
se
determinadas
pela
Justiça
por
meio
de
liminares,
que
chegaram
a
ser
suspensas
pelo
Tribunal
de
Justiça
de
São
Paulo.
O
presidente
do
TJ-SP,
desembargador
José
Renato
Nalini,
reconsiderou
a
decisão
e
informou,
em
outubro
de
2015,
que
os
pacientes
que
necessitam
da
substância
deveriam
entrar
com
um
pedido
na
Justiça. Atualmente,
cada
cápsula
tem
um
custo
de
produção
de
menos
de
R$
0,10
e,
apesar
do
interesse
de
outro
país
em
fabricar
o
medicamento,
o
professor
Chierice
argumenta
que
isso
tornaria
inviável
o
acesso
à
fosfoetanolamina
pelo
preço
de
venda. Fonte: Agência Câmara, de de 8/3/2016
Muito
além
dos
jardins
do
TCE Conselheiro
do
Tribunal
de
Contas
do
Estado
de
São
Paulo
desde
2012,
assumo
a
presidência
da
casa
justamente
no
momento
em
que
não
poderia
ser
maior
a
exigência
da
sociedade
perante
os
órgãos
de
controle
da
administração
pública. Essa
pressão
legítima,
que
reflete
um
ambiente
de
incertezas
e
descrédito
em
agentes
políticos,
impõe
um
desafio
a
ser
respondido
com
ações
que
permitam
o
cumprimento
de
nossas
missões
constitucionais
de
forma
cada
vez
mais
efetiva. Ao
longo
de
2016,
concentraremos
esforços
e
recursos
em
três
frentes:
intensificação
do
uso
da
tecnologia
na
fiscalização
dos
gastos
do
Estado
e
dos
644
municípios
sob
nossa
jurisdição;
radicalização
na
transparência,
para
estreitar
a
relação
entre
poder
público
e
sociedade;
cooperação
com
demais
instituições
de
controle
externo. Um
dos
guardiões
dos
princípios
da
administração
pública,
o
Tribunal
de
Contas
tem
sua
essência
em
um
trabalho
eminentemente
técnico.
Apostamos,
portanto,
na
tecnologia
para
municiar
nossas
equipes. Nessa
frente,
destacamos
a
iminente
implantação
de
um
sistema,
o
"Projeto
Athena",
que
usará
inteligência
artificial
para
analisar
bancos
de
dados
obtidos
a
partir
de
nossas
atividades
de
controle.
Um
robô
cruzará
uma
infinidade
de
documentos
e
emitirá
alertas
ao
identificar
contratações
com
indicativos
de
irregularidades. Equivoca-se
quem
considera
nosso
trabalho
um
mero
imperativo
burocrático
de
controle
de
orçamentos
e
licitações.
Os
serviços
que
prestamos
representam
uma
análise
precisa
das
políticas
públicas,
o
que
nos
dá
a
honrosa
missão
de
zelar
pelos
direitos
mais
fundamentais. Só
avançaremos
nesse
sentido,
porém,
se
formos
além
de
critérios
formais.
De
nada
adianta
que
o
Executivo
aplique
o
percentual
mínimo
exigido
pela
Constituição
na
área
de
educação,
por
exemplo,
se
o
gasto
público
não
se
converter
em
melhoria
estrutural
da
rede
de
ensino.
O
mesmo
raciocínio
deve
prevalecer
para
os
demais
órgãos,
de
qualquer
esfera
de
Poder. A
evolução
técnica
que
impulsionamos
também
precisa
vir
acompanhada
do
reconhecimento
do
TCE-SP
como
instituição
acessível.
Cabe
a
nós
trabalhar
para
que
o
cidadão
se
sinta
legitimado
a
ser
o
fiscal
em
última
instância. Com
esse
propósito,
o
tribunal
ampliará
os
canais
da
ouvidoria,
simplificará
a
linguagem
em
suas
ações
de
comunicação
e
continuará
transmitindo
suas
sessões
pela
internet.
Todas
as
informações
têm
de
estar
disponíveis. Também
lançaremos
pontes
em
direção
ao
Judiciário,
ao
Ministério
Público
e
à
Receita,
por
entender
como
imperativo
republicano
o
compartilhamento
de
informações. Cabe
citar
como
exemplo
desse
potencial
a
lista
sistematicamente
repassada
pelo
TCE
à
Justiça
Eleitoral
com
nomes
de
gestores
que
tiveram
suas
contas
reprovadas
e
que
podem
ficar
impedidos
de
concorrer
em
decorrência
da
Lei
da
Ficha
Limpa. No
fim
das
contas,
esta
gestão
começa
olhando
para
o
horizonte,
muito
além
de
seus
jardins,
e
vislumbra
a
estrutura
pública
que
emergirá
desta
fase
de
catarse
nacional.
Certamente,
os
novos
tempos
demandarão
adaptação
tecnológica,
transparência
absoluta
e
cooperação
intensa
entre
as
instituições. DIMAS
EDUARDO
RAMALHO,
61,
é
presidente
do
Tribunal
de
Contas
do
Estado
de
São
Paulo Fonte:
Folha
de
S.
Paulo,
Tendências
e
Debates,
de
9/3/2016 |
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