07 Nov 16 |
Alckmin reforça que governo de SP tem parecer para fazer desocupações
Após
a
Polícia
Militar
retirar
os
estudantes
que
estavam
no
Centro
Paula
Souza
logo
após
a
ocupação,
o
governador
Geraldo
Alckmin
(PSDB)
disse
que
a
Procuradoria
Geral
do
Estado
deu
parecer
de
autotutela
para
ações
do
governo
sem
necessidade
do
pedido
de
reintegração
de
posse
na
Justiça
e
que
mantém
o
diálogo
com
os
estudantes.
A
autotutela
é
a
reintegração
de
posse
sem
decisão
da
Justiça.
Indagado
se
a
PM
continuará
agindo
sem
pedir
a
reintegração
de
posse
à
Justiça
nos
casos
de
ocupação,
Alckmin
evitou
responder
diretamente,
mas
ressaltou
que
já
possui
embasamento
legal
para
esse
tipo
de
ação.
“A
Procuradoria
Geral
do
Estado
já
deu
o
parecer
da
autotutela
e
isso
foi
confirmado
pelo
Tribunal
de
Justiça”,
disse.
Alckmin
disse
que
o
governo
está
sempre
aberto
ao
diálogo
com
os
estudantes. “Nós
temos
dois
balizamentos,
um
é
sempre
aberto
ao
diálogo,
ouvir,
discutir.
Aliás,
sobre
a
PEC
da
reforma
do
Ensino
Médio
nós
vamos
ouvir
professores,
alunos,
pais,
então
é
sempre
dialogar",
disse
Alckmin. "Agora,
a
ocupação
é
um
grande
problema
porque
tira
o
direito
de
quem
quer
estudar
poder
estudar,
você
tira
o
direito
do
professor
dar
aula,
nós
temos
Enem
agora,
então
você
prejudica
alunos
que
estão
saindo
do
curso
pra
poder
fazer
a
faculdade,
que
querem
entrar
em
uma
universidade
pública
para
poder
estudar.
Então,
São
Paulo
tem
tido
esse
cuidado
de
manter
o
diálogo,
mas
evitar
prejudicar
os
demais
alunos”,
afirmou
o
governador
ao
comentar
a
ação
da
PM
na
noite
desta
quinta-feira
(3). Autotutela A
autotutela
foi
usada
em
maio
deste
ano
pela
primeira
vez
para
desocupar
o
Centro
Paula
Souza,
após
a
Procuradoria
Geral
do
Estado
(PGE)
orientar
as
secretarias
do
governo
Geraldo
Alckmin
(PSDB)
a
desocupar
os
prédios
públicos
invadidos
por
estudantes
que
lutavam
por
melhorias
na
merenda.
No
parecer
que
analisou
a
questão,
a
Procuradoria
Geral
do
Estado
comparou
a
recuperação
de
um
imóvel
invadido
nas
questões
do
Direito
Público
(se
o
imóvel
é
do
Estado)
e
Privado
(se
o
imóvel
é
de
um
particular).
Com
a
citação
de
jurisprudência
e
juristas,
o
parecer
demonstrou
que
a
Administração
Pública
tem
o
dever
de
proteger
e
assegurar
a
preservação
dos
bens
públicos,
assim
como
garantir
o
funcionamento
de
serviços
públicos. “Para
preservar
os
bens
contra
apropriação
de
terceiros,
a
Administração
poderá
adotar
medidas
fortes,
por
si
própria,
utilizando
mesmo
a
força,
para
retirá-los
de
quem
os
detenha
ilegalmente”,
diz
o
texto
do
parecer. O
documento
cita
o
artigo
1.210
do
Código
Civil,
que
prevê
que
o
dono
de
um
imóvel
tem
direito
de
manter
sua
posse
"em
caso
de
turbação,
restituído
no
esbulho
e
segurado
de
violência
iminente",
assegurando
que
quem
teve
o
imóvel
invadido
ilegalmente
poderá
restituí-lo
por
força
própria
"desde
que
faça
logo". Ocupação Um
grupo
de
manifestantes
voltou
a
ocupar,
na
tarde
desta
quinta-feira
(3),
o
prédio
administrativo
do
Centro
Paula
Souza,
que
funciona
na
Rua
dos
Andradas,
na
região
central
de
São
Paulo.
A
Polícia
Militar
foi
acionada
e
retirou
o
grupo
em
cerca
de
uma
hora. Ao
todo
37
manifestantes
foram
levados
para
o
2º
DP.
São
17
homens,
10
mulheres
e
mais
10
adolescentes.
Segundo
o
advogado
Dênis
Veiga
Júnior,
que
representa
os
estudantes,
um
menor
teve
um
dente
quebrado
após
levar
um
chute
de
um
policial.
Eles
foram
liberados
na
madrugada
desta
sexta
(4). De
acordo
com
a
Polícia
Civil,
uma
porta
do
Centro
Paula
Souza
foi
forçada.
Por
isso,
o
caso
foi
registrado
como
dano
ao
patrimônio. Os
estudantes
secundaristas
e
universitários
que
participaram
da
ocupação
foram
liberados
após
o
registro
do
boletim
de
ocorrência. Fonte: Portal G1, de 4/11/2016
Justiça
suspende
processo
de
herança
bilionária
da
família
Steinbruch A
Justiça
paulista
decidiu
suspender
o
processo
de
inventário
de
uma
herança
bilionária
da
família
Steinbruch,
controladora
de
empresas
como
CSN
e
Vicunha. O
processo
aberto
com
a
morte
de
Dorothéa
Steinbruch
no
final
ano
passado
foi
suspenso
por
decisão
proferida
no
dia
25
de
outubro
pelo
juiz
José
Walter
Chacon
Cardoso,
da
9ª
Vara
da
Família
e
Sucessões.
A
informação
foi
publicada
na
edição
de
quarta-feira
(2)
do
jornal
"O
Estado
de
S.
Paulo". Trata-se
de
uma
herança
estimada
em
aproximadamente
R$
1,5
bilhão.
Como
envolve,
entre
outros
bens,
ações
de
empresas
da
família,
o
valor
pode
variar
ao
longo
do
tempo. A
suspensão
decorre
de
um
pedido
feito
pela
Fazenda
paulista,
representada
pela
Procuradoria-Geral
do
Estado
de
São
Paulo. De
acordo
com
a
decisão,
o
planejamento
sucessório
da
herança
foi
elaborado
de
uma
forma
que
evitou
o
pagamento
do
ITCMD
(Imposto
de
Transmissão
por
Causa
Mortis
ou
Doação)
que
era
devido
ao
Estado. O
valor
estimado
em
impostos
giraria
em
torno
de
R$
60
milhões. "O
planejamento
suces-
sório
praticado
pela
falecida
pode,
em
tese,
ter
dissimulado
outro
negócio
com
o
intuito
de
frustrar
a
Fazenda
Estadual
no
tocante
ao
recebimento
do
tributo",
afirma
a
decisão. O
desvio
se
deu,
ainda
conforme
a
medida,
quando
as
ações
da
Rio
Purus
Participações,
da
família,
foram
transferidas
no
exterior
por
Dorothéa
em
vida,
mas
só
foram
recebidas
por
seus
herdeiros
após
a
morte
dela. Procurado,
o
escritório
Corvo
Advogados,
que
defende
a
família,
não
quis
se
manifestar.
A
reportagem
apurou
que
a
família
vai
recorrer. MEDIDAS A
Folha
apurou
que,
no
processo,
a
família
informa
que,
em
2008,
Dorothéa
iniciou
um
planejamento
sucessório
para
garantir
o
patrimônio
nas
mãos
dos
descendentes,
evitando
que
eventuais
divórcios
ou
mortes
de
filhos
fracionassem
os
bens. Uma
das
medidas
tomadas
por
Dorothéa,
que
envolveu
transferências
no
exterior,
foi
registrada
no
Banco
Central
e
recolheu
IOF,
também
segundo
a
argumentação
da
família
no
processo.
Fonte: Folha de S. Paulo, de 4/11/2016
Assembleia
sediará
workshop
sobre
boas
práticas
de
gestão
nas
prefeituras No
dia
29/11,
a
partir
das
9h,
a
Assembleia
Legislativa
de
São
Paulo,
a
Associação
dos
Procuradores
do
Estado
de
São
Paulo
(Apesp)
e
o
Instituto
do
Legislativo
Paulista
(ILP)
promoverão
o
workshop
"Responsabilidade
administrativa
e
boas
práticas
de
gestão
nas
Prefeituras
Municipais".
O
público
alvo
são
secretários
municipais,
vereadores
e
prefeitos
eleitos
e
reeleitos.
A
abertura
do
evento
será
feita
pelo
presidente
da
Casa,
deputado
Fernando
Capez.
Entre
as
palestras
que
serão
proferidas
estão:
"Advocacia
Pública:
garantia
de
boa
gestão
administrativa",
com
o
presidente
da
Apesp,
e
ex-procurador-geral
do
Estado,
Marcos
Nusdeo;
"A
Reforma
Política
Possível
-
desafios
para
os
agentes
políticos",
com
o
diretor-executivo
da
Escola
Judiciária
Eleitoral
do
TRE-SP,
André
Lemos
Jorge;
"Controle
de
Contas
Pelo
TCE",
com
presidente
do
Tribunal
de
Contas,
Dimas
Eduardo
Ramalho;
e
"Eficácia
do
Procedimento
Licitatório",
com
o
coordenador
da
área
de
licitações
e
contratos
da
Procuradoria
da
Assembleia
Legislativa,
Juliano
Henrique
da
Cruz
Cereijido.
Maiores
informações
podem
ser
obtidas
no
Portal
da
Assembleia
(www.al.sp.gov.br),
no
link
ILP Fonte: D.O.E, Caderno Legislativo, de 5/11/2016
Novo
procurador-geral
do
Estado
do
Rio
está
escolhido De
mudança
O
novo
procurador-geral
do
Estado
do
Rio
será
Leonardo
Espíndola,
atualmente
na
Casa
Civil
de
Pezão.
Lúcia
Léa
Guimarães
Tavares,
que
estava
no
cargo
desde
2007,
pediu
para
sair
por
motivo
de
saúde.
Nesta
reforma,
a
Casa
Civil
está
se
juntando
à
Secretaria
de
Governo.
E,
neste
novo
modelo,
o
cargo
deve
ficar
com
Affonso
Henriques
Monnerat. Fonte: Blog do Ancelmo Gois, O Globo, de 5/11/2016
Auditoria
vê
irregularidade
em
pagamentos
para
juízes
do
trabalho Auditoria
realizada
pelo
Tribunal
Superior
do
Trabalho
(TST)
aponta
que
os
24
tribunais
regionais
do
país
descumpriram
normas
legais
em
relação
a
férias
de
juízes
e
desembargadores. Nos
casos
mais
graves,
cinco
TRTs
pagaram
a
335
magistrados,
de
2010
a
2014,
o
total
de
R$
23,7
milhões
a
título
de
indenização,
ou
seja,
a
conversão
em
dinheiro
de
férias
não
usufruídas. A
Lei
Orgânica
da
Magistratura
Nacional
"não
prevê
a
possibilidade
de
conversão
de
férias
não
gozadas
em
pecúnia
[dinheiro]",
registra
o
relatório
da
auditoria. O
TRT
de
São
Paulo
lidera
a
lista,
com
872
pagamentos
irregulares
a
290
magistrados,
no
total
de
R$
21,6
milhões.
Seguem-se
os
tribunais
regionais
de
Alagoas
(R$
1
milhão),
Mato
Grosso
(R$
906,7
mil),
Goiás
(R$
67,4
mil)
e
Ceará
R$
36,7
mil). Segundo
o
relatório,
esses
tribunais
"têm
adotado
prática
contrária
à
jurisprudência
do
Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho"
(CSJT). A
auditoria
foi
determinada
em
junho
de
2014
pelo
então
presidente
do
CSJT,
ministro
Antonio
José
de
Barros
Levenhagen.
A
apuração
foi
concluída
em
abril
de
2015. No
último
dia
17
de
outubro,
o
ministro
relator,
Renato
de
Lacerda
Paiva,
do
TST,
fixou
o
prazo
de
30
dias
para
os
24
tribunais
apresentarem
informações
e
justificativas. O
relator
determinou
aos
cinco
tribunais
regionais
(SP,
AL,
MT,
GO
e
CE)
que
se
manifestassem
"acerca
das
irregularidades
apontadas
quanto
ao
pagamento
de
indenização
de
férias
não
usufruídas
a
magistrados,
objeto
principal
da
auditoria". Magistrados
consultados
pela
Folha
entendem
que
as
férias
devem
ser
gozadas
e
não
indenizadas
ou
fracionadas.
Consideram
que
essas
práticas
contribuíram
para
aumentar
a
despesa
do
Judiciário,
evidenciando
o
corporativismo
na
Justiça
do
Trabalho,
que
enfrenta
restrições
orçamentárias. O
documento
aponta
uma
"tendência
de
acúmulo
de
dias
de
férias
não
usufruídos
por
magistrados"
em
todos
os
tribunais
regionais.
Em
outubro
de
2014,
o
saldo
acumulado
era
de
254.649
dias,
o
que
corresponde
a
um
impacto
financeiro
superior
a
R$
213,6
milhões,
se
eventualmente
houver
pagamento
de
indenização
aos
juízes. A
auditoria
constatou
outros
problemas,
como
o
usufruto
de
férias
em
períodos
inferiores
a
30
dias,
que
é
expressamente
vedado
na
Lei
da
Magistratura. Foram
identificados
22.694
casos
de
fracionamento.
Segundo
a
auditoria,
"22
dos
24
tribunais
apontaram,
em
2014,
o
usufruto
de
férias
em
período
de
apenas
um
dia"
(2.738
ocorrências). Em
outro
problema
apontado
pelo
relatório,
11
magistrados
receberam
indenização
de
férias
com
valores
a
mais,
no
total
de
R$
118,3
mil.
O
relatório
não
identifica
os
juízes,
que
são
citados
pelo
número
de
matrícula. DIVERGÊNCIA Os
tribunais
regionais
afirmaram
aos
auditores
que
fizeram
os
pagamentos
com
base
em
uma
resolução
de
2011
do
CNJ
(Conselho
Nacional
de
Justiça). Nos
últimos
anos,
o
Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho
e
o
CNJ
emitiram
posicionamentos
divergentes
sobre
a
indenização
de
férias
não
usufruídas. Alguns
tribunais
citam
a
resolução
133/2011
do
CNJ,
editada
na
gestão
do
ministro
Cezar
Peluso,
que
fixou
a
"simetria
constitucional"
da
magistratura
com
o
Ministério
Público,
equiparando
vantagens.
Mas
a
resolução
condiciona
a
indenização
de
férias
não
gozadas
à
"absoluta
necessidade
de
serviços,
após
o
acúmulo
de
dois
períodos". Para
realizar
a
auditoria,
o
TST
usou
critérios
definidos
pelo
CSJT,
pelo
CNJ
e
pelo
Tribunal
de
Contas
da
União. OUTRO
LADO A
presidência
do
Tribunal
Regional
do
Trabalho
de
São
Paulo
afirma
que
os
R$
21,6
milhões
de
indenizações
referentes
a
férias
não
usufruídas
por
290
juízes
"foram
pagos
adequadamente,
dentro
do
que
previa
a
legislação
vigente
à
época". Sobre
o
questionamento
da
auditoria
a
respeito
de
pagamento
a
mais
por
férias
a
alguns
juízes,
o
tribunal
paulista
diz
que,
nesses
casos,
"calculou
equivocadamente
a
indenização". O
erro,
diz,
resultou
no
pagamento
equivocado
de
R$
2.526,77
a
seis
magistrados.
Segundo
o
tribunal,
já
houve
"a
abertura
de
processo
para
cobrança
dos
valores
pagos
a
maior
e
a
adoção
de
medidas
de
controle
que
evitem
o
equívoco
novamente". O
TRT
de
Goiás
informou
que
"o
pagamento
da
indenização
de
férias
não
usufruídas,
por
absoluta
necessidade
do
serviço,
a
magistrados
em
atividade,
ocorreu"
com
fundamento
na
resolução
nº
133/2011
do
Conselho
Nacional
de
Justiça. "Dois
magistrados
receberam
a
indenização,
uma
concedida
em
setembro
de
2013
e
outra,
no
início
de
2014.
Após,
o
CSJT
[Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho]
recomendou
que
não
fosse
mais
deferida
tal
indenização,
orientação
que
foi
estritamente
cumprida
pelo
TRT." O
Tribunal
do
Trabalho
Alagoas
deu
explicação
parecida.
Diz
que
as
indenizações
não
foram
mais
pagas
"desde
o
primeiro
entendimento"
nesse
sentido. "Os
pagamentos
realizados
anteriormente
ao
entendimento
do
CSJT
foram
feitos
com
base
no
artigo
1º,
letra
"f"
da
Resolução
nº
133/2011
do
CNJ,
que
dispõe
que
'são
devidas
aos
magistrados,
cumulativamente,
indenização
de
férias
não
gozadas
por
absoluta
necessidade
de
serviço
após
o
acúmulo
de
dois
períodos'". Disse
ainda
que
o
Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho
mandou
quatro
juízes
que
tiveram
férias
remuneradas
devolverem
os
valores
recebidos. "Os
valores
foram
apurados,
os
juízes
notificados
para
que
fizessem
a
devolução,
no
entanto,
após
ingressarem
com
ações
na
Justiça
Federal,
estes
obtiveram
liminares
ainda
em
vigor
suspendendo
a
cobrança
feita
pelo
tribunal",
informa
a
assessoria. O
TRT
do
Ceará
informou
que
"o
tribunal
foi
notificado
do
despacho
do
Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho
e
está
analisando
as
circunstâncias
relativas
aos
pagamentos
efetuados,
para
adotar
as
medidas
cabíveis". Procurado,
o
Tribunal
Regional
do
Trabalho
de
Mato
Grosso
disse
que
fez
pagamentos
"em
hipóteses
previstas
na
legislação",
como
em
situações
de
aposentadoria
e
exoneração
de
magistrados. Informou
também
que
fez
um
planejamento
para
que
as
férias
dos
magistrados
não
se
acumulem.
Fonte: Folha de S. Paulo, de 7/11/2016
Servidores
ainda
resistem
a
aderir
a
fundo
de
previdência
complementar Um
fundo
de
previdência
complementar
criado
para
os
servidores
públicos
federais
há
pouco
mais
de
uma
década
ainda
enfrenta
resistência
de
algumas
categorias
do
funcionalismo,
apesar
dos
mecanismos
adotados
para
estimular
a
adesão
dos
servidores. Conhecido
como
Funpresp
(Fundação
de
Previdência
Complementar
do
Servidor
Público
Federal),
o
fundo
nasceu
em
2003,
quando
o
ex-presidente
Luiz
Inácio
da
Silva
(PT)
promoveu
uma
reforma
da
Previdência,
mas
só
começou
a
funcionar
em
2013. Entre
os
funcionários
do
Executivo
e
do
Legislativo,
2
de
cada
10
servidores
optam
por
ficar
fora
do
Funpresp.
No
Judiciário
e
no
Ministério
Público,
1
de
cada
10
escolhe
não
participar. O
Funpresp
foi
criado
para
complementar
a
aposentadoria
dos
servidores
contratados
após
a
reforma.
Desde
2013,
o
benefício
garantido
a
eles
é
limitado
ao
teto
imposto
aos
aposentados
do
setor
privado,
hoje
em
R$
5.189,82. Para
ganhar
mais
do
que
isso,
os
servidores
têm
que
contribuir
para
o
Funpresp.
A
vantagem
em
relação
a
planos
de
previdência
complementar
do
mercado
é
que
o
empregador,
no
caso
o
governo
federal,
contribui
com
o
mesmo
valor
que
o
servidor,
até
8,5%
do
salário
da
ativa. Foi
o
que
atraiu
a
professora
da
Universidade
Federal
do
Tocantins
Simone
Fortes,
44,
que
analisou
outros
planos
antes
da
opção.
"Achei
vantajoso
por
causa
da
contrapartida
do
governo",
diz.
"Isso
me
promete
uma
aposentadoria
mais
tranquila." O
servidor
do
Fundo
Nacional
de
Desenvolvimento
da
Educação
Paulo
Silva,
30,
é
um
dos
que
resistem
a
aderir
ao
fundo.
Mesmo
sabendo
que
ganhará
bem
menos
do
que
o
salário
atual,
cerca
de
R$
9.500,
quando
se
aposentar,
ele
diz
se
sentir
inseguro. "Pode
acontecer
caso
de
má
gestão",
ele
afirma.
"Não
dá
para
dizer
que
vai
acontecer,
mas
é
um
receio
pessoal." A
política
de
investimentos
do
fundo,
segundo
o
Funpresp,
é
aprovada
por
um
conselho
formado
por
representantes
dos
participantes
e
dos
patrocinadores.
Segundo
ele,
96%
do
dinheiro
é
aplicado
em
títulos
públicos,
e
4%,
em
ações
negociadas
na
Bolsa. ADESÃO
AUTOMÁTICA Desde
novembro
de
2015,
a
adesão
dos
servidores
ao
fundo
passou
a
ocorrer
de
forma
automática.
Antes,
só
os
servidores
que
pediam
para
entrar
se
tornavam
participantes.
Com
a
mudança,
todos
são
inscritos
automaticamente
na
hora
da
contratação,
a
menos
que
digam
não. O
mecanismo
deu
impulso
aos
planos
do
Funpresp,
mas
não
garantiu
a
adesão
de
todos
os
novos
servidores.
No
plano
do
Judiciário,
hoje
com
5.900
participantes,
a
taxa
de
adesão
e
permanência
subiu
de
46%
para
90%. "Tivemos
cuidado
de
deixar
claro
que
é
um
mecanismo
de
proteção",
afirmou
a
presidente
do
Funpresp-Jud,
Elaine
Castro.
"O
receio
era
que
as
pessoas
entendessem
que
estivéssemos
tornando
obrigatório."
Quem
quiser
sair
do
plano
pode
fazê-lo
depois,
como
no
setor
privado. No
mesmo
período,
a
taxa
de
adesão
ao
plano
que
atende
aos
servidores
do
Executivo
e
do
Legislativo,
que
reúne
34,6
mil
participantes
hoje,
passou
de
40%
para
82%. Segundo
o
Funpresp,
os
dados
indicam
que
servidores
com
maiores
salários
têm
maior
propensão
a
aderir.
"Os
que
têm
salário
maior
têm
mais
a
perder.
São
auditores,
advogados
da
União,
diplomatas",
disse
o
presidente
do
Funpresp,
Ricardo
Pena. Segundo
ele,
a
categoria
que
mais
resiste
ao
Funpresp
atualmente
é
a
dos
policias
federais.
"É
difícil
entender
que
a
pessoa,
que
vai
ganhar
o
dobro
[com
a
contribuição
do
governo],
queira
sair",
afirmou.
"Nossa
percepção
é
que
tem
uma
questão
localizada
no
caso
dos
policiais." Muitos
policiais
acreditam
que
não
perderam
o
direito
de
se
aposentar
com
o
salário
da
ativa
após
a
reforma
de
2003
e
que
esse
entendimento
irá
prevalecer
na
Justiça
no
futuro.
"Se
a
reforma
quisesse
alcançar
os
policiais,
teria
deixado
claro",
disse
o
presidente
da
Federação
Nacional
dos
Policiais
Federais,
Luís
Antônio
Boudens.
"Temos
uma
atividade
de
risco
permanente." Para
João
Negrão,
dirigente
da
Associação
Nacional
dos
Docentes
do
Ensino
Superior,
a
questão
é
ideológica.
O
sistema
de
previdência
deveria
ser
totalmente
público,
afirmou,
e
não
deveria
haver
lugar
para
o
Funpresp,
um
"favorecimento
do
governo
ao
mercado
financeiro". Fonte: Folha de S. Paulo, de 7/11/2016
Comunicado
do
Conselho
da
PGE Extrato
da
Ata
da
64ª
Sessão
Ordinária
-
Biênio
2015/2016 Data
da
Realização:
04-11-2016 Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 5/11/2016 |
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