07 Out 16 |
Corte analisa crimes contra a humanidade
Os
ministros
do
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
começaram
a
avaliar,
pela
primeira
vez,
se
há
prescrição
em
crimes
contra
a
humanidade.
A
questão
é
analisada
por
meio
de
um
pedido
de
extradição
apresentado
pelo
governo
da
Argentina. Iniciado
ontem,
o
julgamento
teve
apenas
os
votos
do
relator,
ministro
Edson
Fachin,
e
do
ministro
Luís
Roberto
Barroso,
favoráveis
à
extradição.
Na
sequência,
o
ministro
Teori
Zavascki
pediu
vista,
suspendendo
a
análise
do
caso. No
processo,
o
governo
argentino
pede
a
extradição
de
Salvador
Siciliano
pela
suposta
prática
de
crimes
de
associação
ilícita,
sequestros
mediante
violência
e
ameaças,
além
de
homicídios.
Na
ordem
de
captura
internacional,
o
réu
é
acusado
de
ter
integrado
o
grupo
terrorista
Triple
A,
uma
associação
paramilitar
que
atuou
durante
a
ditadura
argentina,
entre
1973
e
1975. A
Justiça
argentina
alega
que
a
associação
atuou
em
assassinatos
de
membros
da
militância
de
esquerda
e
desafetos
do
governo.
Em
julho
de
2014,
o
então
relator,
ministro
Ricardo
Lewandowski,
decretou
a
prisão
preventiva
de
Siciliano,
que
segue
preso. A
defesa
do
réu
pede
a
aplicação
do
"princípio
da
inextraditabilidade
dos
estrangeiros
por
crime
político
ou
de
opinião",
previsto
na
Constituição
brasileira.
Alega
não
ter
sido
mentor
dos
crimes
praticados
pelo
grupo
terrorista,
pois
apenas
ocupava
cargo
político
dentro
da
administração
pública. Em
seu
voto,
Fachin
afirmou
que
o
Estado
brasileiro
não
deve
invocar
suas
limitações
de
direito
interno
para
deixar
de
atender
ao
pedido
soberano
de
outro
país.
Para
o
relator,
como
a
Argentina
atribuiu
ao
crime
a
natureza
de
lesa-humanidade,
a
imprescritibilidade
recai
sobre
os
atos. Ainda
segundo
ele,
a
manutenção
do
entendimento
de
que
a
prescrição
deve
ser
verificada
apenas
segundo
a
lei
brasileira
pode
transformar
o
país
em
um
abrigo
de
imunidade
para
autores
das
"piores
violações
contra
os
direitos
humanos".
Com
base
na
legislação
penal
brasileira,
acrescentou,
concluiria
se
pela
prescrição,
mas
no
caso
concreto
não
é
essa
a
regra
que
deve
servir
de
base,
pois
o
país
que
pede
a
extradição
reconhece
a
imprescritibilidade
com
base
em
norma
internacional
reconhecida
pela
Constituição
brasileira. Antes
do
pedido
de
vista
de
Teori
Zavascki,
os
ministros
discutiram
o
tema
e
eventuais
implicações
que
o
julgamento
poderia
ter.
O
ministro
Ricardo
Lewandowski
afirmou
que
não
se
pode
considerar
a
anistia
a
violações
dos
direitos
humanos
no
Brasil
-
tema
que
ainda
aguarda
julgamento
de
recurso
(embargos)
no
STF.
Outros
ministros,
no
entanto,
como
Dias
Toffoli
e
Marco
Aurélio
Mello,
ponderaram
que
algumas
premissas
do
voto
do
relator
poderiam
sim
afetar
a
anistia
interna. Segundo
o
procurador
José
Luiz
Souza
de
Moraes,
professor
da
Escola
Superior
da
Procuradoria-Geral
do
Estado
(PGE)
de
São
Paulo,
há
um
ponto
de
contato
entre
a
discussão
no
STF
e
a
decisão
sobre
a
recepção
da
lei
de
anistia
pela
Constituição
de
1988.
"Se
o
STF
conhecer
que
crimes
contra
a
humanidade
são
imprescritíveis,
também
deveria
rever
a
decisão
sobre
a
recepção
da
lei
de
anistia",
afirmou.
O
voto
do
Fachin,
segundo
ele,
demonstra
que
o
STF
está
mais
preocupado
com
o
entendimento
do
direito
internacional
sobre
direitos
humanos
do
que
com
o
que
foi
decidido
sobre
a
anistia. Fonte: Valor Econômico, de 7/10/2016
Comissão especial aprova PEC que limita gastos públicos pelos próximos 20 anos
Comissão
especial
da
Câmara
dos
Deputados
aprovou,
nesta
quinta-feira
(6),
por
23
votos
a
7,
a
proposta
de
emenda
à
Constituição
(PEC
241/16)
que
trata
de
limites
para
os
gastos
públicos
pelos
próximos
20
anos. O
relator,
deputado
Darcísio
Perondi
(PMDB-RS)
decidiu
suprimir
a
ampliação
da
vigência
da
Desvinculação
de
Receitas
da
União
(DRU)
até
2036.
Com
isso,
este
mecanismo,
que
permite
ao
governo
gastar
livremente
30%
da
arrecadação
com
determinadas
contribuições,
permanece
com
a
validade
atual,
até
2023. O
substitutivo
de
Perondi
segue
agora
para
análise
do
Plenário.
O
presidente
da
Câmara,
Rodrigo
Maia,
confirmou
para
segunda-feira
(10)
a
votação
em
primeiro
turno
da
proposta. Saúde
e
educação A
PEC
cria
regras
especiais
para
as
áreas
de
saúde
e
educação
no
ano
que
vem.
Mas,
a
partir
de
2018,
todos
os
gastos
terão
que
obedecer,
no
seu
conjunto,
a
um
teto
equivalente
à
despesa
do
ano
anterior
corrigida
pelo
IPCA. Assim
mesmo,
os
deputados
da
base
do
governo
repetiram
que
não
serão
feitos
cortes
na
área
social.
Mas
os
deputados
da
oposição
afirmaram
na
reunião,
que
durou
cerca
de
9
horas,
que
as
áreas
sociais
vão,
sim,
sofrer
cortes
já
que
o
espaço
de
remanejamento
dentro
do
Orçamento
é
pequeno. A
deputada
Érika
Kokay
(PT-DF)
disse
que
a
PEC
deveria
limitar
os
gastos
com
juros
que
são
os
responsáveis
pelo
aumento
da
dívida:
"A
proposta
não
fala
dos
lucros
do
sistema
financeiro.
Aqui,
quando
se
fala
que
aumentou
a
dívida,
ninguém
diz
que
a
dívida
aumentou
em
função
dos
gastos
sociais". Dívida
insustentável Mas
o
deputado
Silvio
Torres
(PSDB-SP)
disse
que
a
trajetória
da
dívida
pública
é
insustentável.
Segundo
ele,
o
desequilíbrio
fiscal
é
responsável
pelo
aumento
do
desemprego:
"É
um
remédio
duro,
um
remédio
amargo,
mas
é
o
remédio
adequado
para
a
situação
que
está
o
doente
brasileiro,
a
economia
brasileira.
E
é
só
por
isso
que
nós
temos
de
tomar
esse
remédio". O
deputado
Pompeo
de
Mattos
(PDT-RS)
defendeu
que
o
governo
atual
limitasse
suas
medidas
de
ajuste
ao
seu
tempo
de
governo:
"O
problema
é
que
está
propondo
este
projeto
pra
20
anos.
Então
é
uma
PEC
que
não
é
da
maldade,
mas
sim
da
maldição". A
deputada
Angela
Albino
(PCdoB-SC)
defendeu
emenda
que
retirava
os
gastos
sociais
dos
limites
da
PEC.
Segundo
ela,
se
o
governo
tem
certeza
que
não
haverá
cortes
nesta
área,
não
haveria
problema
em
apoiar
a
emenda.
Mas
Darcísio
Perondi
rejeitou
a
proposta:
"Ela
tem
a
digital
de
gastar
mais
do
que
arrecada,
não
cuidar
o
dinheiro
público
mais
do
que
o
seu,
e
mexe
com
a
estrutura
do
novo
regime
fiscal". Reunião
tensa A
reunião
foi
tensa
e
alguns
manifestantes
contra
a
PEC
241
foram
expulsos
da
reunião
por
ofensas
aos
deputados
da
base
do
governo. Fonte: Agência Câmara, de 7/10/2016
Comissão
aprova
PEC
do
teto
com
folga
e
rejeita
destaques
da
oposição Após
mais
de
oito
horas
de
debates
na
comissão
especial,
23
de
30
deputados
votaram
nesta
quinta
(6)
pela
aprovação
da
proposta
de
emenda
à
constituição
241,
a
PEC
do
teto,
que
limita
os
gastos
do
governo
à
inflação
oficial
dos
12
meses
anteriores. Com
a
aprovação
na
comissão,
a
PEC,
que
precisava
de
maioria
para
ser
aprovada,
será
enviada
para
o
plenário
da
Câmara
dos
Deputados,
onde
deve
ser
votada
na
segunda
(10). A
comissão
rejeitou
oito
destaques
que
foram
apresentados
pela
oposição
e
que,
se
fossem
aprovados,
poderiam
derrubar
alterações
feitas
pelo
relator
Darcísio
Perondi
(PMDB-RS)
nesta
semana. Sete
dos
deputados
presentes
na
sala,
pertencentes
ao
PT,
PC
do
B,
Rede
e
PSB,
votaram
contra
a
proposta,
apoiados
por
manifestantes
que
gritavam
palavras
de
ordem
contra
a
proposta,
apelidada
de
"PEC
da
Morte".
Mais
cedo,
um
homem
chegou
a
ser
expulso
da
comissão
após
protestar
contra
discurso
do
deputado
Carlos
Marun
(PMDB-MS). A
expectativa
é
que
a
PEC
seja
votada
em
primeiro
turno
na
Câmara
na
próxima
semana.
A
proposta
tem
duração
de
20
anos,
com
possibilidade
de
mudança
na
forma
de
limitar
os
gastos
a
partir
do
décimo
ano.
O
texto
final,
protocolado
por
Perondi
nesta
semana,
prevê
maior
folga
em
saúde
e
educação. Nessas
duas
áreas,
a
correção
do
piso
dos
gastos
só
valerá
a
partir
de
2018,
ou
seja,
o
ano
base
levado
em
conta
para
cálculo
do
quanto
poderá
ser
gasto
a
mais
será
2017,
quando
se
espera
que
a
receita
seja
mais
alta
do
que
em
2016. Além
disso,
o
relatório
estabelece
ainda
que
a
base
de
cálculo
do
piso
da
saúde
em
2017
será
de
15%
da
receita
líquida,
e
não
de
13,7%,
como
previa
o
texto
original. R$
10
BILHÕES
A
MAIS A
mudança
permitirá
um
piso
de
cerca
de
R$
113,7
bilhões
na
área
no
ano
que
vem,
ou
seja,
R$
10
bilhões
a
mais
do
que
estava
previsto
inicialmente. A
alteração
não
comoveu
os
deputados
da
oposição.
"A
população
quer
que
se
corte
a
farra
dos
ricos
com
o
dinheiro
público,
e
não
o
dinheiro
para
a
população",
disse
Alessandro
Molon
(Rede).
"Não
é
uma
PEC
para
limitar
os
gastos
públicos,
é
para
limitar
os
gastos
com
saúde
e
educação.
É
para
aumentar
o
lucro
dos
empresários",
discursou
Patrus
Ananias
(PT). O
relator
Perondi
criticou
as
colocações.
"Parece
que
o
dinheiro
cai
do
céu
e
que
todo
mundo
pode
gastar
o
que
quiser",
declarou.
"Essa
PEC
não
significa
cortar
o
pão,
significa
cortar
o
supérfluo",
defendeu
José
Carlos
Aleluia
(DEM). SALÁRIO
MÍNIMO Ao
mesmo
tempo
em
que
permitiu
gastos
maiores
nessas
áreas
mais
sensíveis,
o
governo
apertou
as
sanções
que
serão
enfrentadas
pelo
Poder
Executivo
em
caso
de
descumprimento
da
proposta,
o
que
envolve
inclusive
a
proibição
de
aumento
real,
acima
da
inflação,
para
o
salário
mínimo. Entretanto,
essa
punição
em
caso
de
as
novas
regras
não
serem
cumpridas
não
deve
ter
impacto
sobre
o
reajuste
do
mínimo
nem
em
2017
nem
em
2018.
Isso
porque
o
cálculo
do
aumento
do
salário
mínimo
leva
em
conta
o
PIB
(Produto
Interno
Bruto)
de
dois
anos
atrás
e
a
inflação
do
ano
anterior.
Como
o
PIB
de
2015
e
o
esperado
para
2016
são
negativos,
não
é
esperado
reajuste
acima
da
inflação
nos
próximos
dois
anos. SANÇÕES A
PEC
aumentou
de
5
para
8
as
"vedações",
ou
seja,
as
consequências
às
quais
o
governo
estará
sujeito
se
não
limitar
os
seus
gastos
ao
IPCA
(Índice
de
Preços
ao
Consumidor
Amplo)
dos
12
meses
anteriores,
como
prevê
a
proposta. Além
de
não
poder
reajustar
suas
despesas
obrigatórias
acima
da
inflação,
se
gastar
mais
do
que
o
permitido
o
governo
fica
proibido
de
fazer
revisão
geral
anual
dos
salários
dos
servidores
públicos,
de
criar
ou
expandir
programas
e
linhas
de
financiamento
ou
de
conceder
ou
ampliar
incentivos
tributários. "Cada
órgão,
cada
ministério
vai
receber
um
limite
individualizado.
Em
cima
desse
limite,
vai
ser
calculado
o
quanto
pode
gastar
com
base
na
inflação
dos
12
meses
anteriores.
O
órgão
que
descumprir
esse
limite
no
ano
seguinte
fica
proibido
de
dar
qualquer
vantagem,
não
só
para
os
funcionários.
Vai
valer
para
os
magistrados,
o
Judiciário,
e
também
para
nós
deputados.
Pegará
todos
os
agentes
políticos
e
também
os
funcionários",
afirmou
Perondi
nesta
quinta-feira
(6). PROTESTO Um
manifestante
contrário
à
aprovação
da
PEC
foi
expulso
da
sala
onde
acontecia
a
votação
da
medida
pela
comissão
especial,
gerando
empurra-empurra. O
homem
estava
com
um
grupo
que
veste
camisas
verdes
da
Confederação
dos
Trabalhadores
Nacionais
em
Educação
e
que
segura
placas
protestando
contra
a
PEC. Durante
fala
do
deputado
Carlos
Marun
(PMDB-RS),
favorável
à
proposta,
que
falava
sobre
escolas,
o
manifestante
gritou
que
"nas
escolas
não
têm
nem
papel
para
limpar
a
bunda". O
deputado
Danilo
Forte
(PSB-CE),
presidente
da
comissão,
determinou
a
retirada
do
homem,
afirmando
que
"ele
não
tem
educação
para
estar
aqui". Outro
grupo
de
manifestantes
está
na
porta
da
sala
gritando
palavras
de
ordem
como
"Não
à
PEC
da
morte".
Fonte: Folha de S. Paulo, de 7/10/2016
PEC
para
mudar
Previdência
pode
incluir
lei
de
responsabilidade A
proposta
de
reforma
previdenciária
apresentada
por
uma
equipe
técnica
nesta
quinta-feira
(6)
ao
presidente
Michel
Temer
prevê
a
criação
de
uma
Lei
de
Responsabilidade
Previdenciária,
com
o
mesmo
objetivo
da
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal
e
que
também
valerá
para
Estados
e
municípios. Essa
lei,
que
será
regulamentada
depois
da
PEC
(Proposta
de
Emenda
à
Constituição)
da
reforma,
deve
trazer
regras
para
exigir
maior
governança
em
relação
à
previdência
do
funcionalismo. O
texto
também
vai
incluir
a
permissão
de
que
Estados
e
municípios
possam
aderir
à
Funpresp,
o
fundo
de
previdência
do
setor
público
federal,
medida
já
anunciada. O
governo
estuda
ainda
incluir
na
reforma
autorização
para
que
a
previdência
complementar
de
servidores
seja
administrada
por
um
fundo
privado,
o
que
tiraria
o
monopólio
da
Funpresp. A
PEC
que
mudará
a
Previdência
prevê
idade
mínima
de
65
anos
e
contribuição
de
pelo
menos
25
anos
como
critérios
para
a
aposentadoria.
As
regras
valerão
para
mulheres
que
tenham
menos
de
45
anos
e
homens
com
menos
de
50
anos.
Para
os
mais
velhos,
haverá
uma
transição. Com
a
proposta
da
equipe
técnica
em
mãos,
caberá
a
Temer
fechar
a
versão
final,
de
acordo
com
sua
avaliação
política.
O
presidente
disse,
durante
a
reunião,
que
a
proposta
está
tecnicamente
impecável.
A
preocupação
dele
é
com
a
comunicação. OFENSIVA Na
próxima
semana,
Temer
dará
início
a
uma
rodada
de
reuniões
com
empresários,
sindicalistas
e
parlamentares.
O
Palácio
do
Planalto
marcou
reunião
com
as
centrais
na
terça-feira
(11)
e
tenta
viabilizar
um
encontro
com
entidades
patronais. A
equipe
de
comunicação
do
governo
também
prepara
campanhas
de
TV
e
rádio
em
defesa
da
reforma. A
primeira,
que
deve
ir
ao
ar
até
o
fim
do
mês,
ressaltará
que
a
proposta
não
irá
retirar
direitos
dos
trabalhadores.
Um
dos
slogans
estudados
é
"Reformar
para
Preservar". A
proposta
apresentada
pelos
técnicos
a
Temer
não
prevê
a
inclusão
dos
militares
na
reforma
–isso
porque
o
regime
deles
não
está
previsto
na
Constituição
e,
portanto,
não
precisa
ser
alterado
por
meio
de
uma
PEC. O
assunto
está
sendo
tratado
pelos
ministros
Eliseu
Padilha
(Casa
Civil)
e
Raul
Jungmann
(Defesa). Outros
pontos
que
não
precisam
de
alteração
na
Constituição
e
que
serão
decididos
posteriormente
por
Temer
são
a
contribuição
na
atividade
rural
e
a
ampliação
de
11%
para
14%
na
contribuição
de
servidores
públicos. A
mudança
é
defendida
pela
área
técnica
do
governo
e
tem
o
apoio
de
governadores
do
Sudeste
e
do
Sul,
que
se
reuniram
com
Temer. O
texto
apresentado
a
Temer
prevê
a
desvinculação
do
Benefício
de
Prestação
Continuada
(BPC)
e
da
pensão
do
salário
mínimo.
Fonte: Folha de S. Paulo, de 7/10/2016
Ministra
suspende
ato
do
presidente
do
TST
que
tirou
projetos
de
lei
de
pauta A
ministra
Delaíde
Arantes,
do
Tribunal
Superior
do
Trabalho,
suspendeu
a
decisão
do
presidente
da
corte,
ministro
Ives
Gandra
Martins
Filho,
de
retirar
de
tramitação
32
projetos
de
lei
sobre
a
Justiça
do
Trabalho.
Em
liminar
desta
quinta-feira
(6/10),
a
ministra
entendeu
que
o
presidente
do
TST
não
tem
competência
para
retirar
de
tramitação
projetos
aprovados
pelo
plenário
Conselho
Superior
da
Justiça
do
Trabalho
e
pelo
Órgão
Especial
do
TST. Segundo
Delaíde,
ao
enviar
ofícios
ao
Congresso
pedindo
que
os
projetos
fossem
retirados
de
tramitação,
o
ministro
Ives
Gandra
usurpou
a
competência
do
CSJT
e
do
órgão
de
cúpula
do
TST.
Na
liminar,
ela
afirma
que,
embora
o
presidente
da
corte
tenha
a
competência
de
enviar
ao
Congresso
projetos
aprovados
pelos
colegiados,
não
pode,
monocraticamente,
decidir
que
eles
não
interessam
mais. “A
competência
do
presidente
do
Tribunal
Superior
do
Trabalho
está
definida
no
artigo
35,
incisos
I
a
XXXVII,
do
Regimento
Interno
do
TST
e
não
consta
em
nenhum
desses
incisos
qualquer
menção
à
competência
para
a
prática
do
ato
tido
por
coator”,
escreveu
a
ministra.
A
decisão
foi
tomada
em
mandado
de
segurança
ajuizado
no
TST
pela
Associação
Nacional
dos
Magistrados
do
Trabalho
(Anamatra),
representada
pelo
advogado
Alberto
Pavie. O
ministro
Ives
havia
determinado
a
retirada
de
pauta
dos
projetos
na
terça-feira
(4/10)
sob
o
argumento
de
que,
diante
da
crise
econômica
por
que
passa
o
país,
eles
trariam
gastos
à
União
que
poderiam
ser
evitados.
De
acordo
com
o
presidente
do
TST,
a
retirada
dos
projetos
significa
uma
economia
de
R$
1
bilhão
por
ano. A
maioria
dos
projetos
tratava
da
criação
de
varas
do
Trabalho
e
de
cargos
de
juiz
do
Trabalho,
que
precisam
de
aprovação
de
lei
pelo
Congresso
Nacional.
Havia
ainda
projetos
de
aumento
salarial
da
magistratura
trabalhista
e
concessão
de
benefícios. Diante
da
decisão
do
ministro,
a
Anamatra
imediatamente
reclamou.
Em
nota
divulgada
na
quarta-feira
(5/10),
a
entidade
chamou
a
retirada
dos
projetos
de
retrocesso. “Lastima-se
que
ao
invés
de
manter
os
projetos
o
Congresso
Nacional,
com
acompanhamento
individualizado
e
negociado
com
lideranças
e
com
o
governo,
para
adequação
de
possibilidades
de
aprovação
de
forma
gradativa,
ou
mesmo
de
suspensão
de
todos,
temporariamente,
mas
com
retomada
em
tempo
oportuno,
tenha-se
optado
por
medida
radical
e
que
não
prestigia
o
interesse
público
pela
lógica
da
eficiência
da
prestação
jurisdicional”,
diz
a
nota. Fonte:
Conjur,
de
7/10/2016 |
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