05 Abr 17 |
Reforma da Previdência pode ser alterada pelo Congresso, diz Temer
O
presidente
Michel
Temer
afirmou,
nesta
terça-feira
(4),
que
o
Planalto
já
admite
que
a
reforma
da
Previdência
sofra
alterações
no
Congresso
para
que
seja
aprovada
com
celeridade. Segundo
Temer,
"o
importante,
simbolicamente,
é
aprovar
uma
reforma
da
Previdência".
"Se
é
preciso
fazer
uma
ou
outra
negociação,
nós
temos
que
realizar
para
aprová-la",
afirmou,
em
um
evento
direcionado
a
investidores
em
São
Paulo. Ele
não
detalhou
quais
seriam
os
ajustes
que
a
reforma
receberia. "Nós
mandamos
uma
reforma
que
nós
entendemos
que
deva
durar
30
anos,
25
anos.
Agora,
evidentemente
o
senhor
dessa
reforma
é
o
Congresso
Nacional,
que
está
conversando
conosco.
O
relator
e
os
membros
das
comissões
conversam
comigo
permanentemente
e
nós
vamos
fazendo
adequações",
disse. "Não
queremos
ditatorialmente
impor
essa
ou
aquela
regra.
Queremos
sim
ter
a
compreensão
da
absoluta
necessidade
dessa
reforma.
Para
desfazer
muitas
inverdades
que
são
divulgadas
em
relação
ao
tema." Depois,
a
jornalistas,
ele
disse
que
espera
que
a
votação
da
reforma
seja
feita
até
o
meio
do
ano
e
que
eventuais
adequações
estejam
"em
comum
acordo
com
o
governo". Em
discurso
de
meia
hora,
o
presidente
voltou
a
defender
medidas
aprovadas
em
sua
gestão,
como
o
teto
para
gastos
públicos,
e
outras
propostas
que
ainda
tenta
aprovar,
como
a
reforma
trabalhista. INFLAÇÃO Temer
afirmou
que
a
expectativa
é
que,
no
fim
do
ano,
a
inflação
esteja
abaixo
do
centro
da
meta,
de
4,5%,
situando-se
entre
4,10%
e
4,12%,
e
pediu
aos
investidores
que
divulguem
que
"a
confiança
está
sendo
restabelecida
no
país". O
ministro
Henrique
Meirelles,
também
presente
no
evento,
no
entanto,
preferiu
não
fazer
projeções. "A
inflação
claramente
deve
ser
abaixo
da
meta,
mas
ainda
é
cedo
para
dizer
alguma
coisa",
afirmou
Meirelles. "O
Banco
Central
é
que
está
fazendo
previsões
mais
acuradas
e
certamente,.
no
próximo
relatório
de
inflação,
aí
sim
o
BC
terá
uma
previsão
bastante
precisa",
disse. Questionado
se
ele
acreditava
ser
possível
a
previsão
do
presidente
se
concretizar
ele
disse
apenas
"Vamos
esperar". O
presidente
está
em
agenda
em
São
Paulo
desde
esta
segunda
(3).
Ao
chegar,
ele
participou
de
um
jantar
com
líderes
tucanos
no
Palácio
dos
Bandeirantes,
sede
do
governo
estadual. Na
manhã
desta
quarta,
discursou
em
um
evento
da
Unicef
(braço
da
ONU
para
a
infância)
e
disse
que
o
bem-estar
das
crianças
de
um
país
depende
de
um
governo
com
as
contas
em
dia. Fonte: Folha de S. Paulo, de 5/4/2017
OAB
elege
representantes
da
advocacia
no
CNMP
e
no
CNJ O
Conselho
Pleno
da
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil
definiu,
em
votação
nominal,
quem
serão
os
representantes
da
advocacia
no
Conselho
Nacional
de
Justiça
e
no
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público
(CNMP). Para
o
CNJ
foram
eleitos
André
Luis
Guimarães
Godinho
(28
votos)
e
Valdetário
Andrade
Monteiro
(28
votos).
Também
concorreram
Cleucio
Santos
Nunes,
Edgar
Moreira
Alamar,
Eduardo
Weiss
Martins
de
Lima
e
Fábio
Daywe
Freire
Zamorim. Godinho
é
um
dos
representante
da
Bahia
no
Conselho
Federal
e
já
foi
representante
da
presidência
e
diretoria
da
OAB
no
CNJ.
Valdetário
é
conselheiro
federal
pelo
Ceará
e
também
já
atuou
como
representante
institucional
da
entidade
no
órgão. Já
para
o
CNMP
foram
escolhidos
Leonardo
Accioly
da
Silva
(28
votos)
e
Erick
Venâncio
Lima
do
Nascimento
(27
votos).
Também
concorreram
Edgar
Moreira
Alamar,
Ana
Carolina
Monteiro
dos
Santos
de
Alcântara
e
Leonardo
Pimentel
Bueno. Vice-presidente
da
seccional
da
OAB
em
Pernambuco,
Accioly
já
foi
presidente
da
Comissão
Nacional
de
Defesa
das
Prerrogativas.
E
o
advogado
acriano
Venâncio
representou
a
OAB
no
CNMP
—
sem
direito
a
voto,
entretanto. Os
nomes
dos
eleitos
seguem
agora
para
o
Senado,
onde
serão
analisados
na
Comissão
de
Constituição
e
Justiça
(CCJ)
e
no
Plenário.
Em
caso
de
aprovação,
seguem
para
a
Presidência
da
República
para
publicação
oficial. Os
mandatos
de
dois
anos
dos
atuais
conselheiros
do
CNJ
indicados
pela
OAB,
Luiz
Cláudio
Silva
Allemand
e
José
Norberto
Lopes
Campelo,
terminam
em
setembro
deste
ano.
No
CNMP,
deverão
deixar
o
órgão
os
conselheiros
Esdras
Dantas
de
Souza
e
Walter
de
Agra
Júnior.
Com
informações
da
Assessoria
de
Imprensa
da
OAB. Fonte: Conjur, de 4/4/2017
A
contaminação
dos
TCs Três
anos
de
ampla
e
diligente
investigação
sobre
corrupção
na
gestão
da
coisa
pública,
trabalho
de
que
a
Operação
Lava
Jato
é
símbolo,
revelam
o
óbvio
a
uma
nação
perplexa:
a
má
política,
incapaz
de
distinguir
o
público
do
privado
e
sempre
disposta
a
colocar
o
interesse
pessoal
acima
do
interesse
público,
é
a
principal
responsável
pela
roubalheira
generalizada
que
se
coloca
como
um
dos
entraves
ao
desenvolvimento
econômico
e
social
do
País.
Recentemente,
um
lamentável
episódio
confirmou
essa
triste
realidade,
no
âmbito
de
uma
instituição
que
existe
exatamente
para
fiscalizar
as
contas
dos
governantes:
cinco
dos
sete
conselheiros
do
Tribunal
de
Contas
do
Estado
do
Rio
(TCE-RJ)
foram
presos
numa
operação
policial
de
combate
à
corrupção.
Longe
de
ser
uma
exceção,
esse
episódio
revela
o
que
parece
ser
a
regra
do
funcionamento
dos
tribunais
de
contas
(TCs)
no
País,
de
acordo
com
levantamento
feito
pela
ONG
Transparência
Brasil. Os
tribunais
de
contas
não
integram
o
Poder
Judiciário.
São
órgãos
auxiliares
do
Poder
Legislativo.
Os
TCs
subsidiam
o
trabalho
do
Congresso
Nacional
e
das
Assembleias
Legislativas
na
fiscalização
das
contas
dos
governos
federal
e
estaduais.
Existem
ainda,
excepcionalmente,
dois
tribunais
de
contas
municipais,
nas
cidades
de
São
Paulo
e
do
Rio
de
Janeiro.
Essas
duas
exceções
correm
por
conta
de
uma
curiosa
interpretação
legal:
a
Constituição
Federal
estabelece,
em
seu
artigo
31,
que
“é
vedada
a
criação
de
Tribunais,
Conselhos
ou
órgãos
de
Contas
Municipais”.
Como
o
texto
constitucional
proíbe
apenas
a
“criação”,
não
a
“existência”,
os
dois
tribunais
municipais
que
já
existiam
em
1988,
quando
a
Carta
Magna
foi
promulgada,
continuam
funcionando. A
União,
os
26
Estados,
o
Distrito
Federal,
mais
os
municípios
de
São
Paulo
e
Rio
compõem
um
conjunto
de
30
tribunais
de
contas
que
somam
um
total
de
233
ministros
e
conselheiros
ao
longo
do
tempo
em
que
a
pesquisa
se
realizou.
Desses,
de
acordo
com
o
levantamento
da
Transparência
Brasil,
53
são
alvo
de
104
acusações
na
Justiça
ou
nas
próprias
cortes.
Ou
seja:
cerca
de
25%,
ou
um
em
cada
quatro
conselheiros,
respondem
a
processo
ou
já
foram
condenados
na
Justiça
por
ilegalidades
que
vão
do
peculato
à
improbidade
administrativa,
passando
por
rica
variedade
de
atos
de
corrupção. Para
a
ONG,
a
grande
incidência
de
atos
ilegais
praticados
no
exercício
de
suas
funções
por
quem
deveria
fiscalizar
as
contas
públicas
é
consequência
da
“forte
politização”
no
processo
de
nomeação
dos
conselheiros.
No
universo
de
233
conselheiros
e
ex-conselheiros
incluídos
na
pesquisa,
metade
deles
é
composta
por
ex-deputados
estaduais;
91
foram
secretários
estaduais
ou
municipais,
48
exerceram
mandato
de
vereador
e
22
são
ex-prefeitos.
Cerca
de
60
têm
relação
de
parentesco
com
políticos,
inclusive
governadores. Para
as
cortes
estaduais
de
contas,
a
designação
de
um
dos
sete
conselheiros
é
de
livre
escolha
do
governador.
Outros
quatro
são
indicados
pelas
assembleias
legislativas.
Os
dois
restantes
devem
provir
dos
quadros
técnicos
do
próprio
tribunal:
um
do
corpo
de
auditores
e
outro
do
Ministério
Público
de
Contas.
No
Tribunal
de
Contas
da
União,
seis
dos
nove
ministros
são
escolhidos
pelo
Congresso
Nacional,
um
pelo
presidente
da
República
e
dois
indicados
entre
auditores
e
procuradores
da
própria
corte.
Independentemente
do
nível
do
tribunal,
a
nomeação
dos
titulares,
de
acordo
com
a
Constituição,
deve
atender
aos
óbvios
requisitos
de
“idoneidade
moral
e
reputação
ilibada”,
além
de
“notórios
conhecimentos”
pertinentes
à
avaliação
de
contas
públicas
e
“mais
de
dez
anos
de
experiência”.
Essa
é
a
teoria. Na
prática,
a
nomeação
dos
ministros
de
contas
no
nível
federal
e
dos
conselheiros
no
estadual
e
municipal
está
contaminada
pela
prevalência
de
injunções
políticas,
quando
não
estritamente
pessoais
–
exatamente
a
mesma
praga
que
compromete
o
desempenho
dos
quadros
administrativos
do
poder,
frequentemente
desvirtuando
esse
desempenho
a
serviço
de
interesses
privados
ou
partidários.
É
o
aparelhamento
do
poder,
uma
das
faces
da
má
política,
prática
que
levada
a
extremos
pelos
governos
do
PT
contribuiu
vigorosamente
para
o
caos
do
qual
o
País
luta
hoje
para
se
recuperar. Fonte: Estado de S. Paulo, Opinião, de 5/4/2017
Comunicado
do
Centro
de
Estudos Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
5/4/2017 |
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