"Estou deixando nossa questão
remuneratória completamente
resolvida, amarrada com nó duplo".
Foi o que assegurou o
Procurador-geral, ao anunciar no
Conselho seu novo afastamento do cargo por mais 45 dias
O demorado
"timing" do governador para decidir nossa questão remuneratória
(mais de 50 dias, desde 25 de abril), combinado com o recente anúncio de
novo afastamento do Procurador-geral por mais 45 dias, semeiam novamente
dúvidas e apreensões de toda sorte em nossa carreira – foi o que, dentre
outras ponderações, expressaram o presidente e o diretor financeiro da APESP
na sessão do Conselho da PGE realizada na última quarta-feira, dia 15 de
junho.
Em resposta, na mesma
sessão, o Procurador-geral assegurou enfaticamente que jamais se afastaria
de seu cargo numa conjuntura desta se não estivesse deixando nossa questão
remuneratória completamente resolvida no seio do Governo – "amarrada
com nó duplo", conforme a metáfora que usara na véspera em
telefonema ao presidente da APESP. Informou também que,
recentemente, manteve novos contatos sobre o assunto, tanto com o
Governador, como com o Secretário Madeira, e que em nenhum momento
enfrentou qualquer resistência.
A demora na decisão do
Governador, segundo reiterou, resume-se à circunstância de que o governo
do Estado decidiu que, de agora em diante, tornará públicas suas decisões
em matéria salarial sempre no mês de julho, e que, por isso, não
anunciará, isoladamente, o reajuste de uma só carreira. Portanto, conforme
asseverou, tão-logo estejam definidos os reajustes do restante do
funcionalismo – o que deve ocorrer até os primeiros dias de julho –
nosso reajuste já será liberado por meio de folha suplementar a ser paga
no próprio mês de julho, mês que, por assim dizer, passa a ser nossa
"data-base".
Como os reajustes das
demais carreiras do funcionalismo dependem de leis a serem aprovadas na
Assembléia Legislativa, a data-base das demais carreiras passa a ser, na
melhor das hipóteses, o mês de setembro ou outubro.
Nossa carreira espera que
essa avaliação do Procurador-geral se confirme – em breve e na prática.
Oxalá seu novo afastamento venha mesmo a se revelar como sinal de que tudo
está mesmo "tranqüilo", resolvido, e para pagamento no mês de
julho. Porque nossa carreira não está tranqüila. Uma decepção, após
tantas e tão reiteradas afirmações, abriria gravíssima crise em nossa
instituição – o governo sabe disto, o Secretário Madeira já ouviu isto
de nossos representantes.
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