Desmonte da Estado Nacional
Retorna a ameaça de terceirização
da
cobrança da Dívida ativa - agora, patrocinada
pelo governo federal
Terceirizar
(privatizar) a cobrança da Dívida Ativa: há muito tempo, o
"lobby" das empresas privadas de advocacia vem aguçando
seu apetite por esta presa suculenta. Já houve várias tentativas
em Estados e municípios. Maluf, quando prefeito de São Paulo,
tentou, mas teve de recuar. O ex-Secretário de Estado da Fazenda,
Yoshiaky Nakano, nunca ocultou ser favorável a essa
terceirização. No Congresso Nacional, volta e meia o assunto
ressurgia. Mas nunca o "lobby" privatizante
conseguiu reunir forças políticas suficientes para desferir com
êxito mais esse atentado contra o patrimônio público. Parece que,
agora, com o PT no governo federal, esse "lobby"
sente-se fortalecido para praticar mais uma intentona nessa
direção.
E
o apetite privado por créditos públicos bilionários é tão
grande, que os lobbystas privatizantes sequer tiveram
cuidados técnicos elementares: nos dias 22 e 23 de novembro, sob o
patrocínio direto do governo federal petista, ensaiaram um
movimento para aprovar uma Resolução do Senado – isso mesmo,
pasmem: uma simples Resolução ! – autorizadora da
terceirização da cobrança da Dívida Ativa dos municípios,
Estados e Distrito Federal. Soado o alarme, as entidades
representativas da advocacia pública puseram-se de prontidão -
dentre elas, a ANAPE e a APESP - e denunciaram a
espantosa inconstitucionalidade do meio escolhido para perpetrar
mais esse golpe.
Envergonhado
por sua incompetência técnica – fruto de afobamento entreguista
– o governo federal bateu em retirada tática: em vez de aprovar
desde logo essa famigerada proposta de Resolução n° 57, preferiu
alongar sua tramitação no Senado mediante a realização, em data
a ser designada, de uma audiência pública para discutí-la. Mas
não o fez por convencimento quanto ao seu (de)mérito: o senador
Mercadante já anunciou que, se essa Resolução senatorial
mostrar-se legalmente inviável, o governo federal tentará
conseguir o mesmo intento mediante projeto de Lei Complementar, que
seria elaborado em breve.
Com
isso, ganhamos tempo para mobilizar nossas próprias forças,
acionar aliados, assediar parlamentares, mobilizar, pressionar,
denunciar, organizar o contra-ataque, organizar a defesa do Estado
nacional e a defesa da advocacia do interesse público.
Essa
recorrente proposta de terceirizar a cobrança da Dívida Ativa –
como, de resto, terceirizar tudo o que interessar à iniciativa
privada – insere-se na lógica de nossas elites neoliberais
apologéticas do Estado "mínimo", subservientes
às determinações do Fundo Monetário Internacional, do Banco
Mundial e ao Consenso de Washington. Pois, para desmontar o Estado
Nacional, é preciso rumar em direção ao Estado ZERO.
Mas
nem todos mudamos de lado. E já estamos acostumados ao combate. As
entidades dos Procuradores – de São Paulo e de todo o país –
não fugiremos a mais essa luta !
José
Damião de Lima Trindade,
presidente da APESP
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Missa de fim de ano dos Procuradores
A tradicional missa de
final de ano dos Procuradores do Estado será celebrada no
dia 13 de dezembro, segunda-feira, às 12 horas, na igreja do Páteo
do Colégio.
Em seguida, a Apesp
oferecerá um coquetel de confraternização aos presentes
no Café do Páteo, situado no Páteo do Colégio, n° 2 (ao
lado da igreja).
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