São
Paulo e Pernambuco firmam recolhimento de ICMS
Os
Estados de São Paulo e Pernambuco firmam hoje protocolos para
implantação do mecanismo de substituição tributária do ICMS
em oito setores.
Empresas
de São Paulo que enviarem mercadorias desses setores a
Pernambuco farão o recolhimento do ICMS devido na comercialização
dos produtos naquele Estado ao fisco pernambucano. O mecanismo não
será usado pela Fazenda paulista.
Os
oito setores previstos no acordo são: material de construção,
autopeças, cosméticos, eletrodomésticos, material elétrico,
bicicletas, brinquedos e colchoaria.
"Isso
evita sonegação do imposto nas vendas do comércio
varejista", segundo o secretário Mauro Ricardo Costa, da
Fazenda paulista.
Pelo
regime de substituição tributária, a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto é da indústria, primeiro elo da cadeia
produtiva, o que torna mais eficiente o acompanhamento da
arrecadação e garante a justiça fiscal, segundo Costa.
O
sistema evita a concorrência desleal por parte de empresas que
não recolhem adequadamente o imposto.
Para
o fisco, a substituição tributária resulta em maior eficiência,
devido à redução de custo, por possibilitar que a fiscalização
seja feita de forma concentrada. "A medida beneficia
Pernambuco."
"Não
foi previsto o mesmo para São Paulo porque poderia prejudicar
indústrias paulistas que recebem benefício fiscal lá",
afirma o secretário.
Os
acordos serão assinados pelo secretário-adjunto da Fazenda de
Pernambuco, Roberto Arraes, e por Costa.
O
acordo resulta de um pedido de Pernambuco ao governador Alberto
Goldman, segundo Costa. "Por conta de problemas com
enchentes, o Estado vai precisar de mais recursos
administrativos."
Fonte:
Folha de S. Paulo, seção Mercado Aberto, 30/07/2010
Possibilidade
de OAB propor leis gera polêmica
A
possibilidade de o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil apresentar projetos de lei complementar e ordinária
relativos à administração da Justiça começa a causar polêmica
na Câmara dos Deputados. Para alguns deputados, a proposta
afronta atribuições do Legislativo, já que a OAB é uma
instituição privada que estaria invadindo as prerrogativas do
poder público. Outro argumentam que Ordem merece tratamento
semelhante ao oferecido ao Supremo Tribunal Federal, os
Tribunais Superiores e a Procuradoria-Geral da República, já
que a Constituição reconhece a advocacia como função
indispensável da Justiça brasileira.
A
PEC 305/2008 estabelece que o Conselho Federal da OAB poderá
apresentar projetos restritos "a matérias relacionadas com
a administração da Justiça, excluídas aquelas objeto de
iniciativa privativa do presidente da República, do Supremo
Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Procurador-Geral
da República".
A
interpretação que prevalece na assessoria jurídica do relator
na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Flávio Dino
(PCdoB-MA), é que essa limitação acabaria restringindo
bastante o leque das sugestões da Ordem, que ficariam limitada
a setores menos impactantes como, por exemplo, a ampliação das
atribuições de oficiais de Justiça.
No
entanto, o secretário-geral da Ordem, Marcus Vinícius Furtado
Coelho, considera que a instituição poderia apresentar sugestões
relativas a qualquer assunto referente à administração da
Justiça, como as que tratam do funcionalismo ou do
funcionamento de varas e tribunais. Na prática, para Coelho, a
OAB funcionaria como uma ponte entre a opinião pública e o
Congresso.
"Às
vezes, uma reforma no Judiciário demora muito pela
burocracia", argumenta o secretário. "Se alguém
quiser mudar o funcionamento de uma vara no interior de São
Paulo, por exemplo, a proposta tem que ser aprovada primeiro
pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo, depois pelo
Conselho da Justiça Federal, em seguida pelo Conselho Nacional
de Justiça para só então o Supremo Tribunal Federal enviar o
projeto ao Congresso. No novo modelo, a própria OAB poderia
apresentar diretamente a proposta ao Legislativo."
Legitimidade
Os
defensores da PEC lembram ainda que a OAB também possui
legitimidade constitucional universal para propor Ações
Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) e Ações Declaratórias
de Constitucionalidade (ADC).
Situação
diferente ocorre com as confederações sindicais e entidades de
classe de âmbito nacional, cuja legitimidade é condicionada ao
requisito da chamada pertinência temática, segundo o qual o
objeto da ação deve estar relacionado com as finalidades
estatutárias da parte autora.
A
admissibilidade da proposta está pronta para ser votada na CCJ,
e Flávio Dino defendeu sua aprovação. Para ele, a PEC não
compromete a autonomia do Legislativo, porque em última análise
serão os parlamentares que darão a palavra final sobre a
proposta.
Para
o deputado do Maranhão, a OAB está no meio do caminho entre as
instituições privadas e públicas, pois, a despeito de
representar os advogados do ambiente privado, é reconhecida
pela Constituição como representante da sociedade civil.
"A
Ordem tem a legitimação universal na Constituição, foi
colocada na condição de representante de toda a cidadania,
pode propor ADI e ADC universal, então, por simetria, deveria
ter as mesmas prerrogativas dos outros integrantes do sistema de
Justiça", declarou. Com informações da Agência Câmara.
Fonte:
Conjur, 30/07/2010
Comunicado
do Centro de Estudos I
Para
o Evento “Procedimentos Afetos à Coordenadoria de Recuperação
de Ativos” a realizar-se no dia 30/07/2010 das 9h00 às 17h30
horas, no auditório do Centro de Estudos da Procuradoria Geral
do Estado – Rua Pamplona, 227 – 3º andar – Jardim
Paulista – São Paulo SP ficam deferidas mais estas inscrições:
Bruno
Maciel dos Santos
Mônica
Hildebrand de Mori
Eduardo
Fronzaglia Ferreira
Se
for o caso, os Procuradores receberão reembolso de
diárias de
transporte terrestre.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, 30/07/2010
Comunicado
do Centro de Estudos II
O
Procurador do Estado Chefe (Substituto) do Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado, em nome do Procurador Geral do
Estado, convoca os Procuradores do Estado abaixo, a participar
do Evento”Procedimentos Afetos à Coordenadoria de Recuperação
de Ativos” a realizar-se no dia 30/07/2010 das 9h00 às 17h30
horas, no auditório do Centro de Estudos da Procuradoria Geral
do Estado - Rua Pamplona, 227 - 3º andar - Jardim Paulista - São
Paulo SP:
Procuradoria
Fiscal - Marcelo Roberto Borowski
Procuradoria
Regional da Grande São Paulo (PR1) - Elisabete
Nunes
Guardado
Procuradoria
Regional de Santos (PR2) - Américo Andrade
Pinho
Procuradoria
Regional de Taubaté (PR3) - Roseli Sebastiana
Rodrigues
Procuradoria
Regional de Sorocaba (PR4) - Marcelo Gaspar
Procuradoria
Regional de Campinas (PR5) - Fabrizio de
Lima
Pieroni
Procuradoria
Regional de Ribeirão Preto (PR6) - Paulo
Henrique
Neme
Procuradoria
Regional de Bauru (PR7) - Marta Adriana
Gonçalves
Silva Buchignani
Procuradoria
Regional de São José do Rio Preto (PR8) - Cléia
Borges de Paula
Delgado
Procuradoria
Regional de Araçatuba (PR9) - Paulo Henrique
Marques
de Oliveira
Procuradoria
Regional de Presidente Prudente (PR10) - Sérgio
Nogueira
Barhum
Procuradoria
Regional de Marília (PR11) - Kátia Teixeira
Folgosi
Procuradoria
Regional de São Carlos (PR12) - Cristina
Duarte
Leite Prigenzi
Republicação
a pedido do Contencioso Tributário-Fiscal
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, 30/07/2010
Comunicado
do Conselho da PGE
Extrato
da Ata da 26ª Sessão Ordinária - Biênio 2009/2010
Data
da realização: 29/07/2010
Processo:
18876-387135/2010
Interessado:
Procuradoria Regional e São Carlos
Localidade:
Araraquara
Assunto:
Concurso de Estagiários
Relator:
Conselheiro Ary Eduardo Porto
Deliberação
CPGE nº 185/07/2010: o Conselho deliberou,
por
unanimidade, nos termos do voto do Relator, homologar a
lista de
aprovados no concurso de estagiários realizado pela Unidade,
autorizando-se
o credenciamento dos aprovados de acordo com
a lista classificatória e o número de vagas em aberto.
Processo:
18575-506891/2010
Interessado:
Guilherme José Purvin de Figueiredo
Localidade:
São Paulo
Assunto:
Afastamento para participar do “I Congresso
Nacional
de Derecho Ambiental - Los Nuevos Desafíos Y Retos
de La Gestión
Ambiental” na Cidade de Colón, província de Entre
Ríos, República Argentina Relatora:
Conselheira Rosina Maria Euzébio Stern Deliberação
CPGE nº 186/07/2010: o Conselho deliberou, por
unanimidade, nos termos do voto da Relatora, opinar
favoravelmente ao
afastamento, conforme requerido pelo interessado.
Processo:
18575-503592/2010
Interessado:
Conselho da Procuradoria Geral do Estado
Localidade:
São Paulo
Assunto:
Normas e Procedimentos - Regimento Interno
do
CPGE
Relator:
Conselheiro Daniel Smolentzov
O
Conselho iniciou as discussões, que serão retomadas na
28ª Reunião
Ordinária.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, 30/07/2010
Alckmin não
se compromete a reduzir preço de pedágios
Líder
nas pesquisas de intenções de voto, com chance de vencer a
disputa no primeiro turno, o candidato do PSDB ao governo de São
Paulo, Geraldo Alckmin, não quis se comprometer a reduzir a
tarifa dos pedágios.
Em
sabatina Folha/UOL realizada ontem, o tucano disse que os
contratos serão "analisados", mas defendeu o modelo
das concessões paulistas.
Em
divergência com José Serra, candidato do partido à Presidência,
afirmou ser favorável ao trem-bala. Mas fez coro com o
presidenciável ao criticar o PT. "É claro que tem ligação
com as Farc", disse.
A
sabatina com o ex-governador Geraldo Alckmin, realizada no
Teatro Folha, foi comandada pelos jornalistas Fernando Canzian,
repórter especial da Folha, Denise Chiarato, editora de
Cotidiano, Mônica Bergamo, colunista do jornal, e Irineu
Machado, editor-executivo do UOL Notícias.
Seu
vice, Afif Domingos (DEM), e os candidatos ao Senado em sua
chapa, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Orestes Quércia (PMDB),
estavam na plateia. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), adversário
de Alckmin na campanha à Prefeitura em 2008, também
compareceu.
Pedágios
A
concessão feita em São Paulo é bem-sucedida. Mas acho que a
gente tem que ter humildade e ver que as coisas podem ser
melhoradas. Se tiver praça de pedágio mal localizada, corrige,
ou subsidia a população local. Nós vamos analisar contrato
por contrato, verificando se tem margem, mas respeitando
contratos. Nós temos algo em torno de R$ 1,3 bilhão para
receber [das concessionárias]. Dependendo, você abre mão
disso e reduz tarifa. Estamos estudando.
Metrô
O
governo federal põe dinheiro no metrô de Porto Alegre, Belo
Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, financia até o da
Venezuela. Aqui em São Paulo não tem um centavo do governo
federal. O PT é ótimo para atacar e falar mal dos outros. Mas,
na hora de fazer as coisas... O governo federal não tem um
centavo, só empréstimo. A prefeitura deles não tem um
centavo.
Trem-bala
Tudo
que for trem eu sou favorável. Se ele se viabilizar no modelo
de participação privada, eu acho ótimo. No que eu puder, como
governador, eu vou ajudar.
Aprovação
automática
A
progressão continuada foi implantada pelo PT, com a prefeita
Luiza Erundina. O PT voltou à prefeitura e não mudou. A
pedagogia mostra que o fato de você simplesmente reprovar o
aluno não vai melhorá-lo. Ele acaba abandonando a escola. O
filho do rico, quando não vai bem, tem aula particular. O que
adianta reprovar uma criança para criar nela a cultura do
fracasso? Vamos dar a mão pra ela. Hoje todos os indicadores
mostram que [a educação] está melhorando.
Continuidade
Os
governos do PSDB sempre avançaram. Um foi melhor do que o
outro, um superou o anterior. E nós vamos fazer mais ainda no
futuro. Os princípios e os valores não mudam. Você tem secretários
que estão desde o Mario Covas.
Padrinho
Serra
fez um governo muito bem avaliado, tem uma aprovação altíssima,
é o primeiríssimo colocado em São Paulo. Estamos confiantes
na sua campanha. Padrinho ajuda, mas não é suficiente para uma
eleição.
Criminalidade
Essa
é uma guerra na qual todo dia se deve vencer batalhas. O fato
é que reduzimos a criminalidade. Nós tínhamos 55 mil presos e
hoje temos 165 mil presos. Nós enfrentamos o crime. Aquilo
[ataque em 2006] foi uma reação. Reagiu, o governo enfrenta.
Hoje é raro ter rebelião. Fizemos as penitenciárias mais
seguras do Brasil.
Policiais
Vamos
melhorar [os salários]. Nós vamos subir. O policial trabalha
12 horas por 36 de folga. Ele acaba fazendo bico. Estou
estudando juridicamente a possibilidade de nós mesmo
contratarmos, remunerá-los. Ele vai ganhar mais, dentro da lei.
E nós vamos ter mais 6.000 PMs.
Sistema
prisional
O
problema não é penitenciária, é cadeia. São Paulo vai ser o
primeiro Estado brasileiro a não ter um preso em cadeia. Todos
ficarão em centros de detenção provisória, e o delegado vai
fazer a sua tarefa de polícia investigativa e judiciária.
Educação
Nós
vamos fortalecer a carreira. O que o governo do Estado está
corretamente fazendo? Está incorporando as gratificações. Vou
fortalecer muito rapidamente os concursos públicos. Eu fiz
[quando governador] 70 mil vagas vagas por concurso público e
vamos acelerar ao máximo os novos concursos. E [manter] o bônus.
Universidades
O
que eu pretendo fazer no futuro é ampliar as engenharias. É
hoje o que mais precisa, a parte de tecnologia e as engenharias.
Além de expandir, vou criar a Fundação Univesp. Nós vamos
ter uma fundação para a universidade virtual. Hoje muita gente
pode avançar fazendo cursos de educação a distância.
Copa
São
Paulo estará na Copa do Mundo. Vai sediar a Copa. É importante
para São Paulo, é importante para a Fifa. A discussão é a
abertura da Copa, porque você precisa ter um estádio com 65
mil lugares e nós ainda não temos. Sempre me pareceu mais lógico
o Morumbi. É um estádio bom, que seria ampliado. A outra hipótese
é o estádio novo. Agora, se eu for governador, não terá
recurso público para fazer estádio.
Palmada
Eu
tenho minhas dúvidas se isso deve ser matéria de lei. Agora,
sou contra a palmada. Nunca levei nem dei uma palmada.
Derrota
em 2008
Eleições
não se ganham todas. Às vezes a gente aprende mais quando
perde do que quando ganha. Quando você ganha, acha que fez tudo
certo. Quando perde, você reflete. A população [na campanha
de 2008] me via mais como candidato a governador do que como
prefeito. Não foi um erro [a candidatura]. Aprendi muito.
Presidência
Meu
pai me disse que o futuro trará a sua própria aflição. A
gente deve fazer bem feito aquilo que está fazendo hoje. Eu
aprendi muito na eleição presidencial. Foi um MBA. O Brasil é
um país continental. Aprendi com relação a políticas públicas,
diferenças sociais, para ser um governador melhor para SP.
Chuchu
Eu
não sou histriônico, não fico sorrindo para aparecer. Aliás,
estou sentindo falta... onde anda o Zé Simão [colunista da
Folha que deu a Alckmin, em 2006, o apelido "Picolé de
chuchu"]? Tá de férias? Férias longas, hein?
Fonte:
Folha de S. Paulo, 30/07/2010