STJ
mantém decisão que anulou quase
R$ 10 milhões em honorários
A
Primeira Turma do Superior
Tribunal de Justiça manteve decisão
que excluiu o pagamento de cinco
por cento de honorários advocatícios
na liquidação de uma sentença
estipulada em cerca R$ 200 milhões.
Por unanimidade, a Turma reiterou
que na hipótese dos autos tal
pagamento importaria em bis in
idem, já que na fase de
conhecimento os honorários foram
fixados em 15% sobre o valor da
condenação, valor equivalente a
quase R$ 30 milhões.
No
caso em questão, o Estado do
Paraná foi condenado pela venda
de títulos de domínio sobre imóvel
rural que pertencia à União e não
ao Estado. A indenização incluiu
o valor da terra nua, além de
perdas e danos apurados em liquidação
de sentença. Os honorários foram
fixados em 20% do valor da condenação.
Em
grau de apelação, o Tribunal de
Justiça reduziu o percentual dos
honorários para 15% do montante
apurado e de mais 5% no processo
de liquidação, sem prejuízo dos
honorários fixados no processo de
conhecimento. O Estado recorreu ao
STJ, alegando que a parcela de 15%
fixada na sentença condenatória
seria suficiente para remunerar o
trabalho realizado pelos advogados
das partes contrárias, não
cabendo a arbitragem de novos
honorários na fase de liquidação.
Na
ocasião, a Primeira Turma do STJ,
em processo relatado pelo ministro
Francisco Falcão, acolheu o
recurso e excluiu os cinco por
cento da liquidação por entender
que o montante da condenação
possibilitou um valor bastante
elevado para os honorários e que
a fixação de novos honorários
implicaria verdadeiro bis in idem
[dupla penalidade]. A decisão foi
mantida em embargos de declaração
que foram rejeitados.
A
AAP - Atlântico Agropastoril
Ltda. e Paulo Roberto Lopes
embargaram novamente contra o acórdão.
Dessa vez, os embargos de declaração
foram relatados pelo ministro
Hamilton Carvalhido, que os
acolheu sem efeitos modificativos.
O voto foi acompanhado por
unanimidade.
Fonte:
site do STJ, de 27/10/2009
Com
apoio da Anape Procurador de
Alagoas é nomeado para o Conselho
Federal da OAB
Com
o apoio da Anape, o procurador do
Estado de Alagoas, dr. Aluisio
Lundgrem Regis, foi nomeado,
mediante a Portaria 45/2009 membro
da Comissão de Advocacia Pública
do Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil.
Agora,
temos mais um colega no Conselho
Federal, juntamente com o
Presidente da Anape, que também
é membro da referida Comissão
Nacional da OAB.
A
classe se congratula com a sábia
nomeação do Presidente Cezar
Britto, que sempre prestigia a
categoria dos Procuradores de
Estado e a Anape.
Fonte:
site da Anape, de 27/10/2009
Opção
para abater IPVA com ICMS vai até
sábado
Os
consumidores com créditos
acumulados no programa Nota Fiscal
Paulista podem utilizar esse valor
para pagar o IPVA de 2010.
O
prazo para converter os créditos
em desconto ou quitação do
imposto termina no sábado.
A
opção de pagamento do IPVA com
os créditos da nota fiscal está
no site www.nfp.fazenda.sp.gov.br.
Quem não é cadastrado pode fazer
a inscrição no mesmo site. Podem
ser usados os créditos acumulados
no primeiro semestre deste ano.
Segundo
o governo do Estado, o programa,
que completa dois anos neste mês,
tem 5,3 milhões de consumidores
cadastrados e já liberou R$ 1,34
milhão em crédito. O programa
também já distribuiu R$ 121,2
milhões em prêmios.
Quando
o valor ultrapassa R$ 25, o
consumidor pode solicitar o depósito
em uma conta corrente ou poupança
no banco. Também é possível
transferir o crédito para outra
pessoa.
Quem
tem débito de IPVA ou ICMS fica
com o crédito bloqueado.
Fonte:
Agora SP, de 27/10/2009
A
oposição ao CNJ
Apesar
dos importantes avanços
propiciados pelas iniciativas do
Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), com o objetivo de coibir o
nepotismo, reformar a organização
do Poder Judiciário e estabelecer
metas de produtividade para os juízes,
as diferentes instâncias da
magistratura continuam resistindo
ao cumprimento das resoluções
baixadas pelo órgão.
A
última ofensiva contra a ação
do CNJ ocorreu quando o Colégio
Permanente de Presidentes dos
Tribunais de Justiça, reunido em
São Paulo, lançou um documento,
manifestando
"inconformismo" com a
atuação do corregedor nacional
de Justiça, o ministro do STJ
Gilson Dipp. Segundo o texto, o
CNJ e seu corregedor estariam
adotando regras e procedimentos
que "comprometem a dignidade
da Justiça", "ferem a
autonomia dos Estados
federados" e
"comprometem a independência
da magistratura".
Esse
foi o segundo documento com teor
semelhante lançado nos últimos
três meses pelo Colégio
Permanente de Presidentes de
Tribunais de Justiça. Em julho,
ele se reuniu em Porto Velho e
divulgou um texto no qual afirmava
"sua veemente inconformação
com a atuação do CNJ no que diz
respeito à observância do
ordenamento jurídico,
especialmente quanto à autonomia
da Justiça estadual e ao princípio
federativo, essência do regime
democrático". Em agosto, os
mesmos dirigentes protestaram
contra a resolução do CNJ que
limitou em dois o número de juízes
de primeira instância que podiam
ser convocados para atuar em
tribunais superiores.
Para
esses dirigentes, o número de juízes
auxiliares deveria ser estipulado
de acordo com as
"necessidades específicas"
de cada Corte. Para os membros do
CNJ, contudo, vários Tribunais de
Justiça estariam cometendo
abusos, convocando juízes
auxiliares não para ajudarem a
desafogar a segunda instância,
mas para exercerem funções
meramente administrativas, como
supervisão de obras, fiscalização
de aquisição de material e análise
de processos de pagamento de
precatórios, o que lhes permitia
aumentar os vencimentos por meio
de gratificações. No Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, por
exemplo, dez juízes auxiliares
trabalhavam no gabinete da presidência
e sete no gabinete da vice-presidência.
Alegadamente, davam assessoria técnica
aos desembargadores. O CNJ exigiu
que todos voltassem para suas
varas de origem.
Outro
ponto de atrito foram as resoluções
tomadas pelo CNJ para obrigar as
Justiças estaduais a agilizar o
julgamento dos processos e exigir
que os juízes e desembargadores,
quando se declararem impedidos de
julgar um determinado processo,
explicitem os motivos às
corregedorias. Antes, as razões
de "foro íntimo"
permaneciam secretas. Para os
conselheiros do CNJ, graças a
esse expediente alguns juízes e
desembargadores declaravam-se
impedidos para reduzir a carga de
trabalho. As medidas baixadas para
acelerar os julgamentos foram
tomadas depois que o CNJ constatou
que em algumas Cortes,
especialmente no Tribunal de Justiça
do Ceará, os desembargadores
permaneciam por mais de uma década
com os processos, sem apresentar
relatório ou voto.
O
último documento de protesto dos
presidentes de Tribunais de Justiça
foi uma resposta a duas
iniciativas moralizadoras do CNJ.
A primeira iniciativa foi a resolução
que os obrigou a demitir titulares
de cartórios nomeados sem
concurso público. Diante da má
vontade de presidentes de
Tribunais de Justiça em cumprir
essa ordem, o CNJ ameaçou
responsabilizá-los judicialmente.
A segunda iniciativa foi a resolução
que obrigou os servidores
judiciais a cumprir jornada de
trabalho de oito horas diárias.
Até então, alguns tribunais
funcionavam apenas seis horas diárias,
o que prejudicava o atendimento.
Em outros, os serventuários
trabalhavam oito horas, mas,
abusivamente, ganhavam as duas últimas
como horas extras.
O
saldo de realizações do CNJ em
apenas quatro anos de existência
? de que faz parte a extensa lista
de irregularidades apontadas nas
Justiças estaduais ? mostra que
tardou demais a criação do órgão
encarregado de promover o controle
externo do Poder Judiciário.
Fonte:
Estado de S. Paulo, seção Opinião,
de 27/10/2009
Em
SP, Dia do Servidor vira feriado
em etapas
A
cidade de São Paulo enfrenta
nesta semana três dias de
funcionamento parcial dos órgãos
públicos.
Isso
porque os governos federal,
estadual e municipal e a Justiça
resolveram marcar para dias
diferentes o ponto facultativo do
Dia do Servidor Público, cuja
data oficial é amanhã.
Devido
à falta de coordenação, o
paulistano que precisar recorrer
aos órgãos públicos terá que
ficar atento.
Os
governos federal e do Estado
marcaram para ontem o ponto
facultativo, o que pegou de
surpresa muita gente que procurou
os postos do Poupatempo (estadual)
e do INSS (federal), por exemplo.
Amanhã
será a vez de os fóruns e do
Ministério Público não
funcionarem. E na sexta-feira não
trabalham os funcionários
municipais de São Paulo, que só
voltam ao serviço na próxima terça-feira
por causa do feriado de Finados,
na segunda. Funcionarão no período
somente os serviços essenciais.
O
ponto facultativo federal de ontem
foi marcado em novembro do ano
passado pelo Ministério do
Planejamento. A assessoria de
imprensa do governo paulista disse
que o Estado seguiu esse
agendamento.
A
prefeitura disse que sempre marca
o ponto facultativo para a data
mais próxima do final de semana.
Como a data, neste ano, caiu na
quarta, a administração optou
pela sexta.
A
assessoria de imprensa do Tribunal
de Justiça paulista disse que o
ponto facultativo foi definido no
início do ano.
A
Folha visitou ontem no início da
tarde as unidades do Poupatempo Sé
e Luz e a sede do Detran. Em todos
encontrou pessoas surpresas com o
fechamento.
"Eu
ouvi no rádio sobre o feriado,
mas, como vi o fórum aberto,
pensei que o Poupatempo também
estaria", disse uma mulher ao
ver o portão do Poupatempo Sé
fechado.
Por
causa da não coincidência dos
pontos facultativos, professores
que dividem a semana entre as
redes municipal e estadual
acabaram ficando sem dia de folga.
"Eu
poderia ficar um pouco mais com a
minha família. Agora vou ter
menos tempo com meus filhos e
netos", disse Luzinete Josefa
da Rocha, 50, que leciona em
escolas em Santo Amaro (zona sul
de São Paulo).
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 27/10/2009