Questões
jurídicas
adiaram
retiradas
De
hoje
até
o
dia
5,
o
governo
do
Estado
pretende
retirar
160
famílias
que
vivem
em
áreas
de
risco
da
Serra
do
Mar.
É
o
começo
do
processo
de
extinção
dos
bairros-cota
de
Cubatão.
A
meta
é
remover
5.100
famílias
das
encostas
da
Baixada
Santista
nos
próximos
meses.
Outras
2.400
serão
mantidas
porque
habitam
trechos
que
não
integram
a
área
efetiva
do
parque
e
por
isso
poderão
ser
reurbanizados.
No
segundo
semestre,
o
governo
vai
começar
a
negociar
a
retirada
de
moradores
de
áreas
de
risco
de
outras
22
cidades,
de
forma
a
garantir
a
preservação
da
maior
mancha
restante
de
mata
atlântica
no
litoral
paulista.
O
programa
vai
demandar
R$
1
bilhão,
com
recursos
do
Estado,
do
Programa
de
Aceleração
do
Crescimento
(PAC)
e
do
Banco
Interamericano
de
Desenvolvimento
(BID).
Conforme
levantamento
de
2007
do
Instituto
de
Pesquisas
Tecnológicas
(IPT),
que
determinou
o
"congelamento"
populacional
e
delimitou
os
lotes,
7.500
famílias
precisariam
ser
removidas
de
encostas
somente
em
Cubatão,
numa
região
que
há
13
anos
foi
declarada
Área
de
Preservação
Ambiental
(APA).
A
ocupação
dessa
área
data
de
1939,
quando
os
operários
que
ajudaram
na
construção
da
Via
Anchieta
passaram
a
residir
em
suas
margens.
"O
IPT
avaliou
as
condições
geológicas
e
geotécnicas
para
escorregamentos
de
terra,
indicando
os
trechos
mais
críticos,
onde
era
obrigatória
a
remoção
de
pessoas
e
apontou
os
setores
de
médio
e
baixo
risco
que
serão
recuperados
com
projetos
de
reurbanização",
destacou
o
diretor-presidente
do
IPT,
João
Fernandes
de
Oliveira.
"Os
estudos
também
definiram
como
fazer
as
recomposições
vegetais
(o
replantio)
das
áreas
de
remoção."
Hoje,
cerca
de
80%
dos
moradores
estão
em
áreas
consideradas
pela
Defesa
Civil
de
risco
3
ou
4
(sujeitas
a
deslizamentos
de
terra).
Nas
últimas
duas
décadas,
pelo
menos
dez
pessoas
morreram
soterradas
na
Serra
do
Mar.
O
Programa
de
Recuperação
Socioambiental
da
Serra
do
Mar
foi
anunciado
em
junho
de
2007.
Nos
primeiros
dois
anos,
porém,
ninguém
foi
removido.
O
primeiro
atraso
nas
remoções,
segundo
o
governo,
ocorreu
após
a
Justiça
suspender
por
sete
meses,
entre
dezembro
de
2008
e
junho
de
2009,
as
licitações
para
a
construção
de
1.800
moradias
no
Jardim
Casqueiro,
em
Cubatão.
"Enfrentamos
uma
briga
jurídica
entre
as
empreiteiras
que
participaram
da
licitação",
diz
o
coronel
Elizeu
Éclair
Teixeira
Borges,
coordenador
do
programa
e
assessor
especial
do
governador
José
Serra
(PSDB).
Atualmente,
o
processo
de
remoção
?
iniciado
em
janeiro
com
a
retirada
de
50
famílias
das
margens
da
Via
Anchieta
?
está
pelo
menos
seis
meses
atrasado.
As
3.600
unidades
em
construção
em
Cubatão
deveriam
ter
ficado
prontas
em
janeiro,
mas
a
obra
só
será
concluída
em
junho.
"Provavelmente
até
julho
de
2011
o
reassentamento
das
famílias
será
concluído",
garante
Borges.
Quatro
escolas
serão
construídas
nos
novos
bairros
que
serão
formados
em
Cubatão
a
partir
da
mudança
das
famílias.
Serão
erguidas
também
escolas,
uma
Unidade
Básica
de
Saúde
e
uma
nova
unidade
de
pronto-atendimento.
O
Pronto-Socorro
do
município
será
reformado
e
ampliado.
Linhas
de
ônibus
serão
criadas
ou
alteradas
para
atender
aos
bairros
e
um
viaduto
precisará
ser
construído
para
ligar
o
centro
de
Cubatão
ao
Jardim
Casqueiro,
bairro
que
receberá
o
maior
número
de
famílias.
Uma
base
comunitária
móvel
já
foi
instalada
nas
imediações.
Nos
quatro
bairros-cota
e
em
três
favelas
da
serra
já
quase
próximas
do
mangue,
entre
o
km
48
e
o
km
28
da
Anchieta,
moram
30
mil
pessoas.
Desse
total,
2.400
famílias
vão
ficar
em
áreas
que
serão
urbanizadas
nas
Cotas
200
e
95/100.
"São
terrenos
que
foram
"desafetados"
no
governo
Fleury,
em
1994,
e
não
fazem
mais
parte
do
mapa
do
parque",
afirma
o
coronel.
Já
a
urbanização
das
áreas
com
casas
e
a
recuperação
ambiental,
que
inclui
o
reflorestamento
de
toda
a
área
de
remoção,
serão
concluídas
em
2012.
NOVAS
OCUPAÇÕES
O
secretário
estadual
de
Habitação,
Lair
Krähenbühl,
garante
que
o
processo
de
remoções
será
"definitivo",
ou
seja,
não
haverá
novas
ocupações
nas
encostas.
"É
diferente
de
uma
favela
na
beira
de
uma
avenida,
em
que
não
há
controle
de
moradores.
Nas
encostas
da
Serra
do
Mar,
os
acessos
podem
ser
controlados",
diz.
Segundo
o
coronel
Borges,
o
projeto
também
prevê
a
compra
de
equipamentos
como
helicópteros
e
barcos,
e
a
capacitação
dos
650
homens
do
3º
Batalhão
de
Polícia
Ambiental,
responsável
pela
área.
Borges
adiantou
ainda
que,
no
segundo
semestre,
o
programa
começará
a
ser
ampliado
para
o
litoral
norte.
"Vamos
negociar
a
retirada
de
1.400
famílias
que
vivem
em
áreas
de
risco
da
Serra
do
Mar
em
outras
22
cidades
do
litoral
paulista."
Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
de
26/02/2010
Reforma
da
Advocacia
Pública
é
apresentada
ao
Líder
do
Governo
na
Câmara
O
Forum
Nacional
da
Advocacia
Pública
Federal
(que
congrega
as
entidades
de
classe
representantes
das
carreiras
de
Advogado
da
União,
Procurador
da
Fazenda
Nacional,
Procurador
Federal
e
Procurador
do
Banco
Central)
apresentou
hoje
(22/02)
ao
Líder
do
Governo
na
Câmara
dos
Deputados,
Cândido
Vaccarezza
(PT),
o
Movimento
Nacional
de
Reforma
da
Advocacia
Pública.
A
campanha
foi
lançada
no
último
mês
pelo
Forum
Nacional,
juntamente
com
a
ANAPE
e
ANPM,
e
contempla
um
rol
de
proposições
legislativas
que
instrumentalizarão
a
Reforma,
a
exemplo
das
PECs
443/09,
452/09,
153/03
e
o
Projeto
de
Lei
de
Honorários.
No
encontro
o
presidente
do
Forum
Nacional,
João
Carlos
Souto,
ponderou
que
o
presidente
Lula
fez
uma
reestruturação
da
advocacia
pública,
mas
que
ainda
é
necessário
mais
instrumentos
para
que
seus
membros
desempenhem
suas
funções
com
mais
eficácia.
O
Deputado
Cândido
disse
aos
dirigentes
do
Forum
Nacional
que
avaliaria
a
proposta
com
"bons
olhos".
No
encontro
ficou
agendada
a
participação
do
Deputado
no
Seminário
do
Forum
Nacional,
que
será
realizado
em
abril,
em
São
Paulo.
Os
dirigentes
presentes
à
reunião
externaram
ao
Líder
do
Governo
a
preocupação
das
Carreiras
com
o
propalado
aumento
da
Polícia
Federal,
e
solicitam
ao
Líder
que
levasse
essa
preocupação
e
a
necessidade
de
as
Carreiras
Jurídicas
que
integram
a
AGU
igualmente
serem
contempladas,
por
uma
questão
de
Justiça.
Fonte:
site
do
Fórum
Nacional
da
Advocacia
Pública,
de
26/02/2010
Monitoramento
eletrônico
de
presos
será
licitado
Graças
ao
empenho
das
procuradoras
do
Estado
Daniela
Valim
da
Silveira
e
Liliane
Kiomi
Ito
Ishikawa,
da
Procuradoria
Judicial
(PJ),
a
Procuradoria
Geral
do
Estado
(PGE)
conseguiu
junto
ao
Tribunal
de
Justiça
do
Estado
de
São
Paulo
(TJSP)
a
retomada
do
procedimento
licitatório
da
Secretaria
de
Estado
da
Administração
Penitenciária
(SAP)
voltado
à
contratação
de
serviços
técnicos
de
monitoramento
eletrônico
de
presos.
A
SAP
divulgou,
em
agosto
do
ano
passado,
edital
de
licitação
para
selecionar
empresa
responsável
pelo
monitoramento
eletrônico
de
presos
em
caso
de
prisão
domiciliar
e
saídas
temporárias.
O
sistema
será
constituído
por
módulos
com
controle
remoto
que
serão
acoplados
ao
corpo
dos
presos.
A
Ituran
Sistemas
de
Monitoramento
Ltda.,
uma
das
empresas
licitantes,
questionou
a
exigência,
presente
no
edital,
de
que
todo
o
equipamento
tivesse
certificação
homologada
pela
Agência
Nacional
de
Telecomunicações
(Anatel),
sustentando
ser
suficiente
apenas
a
homologação
do
modem.
Foi
concedida
uma
liminar
requerida
pela
empresa,
o
que
impediu
o
seguimento
da
licitação.
Agora,
por
meio
de
acórdão
publicado
na
última
sexta-feira
(19.02),
a
decisão
liminar
foi
afastada,
negando-se
provimento
ao
agravo
de
instrumento
interposto
pela
Ituran
e
garantindo,
assim,
a
continuidade
do
processo
licitatório.
Fonte:
site
da
PGE
SP,
de
26/02/2010
PGE
garante,
na
Justiça,
manutenção
da
lei
da
entrega
A
Procuradoria
Geral
do
Estado
(PGE)
obteve
a
concessão
de
efeito
suspensivo
ao
agravo
de
instrumento
interposto
em
face
de
decisão
que
garantia
à
rede
varejista
Fast
Shop
o
direito
de
descumprir
a
lei
da
entrega
sem
receber
multa
da
Fundação
Procon-SP.
A
Fast
Shop
obteve,
em
janeiro
deste
ano,
liminar
contra
a
lei
estadual
nº
13.747/2009,
conhecida
como
lei
da
entrega,
que
obriga
as
empresas
a
fixar
a
data
e
o
turno
para
a
entrega
de
produtos.
A
decisão
judicial,
agora
suspensa,
impedia
que
a
rede
fosse
multada
por
desrespeitar
a
norma.
Fonte:
site
da
PGE
SP,
de
26/02/2010
Quedas
de
sistema
na
JF
paulista
são
incomuns
As
paralisações
no
sistema
eletrônico
de
processos
da
Justiça
Federal
não
têm
sido
frequentes,
como
noticiou
o
jornal
Folha
de
S.Paulo
nesta
terça-feira
(23/2),
mas
casos
incomuns.
A
explicação
é
da
desembargadora
federal
Marli
Ferreira,
ex-presidente
do
Tribunal
Regional
Federal
da
3ª
Região,
que
recentemente
entregou
o
cargo.
Segundo
ela,
diferentemente
do
que
disse
o
jornal,
as
falhas
de
sistema
que
atrapalharam
principalmente
os
julgamentos
nos
Juizados
Especiais
Federais
se
devem
a
incidentes
fora
da
esfera
judicial.
Uma
das
culpadas,
de
acordo
com
a
desembargadora,
é
a
chuva
torrencial
quase
que
diária
na
capital
desde
o
começo
do
ano.
“O
excesso
de
águas
chegou
a
inundar
as
galerias
onde
ficam
os
cabos
de
fibra
ótica”,
diz,
em
relação
ao
cabeamento
que
conecta
os
servidores
do
tribunal
aos
computadores
dos
fóruns
federais
paulistanos.
Outra
consequência
das
chuvas,
segundo
Marli
Ferreira,
tem
sido
as
constantes
quedas
de
energia,
que
já
viraram
rotina
na
cidade.
“Todo
o
sistema
cai.
Não
há
o
que
fazer.”
No
dia
11,
o
secretário
da
Justiça
do
estado,
Luiz
Antonio
Marrey,
chegou
a
acusar
a
AES
Eletropaulo,
companhia
responsável
pela
distribuição
em
São
Paulo,
de
não
explicar
o
motivo
dos
cortes
frequentes
de
energia
nos
últimos
dias.
O
puxão
de
orelha
aconteceu
depois
que
a
região
da
Avenida
Paulista,
onde
fica
o
TRF-3,
ficou
às
escuras
a
partir
das
17h,
deixando
15
mil
pessoas
sem
energia.
Segundo
a
empresa,
houve
rompimento
de
cabos
subterrâneos.
Neste
dia,
no
entanto,
não
choveu.
Mas
nem
todos
os
motivos
são
externos.
Juízes
e
desembargadores
de
toda
a
capital
já
tiveram
de
esperar
o
restabelecimento
do
sistema
devido
a
uma
mistura
fatal
para
qualquer
mecanismo
de
prevenção
contra
incêndio:
cigarros
acessos
e
uma
janela
aberta.
Foi
o
que
aconteceu
na
sala
refrigerada
onde
ficam
os
servidores
que
armazenam
os
dados
de
todos
os
processos
ativos
e
arquivados
da
Justiça
Federal,
como
conta
Marli.
Por
alguma
desatenção
de
autoria
desconhecida,
uma
das
janelas
da
sala
onde
fica
a
Central
de
Processamento
de
Dados
ficou
aberta,
o
que
levou
a
fumaça
dos
cigarros
de
duas
pessoas
que
fumavam
no
andar
de
baixo
diretamente
para
os
detetores
de
prevenção
contra
fogo.
"Com
o
alarme
de
incêndio
ligado,
o
sistema
parou
automaticamente",
lembra.
"Chegamos
a
encerrar
o
expediente".
A
dificuldade,
no
entanto,
é
provisória.
Já
sobrecarregados,
os
servidores
do
tribunal
estão
sendo
trocados
aos
poucos,
o
que
deixa
o
sistema
mais
vulnerável
a
interrupções.
Até
abril,
a
corte
vai
aumentar
a
capacidade
de
armazenamento,
como
prevê
a
ex-presidente.
“Não
somos
como
uma
empresa
privada,
que
pode
dar
férias
coletivas
por
15
dias
e
trocar
todos
os
equipamentos.
Não
posso
parar
a
Justiça.”
Como
todas
as
informações
virtuais
estão
concentradas
no
TRF,
os
problemas
afetam
fóruns
e
Juizados
em
toda
a
cidade.
Turbulência
digital
De
acordo
com
a
Folha,
desde
janeiro,
panes
quase
que
diárias
vêm
impedindo
o
acesso
a
informações
das
mais
de
200
mil
ações
em
tramitação
e
1,5
milhão
arquivadas
na
Justiça
Federal.
Segundo
a
reportagem,
por
causa
do
problema,
audiências
foram
canceladas
e
remarcadas,
em
muitos
casos,
só
para
o
ano
que
vem.
O
problema
é
maior
nos
Juizados
Especiais
Federais,
onde
todos
os
processos
são
virtuais.
A
corte,
no
entanto,
desmente
a
informação.
“As
audiências
não
têm
sido
redesignadas
por
falha
no
sistema
de
informática
e
sim
por
outros
motivos
de
ordem
jurídica
(falta
de
documentos
ou
de
testemunhas,
por
exemplo)”,
disse,
em
nota,
a
assessoria
de
imprensa
do
tribunal.
O
TRF
afirma
que
a
instabilidade
se
deve
à
sobrecarga
no
banco
de
dados
implantado
em
2002,
e
que
os
técnicos
envolvidos
fazem
cópias
de
segurança
(backups)
diárias
para
que
as
informações
do
banco
de
dados
não
se
percam.
No
dia
anterior
às
audiências,
os
juízes
estão
salvando
documentos
em
pastas
no
computador.
Se
o
sistema
não
funciona
no
dia
seguinte,
é
possível
fazer
as
audiências
salvando
os
dados
em
arquivos,
que
são
lançados
quando
o
sistema
volta
a
funcionar.
Segundo
a
Folha,
funcionários
do
Juizado
dizem
que
o
problema
pode
ser
ainda
pior.
Em
reunião
feita
no
início
do
mês,
juízes
cobraram
uma
explicação
da
equipe
técnica,
que
não
conseguiu
especificar
a
origem
das
panes.
A
falta
de
informações,
como
dizem
os
servidores,
cria
o
temor
de
que
o
problema
dure
para
além
de
abril.
Desde
o
início
do
ano,
o
sistema
ficou
fora
do
ar
por
até
dois
dias
seguidos.
Prevendo
novas
quedas,
o
tribunal
chegou
a
suspender,
na
semana
passada,
a
publicação
no
Diário
Oficial
de
decisões
com
prazos
curtos
para
recurso.
À
Folha,
a
presidente
do
Juizado
Especial
Federal
de
São
Paulo,
a
juíza
Marisa
Cláudia
Gonçalves
Cucio,
disse
que
há
um
esforço
por
parte
dos
juízes
para
evitar
que
as
audiências
sejam
remarcadas,
o
que
já
chegou
a
acontecer.
Uma
das
ações
para
evitar
que
a
pessoa
volte
para
o
"fim
da
fila",
segundo
ela,
é
separar
os
processos
do
dia
seguinte.
Se
o
sistema
estiver
fora
do
ar,
as
audiências
podem
ocorrer
quase
normalmente.
“A
gente
quer
trabalhar.
Às
vezes,
a
gente
tem
de
parar,
esperar.
Lógico
que
é
frustrante.
Isso
é
muito
incômodo",
afirmou
ao
jornal.
Fonte:
Conjur,
de
26/02/2010