23 Jul 15 |
Unicidade e exclusividade da Advocacia Pública é fundamental à boa administração
O
sistema
jurídico
de
representação
dos
entes
federados
foi
regulado
quando
da
edição
da
Constituição
Federal
de
1988.
O
constituinte,
em
boa
hora,
ciente
de
que
a
tradicional
tripartição
dos
Poderes
não
foi
suficiente
para
evitar
que
o
país
acabasse
por
viver
um
longo
período
de
regime
autoritário,
optou
por
criar
uma
nova
estrutura
na
organização
estatal,
no
mesmo
nível
tópico
dos
Poderes,
a
qual
denominou
de
funções
essenciais
à
Justiça.
A
criação
destas
estruturas
em
sede
constitucional
objetivou
dotar
a
institucionalidade
brasileira
de
outros
organismos
de
proteção
do
Estado
Democrático
de
Direito.
A
constitucionalização
do
Ministério
Público,
da
Advocacia
Pública,
da
Advocacia
e
da
Defensoria
Pública
veio
para
melhor
instrumentalizar
o
Estado
naquilo
que
ele
tinha
fracassado
no
período
imediatamente
anterior:
a
preservação
dos
valores
republicanos
e
democráticos. No
que
concerne
à
Advocacia
Pública,
em
que
pese
o
constituinte
ter
sido
econômico
no
regramento,
a
então
nova
ordem
constitucional
deu
tratamento
diverso
à
União
e
aos
estados
e
DF.
Para
União
instituiu
um
novo
órgão,
a
Advocacia-Geral
de
União,
que
viria
para
substituir
as
atribuições
de
representação
da
União
em
juízo,
até
então
exercidas
pelo
Ministério
Público
Federal.
Optou,
ainda,
por
preservar
a
representação
da
Fazenda
Nacional
no
órgão
então
já
existente,
a
Procuradoria-Geral
da
Fazenda
Nacional
–
PGFN,
mantendo-o
com
caráter
de
permanência.
Já
nos
estados
e
no
Distrito
Federal
a
opção
constitucional
foi
outra,
qual
seja,
a
de
concentrar
a
representação
judicial
e
consultoria
jurídica
dos
entes
federados
em
um
único
agente:
os
Procuradores
dos
estados
e
do
Distrito
Federal.
Às
estruturas
existentes
antes
da
Constituição
de
1988,
que
atuavam
paralelamente
às
PGEs,
atribuiu
caráter
de
sobrevivência
transitória,
resguardando
competências
no
artigo
69
do
ADCT.
A
própria
Advocacia-Geral
da
União
reconhece
o
tratamento
constitucional
diverso
para
as
duas
esferas
da
federação,
consoante
expresso
nas
manifestações
realizadas
nas
ADIs
5107,
5109
e
5215. Decorrência
lógica
desta
opção
constitucional
é
que
se
afirma
que
à
Advocacia
Pública
Estadual
foram
atribuídas
as
características
de
unicidade
e
exclusividade.
Unicidade,
porque
somente
aquele
órgão
pode
representar
judicialmente
e
prestar
consultoria
jurídica
ao
ente
federado
e
exclusividade,
porque
esta
competência
constitucional
é
exclusiva
dos
Procuradores
dos
estados
e
do
DF.
Neste
sentido,
as
decisões
do
Supremo
Tribunal
Federal
sobre
a
matéria.
Afirma-se,
então,
que
o
Constituinte
Originário
não
só
idealizou,
como
instituiu
um
sistema
orgânico
único
para
a
representação
judicial
e
consultoria
jurídica
dos
entes
federados,
incluídos,
por
serem
integrantes
do
núcleo
central
da
Administração
Pública
e
realizadoras
de
atividades
próprias
de
serviço
público,
a
administração
direta
e
as
autarquias
e
fundações
públicas. No
contexto
constitucional
de
1988,
os
Estados
e
o
DF
agiram
para
a
formatação
de
suas
estruturas
jurídicas
no
molde
adotado.
Assim,
a
representação
judicial
e
a
consultoria
jurídica
das
autarquias
e
fundações
públicas
foram
sendo
consolidadas
como
de
competência
exclusiva
das
Procuradorias-Gerais
dos
Estados
e
do
DF,
o
que
é
respeitado
e
adotado
na
grande
maioria
dos
entes
federados,
como,
por
exemplo,
ocorre,
dentre
outros,
nos
Estados
do
Rio
Grande
do
Sul,
de
São
Paulo,
do
Rio
de
Janeiro
e
de
Minas
Gerais. Recentemente
foi
apresentada
na
Câmara
dos
Deputados
a
Proposta
de
Emenda
Constitucional
80/2015,
que
busca
alterar
esta
definição
constitucional
originária
e
impor
aos
entes
federados,
inclusive
municípios,
a
criação
de
estruturas
jurídicas
para
o
atendimento
das
autarquias
e
fundações
públicas. A
proposta,
no
entanto,
sequer
deve
ter
sua
tramitação
admitida,
já
que
viola
cláusula
pétrea
da
Constituição
Federal,
qual
seja,
a
forma
federativa
de
Estado
(artigo
60,
parágrafo
4º,
I,
da
CF/88).
A
federação
brasileira
admite
a
atribuição
de
competências
materiais
de
políticas
públicas
aos
entes
federados
subnacionais,
inclusive
com
repercussão
na
estrutura
de
financiamento
do
Estado
Brasileiro,
mas
não
convive
com
a
imposição
da
forma
de
realização
destas
mesmas
políticas.
Ao
contrário,
aos
Estados
é
deferido
expressamente
o
dever
de
se
organizar,
tendo
de
observar
apenas
os
princípios
da
Constituição
Federal
(artigo
25).
Diferentemente
da
determinação
constitucional
que
prevê
a
Advocacia
Pública
como
órgão
central
de
preservação
jurídica
do
ente
federado,
portanto
estrutura
fora
dos
Poderes
e
integrante
do
sistema
denominado
de
funções
essenciais
à
Justiça,
a
imposição
de
outros
organismos
viola
frontalmente
o
pacto
federativo
firmado
em
1988. A
unicidade
e
exclusividade
da
representação
judicial
e
consultoria
jurídica
dos
entes
federados
é
fundamento
de
proteção
da
estrutura
estatal,
evitando
litígios
entre
as
estruturas
administrativas,
sejam
da
administração
direta,
sejam
dos
entes
descentralizados.
Cogitar
a
possibilidade
de
litígio
judicial
entre
a
administração
direta
e
os
entes
autárquicos
é
desconhecer
que
a
finalidade
da
administração
pública
é
única
e
a
descentralização
da
atividade
uma
opção
meramente
administrativa
e
de
atendimento
a
demandas
de
momento.
Tanto
é
assim
que
várias
entidades
da
administração
indireta
são
extintas
e
outras
tantas
são
criadas
por
todos
os
entes
federados. Ao
contrário
do
artigo
132,
que
foi
introduzido
no
texto
original
da
Carta
Constitucional,
tendo
sofrido
reforma
superficial
quando
da
edição
de
Emenda
Constitucional
19/1998,
a
proposta
apresentada
altera
substancialmente
a
organização
dos
entes
federados,
impondo
a
criação
de
estruturas
permanentes
(Procuradoria
das
Autarquias
e/ou
Fundações)
para
atender
estruturas
administrativas
temporárias. Acrescente-se,
ainda,
que
a
imposição
de
criação
de
uma
estrutura
jurídica
para
o
atendimento
da
administração
indireta
com
vinculação
estatutária
(autarquias
e
fundações
públicas),
trará
mais
despesas
aos
já
combalidos
cofres
públicos
estaduais,
sem
que
nenhuma
das
estruturas,
especialmente
por
seus
governantes,
tenha
identificado
esta
necessidade.
Ao
contrário,
o
que
se
colhe
pelo
país
é
a
necessidade
cada
vez
maior
de
evitar
posicionamentos
contraditórios
dentro
da
estrutura
jurídica
estatal. Concluindo,
o
que
a
PEC
80/2015
pretende
é
alterar
integralmente
o
sistema
de
representação
judicial
e
consultoria
jurídica
dos
entes
federados,
sem
que
qualquer
ente
tenha
apontado
a
insuficiência
da
organização
adotada
pelo
Constituinte
Originário.
Por
isso,
a
par
das
inconstitucionalidades
já
apontadas,
a
pretensão
contida
na
proposta
também
não
atende
aos
critérios
de
conveniência
e
oportunidade. Os
princípios
constitucionais
atribuídos
à
Advocacia
Púbica
estadual
de
unicidade
e
exclusividade
da
representação
judicial
e
da
consultoria
jurídica
são,
portanto,
fundamentais
para
a
boa
administração
pública.
Mantê-los
é
bom
para
os
estados
e
Distrito
Federal. Telmo
Lemos
Filho
é
procurador
do
estado
do
Rio
Grande
do
Sul
e
1º
Vice-Presidente
da
Associação
Nacional
dos
Procuradores
dos
estados
e
do
Distrito
Federal Fonte: Conjur, de 23/07/2015
Conselheiro
do
TCE/SP
diz
que
mudança
na
nota
paulista
‘é
calote’ O
conselheiro
Roque
Citadini,
do
Tribunal
de
Contas
do
Estado
(TCE)
de
São
Paulo,
disse
nesta
quarta-feira,
22,
que
o
governo
estadual
aplicou
um
calote
no
consumidor
ao
mudar
as
regras
do
programa
da
Nota
Fiscal
Paulista.
“Isso
é
um
tiro
de
canhão
no
casco
do
navio,
o
governo
arrasa
a
credibilidade
do
programa
que
ele
criou
e
foi
tão
exitoso”,
afirmou
Citadini,
decano
da
Corte,
em
sessão
plenária.
Ele
encaminhou
para
o
conselheiro
Sidney
Beraldo,
relator
das
contas
do
governo
estadual,
uma
petição
apontando
sua
preocupação
com
as
alterações
no
programa.
Não
poupou
ataques
ao
secretário
da
Fazenda
de
Geraldo
Alckmin
(PSDB),
Renato
Villela,
formado
pela
PUC-Rio,
economista,
ex-secretário-adjunto
do
Tesouro
e
subsecretário
de
Fazenda
da
prefeitura
do
Rio.
“A
continha
do
secretário
(da
Fazenda
de
São
Paulo)
é
continha
de
gente
que
tem
a
cabecinha
ali,
não
consegue
pensar,
destruiu
um
programa
importante
que
o
Estado
tinha”,
afirmou
Citadini. As
mudanças
na
Nota
Paulista
foram
anunciadas
há
duas
semanas
em
meio
à
crise
econômica
do
País,
para
compensar
queda
na
arrecadação.
Foram
adiados
créditos
que
seriam
liberados
para
o
consumidor
em
outubro.
Os
repasses
caíram
de
30%
para
20-%. “Na
semana
passada
foi
anunciada
uma
mudança
na
Nota
Fiscal
Paulista”,
disse
Citadini,
na
mais
dura
manifestação
contra
a
alteração.
“Essa
nota
é
um
dos
programas
com
maior
êxito
que
se
pode
ter
na
área
da
luta
contra
a
evasão
fiscal,
de
tal
forma
que
isso
ficou
popular.
O
próprio
governo
sempre
nos
disse
que
ela
possibilitou
aumento
da
receita,
melhorias
da
receita,
cada
vez
mais
recebendo,
que
CPF
na
nota
virou
um
slogan,
todo
mundo
aderiu
isso
daí.” O
conselheiro
destacou
que
“esse
programa
de
grande
êxito
que
serviu,
inclusive,
de
parâmetro
para
outros
Estados,
foi
atingido
com
o
mais
duro
tiro
que
se
pode
dar
num
programa
de
governo,
a
credibilidade”.
“Da
noite
para
o
dia,
o
governo
anuncia
que
o
prêmio
que
era
de
30%
cai
para
20%,
que
o
pagamento
para
outubro
não
mais
será
em
outubro
e
arrasa
a
credibilidade
do
programa
que
ele
criou,
que
ele
fez,
que
foi
tão
exitoso.”
Citadini
reconheceu
o
aperto
na
economia.
“É
certo
que
estamos
vivendo
diminuição
de
receita,
não
precisa
ninguém
teorizar.
Vivemos
um
período
de
atividade
econômica
cada
vez
menor
e
com
receitas
cada
vez
menor.
Mas
essa
mudança
é
um
tiro
de
canhão
no
casco
do
navio,
retira
toda
a
credibilidade
do
programa,
compromete
o
presente,
compromete
o
futuro.”
Ele
disse
que
estudou
o
programa.
“Eu
me
debrucei
nesse
programa,
um
êxito
total.
Vi
Estados
onde
foi
adotada
a
nota
fiscal
e
(o
programa)
caiu
em
completa
desmoralização
porque
os
Estados
não
pagaram
adequadamente
o
que
se
prontificavam
a
pagar.
Aqui
não,
aqui
havia
não
só
uma
adesão
popular,
adesão
do
pequeno,
quem
compra
cafezinho
no
bar
pede
para
botar
a
nota.
E
agora
o
programa
recebe
um
tiro
desse
daí!”
Para
ele,
“um
tiro
típico
de
economista,
típico
de
burocrata”.
”(o
governo)
Fez
o
cálculo,
tô
gastando
muito
com
o
prêmio.
Mas
é
aquele
prêmio
que
juntou
milhares
de
pessoas
e
agora
destrói
a
credibilidade.
Quem
é
que
vai
entrar
num
outro
programa
da
Secretaria
da
Fazenda
sabendo
que
na
hora
que
tiver
o
primeiro
aperto
a
secretaria
vem
com
a
ideia
de
cortar?” Citadini
define
assim
a
medida
do
governo
paulista.
“Em
termos
concretos,
o
governo
está
dando
um
calote.
Isso
chama-se
calote.
O
governo
iria
pagar
em
outubro,
não
vai
mais
pagar.
É
calote,
é
o
termo
adequado.” Apontou
suas
críticas
para
o
ministro
da
Fazenda.
“Dizem
que
esse
secretário
é
bom,
trabalhava
com
o
Joaquim
Levy
(ministro
da
Fazenda
do
governo
Dilma
Rousseff).
O
ministro
Levy
é
uma
espécie
de
Alexandre
Pato
da
economia,
é
só
marketing,
mas
não
aparece.
Eu
estou
encaminhando
ao
conselheiro
Beraldo
e
acho
que
deve
ser
um
ponto
para
discutirmos
ano
que
vem.
É
muito
grave,
conselheiro
(Sidney
Beraldo).
Nós
que
convivemos
no
Tribunal
de
Contas
do
Estado
sabemos
que,
vez
por
outra,
aparece
uma
ideia
genial.
Eu
me
recordo
uma
lição
que
aprendi
aqui.
Eu
tinha
grandes
elogios
ao
governo
Carvalho
Pinto
(década
de
1950),
até
que
um
dia
alguém
me
contou
que
foi
o
governo
Carvalho
Pinto
que
criou
um
plano
de
obras,
construção
de
fóruns,
delegacias.
Eles
pegaram
o
dinheiro
do
fundo
de
reserva
do
IPESP,
zeraram
o
fundo
e
fizeram
um
programa
de
obras
que
não
rendia
nada.
E
o
resultado
qual
foi
?
O
Estado
teve
que
assumir
e
pagar
pensões
e
aposentadorias
que
está
pagando
até
hoje.
O
plano
de
metas
de
Carvalho
Pinto
está
sendo
pago
até
hoje.
Mas
essa
ideia
de
economista
é
sempre
comum.
Na
China,
década
de
50,
um
grupo
de
economistas
chegou
para
o
Mao
Tse
Tung
e
disse:
olha,
precisamos
resolver
um
problema
sério,
temos
uma
perda
de
30%
da
produção
agrícola.
Então,
decidiram
acabar
com
os
pardais
e
saiu
todo
mundo
matando
pardal
que
nem
louco.
No
no
seguinte
a
safra
foi
terrível,
se
espalhou
a
fome,
caiu
60%
(a
produção).
Descobriu-se
que
o
pardal,
além
de
comer
o
grão
de
trigo
comia
os
insetos.
Como
não
tinha
mais
pardal,
os
insetos
acabaram
com
o
trigo.
A
continha
do
secretário
(da
Fazenda
de
São
Paulo)
é
continha
de
gente
que
tem
a
cabecinha
ali,
não
consegue
pensar,
destruiu
um
programa
importante
que
o
Estado
tinha.
Vai
economizar?
Ah
vai.
Eu
espero
que
volte
atrás,
como
estavam
fazendo
com
o
leite,
tira
leite,
programa
que
diminuiu
leite
para
as
crianças.
Voltaram
atrás.
É
lamentável
que
numa
hora
que
o
governo
mais
precisa
de
credibilidade,
se
destrua,
se
deu
um
calote
no
consumidor
e
joga
no
lixo
um
programa
como
esse.
Estou
encaminhando
ao
relator
das
contas.
Vai
ouvir
aquele
choro,
ah
não
porque…É
melhor
cortar
comida
do
que
cortar
esse
programa.
Eu
queria
manifestar
minha
tristeza,
um
programa
que
nós
recebemos
só
elogios.
A
Secretaria
(da
Fazenda)
só
elogiava,
de
repente
nem
discutiram.
Me
parece
que
ali
permite
que
se
faça
alterações,
mas
aí
uma
coisa
que
é
mais
do
que
uma
lei,
é
algo
que
se
consolidou
na
população,
(os
consumidores)
recebiam
duas
vezes
por
ano,
uns
optavam
por
dinheiro.
Eu
já
soube
que
muitas
entidades
assistenciais,
hospitais,
estão
reclamando
porque
usavam
esse
programa.” O
conselheiro
Sidney
Beraldo
disse
que
recebe
a
recomendação
do
decano
da
Corte
e
‘compreende
que
se
trata
de
uma
questão
bastante
relevante,
uma
mudança
que
impacta
na
vida
de
um
conjunto
bastante
significativo
da
população
que
recebe
esse
benefício’
“O
tribunal
tem
que
receber
essas
informações,
temos
que
avaliar
essa
decisão.
Como
o
próprio
conselheiro
(Citadini)
afirmou
não
podemos
desprezar
que
vivemos
um
momento
gravíssimo,
gravíssimo,
e
a
tendência
é
piorar,
da
economia
brasileira.
A
necessidade
de
ajuste
é
real.
O
que
precisa
avaliar
é
quais
são
as
oportunidades
que
se
tem
para
fazer
esse
ajuste
sem
impacto
maior
na
vida
das
pessoas.
Vivemos
momento
de
bastante
dificuldade.
Considero
bastante
oportuno
que
durante
a
análise
dessas
contas
se
verifique
e
se
aprofunde
realmente
nos
motivos
que
levaram
a
uma
decisão
que,
sem
dúvida,
impacta
na
vida
e
na
receita
das
pessoas
que
de
qualquer
forma
também
contribuem
para
garantir
uma
receita
num
setor
de
sonegação
bastante
alta.” COM
A
PALAVRA,
O
SECRETÁRIO
DA
FAZENDA
DO
GOVERNO
GERALDO
ALCKMIN,
RENATO
VILLELA O
secretário
da
Fazenda
Renato
Villela
afirmou
que
o
programa
Nota
Fiscal
Paulista
não
foi
alterado,
apenas
sofreu
ajustes
‘no
sentido
que
se
adaptasse
à
situação
fiscal
do
Estado’.
Ele
afirmou
taxativamente
que
o
programa
não
perdeu
a
credibilidade.
Segundo
a
Secretaria
da
Fazenda,
a
estatística
de
julho
comprova
que
não
houve
queda
no
número
de
adesões.
O
ritmo
continua
na
mesma
intensidade
de
antes
das
alterações.
Em
julho,
até
o
dia
21,
foram
registrados
57.263
novos
CPFs
cadastrados.
A
esse
número
somam-se
28.566
recadastramentos
realizados
no
mesmo
período.
“O
público
entendeu.
A
gente
diminuiu
de
30%
para
20%
o
valor
do
crédito
até
porque
nem
todo
mundo
utilizava
os
30%.
Foram
só
mudanças
de
alguns
parâmetros.
Postergamos
o
gasto
previsto
para
outubro
para
abril
do
ano
que
vem.
Como
qualquer
família
ou
empresa
quando
numa
situação
de
(queda
de)
receita
você
pega
um
gasto,
em
vez
de
fazer
neste
ano
faz
no
outro.
Coisa
normal.
Não
vou
comprar
TV
agora,
vou
comprar
ano
que
vem.”
Para
Villela,
a
credibilidade
do
Nota
Paulista
não
foi
afetada.
“Por
um
motivo
muito
simples:
o
número
de
inscrições
no
site
não
caiu.
A
gente
continua
recebendo
novas
inscrições
no
mesmo
ritmo
de
antes
das
alterações.
A
população
de
São
Paulo
entendeu
de
forma
muito
madura
que,
em
momentos
de
crise,
você
tem
que
fazer
ajustes
em
política
de
governo.”
“Eu
parabenizo
a
população
de
São
Paulo
pelo
fato
de
ter
entendido
essa
questão
e
ter
continuado
a
prestigiar
o
programa
e
se
inscrever
no
site
como
se
nada
tivesse
acontecido.
A
avaliação
em
contrário
não
se
sustenta
nos
fatos.”
O
secretário
Renato
Villela
não
comentou
os
ataques
do
conselheiro
Roque
Citadini. Fonte: Blog do Fausto Macedo, de 23/07/2015
Planalto
estuda
reajuste
de
21%
para
todo
servidor
público O
governo
estuda
uma
proposta
de
reajuste
de
21%
para
todos
os
servidores
públicos,
aí
incluídos
os
do
Judiciário.
A
ideia
do
Planalto,
que
ainda
será
discutida
mais
detidamente
com
o
presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal,
Ricardo
Lewandowski,
é
que
o
porcentual
seja
concedido
em
quatro
parcelas,
a
partir
de
2016.
O
aumento
a
ser
aplicado
nos
contracheques
de
todo
o
funcionalismo
é,
por
ora,
a
alternativa
oferecida
pelo
governo
aos
servidores
da
Justiça.
Lewandowski
determinou
ontem
a
retomada
das
negociações
com
o
governo
e
defendeu
que
a
remuneração
seja
"condizente
com
a
realidade
econômica
do
País".
As
conversas
entre
técnicos
do
STF
e
o
Ministério
do
Planejamento
devem
voltar
a
ocorrer
hoje.
O
Congresso
aprovou
aumentos
de
53%
a
78,56%
para
eles,
o
que
foi
vetado
pela
presidente
Dilma
Rousseff,
conforme
decisão
publicada
ontem.
Para
assegurar
o
reajuste,
o
governo
o
incluiria
na
lei
orçamentária
para
o
próximo
ano,
a
ser
encaminhada
ao
Congresso
no
fim
de
agosto.
O
aumento
aprovado
pelo
Congresso
para
a
Justiça
foi
considerado
"lamentável"
e
"insustentável"
pela
presidente.
O
ministro
do
Planejamento,
Nelson
Barbosa,
disse
ontem
que
o
governo
"está
sugerindo
ao
Judiciário
cenários
de
reajuste
que
sejam
compatíveis
tanto
com
a
preservação
do
poder
de
compra
do
salário
dos
trabalhadores
quanto
com
a
realidade
fiscal
que
estamos
vivendo
hoje".
Greve.
Servidores
do
Judiciário
decidiram
ontem
continuar
em
greve.
Em
reação
ao
veto,
a
federação
nacional
da
categoria
promete
uma
"caça"
à
presidente
Dilma
Rousseff,
com
manifestações
em
todo
o
País.
"Nossos
batalhões
de
grevistas
vão
monitorar
todas
as
agendas
da
presidente
e
vamos
fazer
protestos
aonde
quer
que
ela
vá.
Será
uma
verdadeira
caça",
afirmou
o
coordenador-geral
da
Federação
Nacional
dos
Trabalhadores
do
Judiciário
Federal
e
Ministério
Público
da
União
(Fenajufe),
Adilson
Rodrigues
Santos.
Segundo
ele,
os
31
sindicatos
da
categoria
em
todo
o
País
deliberaram
ontem
pela
intensificação
do
movimento
grevista.
Os
diretores
de
praticamente
todos
esses
sindicatos,
diz,
decidiram
pelo
endurecimento
da
greve,
com
uma
paralisação
maior
nas
atividades
de
oficiais
de
Justiça
e
com
a
distribuição
apenas
de
processos
urgentes.
Entidades
sindicais
calculam
que
a
paralisação
alcança
70%
dos
servidores
do
País.
Fonte: Estado de S. Paulo, de 23/07/2015
Servidores
do
Judiciário
recebem
com
"indignação"
veto
de
Dilma
ao
reajuste Representantes
dos
servidores
do
Judiciário
receberam
com
“indignação”
o
veto
da
presidente
Dilma
Rousseff
ao
projeto
que
reajusta
o
salário
dos
servidores
do
Poder
Judiciário,
aprovado
pelo
Congresso
Nacional.
“Foi
um
veto
político
a
um
projeto
de
iniciativa
do
Judiciário,
que
recebeu
aprovação,
por
unanimidade,
de
outro
Poder
da
República”,
diz
Tarcísio
Ferreira,
diretor
da
Fenajufe
–
Federação
Nacional
dos
Trabalhadores
do
Judiciário
Federal
e
Ministério
Público
da
União.
Segundo
Ferreira,
“o
projeto
não
tem
qualquer
vício,
nenhuma
mácula
que
justifique
o
veto”.
Para
ele,
foram
apresentados
“pretextos
estapafúrdios
para
justificar
a
negação
do
projeto”.
Na
avaliação
do
presidente
da
Associação
dos
Magistrados
Brasileiros
(AMB),
João
Ricardo
Costa,
“não
se
trata
de
um
reajuste,
mas
de
uma
recomposição
cumulativa
aos
servidores
do
Judiciário”. Para
a
AMB,
“a
justificativa
do
governo
para
o
veto
dessa
recomposição
não
satisfaz
e
não
é
coerente,
considerando
que
esse
mesmo
governo
não
toma
outras
medidas
para
redução
de
gastos”. Segundo
a
justificativa
da
presidente,
o
veto
se
deu
por
“inconstitucionalidade”
e
“contrariedade
ao
interesse
público”
do
projeto. “Sua
aprovação
geraria
um
impacto
financeiro
na
ordem
de
R$
25,7
bilhões
para
os
próximos
quatro
anos,
ao
fim
dos
quais
passaria
para
R$
10
bilhões
por
exercício”,
diz
o
despacho
publicado
no
“Diário
Oficial
da
União”
nesta
quarta-feira
(22). Segundo
a
presidente,
“um
impacto
dessa
magnitude
é
contrário
aos
esforços
necessários
para
o
equilíbrio
fiscal
na
gestão
de
recursos
públicos”. O
veto
segue
agora
para
a
apreciação
do
Congresso. “A
folha
do
Poder
Judiciário
está
nos
limites
da
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal
e
a
implementação
do
parcelamento
manteria
esses
limites,
não
haveria
irresponsabilidade
fiscal”,
diz
Lynira
Sardinha,
diretora
do
Sintrajud
(o
sindicato
abrange
servidores
da
Justiça
do
Trabalho
da
2ª
Região,
das
Justiças
Federal,
Eleitoral
e
Militar
em
São
Paulo). Segundo
a
dirigente
sindical,
os
servidores
acumulam
uma
perda
de
50%,
enquanto
os
juízes
tiveram
reposição
e
aumento
de
subsídio. “São
120
mil
servidores
que
trabalham
em
mais
de
20
milhões
de
processos,
com
más
condições
de
trabalho.
Há
inúmeras
carreiras
no
Executivo
e
no
Legislativo
com
vencimentos
em
patamares
muito
superiores”,
diz
Lynira
Sardinha,
servidora
da
Justiça
do
Trabalho. Para
a
Fenajufe,
“a
categoria
está
se
ressentido
de
uma
posição
mais
firme
do
Poder
Judiciário,
para
contrapor
publicamente
os
argumentos
do
governo”. O
presidente
da
AMB,
João
Ricardo
Costa,
diz
que
“políticas
recessivas
como
essas
não
devem
ser
direcionadas
aos
servidores
públicos.
Há
inúmeros
projetos
de
lei
que
tramitam
no
Congresso
e
que
propõem
a
redução
de
custos,
inclusive
do
Judiciário,
e
que
não
são
apreciados.
Projetos
que
tratam
de
ações
coletivas,
por
exemplo,
e
que
não
tem
andamento.
São
alternativas
que
implicam
redução
e
não
encontram
acolhida
pelo
governo”,
diz
o
magistrado. O
presidente
da
Associação
dos
Juízes
Federais
da
5ª
Região,
Antônio
José
de
Carvalho
Araújo,
diz
que
o
veto
presidencial
ao
projeto
que
trata
do
plano
de
carreiras
dos
servidores
é
“injustificável”. “Apesar
das
considerações
da
presidência
da
República
acerca
da
atual
conjuntura
econômica
do
país
e
dos
atuais
reajustes
fiscais,
responsáveis
pelo
veto
ao
PLC
28/2015,
esperava-se,
como
contrapartida,
a
apresentação
de
alternativas
razoáveis
e
um
diálogo
construtivo
com
os
servidores
públicos”,
diz
o
juiz
federal. Segundo
Araújo,
“os
servidores
do
judiciário
se
mobilizaram
nacionalmente,
pela
recomposição
das
suas
perdas
salariais,
chegando
a
deflagrar
uma
greve
e
receberam
o
apoio
de
associações
de
magistrados
e
de
setores
institucionais
da
justiça
federal”. Para
a
Fenajufe
e
Sintrajud,
“por
pressões
políticas,
o
Supremo
Tribunal
Federal
deixou
a
discussão
da
reposição
dos
servidores
para
um
segundo
momento”. Enquanto
isso,
“o
STF
já
está
trabalhando
num
novo
projeto
de
lei
para
os
magistrados,
incluindo
novos
benefícios,
além
do
auxílio-moradia”,
diz
Lynira
Sardinha. A
Folha
informou
que
a
expectativa
no
STF
é
de
uma
nova
rodada
de
negociações.
Oficialmente,
o
Supremo
informou
que
vai
aguardar
a
apreciação
do
veto
da
presidente
pelo
Congresso. O
comando
nacional
de
greve
dos
servidores
do
Judiciário
fará
uma
avaliação
mais
apurada
sobre
o
veto
presidencial
nesta
quarta-feira
(22),
devendo
transmitir
orientação
aos
sindicatos
estaduais,
que
realizarão
assembleias
até
o
final
da
semana. Fonte: Blog do Fred, de 22/07/2015
Comunicado
do
Conselho
da
PGE Pauta
da
18ª
Sessão
Ordinária-Biênio
2015/2016 Data
da
Realização:
24-07-2015 Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 23/07/2015
Comunicado
do
Centro
de
Estudos Fonte:
D.O.E,
Caderno
Executivo
I,
seção
PGE,
de
23/07/2015 |
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