PGFN
desistirá de ações de expurgos
Fernando
Teixeira
A
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pode
publicar até o fim do ano uma portaria desistindo de
impetrar recursos em todas as disputas sobre expurgos
inflacionários já reconhecidos pela jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ato declaratório
autorizando os procuradores da Fazenda a abrir mão das
disputas faz parte de um pacote de quatro novas desistências
que serão submetidas aos chefes regionais da PGFN em
dezembro. A partir daí, seguirão para publicação.
O
ato sobre os expurgos deverá abranger todas as disputas
sobre a aplicação de índices inflacionários
anteriores a 1992 reconhecidos pelo manual de contadoria
do Conselho da Justiça Federal (CJF). Os expurgos,
utilizados na restituição de indébitos tributários,
deixam de fora apenas o Plano Real, onde a jurisprudência
seria ainda favorável ao fisco. Como o ato atinge
processos antigos, a desistência deverá impactar
sobretudo na Justiça federal paulista, onde o tribunal
é mais lento.
Fonte:
Valor Econômico, de 21/11/2006
Serra anuncia os nomes de 9 secretários
Eles
se somam ao titular da Fazenda, definido ainda em
outubro; desses dez, quatro atuaram com o tucano na
Prefeitura de SP
Vice-governador,
Alberto Goldman era cotado para a Saúde ou os
Transportes, mas será o coordenador de 4 conselhos a
serem criados
ANDRÉ
CARAMANTE
CATIA
SEABRA
DA
REPORTAGEM LOCAL
O
governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB),
anunciou ontem nove secretários que irão compor seu
mandato a partir de 1º de janeiro.
Eles
se somam ao titular da Fazenda, que havia sido indicado
em 31 de outubro. Com isso, o número de cargos
preenchidos pelo tucano subiu para dez.
Desses
dez, quatro nomes têm origem na atual gestão municipal
de São Paulo: Luiz Antonio Marrey (Justiça), Francisco
Vidal Luna (Economia e Planejamento) e Aloysio Nunes
Ferreira (Casa Civil), além de Mauro Ricardo Machado
Costa (Fazenda), o primeiro nome revelado pelo
governador eleito.
Serra
também optou por manter nomes de secretários da gestão
de Cláudio Lembo (PFL): Antonio Ferreira Pinto
(Administração Penitenciária), Rogério Pinto Coelho
Amato (Assistência e Desenvolvimento Social), Luiz
Roberto Barradas Barata (Saúde) e Maria Lucia Marcondes
Carvalho Vasconcelos (Educação).
José
Luiz Portella ficará à frente da Secretaria de
Transportes Metropolitanos. Serra também confirmou que
o vice-governador, Alberto Goldman, será responsável
pelos quatro conselhos gestores -Social, Política Econômica,
Infra-Estrutura e Justiça e Segurança- criados no seu
governo. Tudo isso para afastá-lo de qualquer
vulnerabilidade à frente de uma pasta. Goldman foi
cotado para assumir a Secretaria dos Transportes ou a da
Saúde.
Para
a Segurança Pública, Serra nomeou, como antecipou a
Folha na sexta, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão,
promotor aposentado do Ministério Público Estadual e
ex-oficial da PM.
Enquanto
Serra fazia o anúncio, o deputado federal Xico Graziano
(PSDB-SP) estava reunido com assessores do governador
eleito para tratar da sua provável nomeação para
chefiar a Secretaria do Meio Ambiente, que seria fundida
com a de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento.
Guilherme
Afif Domingos (PFL), candidato derrotado ao Senado por São
Paulo, procurou Serra e se ofereceu para a Secretaria do
Trabalho. Segundo assessores do tucano, existe porém
uma enorme dificuldade para tirar a pasta do PTB, do
deputado estadual Campos Machado. Na cerimônia de
ontem, estavam presentes Ferreira Pinto, Marzagão e
Marrey.
Lembo
O
governador Cláudio Lembo (PFL) disse que não fez
indicações para o secretariado de Serra, mas que
recomendou ao governador eleito os atuais secretários
de Administração Penitenciária, Educação e
Desenvolvimento e Assistência Social. "Ele me
perguntou o que eu achava dessas pessoas e eu dei boas
recomendações."
O
governador lamentou a saída do atual secretário da
Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. "É
um excelente operador do Estado."
O
prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse que os substitutos
dos quatro secretários municipais já anunciados na
equipe de Serra só serão escolhidos no final de
dezembro.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 20/11/2006
Comunicado do Conselho da Procuradoria Geral do Estado
A
Comissão Eleitoral, cumprindo a determinação do
artigo 7º, do Decreto 26.277/86, e de acordo com as
instruções publicadas no Diário Oficial de
08/11/2006, divulga a lista dos candidatos cujas inscrições
foram deferidas, por unanimidade, para as eleições do
Conselho da Procuradoria Geral do Estado.
Lista
dos Candidatos
Órgãos
Complementares:
1
- Elza Masako Eda
Área
do Contencioso:
2
- Ana Cristina Leite Arruda
3
- Suely Mitie Kusano
Área
da Consultoria:
4
- Manoel Francisco Pinho
5
- Ruth Helena Pimentel de Oliveira
Área
da Assistência Judiciária:
6
- Leonardo Gonçalves Ruffo
7
- Maria Inez Peres Biazotto
Nível
I:
8
- Daniel Smolentzov
9
- Thiago Luís Santos Sombra
Nível
II:
10-
Mara Regina Castilho Reinauer Ong
11-
Marcio Coimbra Massei
Nível
III:
12
- Regina Celi Pedrotti Vespero Fernandes
Nível
IV:
13
- Luciano Pupo de Paula
14
- Paulo de Tarso Neri
Nível
V:
15
- Leila D’auria Kato
Nos
termos do parágrafo 1º, do artigo 7º, do Decreto
mencionado, o prazo para impugnação das candidaturas
é de dois dias, contados da publicação deste edital.
As
eleições do Conselho da Procuradoria Geral do Estado
serão realizadas no horário das 9:00 às 18:00 horas,
nos seguintes dias e locais:
04(quatro)
de dezembro de 2006:
Os
Procuradores classificados nas Procuradorias Regionais
do Interior e na Procuradoria do Estado de São Paulo em
Brasília votarão nas sedes das respectivas
Procuradorias.
06
(seis) de dezembro de 2006:
Os
Procuradores classificados na Capital e Procuradoria
Regional da Grande São Paulo votarão na sede do
Conselho da Procuradoria Geral do Estado, na Rua
Pamplona, 227 - 1ºandar,
Capital.
Fonte:
D.O.E., Executivo I, de 18/11/2006, publicado em
Procuradoria Geral do Estado – Conselho da
Procuradoria Geral do Estado
STF promove reunião com países da CPLP para formação
de banco de dados de jurisprudência constitucional
O
Supremo Tribunal Federal (STF) promove amanhã (22) uma
reunião com ministros de cortes supremas da Comunidade
de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os magistrados
estarão no Brasil como observadores do 4º Encontro de
Cortes Supremas do Mercosul. Na oportunidade, a
presidente ao STF, ministra Ellen Gracie, irá propor a
criação de um banco de dados de jurisprudência
constitucional dos países da CPLP.
De
acordo com Ellen Gracie, a proposta é estabelecer a
cooperação entre os países de língua portuguesa para
que possa haver troca de idéias a respeito de jurisprudência
constitucional. “A nossa proposição é de
estabelecer um banco de dados, um repositório de
jurisprudência constitucional dos países da CPLP".
O STF, informou a ministra, já tem toda a sua jurisprudência
em banco de dados eletrônico, disponível na rede.
A
presidente do STF disse que a instituição pode
oferecer apoio e suporte técnico aos países que não
tenham o mesmo nível de desenvolvimento técnico.
“Trata-se de um projeto de cooperação internacional
no qual o Brasil se propõe a sediar este banco, que
certamente trará benefícios mútuos a esses países”,
continuou Ellen Gracie. Para ela, é importante saber
como são tratadas as questões constitucionais e que
essa informação possa circular nos países de língua
portuguesa. “A reunião da CPLP é exatamente o fórum
adequado para isso”.
A
ministra lembrou que este é um projeto exclusivo dos países
de língua portuguesa. “O nosso elo é exatamente a língua
portuguesa. Eles comparecem ao encontro do Mercosul como
observadores, para verificar o que se tem feito em
termos de cooperação judiciária também com os países
do Mercosul”.
Fonte:
STF
ICMS não incide sobre mercadoria importada
A
importação de mercadoria mediante contrato de
arrendamento mercantil, conhecido como leasing, não
configura fato gerador do ICMS — Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços. O entendimento foi
reafirmado pela 1ª Seção do Superior Tribunal de
Justiça, que julgou recurso da Fazenda do Estado de São
Paulo contra o banco Bradesco.
O
processo vai seguir para o Supremo Tribunal Federal, já
que a Fazenda paulista apresentou, também, no Tribunal
de Justiça de São Paulo, recurso extraordinário.
O
caso foi levado pela 2ª Turma para apreciação na 1ª
Seção depois que a Turma adotou o entendimento do STF
sobre questão semelhante. Em setembro do ano passado, o
STF julgou legítima a incidência de ICMS sobre a
entrada de mercadorias importadas, qualquer que fosse a
natureza do contrato internacional de compra.
A
relatora do recurso, ministra Eliana Calmon, destacou
que não haveria como alterar a jurisprudência do STJ
para adotar a posição do STF. De acordo com a
relatora, trata-se de um único precedente no STF, que
por sua vez, teria desconsiderado o fato de que no
leasing não há circulação de mercadoria.
O
recurso especial foi apresentado ao STJ pela Fazenda do
Estado de São Paulo. Antes, o Tribunal de Justiça
paulista havia entendido como indevida a incidência de
ICMS sobre bens importados pelo Banco Bradesco em regime
de leasing. O Bradesco cobra a restituição dos valores
recolhidos indevidamente a título de ICMS em importações
feitas pela instituição bancária por arrendamento
mercantil internacional.
A
ministra Eliana ressaltou que a decisão do STF elegeu a
entrada de mercadoria importada como caracterizadora da
circulação jurídica do bem, desconsiderando a
natureza do contrato leasing internacional. Além disso,
não levou em conta a mudança provocada pela Emenda
Constitucional 33/2001. Como o caso em exame é anterior
à emenda, não incidia ICMS sobre operações
realizadas por contribuinte não-habitual do imposto.
Fonte:
Conjur
Debate CBN-Última Instância reúne candidatos à
presidência da OAB-SP
A
revista jurídica eletrônica Última Instância, em
parceria com a Rádio CBN, reúne os quatro candidatos
à presidência da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil
em São Paulo) para um debate no dia 27 de novembro, uma
segunda-feira, às 10h30. As eleições acontecem três
dias depois, em 30 de novembro.
Última
Instância tem atuado com imparcialidade durante a
campanha e promovido a discussão em torno dos problemas
que a entidade enfrenta e das propostas que cada
postulante tem para solucioná-los. Os quatro já foram
entrevistados pelo site, e o debate é mais um passo
para fortalecer a discussão saudável e frutífera
sobre o futuro da OAB-SP.
Nesta
sexta-feira (17/11), representantes de todas as chapas
estiveram nos estúdios da CBN para acertar detalhes do
formato do debate. Participaram da reunião os
jornalistas Heródoto Barbeiro, da CBN, que será o
mediador do encontro, Roberto Cosso e Camilo Toscano,
respectivamente, diretor e editor de Última Instância.
O
candidato Clodoaldo Pacce foi o único a comparecer
pessoalmente à reunião que definiu o formato do
debate. Os candidatos de oposição Rui Celso Reale
Fragoso, Leandro Pinto e Pacce deixaram o local já com
suas presenças confirmadas no debate. O atual
presidente da Ordem e candidato à reeleição, Luiz Flávio
Borges D’Urso, sinalizou que também compareceria.
Neste
sábado (18/11), interlocutores da chapa de D’Urso
confirmaram que ele estará presente ao evento. Na próxima
terça-feira (21/11), os candidatos assinam um termo de
compromisso com a rádio e a revista jurídica, pelo
qual reafirmam que estão de acordo com as regras e o
desenho do debate.
Disputa
Cada
chapa é formada por 103 postulantes a cargos —além
da diretoria, são mais 55 conselheiros seccionais, três
conselheiros federais, cinco diretores da Caasp (Caixa
de Assistência dos Advogados de São Paulo) e seus
respectivos suplentes. Os advogados também escolherão
na mesma data as diretorias das 216 Subsecções do
Estado —são 1.080 cargos em disputa.
De
acordo com informações da OAB-SP, ao todo, há 250 mil
advogados no Estado de São Paulo, dos quais 156.077 são
ativos e adimplentes (com direito a voto). Aqueles que
desejam votar nas próximas eleições devem regularizar
sua situação junto à entidade.
Veja
quais são os nomes que integram as chapas inscritas na
OAB-SP e disputam os principais cargos:
Chapa
11 “Em Defesa da Advocacia”
Presidente:
Rui Celso Reali Fragoso
Vice-presidente:
Rosana Chiavassa
Secretário-geral:
João José Sady
Secretário-geral
adjunto: José Luis Mendes de Oliveira Lima
Tesoureiro:
Sérgio Seiji Itikawa
Chapa
12 “D´Urso — Advocacia Pede Bis”
Presidente:
Luiz Flávio Borges D’Urso
Vice-presidente:
Márcia Regina Machado Melaré
Secretário-geral:
Arnor Gomes da Silva Júnior
Secretário-geral
adjunto: José Maria Dias Neto
Tesoureiro:
Marcos da Costa
Chapa
13 “Ação, Movimento de Renovação da OAB-SP”
Presidente:
Leandro Donizete Pinto
Vice-presidente:
Cristina Nélida Cuchi Muller
Secretário-geral:
Leonardo Placucci
Secretário-geral
adjunto: Edson Gomes Pereira da Silva
Tesoureiro:
Vítor Rodrigo Sans
Chapa
14 “Livre Sem Cabresto — Oposição Séria”
Presidente:
Clodoaldo Pacce Filho
Vice-presidente:
Acácio Fernandes Roboredo
Secretário-geral:
Mário Guglielmi
Secretário-geral
adjunto: Luis Carlos Cioffi Baltramavícius
Tesoureiro:
José Carlos Rodrigues Pereira do Vale
Fonte:
Última Instância
A boa governança da OAB paulista
Marcos
da Costa
A
boa governança corporativa é representada pela adoção
dos princípios da transparência, prestação de contas
e eqüidade. A atual gestão da OAB de São Paulo, sob a
orientação do presidente licenciado Luiz Flávio
Borges D’Urso, tem buscado, nesses três princípios,
as bases de sua administração.
Esta
gestão vê como indispensável a total transparência e
a mais ampla e correta prestação de contas à classe.
Não apenas as demonstrações financeiras, mas também
as notas da auditoria externa, e ainda, o próprio orçamento,
vêm sendo publicados no site (www.oabsp.org.br). Isso
permite que as advogadas e os advogados paulistas possam
tomar conhecimento da real situação financeira da
entidade.
Às
vezes, de forma positiva, algum colega, a partir do
conhecimento dos números da OAB-SP, expõe alguma
reflexão, o que nos permite, também, promover
esclarecimentos adequados. Isto é altamente positivo e
evidencia a total transparência da gestão.
Como
exemplo, questionou-se a existência de déficit no ano
de 2004, o que nos permitiu esclarecer que o orçamento
daquele ano foi aprovado na gestão anterior, e que, não
fossem as medidas adotadas na atual gestão, levariam a
um déficit quatro vezes maior.
De
fato, o ano de 2004 trouxe um conjunto de graves
problemas financeiros que não eram esperados por esta
administração. A começar, como já dito, pelo próprio
orçamento de 2004, aprovado em 2003, na gestão
anterior, divorciado da realidade econômico-financeira
da entidade. Uma primeira análise gerencial do orçamento
já indicava um déficit de mais de R$ 30 milhões.
Receitas
superestimadas e previsão de despesas incompatíveis
com obrigações contratuais evidenciavam que a peça orçamentária
representava mera ficção. Apenas como exemplo, aquele
orçamento previa um valor para pagamento de locação
de máquinas reprográficas R$ 8 milhões inferior do
que estava contratado.
A
inadimplência alcançava o índice insuportável de
40%. E, ainda, ao longo do ano, ocorreu a maior greve
dos serventuários do Poder Judiciário, o que impactou
duplamente nas contas da entidade: prejudicou as finanças
de toda a classe, fazendo com que muitos colegas
deixassem de quitar suas contribuições, levando à
arrecadação a ser R$ 5 milhões inferior ao ano
anterior; e ainda paralisou a demanda por serviços de
reprodução nas salas dos advogados, diminuindo
substancialmente a receita por esses serviços no período,
embora, por óbvio, os custos de locação de
equipamentos e de mão-de-obra fossem mantidos.
Daí
porque, esclareça-se, as medidas de contenção e
controle de despesas, aliadas ao programa de recuperação
de receitas, permitiram que, a par de todos os problemas
financeiros herdados pela atual gestão, chegar ao final
do exercício com as contas em dia, e com um déficit
bem inferior ao projetado, que, na continuidade da gestão,
e já no ano de 2005, acabou integralmente suprimido.
Questionaram-se,
também, reavaliações de dois imóveis da entidade, o
que nos permite ponderar que um deles fora reavaliado em
1997, bem antes da atual gestão. E que o prédio-sede
foi reavaliado por empresa independente, faltando, na
verdade, a reavaliação de todos os demais imóveis da
entidade, prevista para o próximo ano, de forma a
permitir mais segurança quanto ao seu efetivo patrimônio.
Também
destacaram as notas da auditoria externa, quanto ao
impacto da modificação do regime contábil da OAB. Na
verdade, a mudança de critério contábil era
absolutamente necessária, independente do impacto que
pudesse causar no patrimônio da entidade. Era inadmissível
continuar, como na gestão anterior, a adotar
simultaneamente dois critérios distintos de contabilização:
parte pelo regime de caixa, e parte, pelo regime de
competência.
Padronizamos
sob o regime de competência, fato destacado pela
auditoria externa, não como ressalva, mas sim como
fator que teve impacto no patrimônio da entidade.
Questionaram
também as despesas com transporte, em 2004, ao que
esclarecemos que referidas despesas envolvem não apenas
transporte, mas também hospedagem e estadia de toda a
OAB, inclusive dos numerosos palestrantes que,
graciosamente, se deslocaram por todo o Estado.
Destaque-se que as despesas de transporte corresponderam
a R$ 1,610 milhão em 2003, gestão anterior, para R$
1,566 milhão, em 2004, assim como as despesas de
alimentação foram reduzidas, de R$ 1,393 milhão em
2003, para R$ 1,125 milhão em 2004.
Considerando
que a inflação medida pelo IGP-M no período foi de
9,6%, a redução efetiva dessas rubricas, em 2004, foi
ainda maior. Isto tudo a demonstrar que, mesmo
economizando, a atual gestão conseguiu manter e ampliar
os serviços à advocacia.
Foram,
ainda, questionados os aumentos, em 2005, das despesas
com viagens e locomoções. Referida crítica precisa
ponderar não apenas a inflação no período,
especialmente em preços de combustíveis e viagens,
pois os números nas demonstrações financeiras não
contemplam a inflação, mas, igualmente, o aumento de
cursos, palestras e seminários, em aproximadamente 26%,
o que se tornou possível graças ao esforço de
saneamento financeiro iniciado no ano anterior. Basta
ver que todas as subsecções que solicitaram cursos e
palestras no período foram contempladas. Também foram
realizadas três sessões extraordinárias do Conselho
Seccional visando audiências para o Quinto
Constitucional, que implica em custo de hospedagem para
a maioria dos 60 conselheiros e a realização de cinco
encontros regionais, em diferentes pontos do Estado,
demandando deslocamento e hospedagem de diretores e
equipe de funcionários, que dão suporte a estes
eventos.
Da
mesma forma, questionou-se a ampliação das despesas
com comunicação, o que nos permite esclarecer que tal
rubrica envolve publicações de editais e de documentos
da OAB; TV OAB; telefones e correspondência de toda a
seccional e de suas 217 subsecções. Destaquem-se,
delas, as contas sob regime de serviço público
—correios e telefones, submetidas a regime de tarifas
públicas.
Além
disso, pondere-se também que no período foram abertos
novos pontos de atendimento dos advogados, inclusive
novas salas da OAB, demandando equivalente aumento do número
de ligações e correspondências.
Outro
ponto levantado diz respeito à diminuição dos
percentuais de repasse ao Conselho Federal e à CAASP,
apontados no parecer da auditoria externa. Registre-se
que, em 2005, um importante movimento no Conselho
Federal, e no Colégio das Caixas de Assistência de
todo o país, levou ambos os órgãos a proporem a redução
dos respectivos repasses, de 15% para 10%, em relação
ao CF, e de 27,5% para 20%, para todas as seccionais,
sob o compromisso de que, de outro lado, os mesmos
fossem efetivamente realizados.
São
Paulo cumpriu rigorosamente o acordo, promovendo a cada
mês a totalização de suas receitas e a transferência
dos respectivos repasses. É importante também
salientar que, apesar de obrigatórios, aqueles
repasses, até a gestão passada, não vinham sendo
realizados, servindo, os respectivos valores, para
financiar déficits contínuos da própria seccional.
Apenas
como exemplo, em relação ao exercício de 2003, a
seccional repassou à CAASP aproximadamente R$ 300 mil.
Já em relação ao exercício de 2004, o repasse
superou R$ 18 milhões.
Por
óbvio, a decisão de promover aqueles repasses gerou sérios
problemas para as contas da seccional paulista, que
deixou de contar com aquela fonte indevida de
financiamento de seus próprios déficits, além de
sofrer diminuição em cerca de R$ 2 milhões nas suas
receitas financeiras. Mas o dever de cumprir a lei,
aliado à consciência da importância da CAASP para os
advogados de São Paulo, fizeram com que a decisão
fosse tomada, e os repasses promovidos.
Aliás,
o relacionamento da seccional paulista não apenas com o
Conselho Federal e a CAASP, mas também com as 217
subsecções do Estado, tem se pautado pelo respeito e
equidade.
As
217 Subsecções do Estado são geridas por diretorias
eleitas pelas advogadas e advogados da respectiva região.
A atual gestão da OAB-SP, confiando na qualidade dos
dirigentes subseccionais, e de forma pioneira, passou a
lhes fornecer informações completas sobre as suas
efetivas condições financeiras. Todas as contas das
subsecções foram abertas. Receitas ordinárias e
extraordinárias, e despesas e investimentos, bem como
índices comparativos de gestão, como de outras subsecções
de igual porte, ou por região, passaram a ser potentes
instrumentos de gestão local.
Ao
lado disso, a seccional reviu o processo de prestação
de contas das subsecções, que passou a ocorrer
diretamente pela intranet, rede interna da OAB-SP,
assegurando maior agilidade, segurança e controle sobre
as despesas de todo o Estado.
Mais:
retirou-se qualquer ingerência política na definição
de despesas e de investimentos nas subsecções, amarra
que, tradicionalmente, permitia apenas aos “aliados”
acesso à infra-estrutura necessária para trabalho.
Todos os pleitos passaram a ter apreciação
exclusivamente técnica, pelos órgãos competentes da
seccional.
Também
pela primeira vez na história da seccional paulista
todas as subsecções passaram, a partir de 2004, a
participar ativamente da elaboração orçamentária,
projetando os custos e os investimentos que necessitarão
no ano seguinte. Mesmo neste ano de 2006, quando ocorrerão
eleições do Conselho Seccional e das Diretorias
Subseccionais, os atuais dirigentes foram chamados para
a elaboração orçamentária de 2007, com a ressalva
que todos os pleitos devessem ser exaustivamente
justificados, de forma a assegurar total compreensão àqueles
que vierem a tomar posse no próximo ano.
Passaram
também a ter instrumentos on-line de acompanhamento orçamentário,
com comparações entre os valores orçados e os
efetivamente realizados.
Por
fim, destaco que desde o início a atual gestão teve a
preocupação de não permitir que as dificuldades
financeiras influenciassem na qualidade da prestação
de serviços à entidade. Uma vitória, nesse sentido,
foi a obtenção do certificado ISO 9001/2000 de
qualidade, emitido após rigorosa auditoria da
certificadora GLC (Germanischer Lloyd Certification),
empresa credenciada pelo Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Implantamos o serviço de publicações on-line,
gratuito, aos mais de 250 mil advogados. E conseguimos
conquistar um antigo sonho da classe, a OAB-Prev. Isto,
como exemplo dos numerosos serviços oferecidos pela
classe, de forma pioneira, na atual gestão.
Por
tudo isso é que, com imensa satisfação, informo que,
apesar de penderem de apreciação as contas de 2003, as
contas de 2004 já foram devidamente aprovadas por
unanimidade pelo Conselho Federal da OAB.
Boa
gestão corporativa é isto: transparência e respeito
às contas da OAB, formadas, cada centavo, com o
dinheiro da advocacia de São Paulo, com contínua
preocupação em melhorar e ampliar os serviços à
advocacia paulista.
Fonte:
Última Instância