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Elaboração do novo CPC avança com a participação de diversos segmentos sociais
 

"Transformar o Código de Processo Civil (CPC) em um instrumento ágil, célere e capaz de responder aos anseios de justiça é o que todos esperamos”, afirmou o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luiz Fux, ao iniciar os trabalhos da 4a Audiência Pública da Comissão de Juristas, encarregada da elaboração do anteprojeto do novo CPC. O ministro Fux preside a comissão, formada por 12 representantes de alguns estados brasileiros e de várias categorias vinculadas à área jurídica, como advogados, juízes, desembargadores, acadêmicos, e de um representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Nomeada pelo presidente do Senado, José Sarney, a comissão vem realizando estas audiências públicas em diversas regiões do Brasil, com o objetivo de promover a colheita democrática de sugestões e opiniões dos segmentos da sociedade interessados em participar da confecção de um Código mais adequado à realidade prática da vida brasileira, eliminando burocracias que causam a morosidade judicial.

“Tradicionalmente, na história do processo, o juiz trava uma luta interminável e invencível contra o tempo. O que pretendemos, então, é criar um CPC de linguagem fácil, popular e informal, para que as barreiras caiam e o processo possa seguir em tempo razoável”, ressaltou o ministro Fux. Segundo ele, os principais obstáculos que os membros têm enfrentado são: tentar eliminar o excesso de solenidade e liturgias do trâmite processual, o volume excessivo de ações repetidas e o exagero de recursos normatizados pelo próprio CPC.

É exatamente para atacar estes problemas que a comissão, que trabalha por meio de reuniões internas, também decidiu, em iniciativa pioneira, ouvir o que a sociedade espera de um novo CPC, realizando audiências públicas, em que a participação é aberta a qualquer cidadão que esteja interessado em perguntar, sugerir, criticar. A sociedade também pode enviar sugestões pelo Portal do Senado, no endereço contato.novocpc@senado.gov.br.

Em termos de aplicabilidade, a comissão propõe uma adaptação do processo à realidade prática, simplificando algumas etapas processuais. Outro ponto defendido pelo grupo é o que cria o Incidente de Coletivização, ou seja, serão eleitas ações representativas da controvérsia capazes de uniformizar as decisões semelhantes, o que privilegia os princípios da igualdade e da isonomia, previstos na Constituição. A comissão também pretende apresentar um anteprojeto que limite o uso reiterado de recursos, “privilegiando a força da jurisprudência, a doutrina dos casos julgados”, salientou Fux.


Criação coletiva

De acordo com a comissão, dezenas de sugestões estão sendo encaminhadas ao grupo de trabalho e muitas delas estão sendo aproveitadas. O anteprojeto também prevê a exclusão dos embargos infringentes do CPC e a regulamentação da aplicação das multas diárias, que passariam a ser depositadas em juízo, tornando mais fácil o ressarcimento da parte, caso seja necessário.

Nesta audiência, que procurou ouvir os segmentos sociais do Centro-Oeste, falaram o senador Renato Casagrande, que também trouxe sua experiência de participação na elaboração do novo Código de Processo Penal, já em fase de votação pelo plenário do Congresso; o deputado federal e vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Robson Rodovalho; o deputado Sérgio Barrados Carneiro; o representante nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Carlos Levinson; e o procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Fabrício Da Soller, que afirmou estar na audiência não como representante da União, mas como cidadão que “vê no Brasil um traço cultural equivocado. Aqui, a coisa pública é entendida como coisa de ninguém, sem dono, enquanto o paradigma em outros países é de que a coisa pública é de responsabilidade de todos e deve, por isso, ser muito bem guardada”.  

Juízes federais, representantes de entidades de classe dos advogados nos estados, professores universitários, desembargadores e juízes federais também fizeram uso da palavra, expressando suas dúvidas e questionamentos. Entre as sugestões apresentadas para futura análise da comissão, estão a que limita as hipóteses de cabimento de agravos regimentais, agilizando a tramitação dos processos nas instâncias superiores; a possibilidade de uniformizar as decisões envolvendo execução de alimentos, o que diminuiria o volume de recursos nas varas de família; o aperfeiçoamento da redação do artigo do CPC que trata da antecipação de tutela e a necessidade de munir os operadores do Direito com conhecimentos técnicos interdisciplinares. 

A comissão deve, até o final de abril, finalizar a redação do anteprojeto, responsabilidade da única mulher do grupo, a professora Teresa Arruda Alvim Wambier. Em seguida, o texto será apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional.

 Fonte: site do STJ, de 19/03/2010

 

 


Anteprojeto do novo CP C deve ser ap resentado ainda no primeiro semestre
 

A Comissão de Juristas designada pelo Senado para elaborar o anteprojeto do novo Código de Processo Civil (CPC), que tem, entre seus objetivos, simplificar e agilizar a tramitação de processos, reuniu-se nesta quinta-feira (18) em Brasília para ouvir sugestões. A previsão é que o anteprojeto seja apresentado aos senadores ainda neste primeiro semestre, quando então começará a tramitação no Senado, em forma de projeto de lei. 

Esta foi a quarta audiência pública promovida pela Comissão de Juristas. As outras três aconteceram em Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro. O presidente da Câmara, Michel Temer, participou da reunião. 

Durante a reunião, representantes da Advocacia Geral da União (AGU), de juízes, da Defensoria Pública, de desembargadores, de advogados, de oficiais de Justiça, e de professores de Direito enalteceram os trabalhos da comissão. Todos fizeram votos para que o anteprojeto, transformado em lei, torne a Justiça mais rápida, com segurança jurídica. 

Entre as sugestões apresentadas destacam-se o não cabimento de agravos regimentais; incremento do meio eletrônico no andamento dos processos, com a adoção de normas e princípios; maior autonomia para os oficiais de Justiça nos atos executórios; desburocratização cartorária, com definição mais clara dos atos praticados pelo escrivão; e permissão para que os despachos dos próprios magistrados sirvam de mandados.  

Novidades 

A principal novidade do anteprojeto é a criação do instrumento jurídico denominado "incidente de coletivização de demandas". Por essa norma, em vez da existência de milhares de ações sobre litígios semelhantes - a exemplo de contestação de assinatura básica de telefonia - apenas uma ação coletiva passaria a produzir uma decisão, aplicável a todo país. A medida, no entanto, somente seria aplicada a litígios que possam ser considerados de massa.

De acordo com o presidente da Comissão de Juristas, ministro Luiz Fux, membro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o "incidente de coletivização de demandas" evitará que ações semelhantes, como a de telefonia, resultem em decisões diferentes, ou seja, uma pessoa ganhe e outra perca a partir de uma mesma situação jurídica. Para ele, o instrumento corrige essa injustiça. 

Também merecem destaques a obrigatoriedade de audiências de conciliação; a tramitação de processos de forma virtual; restrições à apresentação de recursos, como o fim do agravo de instrumento (a não ser para questões de urgência) e dos embargos infringentes, além da limitação ao uso dos embargos de declaração.  

Rapidez 

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) pediu a aprovação de um novo Código de Processo Civil moderno e célere. E defendeu a inclusão no anteprojeto de cláusulas que acabem com a enorme quantidade de recursos protelatórios que, notou, tornam a Justiça mais lenta. O atual CPC está em vigor desde 1973.  

Foi Casagrande que em 2008 propôs ao então presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, a criação de uma comissão especial destinada a reformar o Código de Processo Penal (CPP), que resultou em um projeto de lei aprovado nesta última quarta-feira (17) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O projeto vai a Plenário. 

Já o senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse que a comissão de juristas tem todas as condições de apresentar um anteprojeto de "primeira grandeza" e que venha beneficiar a todo cidadão. 

Fonte: Agência Senado, de 19/03/2010

 

 



Plenário não permite incorporação de quintos a subsídio de ministro aposentado do STJ 

O ministro aposentado do STJ José Arnaldo da Fonseca não conseguiu o direito de receber os quintos incorporados aos proventos de membro de Ministério Público quando de sua nomeação para a magistratura. A decisão foi do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), dada por maioria de votos, tendo como relatora a ministra Ellen Gracie. 

Consta dos autos que o ministro ingressou com ação contra a União objetivando que fosse mantida em sua remuneração de magistrado o valor dos quintos incorporados à época em que exercia cargo de subprocurador-geral da República. Na primeira instância o julgamento foi favorável ao ministro, porém a decisão foi reformada, por maioria, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. 

No STJ, a decisão foi no sentido de que, se os quintos já foram incorporados aos vencimentos do autor, quando membro do Ministério Público, não deve tal parcela ser negada quando da nomeação para a magistratura, por ser vantagem de caráter pessoal, cuja supressão implica em ofensa ao direito adquirido. 

Para a ministra Ellen Gracie, relatora do caso, o entendimento é divergente do STJ. A decisão dada pelo Plenário, que acompanhou em maioria a ministra-relatora, é de que José Arnaldo da Fonseca não tem direito a ter os quintos incorporados, da época de membro do Ministério Público após a sua nomeação como magistrado, uma vez que os juízes são remunerados por subsídio, composto por uma parcela única, ou seja, sem adicionais. 

Fonte: site do STF, de 19/03/2010

 

 



Comunicado do Conselho da PGE
 

A Secretaria do Conselho da Procuradoria Geral do Estado, em cumprimento ao disposto no artigo 11 do Decreto n.º 54.345/09, comunica que estão abertas as inscrições para o concurso de promoção na Carreira de Procurador do Estado, correspondente às condições existentes em 31 de dezembro de 2009.

Os cargos em concurso são os seguintes: 29 (vinte e nove) para Procurador do Estado nível V, 36 (trinta e seis) para Procurador do Estado nível IV e 35 (trinta e cinco) para Procurador do Estado nível III.

A inscrição far-se-á mediante requerimento protocolado na Secretaria do Conselho da Procuradoria Geral do Estado (Rua Pamplona n.º 227 - 1º andar, no horário das 9h30 às 12h e das 13h30 às 17h), ou nas Sedes das Procuradorias Regionais e da Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília, no horário de expediente.

O prazo de inscrição é de 20 dias corridos, a contar da publicação deste.
 

Clique para o anexo 1

Clique para o anexo 2

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 19/03/2010

 

 



Comunicado do Centro de Estudos I


O Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado, por determinação do ProcuradorGeral do Estado, CONVOCA os Procuradores abaixo relacionados a participar do I Encontro Gaúcho da Advocacia Pública e V Encontro Regional do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública - IBAP, a realizar-se no dia 26 de março de 2010, das 08:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 horas, no Auditório da OAB/RS, localizado na Rua Washington Luiz, 1110 – Porto Alegre – RS:

Lindamir Monteiro da Silva
Guilherme José Purvin de Figueiredo
Marco Aurélio Vieira de Faria
José Luiz Souza de Moraes
Fábio Trabold Gastaldo
 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 19/03/2010

 

 



Comunicado do Centro de Estudos II
 

De ordem do Procurador Geral do Estado, inclua-se na convocação para o “Treinamento para utilização do Sistema PGE.net”, a ser realizado em auditório de treinamento da Softplan, situado à Praça Carlos Gomes nº 46, 10º andar, Centro, São Paulo, no período das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, nos dias 25 e 26 de março, o Procurador Marcos Narche Louzada, da Procuradoria Regional de São Carlos.
 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 19/03/2010