Assembleia
aprova Orçamento estadual para 2010
O
Plenário da Assembleia paulista aprovou, na madrugada desta
quarta-feira, 16/12, por 65 votos a favor e 21 votos contrários, o
Projeto de Lei 891/2009 (salvo emendas), do Executivo, que orça a
receita e fixa a despesa do Estado de São Paulo para 2010 em R$ 125.
535. 696.614 bilhões. As bancadas do PT, do PSOL, do PCdoB e o
deputado Olimpio Gomes (PDT) votaram contrariamente à proposta.
O
processo de votação com mais quatro itens prosseguirá nesta
quarta-feira, 16/12, a partir das 16h30.
O
presidente da Casa, deputado Barros Munhoz, anunciou ainda
continuidade da sessão legislativa de 2009 nesta quarta-feira para
votação do Projeto de Decreto Legislativo com as contas do
governador referentes ao exercício econômico-financeiro de 2008 (PDL
80/2009).
O
projeto e o regimento
A
Lei Orçamentária Anual, encaminhada à Assembleia paulista pelo
Executivo até 30 de setembro a cada ano, deve ser votada pela Casa até
15 de dezembro, data determinada para entrada em recesso parlamentar.
Caso isso não ocorra, o recesso de final de ano não pode ser
iniciado, igualmente ao que ocorre caso não seja votado o PDL que
aprecia as contas do governador. A peça orçamentária deve também
obedecer ao proposto pelo Plano Plurianual, que abrange a planificação
estadual por quatro anos, e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias,
anual, também aprovadas pelo Plenário.
Segundo
mensagem do governador José Serra que acompanhou o texto do PL
891/2009, "o projeto compreende o Orçamento Fiscal, o Orçamento
da Seguridade Social e o Orçamento de Investimentos das Empresas em
que o Estado tem posição majoritária no capital social, e abrange,
por conseguinte, todos os órgãos dos Poderes do Estado".
De
acordo com o parecer do relator da Comissão de Finanças e Orçamento
da Assembleia, deputado Bruno Covas (PSDB), o projeto do Orçamento
2010 recebeu um total de 11.833 emendas do deputados. Destas, 28 foram
retiradas por problemas diversos, resultando num total efetivo de
11.815 emendas.
Enio
Tatto (PT) definiu a proposta orçamentária como
"pessimista", ao prever, por exemplo, crescimento econômico
da ordem de 3,5%, enquanto o governo federal trabalha com índice de
4,5%. "Jogar o Orçamento para baixo significa subestimar a
arrecadação e, com isso, aumentar a margem de remanejamento de
verbas por parte do Executivo. Assim, o Orçamento torna-se um cheque
em branco para o governo", criticou Tatto.
Segundo
o deputado petista, a peça orçamentária aumenta a verba disponível
para publicidade de R$ 38,2 milhões para R$ 204 milhões, em comparação
com o Orçamento estadual anterior, enquanto reduz os recursos para
serviços e obras na bacia do Alto Tietê de R$ 188 milhões para R$
73 milhões.
Adriano
Diogo (PT) também utilizou comparações em sua manifestação contrária
ao projeto. Ele considerou "absurdo" a peça trabalhar com
uma previsão cambial de dólar a R$ 2,28, sendo que no governo
federal a estimativa é de R$ 2,01. Ao examinar os orçamentos federal
e paulista, Diogo afirmou que no primeiro os setores de educação e
de transferência de renda apontam crescimento de 39,07% e 14,91%,
respectivamente, enquanto no Orçamento paulista essas áreas terão
acréscimo de 5,03% e 1,69%.
"São
Paulo cresce abaixo da média de outros estados brasileiros, enquanto
deveria estar exercendo seu papel de líder nas áreas econômica e
social", segundo o deputado Vicente Cândido (PT). Ele questionou
o destino dado a R$ 110 bilhões do Orçamento de 2009, alegando que
setores importantes como saúde e educação tiveram suas verbas
diminuídas.
Pedro
Tobias (PSDB) lembrou que o governo federal, que regula o tratamento
radiológico da população, não atendeu os 150 mil doentes de câncer
que necessitam desse tratamento. Então, para ele, "o problema não
é o Orçamento, mas sua execução, pelo governo federal. E o povo
reconhece a eficiência dos governos do PSDB, uma vez que os elegeu
sucessivamente".
Reiterando
a argumentação de Vicente Cândido (PT), Carlos Giannazi (PSOL)
lembrou que as áreas da saúde, tratamento e coleta de esgotos,
tiveram diminuídos seus orçamentos, entre 2008 e 2009,
respectivamente, em 64,5%, 38,4% e 10,6%. E, se o governo paulista
investe 30% em educação é porque esse percentual foi definido pela
Constituição de 1989. Ele ainda lembrou "que nada há de
participativo na confecção do Orçamento, uma vez que as propostas
da sociedade feitas durante as audiências públicas não foram
acolhidas".
Milton
Flávio (PSDB) argumentou que dados dos governos do PSDB e PT poderiam
ser comparados, "tanto na esfera municipal, quando Marta Suplicy
diminuiu verba da Educação, quanto na federal, quando o PT
prosseguiu com políticas de sucesso que vinham sendo utilizadas por
Fernando Henrique Cardoso". Ele ainda argumentou que o PT, em sua
avaliação, até agora só concluiu 100 mil habitações da promessa
de um milhão que constava do programa Minha Casa, Minha Vida.
A
íntegra do projeto do Orçamento 2010, a totalidade das emendas
apresentadas e mantidas, e do PDL 80/09, bem como sua tramitação,
estão disponíveis à consulta popular no Portal da Assembleia,
www.al.sp.gov.br, no ícone Projetos.
Fonte:
site da Alesp, de 16/12/2009
Ministro anula multa imposta a
procurador do Amapá por litigância de má-fé
O
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou
procedente a Reclamação (Rcl) 9522, apresentada pelo estado do Amapá
contra decisão judicial que condenou o procurador daquele estado a
pagar multa por litigância de má-fé.
Na
reclamação, o estado alegava desrespeito ao julgamento do STF na Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2652, em que o Plenário do
Supremo reconheceu ser inviável a aplicação da multa pessoal,
prevista no artigo 14, parágrafo único, do Código de Processo Civil
(CPC), aos advogados privados ou públicos. O dispositivo do CPC trata
da aplicação de multa a advogados não filiados à Ordem dos
Advogados do Brasil que criarem embaraços à efetivação de decisões
judiciais.
No
caso do procurador do Amapá, o juiz da Comarca de Serra do Navio (AP)
o condenou a pagar multa de cinco salários-mínimos por entrar com
recursos em relação a uma ação civil pública do Ministério Público
que denunciou irregularidades cometidas na Unidade Mista de Saúde de
Serra do Navio, administrada pelo estado.
Ao
acatar a reclamação, o ministro Dias Toffoli declarou nulo o capítulo
da sentença em relação a multa imposta ao procurador.
Fonte:
site do STF, de 16/12/2009
SP
desiste de cortar Cantareira com Rodoanel
O
governo de São Paulo decidiu construir o trecho norte do Rodoanel
dentro da capital em vez de implantar o anel viário, com cerca de 50
km, na região de mananciais da serra da Cantareira, como previa o
projeto original, de seis anos atrás.
Agora,
o Rodoanel vai cortar áreas com alta ocupação urbana nas escarpas
da serra da Cantareira, zona norte de São Paulo. A estrada vai ligar
o trecho oeste, a partir de um entroncamento com a avenida Raimundo
Pereira de Magalhães, até a via Dutra (BR-116), já na região de
Guarulhos.
Está
previsto ainda um novo acesso ao aeroporto internacional de Guarulhos
(Cumbica), o que deve diluir o tráfego da via que liga a rodovia
Ayrton Senna aos terminais.
Oficialmente,
a Dersa disse ontem que a escolha não é definitiva e que há
possibilidade de mudança, já que o projeto tem outras alternativas.
A Folha apurou, no entanto, que a escolha já foi feita, tanto que o
governo só abriu licitação para contratar projeto básico para a
alternativa dentro da capital.
O
projeto do trecho norte é o último do Rodoanel -o oeste (da Régis
Bittencourt à av. Raimundo Pereira de Magalhães) foi o primeiro a
ser concluído, em 2002; o sul, que envolverá o sistema
Anchieta-Imigrantes, deve ser entregue em março de 2010; e o leste já
está em fase de licenciamento ambiental.
O
trecho norte não está orçado, mas os 43,5 km do leste são
estimados em R$ 5 bilhões.
A
decisão final ocorreu depois de uma série de estudos contratados em
abril pela Dersa para verificar qual traçado seria mais viável -até
então, o governo José Serra (PSDB) ainda cogitava o projeto antigo.
Essa
ideia original foi rechaçada tanto pela Sabesp, preocupada com o
abastecimento de água, quanto pela Secretaria do Meio Ambiente, que não
aceitava licenciar a obra.
A
Dersa pretende receber o projeto básico 12 meses após a assinatura
do contrato e licitar a obra em 2011, após o término da atual gestão
Serra. Segundo a licitação da Dersa, boa parte do trecho norte será
construída através de túneis e viadutos -serão de 155 mil m2
dessas obras-, mas ainda assim será necessário desapropriar áreas.
A
empresa que vencer a concorrência terá que mapear uma área de 70
mil m2 de favelas, para verificar quantos barracos serão removidos.
Também estão previstas interferências em vegetação importante,
topos de morros, mananciais e áreas alagadiças. Por isso, ainda
poderão ser feitas pequenas alterações no traçado, para reduzir o
impacto ambiental da obra.
O
projeto também vai incluir praças de pedágio nas alças de saída
do Rodoanel, como nos acessos para a Fernão Dias (BR-381). Está
prevista a instalação de ao menos duas cabines de cobrança (uma
automática e outra mista) por praça.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 17/12/2009
Comunicado do Conselho da PGE
CONCURSO
DE INGRESSO NA CARREIRA DE PROCURADOR
DO
ESTADO
RELAÇÃO
DOS PROCURADORES DO ESTADO INSCRITOS PARA COLABORAR COMO FISCAL NA
APLICAÇÃO DA PRIMEIRA PROVA ESCRITA (PROVA OBJETIVA) - 20.12.2009.
LOCAL
UNICSUL
- CAMPUS LIBERDADE
RUA
GALVÃO BUENO, 868, LIBERDADE - PRÓX. AO METRÔ SÃO JOAQUIM - SÃO
PAULO
SALA
- NOME
01
- Adriana Ruiz Vicentin
02
- Alessandra Obara Soares da Silva
03
- Alessandra Seccacci Resch
04
- Alexandre Dotoli Neto
05
- Alexandre Moura de Souza
06
- Aloísio Pires de Castro
07
- Amarilis Inocente Bocafoli
08
- André Luiz dos Santos Nakamura
09
- Anna Luiza Mortari
10
- Anna Luiza Quintella Fernandes
11
- Arthur da Motta Trigueiros Neto
12
- Caio Cesar Guzzardi da Silva
13
- Camila Rocha Schwenck
14
- Carlos Eduardo Queiroz Marques
15
- Carolina Ferraz Passos
16
- Célia Mariza de Oliveira Walvis
17
- Christiane Mina Falsarella
18
- Cintia Byczkowski
19
- Claudia Mara Arantes da Silva
20
- Cléia Borges de Paula Delgado
21
- Cristiana Corrêa Conde Faldini
Coordenadores:
Antonio
Augusto Bennini - Salas 22 até 26
Flávia
Della Coletta Depiné - Salas 27 até 31
CENTRO
UNIV. IBERO AMERICANO – UNIBERO
AV.
BRIGADEIRO LUÍS ANTONIO, 860/864 -BELA VISTA - PRÓX. AO TEATRO
BRIGADEIRO, SP
SALA
- NOME
32
- Daniel Castilho Reigada
33
- Daniela Valim da Silveira
34
- Danilo Barth Pires
35
- Eliana de Fátima Unzer
36
- Elisabete Nunes Guardado
37
- Elisângela da Libração
38
- Fábio Imbernom Nascimento
39
- Felipe Abrahão Veiga Jabur
40
- Fernando César Gonçalves Pedrinho
Coordenadores:
Daniel Smolentzov - Salas 41 e 42
Eugenia
Cristina Cleto Marolla - Salas 43 e 45
CENTRO
UNIV. IBERO AMERICANO – UNIBERO
AV.
BRIGADEIRO LUÍS ANTONIO, 871, BELA VISTA - PRÓX. AO TEATRO
BRIGADEIRO, SP
SALA
- NOME
46
- Guilherme Malaguti Spina
47
- Henrique Martini Monteiro
48
- Igor Volpato Bedone
49
- Ines Maria Jorge Dos Santos Coimbra
50
- Janine Gomes Berger de Oliveira Macatrão
51
- Jivago Petrucci
52
- José Borges da Silva
53
- José Carlos da Silva Alves
54
- José Luiz Borges de Queiroz
55
- José Luiz Souza de Moraes
56
- José Renato Rocco Roland Gomes
57
- Joyce Sayuri Saito
58
- Juarez Sanfelice Dias
59
- Julia Maria Plenamente Silva
60
- Liliane Kiomi Ito Ishikawa
61
- Liliane Sanches
62
- Lucia de Almeida Leite
Coordenadores:
Luciana Rita Laurenza Saldanha Gasparini
-
Salas 63 até 66
Geraldo
Alves de Carvalho - Salas 67 até 70
CENTRO
UNIV. IBERO-AMERICANO – UNIBERO
AV.
BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO, 917, BELA VISTA - PRÓX.AO TEATRO BIBI
FERREIRA, SP
SALA
- NOME
71
- Luciana Penteado de Oliveira
72
- Lucília Aparecida Dos Santos
73
- Luís Claudio Ferreira Cantanhede
74
- Luiz Fernando Roberto
75
- Manoel José de Paula Filho
76
- Marcelo Buliani Bolzan
77
- Marco Aurelio Vieira de Faria
78
- Maria Bernadete Bolsoni Pitton
79
- Maria Regina Domingues Alves
80
- Marialice Dias Gonçalves
81
- Mariana Rodrigues Gomes Morais
82
- Mariana Rosada Pantano
83
- Marilia de Carvalho Macedo Guaraldo
84
- Milton Del Trono Grosche
Coordenadores:
Mara Regina Castilho Reinauer Ong - Salas 85 até 88
Marcelo
de Carvalho - Salas 89 até 92
UNIFAI
- CENTRO UNIV. ASSUNÇÃO - BLOCO I
RUA
AFONSO CELSO, 671/711, VILA MARIANA - PRÓX. AOMETRÔ SANTA CRUZ, SP
SALA
- NOME
93
- Mirian Kiyoko Murakawa
94
- Mirna Natalia Amaral da Guia Martins
95
- Mônica Hildebrand de Mori Bonfanti
96
- Nadyr Maria Salles Seguro
97
- Paula Cristina Rigueiro Barbosa Engler Pinto
98
- Paulo Guilherme Gorski de Queiroz
99
- Paulo Victor Fernandes
100
- Pedro Rogério Ignácio de Souza
101
- Rafael Issa Obeid
102
- Regina Celi Pedrotti Vespero Fernandes
103
- Renata de Oliveira Martins
104
- Renato Silveira Bueno Bianco
105
- René Zamlutti Júnior
106
- Rita Kelch
107
- Rodrigo Augusto de Carvalho Campos
108
- Rogério Ramos Batista
109
- Romanova Abud Chinaglia Paula Lima
110
- Cynthia Pollyanna de Faria
Coordenadores:
Eduardo José Fagundes - Salas 111 até 115
FERNANDO
FRANCO - Salas 116 até 120
UNIFAI
- CENTRO UNIV. ASSUNÇÃO - BLOCO II
RUA
AFONSO CELSO, 671/711, VILA MARIANA - PRÓX. AO METRÔ SANTA CRUZ, SP
SALA
- NOME
121
- Rose Anne Tanaka
122
- Rosely Sucena Pastore
123
- Sabrina Ferreira Novis
124
- Salvador José Barbosa Júnior
125
- Sandra Regina Ragazon
126
- Seiji Yoshii
127
- Sônia Romão da Cunha
128
- Suzana Soo Sun Lee
129
- Tatiana Gaiotto Madureira
130
- Teresa Cristina Della Monica Kodama
131
- Thiago Camargo Garcia
132
- Wladimir Ribeiro Junior
Coordenadores:
Carlos José Teixeira de Toledo - Salas 133 até 136
VIRGILIO
BERNARDES CARBONIERI - Salas 137 até 140
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 17/12/2009
Comunicado do Centro de Estudos
Para
o Curso “Sempre é Tempo – Técnicas de Administração de
Tempo” a realizar-se no dia 18/12/2009 das 10 às 12 horas e das 14
às 16 horas no auditório do Centro de Estudos da Procuradoria Geral
do Estado, ficam deferidas as seguintes inscrições:
Abadia
Silva dos Santos
Agnário
José de Sousa
Altino
Freitas Barbosa
Andresa
Albanes
Aparício
Antonio Moreira Ferraz
Carlos
Roberto Ferreira
Cristina
Fernandes Rueda
Dejamir
Oioli
Denise
dos Santos
Jane
dos Santos Garcia
João
Otávio Marques de Castro
José
Antonio Rodrigues
José
Maria Cazari
Lourdes
Hernandes Tedim
Luzia
Otilia Garcia dos Santos
Maracy
Maria Ramos Rodrigues Silva
Marcela
Cristina de Andrade
Maria
Helena Marques da Silva
Maria
Lidia Ribeiro Machado
Maria
Lúcia Figueiró
Mariana
Sancia de Souza
Neide
do Rêgo Osório
Nelson
Gerbasi Júnior
Neusa
Maria Simião da Silva
Noêmia
do Nascimento Mattos
Paulo
Nunes
Regina
Sueli Gajardoni
Rogério
Mitsuo Odorize Ikematu
Vilma
Gomes da Costa Garcia
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 17/12/2009
Filha
de diretor da Dersa atua para empresa do Rodoanel
A
filha de Paulo Vieira de Souza, diretor da Dersa, empresa do Estado
responsável pela construção do Rodoanel, é advogada das
empreiteiras contratadas pelo governo de São Paulo para construir a
alça sul do anel viário em pelo menos um dos processos do TCU
(Tribunal de Contas da União) que apontou indícios de
superfaturamento no projeto.
Priscila
Arana de Souza trabalha no escritório Edgard Leite Advogados
Associados, que defende as mesmas construtoras no TCE (Tribunal de
Contas do Estado) em casos que envolvem as obras do Rodoanel.
O
escritório onde ela trabalha é especializado em atender grandes
empreiteiras e ainda atua em processos na Prefeitura de São Paulo
para a EIT (Empresa Industrial Técnica).
Neste
ano, a EIT dividiu com a Egesa, por R$ 456 milhões, metade da obra
da Nova Marginal, também gerenciada pelo engenheiro Paulo de Souza,
diretor da Dersa.
Formada
pela FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas) em São Paulo em 2002,
Priscila foi contratada em junho de 2006, quando seu pai já
trabalhava na estatal.
Procurada
pela Folha por três semanas, ela não respondeu ao pedido de
entrevista.
Camargo
Corrêa
Uma
das empreiteiras do Rodoanel que é cliente do escritório é a
Camargo Corrêa.
Segundo
a Polícia Federal, há suspeitas de que a empresa tenha pago
propina ao diretor da Dersa e pai dela por conta da obra do anel viário,
no âmbito da Operação Castelo de Areia.
A
Procuradoria da República, em São Paulo, requisitou a inclusão de
Paulo de Souza na lista de autoridades investigadas por suspeita nas
irregularidades em obras públicas.
Além
das investigações do TCU, a obra do Rodoanel também é
investigada pela Procuradoria da República e pelo Ministério Público
Estadual.
No
mês passado, vigas de um viaduto em construção no trecho sul
desabaram sobre a rodovia Régis Bittencourt, deixando três
feridos.
O
consórcio responsável por esse trecho da obra (formado por OAS,
Mendes. Jr e Carioca) também é um dos defendidos pelo escritório
de advocacia onde trabalha Priscila.
Mais
recentemente, em fevereiro deste ano, esse escritório contratou
mais uma advogada próxima a autoridades do governo paulista -Nathália
Annette Vaz de Lima, filha do líder da gestão Serra na Assembleia
Legislativa, José Carlos Vaz de Lima (PSDB).
O
deputado estadual Vaz de Lima é um dos políticos mais ligados a
Aloysio Nunes. Ambos são de São José do Rio Preto (SP) e têm
base política na cidade. Via assessoria, o deputado disse que não
há nenhum problema no fato de sua filha trabalhar no escritório.
Empréstimos
A
família de Paulo de Souza tem ligações estreitas com o secretário
de Estado da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, um dos pré-candidatos
do PSDB ao governo de SP, caso José Serra não dispute o cargo.
Em
2007, a advogada e sua mãe, Ruth, fizeram um empréstimo de R$ 300
mil a Aloysio Nunes -Priscila respondeu pela maior parcela, R$ 250
mil.
Aloysio
diz ter usado o dinheiro para pagar parte do apartamento que comprou
em
Higienópolis
e que quitou todo o valor até este ano, em parcelas, mas tudo sem
juros.
Assim
como o diretor da Dersa, Aloysio também é citado nas investigações
da PF que envolvem a Camargo Corrêa. O chefe da Casa Civil paulista
é apontado como suposto beneficiário de um repasse de US$ 15.780,
pago pela empreiteira em 1998. Ele diz que todas as doações que
recebe são legais.
Dersa
e filha de diretor de estatal não comentam
Questionada
pela Folha se não haveria eventual conflito de interesses nas relações
entre a família do engenheiro Paulo de Souza e empreiteiras, a
Dersa disse que "os assuntos relativos à atuação
profissional da advogada Priscila Arana de Souza devem ser
encaminhados ao escritório Edgar Leite Advogados Associados".
A
estatal paulista disse que cabe a ela "a responsabilidade pelas
obras" e que "se coloca sempre à disposição para
esclarecer qualquer assunto relativo a esse tema".
O
escritório Edgard Leite diz que as defesas apresentadas pelas
empresas ao TCU não foram assinadas por Priscila, mas por outros
advogados do escritório -o dono, Márcia Buccolo e Giuseppe
Giamundo Neto.
Também
diz, por meio de nota, que o escritório diz que presta assessoria
às empreiteiras que constroem o Rodoanel há mais de dez anos.
Procurada
por três semanas, Priscila Arana de Souza não atendeu à
reportagem.
Também
por escrito, o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira
Filho, diz ter "uma relação de amizade de mais de 20 anos com
o sr. Paulo Souza e sua família" e, em 2007, quando estava
adquirindo o apartamento em que mora em SP, necessitou do dinheiro
para realizar uma compra imediata.
"É
preciso salientar que tanto a compra do apartamento, pela quantia de
R$ 540 mil, como os empréstimos, constam rigorosamente das suas
declarações de Renda junto à Receita Federal e que, por obrigação
do cargo, são inclusive publicadas no "Diário Oficial"
do Estado", diz o secretário.
A
maior parte do empréstimo, diz, foi paga no ano passado, com as
rendas que o secretário obteve com sua propriedade agrícola.
O
deputado estadual Vaz de Lima (PSDB) disse que sua filha Nathália
"possui formação acadêmica e profissional compatível com
seu trabalho num grande escritório de advocacia."
Entre
os consórcios, só o ArcoSul (liderado pela Odebrecht), respondeu.
Disse que o escritório de Leite foi contratado durante as obras do
Rodoanel, mas que outro escritório (Aroeira Salles Advogados) atuou
no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado após
questionamentos realizados pelo TCU.
Fonte:
Folha de S.Paulo, de 17/12/2009