Reforma
da Advocacia Pública
Campanha
é deflagrada em conjunto com o Forum
Nacional, ANAPE e ANPM
Foi
realizada no início da tarde desta
quarta-feira (13/01) reunião entre os
Dirigentes do Forum Nacional da Advocacia
Pública, o presidente da Associação
Nacional dos Procuradores de Estado
(ANAPE), Ronald Bicca, e o vice-presidente
da Associação Nacional dos Procuradores
Municipais, Evandro de Castro Bastos.
O
encontro serviu para a formalização da
comissão para a campanha do Movimento
Nacional pela Reforma da Advocacia Pública,
contemplando um rol de proposições
legislativas que instrumentalizarão a
Reforma, a exemplo das PECs 443/09,
452/09, 153/03 e o Projeto de Lei de Honorários.
Ficou acordado que a comissão será
composta por integrantes do Forum
Nacional, da ANAPE e da ANPM.
De
acordo com o presidente do Forum Nacional,
João Carlos Souto, "a reforma da
advocacia pública é de importância
capital para o Estado brasileiro".
"Considerando que uma Advocacia Pública
forte significa que a sociedade terá uma
melhor defesa do seu patrimônio",
disse.
O
presidente Souto ainda destacou que a
presença da ANAPE e ANPM será crucial
para a campanha de aprovação dos
projetos.
Para
o presidente da ANAPE, Ronald Bicca, a
iniciativa e os esforços de cada entidade
terá um papel fundamental. "A gente
acredita que através de alguns trabalhos
concretos e através dessas PEC`s possa
desencadear a reforma da advocacia pública",
disse.
Já
o vice-presidente da ANPM, Evandro de
Castro Bastos, explica que a iniciativa
terá uma interligação muito grande com
o Estado brasileiro. "Essa troca de
informação irá permitir um melhor
funcionamento da coisa pública, do Estado
brasileiro. Vai permitir ainda uma melhor
estruturação das carreiras e atender
melhor a Administração Pública",
explicou.
Na
reunião ficou decidido que serão
realizados Ciclos de Debates da Advocacia
Pública em todo o Brasil, com a presença
de Advogados Públicos Federais, Estaduais
e Municipais junto a comunidade política
da região. Também ficou definido a criação
de um grupo de discussão na internet para
ajudar na comunicação entre os
coordenadores da campanha. Um novo
encontro está marcado para o início do mês
de fevereiro para definição das
prioridades, estratégias, cronograma de
trabalho, apresentação do plano de mídia
e capacitação das equipes que coordenarão,
nos Estados e Municípios, as atividades
do Movimento. Maiores informações poderão
ser obtidas nos sites do Forum Nacional e
das entidades de classe participantes do
projeto.
Fonte:
site do Fórum Nacional da Advocacia Pública,
de 14/01/2010
PGE
e SJDC contestam Jornal da Tarde sobre Lei
Antifumo
Matéria
do JT afirma, erroneamente, que 300 mil
estabelecimentos estariam liberados de
fiscalização.
As
Assessorias de Imprensa da Procuradoria
Geral do Estado de São Paulo (PGE) e da
Secretaria de Estado da Justiça e da
Defesa da Cidadania (SJDC) encaminharam,
na data desta quinta-feira (14.01.2010),
cartas eletrônicas de contestação ao
teor da reportagem "Legislação –
Lei antifumo cai para 300 mil
locais", publicada nesta mesma data
pelo Jornal da Tarde, com assinatura dos
jornalistas Luísa Alcalde e Felipe
Grandin. Leia a íntegra das contestações
abaixo e a matéria publicada no arquivo
anexo.
São
Paulo, 14 de janeiro de 2010.
Prezado
Editor,
Com
relação à reportagem, publicada hoje no
Jornal da Tarde (JT), “Legislação –
Lei antifumo cai para 300 mil locais”,
assinada pelos jornalistas Luísa Alcalde
e Felipe Grandin, a Procuradoria Geral do
Estado de São Paulo (PGE) esclarece para
uma melhor informação ao leitor do JT,
que no referido Mandado de Segurança (MS)
houve anterior concessão de liminar, o
que motivou a apresentação do Pedido de
Suspensão 180.562.0/9-00 ao Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
A
Presidência do TJSP, ao deferir a suspensão
da liminar, observou que a suspensão
vigoraria até que aquela Corte
"aprecie o mérito nos autos nº
053.09.016360-5, da 3ª Vara da Fazenda Pública
da Capital (3ª VFP)", ou seja, até
julgamento de apelação em 2º grau de
jurisdição (vide anexo).
A
PGE interpôs recurso de apelação contra
sentença. Este referido recurso está em
fase de processamento perante a 3ª VFP
(prazo para contrarrazões da Federação
de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares – Fhoresp, desde 8/01/10) e,
oportunamente, os autos serão enviados ao
TJSP.
Resumidamente,
”A sentença não pode ser executada de
imediato, eis que a decisão do Presidente
do TJSP tem eficácia até o julgamento do
recurso de apelação interposto pela
autoridade impetrada. Não há necessidade
de novo Pedido de Suspensão. Logo, a Lei
Antifumo continua em sua vigência
plena”.
Atenciosamente,
Sylvio
Montenegro
Assessor
de Imprensa
Procuradoria
Geral do Estado de São Paulo
Rua
Pamplona, 227 - 8º andar - Jardim
Paulista
01405-000
- São Paulo - SP
smontenegro@sp.gov.br
(11)
3372-6495 // 3286-7039
Carta
ao Jornal da Tarde
Em
relação à reportagem "Lei antifumo
cai para 300 mil locais", publicada
na edição desta quinta-feira
(14/01/2010), a Secretaria da Justiça e
da Defesa da Cidadania (SJDC) tem os
seguintes esclarecimentos a fazer:
1)
Inicialmente, a SJDC lamenta que a Federação
de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares (FHORESP), inconformada com o
sucesso da Lei Antifumo e com as derrotas
que seus opositores vêm sofrendo no
Judiciário, tenha induzido em erro a
reportagem do Jornal da Tarde, fazendo-a
veicular notícia que não exprime a
verdadeira situação da norma.
2)
A Lei Antifumo está em vigor e eficaz
para todos, sem exceção. O
estabelecimento que for flagrado
permitindo o fumo em seus ambientes
internos e de uso coletivo será autuado
pelos fiscais da Fundação Procon-SP e da
Vigilância Sanitária.
3)
A sentença do juiz Valter Alexandre Mena,
da 3ª Vara de Fazenda Pública do Estado
de São Paulo, contra a Lei Antifumo, foi
proferida em 19 de novembro de 2009. Na
ocasião, a SJDC esclareceu à sociedade,
por meio de nota à imprensa, que, por se
tratar de sentença de primeira instância,
cujos efeitos estão suspensos por decisão
do presidente do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo (à época, o
desembargador Roberto Antonio Vallim
Bellochi), não havia qualquer ameaça à
vigência da lei.
4)
Portanto, não houve qualquer nova decisão
"no dia 8" (como informa a matéria)
que pudesse motivar a divulgação de uma
nota por parte da Fhoresp. Seu intuito era
única e exclusivamente confundir os
jornalistas – e disseminar a falsa idéia
de que a lei não atingiria os filiados
daquela entidade.
5)
A inclusão da declaração do advogado
Aniz Kfouri Junior somente vem a confirmar
a tese da SJDC de que a sentença não tem
eficácia imediata em função da suspensão
por parte do TJ-SP, conforme cópia da
decisão em anexo, que revela deferimento
de pedido de suspensão “até que esta
Corte aprecie o mérito dos autos nº
053.09.016370-5, da 3ª Vara da Fazenda Pública”.
6)
Diante do exposto, a SJDC acredita que o
leitor do JT merece um esclarecimento,
para não ser induzido em erro.
Assessoria
de Imprensa
Secretaria
da Justiça e da Defesa da Cidadania
14/01/2010
Fonte:
site da PGE SP, de 14/01/2010
Procuradores
tomam posse no TIT nesta sexta-feira
Vinte
procuradores do Estado de São Paulo tomam
posse amanhã (sexta-feiracomo juízes
procuradores do Tribunal de Impostos e
Taxas (TIT) para o biênio 2010/2011. A
cerimônia está marcada para as 9h no
Grande Auditório da Secretaria de Estado
da Fazenda, na Avenida Rangel Pestana, 300
– 17º andar, na Região Central de São
Paulo.
A
Procuradoria Geral do Estado do Estado de
São Paulo (PGE) estará representada no
TIT pelos seguintes novos juízes
procuradores: Alcione Rosa Martins de
Sampaio, Alessandra Obara Soares da Silva,
Cristina Mendes Hang, Denise Ferreira de
Oliveira Cheid, Elisabete Nunes Guardado,
Eugenia Cristina Cleto Marolla, Frederico
Bendzius, Luciano Correa de Toledo, Márcia
Aparecida de Andrade Freixo, Maria Helena
Boendia M. de Biasi, Mauricio de Almeida
Henarias, Pasqual Totaro, Paulo Alves
Netto de Araujo, Paulo Gonçalves da Costa
Junior, Rafael de Oliveira Rodrigues,
Renata Capasso, Sibele Ferrigno Poli Ide
Alves, Sonia Maria de Oliveira Pirajá,
Valéria Martinez da Gama e Virgílio
Bernardes Carbonieri.
Graças
às inovações trazidas pela Lei
13.457/09, sugeridas pela PGE, aumentou o
número de juízes procuradores do Estado
e foi permitida a participação de
procuradores de outras unidades/regionais,
desde que sejam especializados em questões
tributárias. Antes, a participação se
restringia à Procuradoria Fiscal e
Consultoria da Secretaria da Fazenda.
Fonte:
site da PGE SP, de 14/01/2010
TJs
ameaçam resistir a norma de transparência
Tribunais
de Justiça poderão oferecer resistência
à norma do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) que impõe publicidade total,
inclusive pela internet, de dados
relativos à administração e execução
orçamentária e financeira dos TJs de
todo o País. O alerta é do juiz Mozart
Valadares, presidente da Associação dos
Magistrados Brasileiros (AMB), mais
influente entidade da toga.
A
Resolução 102, proposta pelo conselheiro
Marcelo Neves e em vigor há dez dias,
cria no Judiciário um Siafi (Sistema
Integrado de Administração Financeira do
Governo) e abre a qualquer contribuinte
informações sobre desembolso com
servidores e juízes, despesas com
vencimentos e gratificações, gastos com
manutenção, construção ou reforma de
prédios e aquisição de veículos.
Tais
registros nunca foram de domínio público
porque os tribunais historicamente os
mantinham protegidos à sombra da rubrica
da confidencialidade. "Todo processo
de mudança no Judiciário aguça algum
segmento de resistência", avisa
Valadares. "Infelizmente, estou
convencido de que vamos ter resistência
por parte de alguns tribunais. A resolução
é um mecanismo de transparência muito
saudável. Quanto maior o controle social,
melhor a possibilidade de uma boa gestão
porque leva em conta nossas
prioridades."
A
resolução 102 mira precipuamente os TJs,
focos de rebelião à ação do CNJ. O
Judiciário federal já expõe seus números
habitualmente - os tribunais superiores, o
próprio CNJ, a Justiça Militar da União,
a Eleitoral, e a do Trabalho.
Conjuntamente,
os TJs gastaram, em 2008, R$ 19,067 bilhões
- o total da despesa pública, também na
soma de todos os Estados, atingiu R$ 369
bilhões naquele ano. O Judiciário
responde, em média, por 5,2% da despesa pública
global. Os dados conhecidos da Justiça
nos Estados são referentes a 2008.
O
TJ de São Paulo, o maior do País, com 45
mil servidores, gastou, em 2008, R$ 4,6
bilhões - para uma despesa global do
Estado de R$ 105 bilhões -, ou seja,
ficou com 4,4%. O TJ do Paraná consumiu
R$ 714 milhões em 2008- e a despesa pública
global do Estado foi de R$ 19.067 bilhões.
"Os
tribunais são conservadores, velhas práticas
quase seculares acabam arraigadas na
mentalidade de muita gente", adverte
Miguel Kfouri Neto, presidente da Associação
dos Juízes do Paraná.
"Objetivamente essas resistências
podem existir, mas não são compatíveis
com o momento histórico que o País
atravessa."
Para
Kfouri Neto, há 25 anos e meio na
magistratura, professor de Direito civil,
"o Poder Judiciário tem que se
aproximar da comunidade demonstrando quais
são seus valores éticos e uma conduta
correta". "Eu posso ser contrário
a muitas resoluções do CNJ, mas essa,
especificamente, deve ser acatada porque a
transparência é imprescindível."
ÉTICA
Raduan
Miguel Filho, que preside a Associação
dos Magistrados de Rondônia, considera
que "se houver algum tipo de resistência
vai ser uma coisa bem temporária".
Para ele, a resolução 102 pouco reflete
em Rondônia. "Aqui, como obrigação
ética e moral, o Tribunal de Justiça já
dá ampla divulgação a seus
gastos."
Valadares,
líder de uma agremiação que abriga
cerca de 15 mil juízes de todas as instâncias
e níveis, diz que a oposição deve
ocorrer "até pela cultura, pela
formação de alguns que ainda comandam o
Judiciário".
"Quem
dirige o Judiciário mantém formação
mais conservadora, refratária a mudanças",
assevera. "Eu acredito firmemente que
quanto maior a transparência maior é a
credibilidade das instituições. Nós
exercemos função pública."
O
presidente da AMB observa que ele e seus
colegas de toga recebem suas remunerações
"através de uma carga tributária
elevadíssima que a sociedade paga".
"Eu tenho obrigação de divulgar os
meus gastos. Os presidentes do Tribunais
de Justiça administram o bem público.
Como ordenadores de despesas eles têm a
obrigação de dar transparência aos
gastos que realizam."
Fonte:
Estado de S. Paulo, de 15/01/2010