DECRETO
Nº 51.750, DE 12 DE ABRIL DE 2007
Dispõe
sobre abertura de crédito suplementar ao Orçamento
Fiscal na Procuradoria Geral do Estado, visando ao
atendimento de Despesas Correntes
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso
de suas atribuições legais, e considerando o disposto
no artigo 8º da Lei 12.549, de 02 de março de 2007,
Decreta:
Artigo 1º
- Fica aberto um crédito de R$ 310.000,00 (Trezentos e
dez mil reais), suplementar ao orçamento da
Procuradoria Geral do Estado, observando-se as
classificações Institucional, Econômica, Funcional e
Programática, conforme a Tabela 1, anexa.
Artigo 2º
- O crédito aberto pelo artigo anterior será coberto
com recursos a que alude o inciso III, do §
1º, do artigo 43, da Lei Federal n° 4.320, de 17 de
março de 1964, de conformidade com a legislação
discriminada na Tabela 3, anexa.
Artigo 3º
- Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio
dos Bandeirantes, 12 de abril de 2007
JOSÉ
SERRA
Mauro
Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Francisco
Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Aloysio
Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado
na Casa Civil, aos 12 de abril de 2007.
Fonte:
D.O.E. Executivo I, de 13/04/2007, publicado em Decretos
do Governador
Pressão sobre Estados busca apoio privado
Mônica
Izaguirre
O Ministério
da Fazenda fez um levantamento e concluiu que os fiscos
estaduais deviam, no fim de 2005, pelo menos R$ 15 bilhões
em créditos tributários do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) só a empresas
exportadoras. Conforme o secretário de Política Econômica
do ministério, Bernard Appy, pelo ritmo de crescimento
verificado até então, imagina-se que esse passivo
tenha aumentado ainda mais em 2006, chegando a R$ 17
bilhões.
Esse é um
dos argumentos que o governo vai usar junto ao
empresariado na busca de apoio político à criação de
um IVA estadual, aos moldes do previsto em sua nova
proposta de reforma tributária, a ser encaminhada até
agosto ao Congresso. A regulamentação do IVA-E viria,
pela proposta, acompanhada da garantia de utilização
dos créditos tributários pelas empresas. Os Estados não
poderiam impor restrições como fazem hoje.
A tributação
quase toda no destino, outra característica do modelo
defendido, também ajudaria a resolver o problema, pois
acabaria com um dos principais argumentos usados pelos
governos estaduais para não aceitar a utilização de
créditos tributários decorrentes da aquisição de
insumos em operações interestaduais. Como boa parte do
tributo hoje fica com o Estado produtor, os fiscos
alegam que não podem devolver ICMS recolhido em favor
de outro ente da federação, no caso, aquele Estado
onde foi comprado o insumo.
As
empresas que não exportam também geram crédito tributário
na aquisição de insumos, já que o ICMS, em tese, não
é cumulativo. Também podem, então, enfrentar
dificuldade de utilização quando a compra é feita em
outro Estado. No caso delas, no entanto, o problema é
menor: por vender ao mercado interno, elas têm ICMS a
pagar e, portanto, como usar o crédito.
O mesmo não
se aplica às empresas que produzem para exportar. Como
a exportação final também é desonerada, elas
enfrentam mais dificuldade de usar crédito tributário
porque não têm ICMS a recolher sobre suas vendas
externas. Os fiscos estaduais fazem restrição ao uso
do crédito do exportador até quando o insumo é
comprado no seu próprio território.
Além de não
propiciar completa desoneração de exportações, o
modelo atual é um estímulo para que os Estados
incentivem importações, em detrimento da produção
nacional, diz Appy. É que o ICMS incidente sobre
importações fica com o Estado por onde entrou a
mercadoria no país.
Fonte:
Valor Econômico, de 13/04/2007
Reforma não deve reduzir carga tributária
Projeto
que o Planalto enviará ao Congresso até agosto não
garante queda no curto prazo, diz secretário-executivo
da Fazenda
CLÁUDIA
DIANNI
O governo
pretende enviar outro projeto de reforma tributária ao
Congresso até agosto. Segundo o secretário-executivo
do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, o novo sistema,
se aprovado, não garante redução da carga tributária
no curto prazo, mas ele afirmou que "não há espaço
político para aumentar tributos".
Atualmente
a carga tributária está em 33,7% do PIB (Produto
Interno Bruto). De acordo com Appy, no médio prazo pode
haver queda nas alíquotas, como conseqüência do
aumento da base de arrecadação e do crescimento econômico.
A nova
proposta unifica seis impostos e contribuições
federais, estaduais e municipais em apenas dois
impostos: um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal
e outro estadual, além de unificar o Imposto de Renda
da Pessoa Jurídica e a CSLL (Contribuição Social
Sobre Lucro Líquido).
O governo
fez uma apresentação detalhada da proposta aos
governadores no dia 6 de março e aos secretários da
Fazenda na reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política
Fazendária) no último dia 30.
O avanço
da nova proposta com relação à PEC (Proposta de
Emenda Constitucional) 285, que está no Congresso, é
que a anterior se limita a unificar as 27 legislações
e as alíquotas do ICMS, enquanto o novo projeto abrange
todos os impostos de incidência indireta sobre bens e
serviços, ao unificar PIS, Cofins, IPI, Cide-combustíveis,
ICMS e ISS.
"O
objetivo da reforma é dar eficiência ao sistema,
estimular o crescimento econômico e eliminar as distorções
no comércio exterior. O compromisso é o de não
aumentar a carga tributária total com essas mudanças e
não perder arrecadação. Obviamente deve haver alguns
produtos em que carga cresça e outros em que ela pode
cair", disse Appy.
Guerra
Fiscal
De acordo
com o secretário-executivo, o governo vai tentar fechar
um acordo com o maior número possível de governadores
antes de enviar a proposta ao Congresso.
Na sua
avaliação, a guerra fiscal entre os Estados está
deixando de ser um atrativo para investimentos, por
causa da insegurança jurídica que causa quando alguns
Estados recorrem à Justiça para invalidar os benefícios
concedidos por outros Estados.
"A
guerra fiscal está caindo de madura. Os próprios
governadores estão percebendo os seus custos",
disse.
A renúncia
fiscal decorrente dos incentivos concedidos pelos
Estados para atrair investimentos é estimada em R$ 25
bilhões ao ano.
O objetivo
da reforma proposta pelo governo é transferir a tributação
da origem, ou seja, da produção, para o destino (local
de consumo do produto). O IVA Federal entraria em vigor
três anos após a aprovação da proposta, e o IVA
Estadual, depois de cinco anos. Para os benefícios
fiscais já concedidos, haveria um prazo de transição
gradual que poderá chegar a 12 anos.
Fiscalização
O governo
ainda não decidiu, porém, se toda a cobrança dos
impostos será feita no destino da mercadoria ou se
deixará um alíquota marginal, algo em torno de 2% ou
3%, para ser cobrada na origem, para estimular a
fiscalização.
De acordo
com o secretário, a implementação completa da nota
fiscal eletrônica, que deve ocorrer em até três anos,
será fundamental para o sucesso do novo sistema, ao
coibir a sonegação e permitir que o governo calcule as
novas alíquotas sem risco de perda de arrecadação.
Antes do
fim da tramitação da nova proposta, o governo promete
elaborar um projeto de Fundo de Desenvolvimento
Regional, para assegurar mecanismos de compensação
para Estados mais pobres que possam sofrer perdas.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 13/04/2007
Comunicados do Centro de Estudos
A
Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado comunica aos Procuradores
do Estado que será realizado o 1º Encontro Regional de
Procuradores do Estado de São Paulo nos dias 26 e 27 de
abril de 2007, no auditório do Hotel Fazenda Campo
Belo, localizado na Estrada Vicinal Álvares Machado
Coronel Goulart, nº 4, Álvares Machado, SP.,
(Procuradoria Regional de Presidente Prudente).
A
Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos
comunica aos Procuradores do Estado que estão abertas
100 (cento) vagas para o Painel O Processo Eletrônico e
sua Implantação pelo Poder Judiciário.
Fonte:
D.O.E. Executivo I, de 13/04/2007, publicado em
Procuradoria Geral do Estado –Centro de Estudos
São Paulo quer R$ 4 bi do PAC para obras
Sergio Leo
O governo
José Serra tem a expectativa de obter entre R$ 3 bilhões
a R$ 4 bilhões do programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), para obras no Estado, nos próximos
quatro anos, segundo informou a equipe do governador ao
governo federal, que montou uma força-tarefa para
viabilizar grandes obras estaduais. Como parte da estratégia
de aproximação com os governos oposicionistas, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu sinal
verde para que o PAC financie, na maior parte a fundo
perdido, os projetos de Serra para saneamento, despoluição
e habitação na região das represas de Guarapiranga e
Billings.
Lula
enviou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a
um encontro com o governador José Serra, a quem pediu
projetos de infra-estrutura paulistas que o governo
federal possa apoiar com o PAC. Serra convocou a secretária
de Saneamento do Estado, Dilma Pena, que passou a tratar
com a ministra da cooperação entre os dois governos
para viabilizar os projetos de São Paulo.
Na avaliação
dos conselheiros políticos do presidente, não há
interesse dos governadores de oposição, potenciais
candidatos à sucessão de Lula, em criar confronto com
o presidente, que está em seu segundo e último
mandato. É o PT, e não Lula, o adversário de
oposicionistas como os tucanos Aécio Neves, governador
de Minas, e Serra. O PT, aliás, ainda não tem um
candidato forte à sucessão de Lula, o que facilita as
conversas "técnicas" dos ocupantes do
Planalto com os moradores dos palácios estaduais.
Em reunião
com Dilma Pena, há duas semanas, a coordenadora-adjunta
do PAC, Miriam Belchior, uma das auxiliares mais próximas
a Lula, informou que o governo federal tem, disponíveis
no orçamento do PAC para habitação e saneamento, R$ 3
bilhões por ano, a "título oneroso" (ou
seja, com exigência de investimentos também com
recursos do beneficiado, como contrapartida), e mais R$
250 milhões anuais que podem ser destinados a empréstimos
pelo programa Pró-Moradia nos próximos quatro anos.
Os
projetos mais avançados do ponto de vista técnico e
jurídico, segundo mostrou a equipe de Serra aos
integrantes da força-tarefa montada por Lula, são as
obras nas represas de Guarapiranga e Billings, que
incluem delicadas ações de urbanização das favelas
naquelas regiões, e reassentamento de famílias em áreas
de risco.
Dilma
Rousseff mobilizou o Ministério das Cidades e a Caixa
Econômica Federal para ajudarem a equipe de Serra em
tudo que for necessário para viabilizar os projetos,
que, segundo calcula o governo estadual, devem demandar
cerca de R$ 630 milhões do PAC, e teriam, como
contrapartida, até R$ 550 milhões em investimentos do
governo. Esses recursos financiarão infra-estrutura de
saneamento básico para as linhas-tronco, emissários,
estações elevatórias e interceptores que garantirão
o funcionamento das estações de tratamento de esgoto
na região das represas. A urbanização das favelas
incluirá, também, a canalização do esgoto dessas
comunidades.
Serra tem
tratado o tema como assunto "de governo a governo,
de Dilma para Dilma". A extensão, dos previstos R$
630 milhões com maior chance de liberação, para até
R$ 4 bilhões dependerá da aprovação de projetos em
outros municípios, e do detalhamento do programa dos
mananciais, uma das prioridades de Serra. Lula, segundo
Miriam Belchior, quer usar o PAC para intervenções de
"caráter globalizante" em grandes centros
urbanos, como São Paulo e Campinas. Para dar garantias
maiores aos projetos e permitir a renovação e contratação
de concessões de saneamento, o governo estadual deve
concluir nos próximos dias e enviar à Assembléia o
projeto que atualiza a Lei de Saneamento do Estado e
cria uma agência reguladora para o setor. Serra, conta
com o apoio do PT à aprovação do projeto.
Fonte:
Valor Econômico, de 13/04/2007
Líderes discutirão votação de limitação dos precatórios
a pedido de Agripino
Atendendo
a pedido feito da tribuna do Plenário pelo senador José
Agripino (PFL-RN), o presidente do Senado, Renan
Calheiros, agendará para a próxima semana uma reunião
de líderes com o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que além
de líder do seu partido é relator das propostas de
emenda à Constituição que estabelecem limite anual
para o pagamento de precatórios de estados e municípios
(PECs 1 e 23/03, 51/04, 11,29 e 61/05 e 12/06). O
objetivo é buscar um acordo para que a matéria possa
ser votada.
- Já
houve uma reunião de líderes com o presidente Renan, há
dois meses. Nela elencamos seis matérias prioritárias
para serem votadas no primeiro semestre. A questão dos
precatórios foi uma delas. Acertamos votar a limitação
do pagamento anual de precatórios em 1,5% para os municípios
e em 3% para os estados. Precisamos até aperfeiçoar a
proposta, já que ela prevê que o percentual incida
sobre o orçamento, quando o correto seria incidir sobre
as receitas realizadas - afirmou José Agripino.
Fonte:
Agência Senado, de 12/04/2007
STF reafirma que barcos e aviões não pagam IPVA
Embarcações
e aeronaves não devem pagar o Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores (IPVA). Esta foi a decisão do
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ao dar
provimento, por maioria, ao Recurso Extraordinário (RE)
379572.
O recurso
foi interposto contra decisão do Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que havia julgado válidos o
artigo 5º, II, da Lei estadual 948/85 e o artigo 1º,
parágrafo único do Decreto 9.146/86. Estes
dispositivos faziam incidir o IPVA sobre proprietários
de veículos automotores, incluindo embarcações e aviões.
No início
do julgamento, na sessão de 20 de setembro de 2006, o
relator, ministro Gilmar Mendes, votou para negar
provimento ao recurso, rememorando os julgamentos dos RE
134509 e 255111. As decisões desses recursos foram no
sentido de considerar incabível a cobrança do IPVA
para embarcações e aeronaves, afirmando que este
imposto sucedeu a Taxa Rodoviária Única, que
historicamente exclui embarcações e aeronaves.
Naquela
ocasião, acompanharam o relator os ministros Ricardo
Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto e Sepúlveda
Pertence. O ministro Joaquim Barbosa abriu divergência
por entender que “a expressão ‘veículos
automotores’ seria suficiente para abranger embarcações,
ou seja, veículos de transporte aquático”. O
julgamento foi suspenso com o pedido de vista dos autos
pelo ministro Cezar Peluso.
Voto-vista
Ao retomar
o julgamento do RE na sessão plenária de hoje, o
ministro Cezar Peluso afirmou ter ficado convencido do
acerto dos precedentes lembrados pelo relator durante
seu voto. Por isso, votou também no sentido de dar
provimento ao recurso, sendo acompanhado pela ministra Cármen
Lúcia.
O ministro
Marco Aurélio votou acompanhando a divergência, para
negar provimento ao recurso. Dessa forma, por maioria,
seguindo o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, o
Plenário do STF deu provimento ao Recurso Extraordinário
(RE) 379572.
Fonte:
STF, de 12/04/2007