Protocolada
PEC que fixa o subsídio do grau ou nível máximo das carreiras da
Advocacia-Geral da União
Foi
protocolada na tarde desta terça-feira (08/12) a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 443, de autoria do deputado federal Bonifácio
Andrada (PSDB/MG), que fixa o subsídio do grau ou nível máximo das
carreiras da Advocacia-Geral da União.
Após
intenso trabalho dos dirigentes do Forum Nacional da Advocacia Pública
Federal no Congresso Nacional, foram colhidas 212 assinaturas que
possibilitaram a protocolação da proposta.
A
proposta altera o artigo 131 da Constituição Federal para que subsídio
do grau médio ou nível médio das carreiras de Advogado da União,
Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco
Central, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal corresponda a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsidio mensal,
fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
De
acordo com o presidente do Forum Nacional, João Carlos Souto, a primeira
etapa foi concluída e o trabalho continuará a ser desenvolvido para sua
aprovação. "Tenho certeza que a proposta contará com o esforço de
todos nós que queremos e lutaremos para vê-la aprovada", disse.
Fonte:
site do Fórum Nacional da Advocacia Pública, de 10/12/2009
Omissão da PGU faz
União perder causa milionária
O
ministro Vantuil Abdala, presidente da 2ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho, determinou que seja enviado à Advocacia-Geral da União o acórdão
do Recurso de Revista impetrado pela União contra o Sindicato dos
Servidores Públicos Federais de Rondônia. Pela decisão da 2ª Turma, a
União perdeu a causa milionária por omissão processual. O relator,
ministro Renato Lacerda de Paiva, chegou a dizer que teve cuidado em
analisar o caso, pois trata-se de quantia “extremamente vultosa,
superior a R$ 100 milhões, numa questão que é contrária à jurisprudência
do TST”.
O
recurso impetrado pela União foi retirado de pauta a pedido do ministro
Renato de Lacerda Paiva. O julgamento foi convertido em diligência para
dar oportunidade à União para se manifestar sobre documentos que
indicavam a existência de um acordo com o sindicato. Intimada em 30 de
outubro, a União não se manifestou e o recurso foi novamente colocado em
sessão de julgamento nesta quarta-feira (9/12).
O
ministro Renato Lacerda de Paiva ficou surpreso com o que ele chamou de
“posicionamento ambíguo” da União. Na sessão anterior (21/10), o
ministro havia acenado com a possibilidade de votar favoravelmente à União
por entender que no mérito havia ofensa à Constituição. Mas, o
sindicato alegou perda de objeto, já que havia um acordo com a
Procuradoria-Geral da União desde o processo de conhecimento da causa. O
relator chamou a atenção da PGU, que não compareceu para atender à
diligência, mas compareceu no julgamento para pedir provimento ao
recurso.
Houve
um intenso debate entre os ministros após a sustentação oral do
procurador da República e do advogado do sindicato. O ministro relator,
visivelmente constrangido, se viu obrigado a mudar seu voto e negar
provimento ao RR por omissão da PGU.
O
ministro Aloysio Veiga, que substitui o ministro José Simpliciano
(afastado para tratamento de saúde), preferiu focar somente no incidente
processual e foi categórico ao negar o provimento. O presidente da 2ª
Turma, Vantuil Abdala, explicou que a União até poderia pretender
discutir a causa mesmo concordando com o acordo, mas como os cálculos já
foram analisados em processo de execução, só lhe restou lamentar e
acompanhar os dois colegas.
Fonte:
Conjur, de 10/12/2009
SP
paga R$ 637 milhões em precatórios neste mês
Até
o final do ano, o Estado de São Paulo deverá gastar mais R$ 637 milhões
com o pagamento de precatórios alimentares, que são em grande parte dívidas
trabalhistas do governo com os servidores. Cerca de R$ 500 milhões desse
montante deverá ser usada para diminuir a fila dos alimentares que está
parada no ano de 1998.
A
previsão, feita pela Procuradoria Geral do Estado, é baseada nos valores
destinados ao pagamento de precatórios que constam no Orçamento do
Estado para 2009.
Está
previsto o uso de R$ 1,8 bilhão para o pagamento de precatórios. Com os
precatórios não alimentares (dívidas de desapropriações e indenizações),
já foram gastos R$ 720,7 milhões. Com as chamadas OPVs (obrigações de
pequeno valor), que são de até R$ 18 mil, foram consumidos R$ 441,8 milhões.
Fonte:
Agora SP, de 10/12/2009
Piauí gasta R$ 1,7
mi em jetom a promotores
Entre
2005 e 2008, o Ministério Público do Estado do Piauí gastou R$ 1,7 milhão
com o pagamento ilegal de adicionais (jetons) a procuradores e promotores
de Justiça, a título de participação em sessões do colegiado, uma
atividade normal dentre as suas atribuições. Mensalmente, eles recebiam
acréscimo de R$ 2.388, valor também pago aos que não compareciam às
sessões.
Esta
é uma das 35 irregularidades apontadas por auditoria feita pelo CNMP
(Conselho Nacional do Ministério Público), em 2008. Perícia comprovou
que algumas informações prestadas pela Promotoria aos auditores foram
manipuladas.
Convocado,
o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) de Mato
Grosso constatou divergências entre folhas de pagamento em meio magnético
e impressas. Havia 643 pagamentos com diferença nos valores. A Promotoria
opera com vários bancos, o que dificulta o controle.
Para
"turbinar" a remuneração, eram pagas, sem amparo legal,
"gratificações de desempenho" de até R$ 9.000. A auditoria
encontrou indício de fraude em licitações e na compra de imóvel, para
o Ministério Público, sem pesquisa prévia.
A
auditoria teve origem em pedido da corregedora da Promotoria. Ela recebera
denúncia de servidora que forneceu contracheques originais. A prova foi
considerada ilegal, mas a auditoria obteve legalmente os mesmos
documentos.
O
ex-procurador-geral de Justiça, Emir Martins Filho, refutou os fatos e
alegou que as irregularidades são decorrentes da falta de estrutura da
Promotoria. O CNMP deverá analisar os casos em que servidores responderão
a processo disciplinar, necessário para a aplicação de punição. O
conselheiro Mário Bonsaglia pediu vista dos autos. O processo voltará a
ser discutido em janeiro.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 10/12/2009