Serra
apressa nova previdência
Governador
tenta pôr projeto em votação na Assembléia e indica
que negociação com servidores está encerrada
Silvia
Amorim
Enquanto
os servidores estaduais ainda debatiam propostas de
mudanças no projeto de reforma da previdência
paulista, o governador José Serra (PSDB) tentou colocar
em discussão na Assembléia o Projeto de Lei
Complementar 30, alvo de toda a polêmica com o
funcionalismo. Sem votos suficientes para aprovar o
pedido protocolado à tarde para inversão de pauta e
iniciar o debate, o PSDB recuou, mas prometeu colocar a
proposta em votação na próxima semana.
O episódio
deixa claro que, por parte do governo, estão encerradas
as negociações com os servidores.
Hoje,
entidades ligadas aos professores estaduais e funcionários
da saúde farão um protesto contra a nova previdência
de São Paulo. A Federação dos Sindicatos dos
Servidores Públicos do Estado de São Paulo e a Federação
Associativa dos Servidores Públicos do Estado de São
Paulo exigem a retomada do diálogo. “Não há acordo.
O que existe é uma possibilidade de acordo”, afirmou
o presidente da Federação Associativa, José Gozze.
O líder
do governo na Assembléia, Barros Munhoz (PSDB), foi
categórico ontem. “De nossa parte tudo que tinha que
ser alterado já foi. As negociações estão
encerradas”, afirmou.
O governo
prometeu recuar em vários pontos, entre eles, incluir
na previdência 208 mil servidores temporários e
retomar o equilíbrio entre governo e funcionalismo na
composição dos conselhos da entidade que gerenciará a
previdência.
Para os
servidores, não há garantia do governo de que as
alterações constarão no projeto que será votado.
“Não temos nenhum documento oficial”, disse Gozze.
Munhoz rebate: “Distribuí cópia do projeto com as
alterações às entidades.”
A reforma
da previdência precisa ser aprovada até o dia 28. Caso
contrário, o Estado fica impedido de receber verbas do
governo federal.
Fonte:
O Estado de S. Paulo, de 10/05/2007
Nokia
reclama de falta de isonomia tributária
SONIA RACY
A Nokia
tem enfrentado desvantagem fiscal em relação às indústrias
de São Paulo. O celular fabricado em Manaus e vendido
em São Paulo paga 18% de ICMS, enquanto o mesmo produto
produzido em São Paulo e vendido neste Estado tem
apenas 7% de tributação. Empresas paulistas ainda
recebem crédito de 7% em ICMS, zerando a alíquota,
enquanto o crédito para empresas de Manaus é de apenas
6%, o que resulta em uma desvantagem de 11% para a Nokia.
A empresa pleiteia isonomia urgente.
Guerra
fiscal? Não exatamente. A Nokia não está falando de
incentivos oferecidos pelos Estados, mas de uma cobrança
diferenciada, como se Manaus fosse território
estrangeiro. Pela Lei de Informática, na qual se
enquadram os celulares, o imposto teria que ser o mesmo
em todo o Brasil. 'Trata-se de um erro de enfoque. A
Zona Franca foi criada para gerar desenvolvimento
regional. Já a Lei de Informática é uma lei de
incentivo fiscal setorial, independentemente do local de
fabricação do produto', separa o diretor de relações
governamentais da Nokia, Rodrigo Navarro, apontando que
misturar as duas regras é misturar lagartixa com
elefante. 'E é isto que São Paulo fez há três anos,
quando instituiu essa diferenciação.'
A Nokia -
única das quatro mais importantes fabricantes de
celular a não ter fábrica em São Paulo - vem tentando
esclarecer a complicação com os governos de São Paulo
e do Estado do Amazonas, antes de enveredar por algum
caminho jurídico. 'Sabemos que uma comissão, formada
por representantes dos dois Estados, está analisando a
questão. Se chegar a um consenso, cobrando, por
exemplo, um ICMS de 12% para todos, finalmente
chegaremos a uma equalização e uma competição saudáveis.'
Ouvido por esta coluna, o secretário de Fazenda
paulista, Mauro Ricardo Costa, que, aliás, já presidiu
a Suframa, disse conhecer a questão e estar aberto a análises.
Detalhe
curioso: mesmo com ônus tributário, a Nokia tem, hoje,
32% do mercado de celulares. Em março, comemorou 10
anos de Brasil e fabricação de 100 milhões de
aparelhos. 'É o resultado do nosso portfólio e estratégia
comercial', justifica Navarro.
Fonte:
O Estado de S. Paulo, de 10/05/2007
Apeoesp
discute criação da São Paulo Previdência
O deputado
Roberto Felício, vice-líder da bancada do PT e
coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos
Servidores Públicos, não concorda com a proposta do
Executivo para a criação da SPPrev, autarquia que
deverá centralizar as decisões relativas à previdência
dos servidores.
Na opinião
do deputado, a proposta é discriminatória e
excludente, por abrir a possibilidade de aumento nas alíquotas
de contribuição previdenciária e pela forma que trata
da inclusão dos funcionários amparados pela Lei 500 e
dos ACTs (Admitidos em Caráter Temporário) no plano de
previdência.
Em decorrência
de sua posição, Felício patrocinou nesta
quarta-feira, 9/5, uma discussão do PLC 30/05 – que
trata da criação da instituição – pela diretoria e
por associados da Apeoesp.
Em outra
oportunidade, o secretário estadual de Gestão Pública,
Sidney Beraldo, explicou que a constituição da SPPrev
é uma exigência constitucional. Acrescentou também
que a determinação para que a previdência dos
servidores públicos estatutários seja administrada de
modo único pelos Estados da Federação decorre de
reformas promovidas na Constituição Federal. Beraldo
lembrou que há urgência na aprovação dos projetos,
uma vez que o Estado necessita do Certificado de
Regularidade Previdenciária, para comprovar a
conformidade com a legislação e assim garantir
transferências de recursos da União e autorização de
empréstimos junto a bancos de fomento. A prorrogação
do prazo para a obtenção desse certificado tem sido
obtida por meio de liminares judiciais, mas a última
delas expira em maio.
A reunião
foi conduzida por Carlos Ramiro, presidente da Apeoesp.
O assessor jurídico da instituição, César Pimentel,
informou que podem ser atendidas três reivindicações:
o professor que tiver intervalo de 90 dias entre
contratação e recontratação não perde sua vinculação
à SPPrev, desde que não tenha pedido demissão;
retorno da paridade de representação governo/funcionários;
e não-cumprimento das 12 horas previstas para discussão
do projeto. A partir disso estiveram em deliberação os
próximos passos para o posicionamento da entidade em
relação ao PLC 30.
Fonte:
Alesp, de 09/05/2007
Presidente
da ANAPE refuta no STF tese do MPF que dedicação
exclusiva restringe capacidade postulató
O
presidente da ANAPE na data de hoje manifestou-se em
diversas ADIs contrapondo-se à tese do Procurador Geral
da República que o procurador de Estado teria que
provar ausência de dedicação exclusiva para atuar em
feitos privados.
A tese da
ANAPE é:
1 - O
Estatuto da OAB é claro que advogado é o bacharel
inscrito na OAB e os procuradores são inscritos;
2 - ser
procurador não é causa de impedimento algum, somente
se for procurador-geral, nos termos do Estatuto;
3 - mesmo
se houver dedicação exclusiva e o procurador de Estado
advogar isto não gera impedimento, somente seria falta
administrativa, tendo que o procurador responder, se for
o caso, junto a corregedoria respectiva somente; ou
seja, assunto interno de cada Estado;
4 - é
totalmente impossível ao procurador juntar a todo o
processo privado que atue a cópia de sua Lei
Complementar Estadual para provar que não tem dedicação
exclusiva;
5 - dentre
outras alegações menos importantes.
Tal
assunto foi suscitado pelo fato do MPF ter começado a
emitir diversos pareceres nesse sentido, conforme devem
estar acompanhando.
Fonte:
Anape, de 09/05/2007
TJ
paulista elege novo membro do Órgão Especial
por
Fernando Porfírio
O Tribunal
de Justiça paulista escolhe na próxima quarta-feira
(16/5) o novo integrante do Órgão Especial. Nove
candidatos disputam a vaga: José Roberto Bedran,
Ribeiro dos Santos, Antonio Rulli, Artur Marques, Franco
de Godoi, Mathias Coltro, Mário Devienne Ferraz,
Armando Toledo e Cauduro Padin. Nesta quarta-feira
(9/5), o colegiado confirmou sessão para logo depois da
eleição.
Esta será
a primeira eleição do Órgão Especial sob o crivo das
novas regras, aprovadas em abril. De acordo com resolução,
sempre que abrir uma vaga, o presidente do tribunal,
Celso Limongi, terá de convocar o Tribunal Pleno —
integrado pelos 360 desembargadores — para a escolha.
A eleição
está marcada para começar às 9h30, na sede do Judiciário
paulista. A votação é secreta e estará eleito o
desembargador que conseguir a maioria simples dos votos.
A lista de suplentes será integrada pela ordem
decrescente da votação. Pelas novas regras, os
desembargadores que integram o Órgão Especial pelo
critério de antiguidade são inelegíveis.
A regra
levou em conta a Resolução 273/2006, do próprio
Tribunal de Justiça paulista, que regulamenta a eleição
para as vagas existentes no colegiado. Também
considerou a Resolução 16, de maio do ano passado, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece o número
de vagas a serem preenchidas por eleição. Além da
Emenda Constitucional 45, aprovada em dezembro de 2004,
que determinou que metade dos integrantes dos órgãos
especiais dos tribunais deve ser composta por membros
eleitos pelo voto direto dos desembargadores.
O mandato
do eleito terá duração de dois anos e ele assumirá o
cargo um dia após a eleição. No caso de empate, ficará
com a cadeira o candidato mais antigo no tribunal. Se
persistir o empate, o desempate será feito pelo critério
de antiguidade nos extintos Tribunais de Alçada ou na
entrância anterior e, depois, em favor daquele de maior
idade.
Fonte:
Conjur, de 09/05/20007
Celebrações
do Bicentenário do Judiciário Independente no Brasil
começam nesta quinta-feira
“Esta
data representa a independência jurídica
brasileira.” As palavras, da presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, fazem
referência ao dia 10 de maio de 1808, data da criação
da Casa da Suplicação no Brasil, primeiro órgão
judiciário independente do país, sucessor da Relação
do Rio de Janeiro – antigo órgão judiciário, que
funcionou de 1751 a 1808. Para comemorar os 200 anos
desse marco histórico, nesta quinta-feira (10) o STF
dará início ao projeto “Bicentenário do Judiciário
Independente no Brasil”. O lançamento oficial será
realizado no início da sessão Plenária, a partir das
14h.
Diversas
iniciativas estão previstas para divulgar a história e
o papel do Poder Judiciário nacional. O projeto busca
informar os cidadãos sobre a importância, o
desenvolvimento e a atuação desse Poder. O calendário
de atividades prevê a realização de eventos e ações
comemorativas até maio de 2008.
Eventos
Um dos
pontos fortes do Bicentenário do Judiciário
Independente do Brasil será o I Ciclo de Palestras do
Supremo Tribunal Federal que, até abril de 2008,
debaterá a criação e a evolução do controle de
constitucionalidade no Brasil. A primeira palestra
acontece no próximo dia 31 de maio, no STF, e será
proferida pelo presidente da Suprema Corte de Portugal,
Luis António Noronha Nascimento. O I Ciclo prevê a
realização de dez palestras ao todo, com
representantes de cortes supremas de diversos países.
A exposição
das Constituições brasileiras é outro destaque das
comemorações, a partir do próximo dia 23 de maio.
Organizada pela Fundação Armando Álvares Penteado
(FAAP), a mostra vai contar a história das sete
constituições brasileiras. As de 1824 e 1891 ficarão
expostas no edifício sede do Supremo. Simultaneamente,
no Palácio do Planalto estarão as cartas magnas de
1934, 1937 e 1967. E as constituições de 1946 e 1988
serão exibidas no Salão Negro do Congresso Nacional.
Outras
exposições farão parte das comemorações do bicentenário
da independência do Judiciário. O pintor alemão
Johann Moritz Rugendas, por exemplo, que morou no Brasil
e pintou paisagens e cenas do cotidiano brasileiro do início
do século XIX, terá suas telas expostas em fevereiro
de 2008.
Entre as ações
já confirmadas, o projeto inclui a produção de
documentários para a TV Justiça sobre a história do
Judiciário no país e sobre as constituições
brasileiras, além da produção de uma radionovela, a
ser veiculada na Rádio Justiça. A Rádio Justiça, a
TV Justiça e a TV Brasil Internacional também irão
exibir diversos programas especiais produzidos sobre o
tema durante o período das comemorações.
Com o
intuito de prestar serviços à comunidade, a programação
do Bicentenário do Judiciário Independente reservou um
dia para ações de cunho social, com o evento Ação
Justiça Cidadania 2007. Junto com a prestação de
serviços, as atividades desenvolvidas em parceria entre
associações e tribunais serão responsáveis pela
divulgação do Poder Judiciário para a população, no
Dia da Cidadania, em 5 de outubro.
Concursos
Dois
concursos foram programados. O I Concurso Nacional de
Monografias do STF é voltado para graduados e universitários
de qualquer curso. As inscrições ficam abertas de 26
de junho a 30 de novembro deste ano, e a premiação dos
melhores trabalhos acontece em abril de 2008. Já o I
Concurso Nacional de Fotografias da Justiça brasileira
– categorias infantil, jovem e adulto –, terá as
inscrições recebidas de 26 de junho a 30 de setembro.
A cerimônia de entrega dos prêmios aos primeiros
colocados acontece em dezembro. As melhores imagens farão
parte de uma exposição fotográfica, sendo que 12 serão
selecionadas para compor o calendário comemorativo do
STF de 2008.
Outras
iniciativas estão previstas: a produção da publicação
especial “História do Supremo Tribunal Federal” e a
criação de um selo, um carimbo postal e uma medalha
comemorativos ao bicentenário.
Fonte:
STF, de 10/05/2007
Asfor
Rocha é confirmado como corregedor do CNJ
Fernando
Teixeira
O Senado
Federal confirmou ontem o nome de Cezar Asfor Rocha para
o cargo de corregedor do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
e no plenário, se transformando no primeiro nome já
confirmado para o segundo mandado do conselho, que começa
em 14 de junho. A indicação depende agora apenas de
sanção presidencial.
Cezar
Asfor Rocha foi corregedor-geral do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) até abril deste ano e já ocupou o
cargo de coordenador do Conselho da Justiça Federal (CJF).
Na corregedoria do CNJ, terá a função de zelar pela
conduta disciplinar dos juízes brasileiros, enfrentando
casos como venda de sentenças, engavetamento de
processos ou favorecimento pessoal. A corregedoria
responde por quase metade da movimentação processual
do CNJ - recebeu 1,5 mil processos até o início de
2007.
Outros
oito nomes já foram indicados para o CNJ, faltando o
crivo do Senado. Pela Justiça Federal foram indicados o
desembargador Marian Gonçalves Maia Júnior e o juiz
Jorge Maurique. O Tribunal Superior do Trabalho (TST)
indicou o ministro Gelson de Azevedo e os juízes Altino
Pedozo dos Santos e Antônio Humberto de Souza Júnior.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reconduziu o
conselheiro Paulo Lôbo e indicou o advogado carioca Técio
Lins e Silva. Faltam as indicações da Câmara dos
Deputados, Senado, Ministério Público e Supremo
Tribunal Federal (STF).
Fonte:
Valor Econômico, de 10/05/2007