Comunicado:
lista de
antiguidade
O
Procurador Geral
do Estado
divulga a lista
de classificação
por antiguidade
dos Procuradores
do Estado,
referente ao
concurso de
promoção das
condições de
31.12.09, nos
termos do artigo
76 da LC.478/86,
com a redação
alterada pela
LC.1082/08, para
o conhecimento
dos
interessados, os
quais poderão
dentro de 5
dias, apresentar
reclamação.
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Fonte:
D.O.E, Caderno
Executivo I, seção
PGE, de
8/02/2010
Juízes
privilegiam
promotores,
reclama OAB
Recém-empossado
no cargo, o novo
presidente da
OAB (Ordem dos
Advogados do
Brasil), Ophir
Cavalcante, 49,
reclamou, em
entrevista à
Folha, que os juízes
dão mais
credibilidade a
membros do
Ministério Público
do que a
advogados, e
criticou o número
quase ilimitado
de recursos, que
"só fazem
beneficiar os réus".
FOLHA
- A OAB teve um
papel importante
no período da
redemocratização,
na luta contra a
ditadura. Qual o
papel que
entidade deve
desempenhar
hoje?OPHIR
CAVALCANTE - A
partir de 1988,
com a nova
Constituição,
o Brasil mudou
seu cenário,
ficou mais
democrático.
Isso fez com que
nossas lutas não
aparecessem
tanto como
apareciam antes.
A partir da
redemocratização,
nossas lutas
passaram a ser
muito mais
silenciosas
-como a luta
contra o Estado
policial,
desenvolvida na
gestão passada.
FOLHA
- Essa luta tem
a ver com a crítica
de que hoje a
profissão da
advocacia é
criminalizada?
CAVALCANTE
- Não tenho dúvida
de que sim.
Precisamos
conceber que o
advogado
desempenha um
papel de equilíbrio
em um processo.
O advogado
defende o
criminoso, não
defende o crime.
E todas as
pessoas, por
mais hediondo
que possa ter
sido o crime que
cometeram,
necessitam de
defesa.
FOLHA
- Qual é o
principal tema
que o sr.
pretende
defender durante
a sua gestão?
CAVALCANTE
- Nossa bandeira
é o combate à
corrupção e à
impunidade. E
queremos
trabalhar para
que Judiciário
tenha estrutura
para combater
isso.
FOLHA
- O sr. concorda
que hoje os
advogados contam
com uma
infinidade de
recursos que
ajudam a
perpetrar a
impunidade?
CAVALCANTE
- É um fato. É
preciso uma
revisão da
legislação. Há
muitos recursos
que só fazem
beneficiar os réus.
FOLHA
- Então o sr.
critica os
advogados que se
tornaram
verdadeiros
especialistas em
recursos?
CAVALCANTE
- Não acho que
isso seja um
desvio ético.
Acho que é o
sistema
processual que
proporciona essa
infinidade de
recursos. Mas o
juiz tem
instrumentos
para coibir
isso.
FOLHA
- Os advogados
reclamam que o
juiz e o
promotor muitas
vezes trabalham
juntos. O sr.
concorda?
CAVALCANTE
- Devemos convir
que o promotor
tem muito mais
acesso ao juiz
do que o
advogado da
parte que está
sendo acusada. O
Ministério Público
faz a defesa da
sociedade, então
o juiz acha que
ele tem muito
mais
credibilidade do
que a defesa.
Muitas vezes
acaba
confundindo esse
papel.
FOLHA
- A OAB pediu o
impeachment do
governador do
DF, José
Roberto Arruda.
O sr. tem
acompanhado as
notícias sobre
o escândalo?
CAVALCANTE
- Sim. Chegamos,
infelizmente, ao
fundo do poço.
As instituições
precisam reagir.
A sociedade
precisa reagir.
FOLHA
- Este é um ano
eleitoral. Como
o senhor vê a
questão dos políticos
com ficha suja?
CAVALCANTE
- Acho muito
importante que
se discuta essa
questão para
que você possa
ver como nosso
modelo se
exauriu. A OAB
defende a ideia.
FOLHA
- A OAB defende
no STF a punição
dos agentes do
Estado que
cometeram
tortura na
ditadura. O sr.
reafirmará essa
posição?
CAVALCANTE
- O resgate da
história do
Brasil é
fundamental para
que se possa
fortalecer a
democracia. É
preciso apurar a
existência de
tortura.
Procurador,
novo dirigente
da OAB atuou no
Pará
Especialista
em direito do
trabalho e
procurador do
Estado do Pará,
Ophir Cavalcante
Júnior, assumiu
a presidência
da OAB (Ordem
dos Advogados do
Brasil) na
segunda-feira
passada para um
período de três
anos à frente
da entidade.
Nascido
em Belém (PA),
é formado em
Direito pela
Universidade
Federal do Pará,
de onde
atualmente é
professor
licenciado.
Entrou para a
OAB em 1983 e
foi conselheiro
e
vice-presidente
da seccional do
Pará entre 1998
e 2000. Foi
eleito
presidente da
Ordem local em
2001,
permanecendo no
cargo até 2006.
Já
no Conselho
Federal da OAB,
fez parte da
gestão do
sergipano Cezar
Britto, ocupando
o cargo de
tesoureiro.
Ele
é filho do
advogado Ophir
Filgueiras
Cavalcante, que
também foi
presidente da
OAB de abril de
1989 a abril de
1991.
Fonte:
Folha de S.
Paulo, de
8/02/2010
Justiça
no Brasil atrasa
30% mesmo onde
é mais rápida
Mesmo
uma das Justiças
mais rápidas do
país, a de Rondônia,
enfrenta atrasos
de 30% na
tramitação de
processos, em
relação aos
prazos previstos
na lei. Em três
dos últimos
cinco anos, o
Estado teve a
menor taxa de
congestionamento
do Brasil -um índice
do Conselho
Nacional de
Justiça para
aferir a
velocidade do
Judiciário.
Uma
pesquisa inédita
realizada no
Mestrado
Profissional em
Poder Judiciário
da FGV-RJ, da juíza
Rosimeire
Pereira de
Souza, analisou
processos do
Estado de Rondônia.
A juíza
comparou os
prazos de execução
de cada ato
processual com
os prazos legais
estipulados.
O
resultado foi
que, dentre os
processos de
primeiro grau
(sem recursos
para a segunda
instância ou
nas instâncias
superiores), a
duração média
foi de 758 dias-
pouco mais de 2
anos. Para
respeitar
integralmente os
prazos legais
estipulados, o
tempo máximo
deveria ter sido
de 578 dias.
Isso significa
que, em média,
houve lentidão
de 31% além do
prazo legal.
Um
exemplo: nos
juizados
especiais cíveis
(pequenas
causas), a
primeira audiência
tem de ocorrer
até 30 dias após
o início do
processo. Na prática,
o prazo vira
letra morta, sem
punições para
o
descumprimento.
Os
maiores responsáveis
pela lentidão
em Rondônia
foram servidores
(32,6% da lentidão)
e o gabinete do
juiz (21,9%).
Juntos respondem
por 54,5% do
excesso de
prazo.
Lentidão
em todo o país
Apesar
de ainda não
haver dados
detalhados de
outros Estados
para comparar
com Rondônia,
os pesquisadores
da FGV utilizam
a chamada taxa
de
congestionamento
dos tribunais
para fazer
comparações.
Segundo
a juíza
Rosimeire, o
objetivo da
pesquisa é
testar
metodologias
para apurar a
lentidão e
realizar estudos
semelhantes no
resto do país.
A partir das
medidas,
especialistas
querem propor
alternativas
para acelerar a
Justiça do país.
"Mesmo
quem melhor está
atrasa 30% em
relação ao que
a lei
manda", diz
Joaquim Falcão,
diretor da
Escola de
Direito da
FGV-RJ e
ex-membro do
Conselho
Nacional de
Justiça.
O
tema da
velocidade da
Justiça
brasileira
ressurgiu na
semana passada,
após o
presidente do
STF (Supremo
Tribunal
Federal), Gilmar
Mendes, dizer
que a morosidade
do Judiciário
é um
"mito"
e que a lentidão
apontada pelos
críticos é
"pontual e
concentrada".
Entidades de juízes,
promotores,
advogados e
especialistas em
direito
discordaram da
afirmação.
Congestionamento
Os
dados mais
recentes da taxa
de
congestionamento
mostram que, em
2008, os três
melhores Estados
em primeiro grau
foram Piauí
(18,8%), Amapá
(23,3%) e Rondônia
(28,7%).
Um
tribunal com
congestionamento
0% julga todos
os processos -
novos ou
antigos- no
mesmo ano.
Congestionamento
100% significa
que o tribunal não
julgou nenhum
caso.
Os
piores são
Pernambuco
(91,7%), Bahia
(88,5%),
Amazonas
(87,3%), Alagoas
(85,7%) e São
Paulo (84%).
Minas Gerais e
Rio de Janeiro têm,
respectivamente,
69,6% e 73,2%.
"Se
Rondônia, que
tem uma das
menores taxas de
congestionamento
do país tem uma
duração média,
para o primeiro
grau apenas, de
pouco mais de
dois anos,
podemos concluir
que nos demais
Estados, com
quase três
vezes mais
congestionamento,
a duração pode
ser
proporcionalmente
maior",
afirma Pablo de
Camargo
Cerdeira,
advogado e
professor Escola
de Direito da
FGV-RJ.
Empenho
do juiz
determina
rapidez, diz
professora
A
professora de Ciência
Política da USP
e especialista
em Poder Judiciário
Maria Tereza
Sadek afirma que
o fator que mais
influencia a
velocidade do
andamento dos
processos é o
empenho dos juízes
responsáveis
pelas varas em
dar celeridade
ao trâmite das
causas. Para
ela, quando os
magistrados se
envolvem
diretamente na
gestão dos cartórios
judiciais e
cobram
produtividade,
os processos
andam rápido.
O
caso de Adriana
Santiago Bezerra
exemplifica bem
a questão. Ela
é a única juíza
criminal de
Apodi (cidade do
interior do Rio
Grande do Norte)
e acumula a Vara
Criminal e os
Juizado Especial
Criminal.
"Aquela
região prevê
três juízes,
mas é comum o
juiz acumular três
funções. Eu
também
desempenho funções
administrativas
e
eleitorais",
diz.
Em
2008, a juíza
resolveu reunir
servidores,
advogados e
membro do Ministério
Público para
elaborar um
levantamento
sobre a gestão
da Vara Criminal
e do Juizado
Especial.
"A
primeira medida
foi a gravação
de audiências.
Ao invés de
tomar nota das
declarações,
tudo era
realizado de
forma gravada.
Acabava o
processo em
praticamente uma
audiência. Uma
medida simples
resultou em mais
velocidade",
diz.
Ela
também reduziu
os atos
processuais. Por
exemplo, ao invés
de expedir um
mandado de citação
(para o réu se
defender) e um
segundo mandado
para que a
pessoa fosse
intimada a
comparecer à
audiência de
instrução,
fazia um ato
apenas.
O
número de audiências
realizadas
aumentou 173%
(passou de 100
em 2008 para 173
em 2009), o de
sessões do júri
320% (foram de 5
para 16 de júris
realizados). O número
de processos
julgados subiu
167% (de 158
para 264). E os
processos
pendentes
passaram de 222
em março de
2009 para 12 em
dezembro do
mesmo ano.
"Em
uma comarca de médio
porte como a
minha, pequenas
práticas
conseguem
reduzir o tempo
do processo e
reduzir a
quantidade de
atos praticados.
O código de
processo penal já
estabelecia
essas práticas,
mas isso não
era colocado em
prática",
afirma Adriana.
Para
o novo
presidente da
OAB, Ophir
Cavalcanti, há
problemas
estruturais,
como falta de
servidores e juízes.
Ele vê, no
entanto, a
necessidade de
uma "mudança
de
paradigma".
Propõe aumentar
o horário de
trabalho das 8h
às 18h. Em
muitos fóruns
estaduais, os juízes
trabalham das 8h
até as 13h.
Ele
diz ainda que
seria mais fácil
ter juízes
morando nas próprias
comarcas,
vivendo nas
cidades onde
atuam.
"Muito
trabalho não
significa
trabalhar muito.
Muitos juízes são
dedicados, mas há
necessidade de
um engajamento
maior."
Fonte:
Folha de S.
Paulo, de
8/02/2010
Serra
chama empresas
para explicar
apagões
Representantes
das 11
concessionárias
de energia elétrica
que atuam no
Estado de São
Paulo foram
convocados para
uma reunião de
emergência na
tarde de hoje
para dar explicações
ao governo sobre
os problemas de
fornecimento de
energia
ocorridos na
semana passada
durante as
chuvas.
Na
capital, por
exemplo,
moradores de 16
bairros, como
Vila Madalena,
Perdizes,
Santana,
Pinheiros e
Itaquera,
ficaram sem luz
por mais de 24
horas. Outros
pontos da cidade
também tiveram
cortes de
energia no final
de semana.
A
AES Eletropaulo,
responsável
pelo serviço na
capital, diz que
as panes foram
provocadas pela
queda de árvores
decorrente da
"chuva atípica",
que teria quase
dobrado as ocorrências
de corte de
energia.
Para
o governo, que não
se manifestou
durante os apagões
de quinta e
sexta-feira,
essa explicação
não é
suficiente para
entender a
grande demora no
restabelecimento
do serviço.
"É
absolutamente
inaceitável que
a população
fique mais de 24
horas sem
energia elétrica.
Por se tratar de
serviço
essencial, as
concessionárias
têm obrigação
de estar
preparadas para
situações de
emergência",
disse o secretário
de Justiça e da
Defesa da
Cidadania, Luiz
Antonio Marrey,
em nota
divulgada ontem
à tarde.
A
convocação de
emergência,
ainda segundo a
nota, foi
determinada pelo
governador José
Serra (PSDB) em
reunião
realizada no
final de semana.
A
reação de
Serra, que pode
ser candidato à
Presidência da
República,
ocorre um dia
depois de o
prefeito
Gilberto Kassab
(DEM), seu
aliado, também
ter ameaçado
romper o
contrato com as
empresas responsáveis
pela limpeza dos
piscinões (leia
texto nesta página).
As enchentes e
os seguidos
blecautes podem
representar
desgaste para a
candidatura
PSDB-DEM ao Palácio
dos
Bandeirantes.
Além
de Marrey,
participarão da
reunião pelo
governo a secretária
Dilma Pena
(Saneamento e
Energia) e o
diretor-executivo
do Procon,
Roberto
Pfeiffer. A
participação
de Pfeiffer é
importante
porque as sanções
que poderão ser
aplicadas pelo
governo paulista
contra as
empresas são no
âmbito das relações
de consumo.
Outras
punições só
podem ser
determinadas
pela Aneel (Agência
Nacional de
Energia Elétrica),
que regulamenta
o setor elétrico
no país.
Procurada, a
Eletropaulo
informou que está
à disposição
para fornecer
todos os
esclarecimentos
e que busca
melhorar o serviço
prestado. O
governo também
convocará a
CPFL (que
congrega sete
concessionárias),
a Elektro, a
Bandeirante
Energia e a Caiuá.
Procuradas, as
empresas não se
manifestaram.
Essa
é a segunda vez
que as
concessionárias
são convocadas
pelo governo. No
ano passado, após
a Folha revelar
um erro de cálculo
nas tarifas,
elas foram
chamadas para
suspender a
cobrança
irregular. Até
agora, não foi
definido, porém,
como o dinheiro
cobrado
indevidamente
será devolvido.
Fonte:
Folha de S.
Paulo, de
8/02/2010
MP
abusa de poder
em ações sem
fundamento
Numa
iniciativa
inusitada na
história da
instituição, a
Advocacia-Geral
da União
anunciou a decisão
de processar por
improbidade
administrativa
procuradores da
República e
promotores do
Ministério Público
do Estado do Pará
que, no exercício
de suas funções,
entrarem com
medidas
judiciais para
tentar impedir a
construção da
Hidrelétrica de
Belo Monte, no
Rio Xingu. A
medida foi
decidida numa
reunião entre o
presidente Lula
e o chefe da
AGU, Luís Inácio
Lucena Adams, e
a justificativa
é que
promotores e
procuradores,
que não levarem
em conta a licença
ambiental prévia
dada pelo Ibama
para a realização
da obra,
estariam
procurando
"impor seu
entendimento
pessoal aos
demais agentes
do Estado".
Para
Adams, em vez de
se ater à função
de zelar pela
ordem jurídica,
que lhes é
atribuída pela
Constituição,
esses promotores
e procuradores
estariam
abusando de suas
prerrogativas
"por meio
de ações sem
fundamento,
destinadas
exclusivamente a
tumultuar a
consecução de
políticas públicas
relevantes para
o País".
Segundo o chefe
da AGU, alguns
setores do
Ministério Público
Federal e
paraense
estariam agindo
de forma
"preconceituosa
e desprovida de
análises técnica
e jurídica
consistentes",
criando
"embaraços
a
empreendimentos
governamentais".
A
rigor, o caso é
idêntico ao que
aconteceu na época
do governo do
presidente
Fernando
Henrique
Cardoso, quando
alguns
procuradores
simpatizantes do
PT não mediram
esforços para
tentar
inviabilizar a
privatização
de bancos e
empresas
estatais. A
diferença é
que, naquela época,
o governo
conseguiu
derrubar
judicialmente as
liminares
concedidas pelos
tribunais,
enquanto agora
ele optou pela
intimidação do
Ministério Público.
A estratégia é
tão autoritária
quanto as pressões
que têm sido
feitas pelo
presidente Lula
sobre o Tribunal
de Contas da União,
para levar o órgão
a ser mais
leniente na
fiscalização
das obras do
PAC.
Como
era de esperar,
as entidades que
defendem os
interesses
corporativos dos
promotores, a cúpula
do Ministério Público
paraense e o
procurador-geral
da República,
Roberto Gurgel,
manifestaram-se
imediatamente
contra a
iniciativa da
AGU. Eles
acusaram o
governo de estar
recorrendo à
coerção para
acuar órgãos
de controle e
fiscalização,
afirmaram que a
licença
ambiental
concedida pelo
Ibama carece de
fundamentação
jurídica e, com
apoio do
Conselho
Indigenista
Missionário,
prometeram
ajuizar mais ações
contra a construção
da Hidrelétrica
de Belo Monte. O
embate esquentou
ainda mais
depois que
Gurgel
distribuiu nota
lembrando a
autonomia
funcional que
foi concedida
pela Carta de 88
ao Ministério Público.
A instituição
tem a missão de
impugnar atos do
poder público
que afrontem
dispositivos
constitucionais,
diz a nota.
Todos
esses argumentos
seriam irretorquíveis
se a
Procuradoria-Geral
da República e
os Ministérios
Públicos
estaduais
exercessem de
modo
absolutamente
isento e
objetivo a função
de zelar pela
ordem jurídica
e defender os
chamados
"direitos
indisponíveis".
Não é o que
acontece.
Continuam
ocorrendo nos
Estados abusos
semelhantes aos
praticados por
alguns
procuradores da
República na década
de 1990, quando
fizeram
sucessivas denúncias
infundadas
contra o governo
federal para
macular a imagem
de seus
dirigentes e
criar fatos políticos
que favorecessem
eleitoralmente
determinadas
agremiações
partidárias.
Desde
que a Constituição
de 88 converteu
o Ministério Público
num poder autônomo,
vários
promotores e
procuradores
estaduais
passaram a se
imiscuir
abertamente nas
disputas políticas
locais e
regionais. O
comprometimento
da isenção e
imparcialidade
da instituição
chegou a ser
reconhecido
implicitamente
em 2007, quando
o Conselho
Nacional do
Ministério Público,
órgão
encarregado do
controle externo
da instituição,
suspendeu o
procurador Luis
Francisco Souza
e aplicou pena
de censura ao
procurador
Guilherme
Schelb, por
abuso de poder.
Na
realidade,
nenhuma das
partes está com
a razão nesse
entrevero sobre
a Usina de Belo
Monte. De um
lado, é
evidente que a
AGU está
tentando coagir
o Ministério Público.
De outro, a cúpula
desta instituição
está sofrendo
as consequências
de não ter
agido com rigor,
no passado,
contra seus
integrantes que
usaram as
prerrogativas
funcionais com
objetivos políticos
ou ideológicos.
Fonte:
Estado de S.
Paulo, seção
Opinião, de
7/02/2010
Despesa
do judiciário
subiu 270%
Quando
chegar ao fim de
seu segundo
mandato, em
dezembro, o
presidente Luiz
Inácio Lula da
Silva terá
contratado cerca
de 100 mil
pessoas apenas
para o Poder
Executivo. O
governo Lula
também promoveu
um agressivo
reajuste dos salários
dos servidores,
bem acima dos níveis
da iniciativa
privada, mas os
maiores
reajustes estão
no Judiciário e
no Ministério Público,
que têm
autonomia para
decidir suas
remunerações.
Nesses casos, as
altas foram
expressivas nas
administrações
FHC e Lula. A
informação é
do Portal do
Estadão.
As
contratações
de Lula
praticamente
compensaram o
enxugamento
feito no governo
anterior e
reverteram uma
política de
corte de funcionários
públicos
iniciada em
1990. Com mais
folga no Orçamento,
graças ao
crescimento da
economia e à
reforma da
Previdência de
2003, o
Executivo tem
hoje o mesmo número
de servidores
que em 1997. De
1996 a 2009, a
despesa com o
pagamento dos
funcionários do
Judiciário avançou
270%. No Ministério
Público, a alta
foi de 285%.
Quando
chegar ao fim de
seu segundo
mandato, em
dezembro, o
presidente Luiz
Inácio Lula da
Silva terá
contratado cerca
de 100 mil
pessoas apenas
para o Poder
Executivo. É um
exército de
auditores,
pesquisadores,
analistas,
advogados,
professores,
entre outros
profissionais,
que começaram a
trabalhar nos
diversos órgãos
do governo nos
últimos oito
anos.Para ter
uma ideia da
dimensão desse
contingente,
corresponde a
mais de duas
vezes o quadro
de 45 mil
funcionários da
mineradora Vale,
segunda maior
empresa
brasileira. Também
é praticamente
igual aos 110
mil empregos
gerado por todas
as montadoras de
carros
instaladas no
Brasil.
Dados
do Ministério
do Planejamento
mostram que,
entre dezembro
de 2002 e
outubro de 2009,
aumentou em
63.270 o número
de servidores públicos
civis, para 549
mil. O valor
exclui aqueles
que substituíram
funcionários
aposentados. O
Orçamento
autoriza a criação
de mais 46.151
vagas este ano,
mas o governo não
costuma utilizar
tudo que está
previsto. Como
2010 é ano
eleitoral, os
concursos só
ocorrem até
junho.
As
contratações
de Lula
praticamente
compensaram o
enxugamento
feito no governo
anterior e
reverteram uma
política de
corte de funcionários
públicos
iniciada em
1990. Com mais
folga no Orçamento,
graças ao
crescimento da
economia e à
reforma da
Previdência de
2003, o
Executivo tem
hoje o mesmo número
de servidores
que em 1997.
A
administração
do Partido dos
Trabalhadores
(PT) defende
"um novo
papel estratégico
do Estado",
que seria
"incompatível
com uma política
de corte de
pessoal",
conforme um
informe do
Ministério do
Planejamento.
"Estamos
recuperando a
capacidade do
Estado de
atuar",
disse o secretário
de gestão do
ministério,
Marcelo Viana
Estevão de
Moraes. Segundo
ele, o objetivo
é recompor o
quadro e
requalificar os
servidores. Ele
também explica
a expansão pelo
compromisso
assumido com o
Ministério Público
de substituir
trabalhadores
terceirizados
por concursados.
Fonte:
Conjur, de
7/02/2009
Regional
de Araçatuba
tem novo chefe
O
procurador do
Estado Paulo
Henrique Marques
de Oliveira é o
novo chefe da
Procuradoria
Regional de Araçatuba
(PR-9). Até então,
a PR-9 era
chefiada pelo
procurador Edson
Storti de Sena,
cuja passagem
pela chefia,
segundo o
procurador geral
do Estado
adjunto Marcelo
de Aquino,
“ficará
sempre marcada
na história da
Regional de Araçatuba”.
Antes
de ingressar na
PR-9, onde
exerceu a chefia
da 1ª
Subprocuradoria
a partir de
outubro de 2007,
Paulo Henrique
Marques de
Oliveira atuou
na Seccional de
Santo André,
vinculada à
Procuradoria
Regional da
Grande São
Paulo (PR-1), até
2006.
Também
foi procurador
do município de
Diadema de 1996
a 1998, ano do
concurso pelo
qual ingressou
na Procuradoria
Geral do Estado
(PGE). “Ao
Paulo, desejo e
votos que
persista no
trabalho
iniciado pelo
Edson, podendo
sempre contar
com o apoio e
ajuda deste
Gabinete”,
disse o
procurador geral
do Estado
adjunto.
Fonte:
site da PGE SP,
de 7/02/2010
Comunicado
do Centro de
Estudos
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para o anexo
Fonte:
D.O.E, Caderno
Executivo I, seção
PGE, de
8/02/2010