Resolução
PGE n. 36, de 06-7-2010
O Procurador Geral do
Estado,
Considerando
as alterações de classificação de
Procuradores do Estado em diversas
unidades da PGE, resolve:
Artigo
1º - Permanecem sob a
responsabilidade do Procurador do
Estado cujas classificações e
designações foram publicadas nas edições
do Diário Oficial do Estado de
15.6.2010 e 16.6.2010, Seção II,
Poder Executivo, as providências
judiciais e administrativas que lhe
foram atribuídas por meio do sistema
PGE.net até 6 de julho de 2010,
inclusive.
§
1º - Para cumprimento das referidas
providências, o Procurador do Estado
deve acessar o sistema PGE.net, em seu
novo local de trabalho, instalando, se
for o caso, o acesso remoto ao
sistema, cujo programa encontra-se
disponível na área restrita do site
da PGE.
§
2º - O Procurador do Estado pode,
justificadamente, requerer a
redistribuição da providência
judicial e administrativa por meio do
sistema, competindo à Chefia
respectiva apreciar o requerimento e
decidir motivadamente a respeito.
Artigo
2º - Esta resolução entra em vigor
na data de sua publicação.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção
PGE, de 7/07/2010
Resolução
PGE n. 37, de 6-7-2010
Dispõe
sobre a preparação dos Procuradores
do Estado em estágio probatório
classificados na Área da Consultoria
Jurídica
O
Procurador Geral do Estado,
Considerando
que os Procuradores do Estado em estágio
probatório classificados na Área da
Consultoria Jurídica deverão exercer
suas atividades em órgãos jurídicos
de autarquias,
Considerando
que os órgãos jurídicos da PGE nas
autarquias deverão ser adequadamente
estruturados para o recebimento dos
Procuradores do Estado, resolve:
Artigo
1º - O Procurador Geral do Estado
designará Procurador do Estado para
atuar como monitor do Procurador do
Estado em estágio probatório da Área
da Consultoria Jurídica.
Artigo
2º - O Procurador designado terá
atribuição de:
a)
prestar orientação diretamente ao
Procurador do Estado em estágio
probatório, auxiliando-o a solucionar
dúvidas e superar dificuldades;
b)
atuar para que o Procurador em estágio
probatório possa tomar conhecimento
das diversas matérias e assuntos
afetos à Área da Consultoria;
c)
prestar informações à Corregedoria
da Procuradoria Geral do Estado para
efeito de confirmação no cargo, sem
prejuízo das manifestações dos
chefes mediato e imediato.
Artigo
3º - A Coordenadoria de Autarquias
realizará reuniões periódicas de
avaliação, propondo a distribuição
dos Procuradores do Estado em estágio
confirmatório entre os monitores.
Artigo
4º - Esta resolução entra em vigor
na data de sua publicação.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção
PGE, de 7/07/2010
Ministros
Ayres Britto e Dias Toffoli participam
do II Congresso Brasileiro das
Carreiras Jurídicas de Estado
Começa
nesta terça-feira (6), às 19 horas,
no Centro de Convenções Ulysses
Guimarães, em Brasília, o II
Congresso Brasileiro das Carreiras Jurídicas
de Estado (II CBCJE), que contará com
mais de 1,5 mil participantes. Os
ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) Ayres Britto, vice-presidente da
Corte, e Dias Toffoli participam da
cerimônia de abertura do evento, que
até o dia 9 de julho discutirá o
futuro do sistema judicial brasileiro
e o papel das carreiras jurídicas no
desenvolvimento do país.
Estão
na pauta do encontro questões de
interesse do Estado brasileiro, entre
elas: medidas de combate à corrupção,
à lavagem de dinheiro e ao comércio
ilegal; o marco regulatório do petróleo
e gás; a atuação de órgãos
regulatórios e o controle judicial;
ajustes de conduta no âmbito da
Administração Pública; agronegócio
e desenvolvimento sustentável; e o
papel das carreiras jurídicas nos
projetos da Copa do Mundo de futebol e
das Olimpíadas.
Além
das 28 oficinas, nove painéis e três
palestras do Congresso serão
realizadas duas reuniões setoriais,
sendo uma entre presidentes das comissões
de advocacia pública das seccionais
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
e outra entre policiais federais.
A
intenção do II CBCJE é estreitar o
relacionamento, promover a integração
e estimular o intercâmbio de
conhecimento sobre as atividades
desempenhadas por cada uma das
carreiras jurídicas de Estado, com o
objetivo de oferecer à população
mais qualidade e celeridade na prestação
dos serviços e a oportunidade de
aprender a melhor aproveitar os
recursos públicos, sem desperdiçá-los.
Em
quatro dias, o evento reunirá membros
da magistratura, do Ministério Público,
da Defensoria Pública, das
procuradorias dos estados e dos municípios,
dos delegados de Polícia e da
Advocacia Pública Federal, além de
dirigentes empresariais, lideranças
da sociedade civil organizada,
integrantes dos tribunais regionais,
tribunais superiores e representantes
dos poderes Executivo e Legislativo.
Homenagem
O
ministro do STF Dias Toffoli será o
homenageado desta segunda edição do
evento. Ex-advogado-geral da União,
ele foi idealizador do I CBCJE,
realizado em 2008, quando a homenagem
foi dirigida ao ministro aposentado do
Supremo Sepúlveda Pertence. Nesta edição,
Toffoli será o presidente de honra do
Congresso.
Além
dos ministros do STF estarão
presentes na cerimônia de abertura o
presidente da República em exercício,
José Alencar, o presidente do Senado
Federal, José Sarney, o presidente da
Câmara dos Deputados, Michel Temer, o
procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, o ministro da Justiça,
Luiz Paulo Barreto, e o advogado-geral
da União, Luís Inácio Adams, entre
outras autoridades.
Sustentabilidade
O
Congresso também mostrará o
compromisso com a responsabilidade
sociombiental. Durante todo o evento,
haverá coleta seletiva de lixo, com a
disponibilização de lixeiras
adequadas a cada tipo de resíduo a
ser descartado. Também foi definido
que parte do material gráfico
utilizado na sinalização do evento
será encaminhado para reciclagem. Além
disso, a organização do II CBCJE fez
a encomenda de duas mil bolsas
recicladas produzidas pela entidade,
para distribuir entre os participantes
do evento.
Responsabilidade
social
Ainda
no evento, os integrantes das
carreiras jurídicas de Estado terão
a oportunidade de praticar sua
responsabilidade social. Cada
participante será convidado a
contribuir com valor equivalente ao
custo de uma cesta básica de
alimentos não-perecíveis. Os
donativos serão entregues a três
entidades sociais do Distrito Federal:
Lar Betel – Assistência Social
Evangélica de Brasília; Instituto
Dona Diva; e Associação de Mães e
Pais Amigos e Reabilitadores de
Excepcionais (Ampare).
O
II CBCJE é realizado pela Associação
dos Juízes Federais do Brasil
(Ajufe), Associação Nacional dos
Procuradores de Estado (ANAPE),
Associação Nacional dos Peritos
Criminais Federais (APCF) e Fórum da
Advocacia Pública Federal, com a
participação de 31 associações.
Mais
informações sobre o evento estão
disponíveis no site
http://www.carreirasjuridicas.com.br/.
Fonte:
site do STF, de 7/07/2010
As súmulas da Justiça paulista
Para
tentar acelerar os julgamentos de
cerca de 18,1 milhões de ações na
primeira instância e outras 500 mil
na segunda instância, a Justiça
paulista acaba de aprovar seis súmulas.
O tempo médio para um processo ser
concluído na Corte de São Paulo é
de mais de dez anos. No Tribunal de
Justiça (TJ) do Rio de Janeiro o
tempo médio é de cinco anos.
Envolvendo
temas de direito imobiliário e
direito de família, as matérias
sumuladas são fruto do trabalho da 3.ª
Câmara de Direito Privado do TJSP,
que há um ano aprovou 14 enunciados,
tratando de rescisão contratual,
devolução das quantias pagas nos
contratos de compra e venda de imóveis,
obrigação de alimentos, cobrança de
benfeitorias e registros públicos.
Os
enunciados resumem matérias sobre as
quais não há divergências de
interpretação e doutrina nas Câmaras
de Direito Privado e Direito Público
que compõem o Tribunal. A Seção de
Direito Privado têm 38 Câmaras,
distribuídas em três subseções,
com 190 desembargadores e 38 juízes
substitutos de segundo grau.
Elaboradas pelo Órgão Especial do
Tribunal com base nos enunciados, as súmulas
uniformizam a jurisprudência e servem
de orientação para os magistrados de
primeira instância, para os membros
do Ministério Público, para os
procuradores municipais e estaduais e
para os advogados. Os temas sumulados
dispensam os juízes de primeira instância
de fundamentar suas decisões,
bastando citar o número da súmula.
Como
as súmulas sintetizam o entendimento
majoritário do TJSP sobre os casos e
temas mais recorrentes, que envolvem
os chamados "litígios de
massa", fica mais fácil para os
advogados, promotores e procuradores
saber quando é e quando não é
conveniente recorrer à segunda instância.
Um desses litígios é o relativo ao
ressarcimento de diferenças de correção
monetária em cadernetas de poupança,
por causa dos "expurgos"
feitos pelos Planos Bresser, Verão,
Collor 1 e Collor 2, nas décadas de
80 e 90. No ano passado, tramitavam
44.410 recursos discutindo reposição
de perdas no TJSP (ao todo, há 694
mil ações individuais e 721 ações
coletivas com o mesmo objetivo
tramitando nos tribunais brasileiros).
Desde
a edição da Emenda da Reforma do
Judiciário, a legislação que cuida
da uniformização da jurisprudência
recebeu várias inovações, as mais
importantes sendo a criação da súmula
vinculante e a edição da Lei dos
Recursos Repetitivos. A súmula
vinculante é um entendimento do STF
que todos os demais tribunais e a
administração pública, direta e
indireta, são obrigados a seguir. A
Lei dos Recursos Repetitivos permite
que o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) ? a mais importante corte do País
depois do Supremo ? escolha um
processo entre os milhares que
tramitam nos tribunais do País,
discutindo um mesmo tema, e converta o
julgamento de mérito desse feito em
decisão obrigatória para todas as
cortes. Desde que essas inovações
processuais foram aprovadas pelo
Congresso, em 30 de dezembro de 2004,
o número de recursos no STJ e no STF
vem diminuindo.
As
seis súmulas que o Órgão Especial
do TJSP aprovou por unanimidade não são
vinculantes ? essa é uma prerrogativa
que só o Supremo detém. Mesmo assim,
elas podem ser decisivas para
desestimular a apresentação de
recursos com reivindicações contrárias
a matérias onde não há divergências
entre os mais de 360 desembargadores
da Corte. Além de ajudar a desafogar
as duas instâncias da Justiça
estadual, inibindo o
"demandismo" com fins
protelatórios, a aprovação das súmulas
reforça a segurança jurídica.
"Essa não é uma medida com
resultados de curto prazo, mas de médio
e longo prazos", diz o presidente
da Seção de Direito Privado do TJSP,
desembargador Maia da Cunha. O Judiciário
paulista é o mais congestionado do País
e foi apontado pelo CNJ como um dos
que mais demoraram para iniciar sua
modernização. Nos últimos anos, porém,
a Corte começou a investir em informática
e, agora, a adotar súmulas. Com essas
medidas, o TJSP começa a recuperar o
tempo perdido.
Fonte:
Estado de S. Paulo, Opinião, de
7/07/2010