Capez
profere
voto
favorável
ao PLC
20/2010
Na
qualidade
de
relator
especial,
o
deputado
estadual
Fernando
Capez
proferiu
voto
favorável
ao
Projeto
de Lei
Complementar
nº
20/2010,
encaminhado
à
Assembléia
Legislativa
do
Estado
de São
Paulo
(Alesp)
pelo
governador
José
Serra,
alterando
a Lei
Complementar
nº
724/93,
que dispõe
sobre os
vencimentos
dos
integrantes
da
carreira
de
Procurador
do
Estado.
"Estamos
acompanhando
com
muita
atenção
a
tramitação
desse
PLC",
afirmou
Marcelo
de
Aquino,
procurador
geral do
Estado
adjunto.
Clique
aqui
para a
íntegra
do
parecer.
Fonte:
site da
PGE SP,
de
7/04/2010
Advogados
públicos
rebatem
ameaça
da OAB
paulista
Próximo
a
completar
um ano
de trâmite
na Câmara
dos
Deputados,
continua
a polêmica
em torno
do
Projeto
de Lei
5.080/09,
que prevê
a
procura
e
bloqueio
bens de
contribuintes
devedores
pela
Receita
Federal
antes
mesmo de
um
processo.
A União
dos
Advogados
Públicos
do
Brasil
(Unafe)
divulgou
nota em
resposta
às
declarações
do
presidente
da OAB
paulista,
Luiz Flávio
Borges
D’Urso.
Durante
a posse
de seu
terceiro
mandato
da
OAB-SP,
no dia
25 de
março,
D’Urso
fez uma
ameaça:
“Se os
procuradores
da
Fazenda
Nacional
insistirem
no
projeto
para
poderem
quebrar
o sigilo
bancário
e
penhorar
a conta
do
contribuinte,
nós
vamos
cassar a
inscrição
dessa
gente.
Se
quiser
ser
juiz, vá
prestar
concurso.
Pelo
projeto,
os
fiscais
poderiam
quebrar
sigilo,
penhorar
bens e
arrombar
portas
de
empresas
e casas
sem
autorização
prévia
da Justiça.
Na
nota, a
Unafe
afirmou
que a
OAB não
tem
competência
para
cassar
seus
membros.
“Ainda
que
estivessem
a
praticar
qualquer
ato
violador
de sua
conduta
profissional,
a OAB não
possui
nenhum
poder de
correição
sobre os
procuradores,
posto
incumbir
exclusivamente
à AGU
tal
mister,
nos
exatos
termos
do
artigo
75, parágrafo
1º, da
Medida
Provisória
2.229-43/01,
reforçando-se
o caráter
inoportuno
e
desnecessário
de tais
declarações
públicas,
que não
condizem
com o
histórico
de
defesa
da
democracia
da
OAB”.
A
entidade
também
considerou
“incompreensível
e
inaceitável”
o fato
da AGU
ser
confundida
com órgãos
da “área
econômica
governamental,
responsáveis
pelas
políticas
tributárias
do país”.
Defendendo
a
proposta,
a Unafe
destacou
que o
atual
procedimento
de execução
dos créditos
públicos
da União
sobrecarregam
o Poder
Judiciário
brasileiro
e cria
obstáculos
para a
cobrança
de fato,
o que
ocasiona
a fuga
dos
grandes
devedores.
Por fim,
a
entidade
declarou
o desejo
de que
as
manifestações
de
D’Urso
“possuam
caráter
respeitoso
e
elevado
à
altura
da
importância
do tema
tratado
e da
dignidade
do cargo
público
exercido
pelos
membros
da
Advocacia-Geral
da União”.
Atualmente,
projeto
tramita
em
regime
de
prioridade
e
sujeito
à
apreciação
do Plenário
da Câmara
devido a
revisão
de um
despacho
que pede
o
cancelamento
do caráter
de urgência.
Leia
a nota:
A
União
dos
Advogados
Públicos
do
Brasil
(UNAFE)
vem a público
lamentar
a
recente
declaração
do
Presidente
da
Seccional
da Ordem
dos
Advogados
(OAB) em
São
Paulo,
Luiz Flávio
Borges
D’Urso,
que, ao
comentar
sobre o
projeto
de lei nº
5.080/2009
(nova
lei de
execução
fiscal),
em seu
discurso
de posse
(25/03),
afirmou
que
“se os
procuradores
insistirem
nessa
questão,
vamos
trabalhar
para
cassar a
inscrição
desses
advogados
públicos”.
Importante
lembrar,
de início,
que os
membros
da
Advocacia-Geral
da União
(AGU)
–
entre os
quais
estão
os
Procuradores
da
Fazenda
Nacional
–, ao
defenderem
ou
criticarem
o
referido
projeto,
apenas
exercem
suas
invioláveis
liberdades
de
expressão
e de
opinião.
Ainda
que
estivessem
a
praticar
qualquer
ato
violador
de sua
conduta
profissional,
a OAB não
possui
nenhum
poder de
correição
sobre os
procuradores,
posto
incumbir
exclusivamente
à AGU
tal
mister,
nos
exatos
termos
do art.
75, § 1º,
da
Medida
Provisória
nº
2.229-43/01,
reforçando-se
o caráter
inoportuno
e
desnecessário
de tais
declarações
públicas,
que não
condizem
com o
histórico
de
defesa
da
democracia
da OAB.
Em
relação
ao
projeto
de lei nº
5.080/2009
em si,
pretende
o mesmo
dar
efetividade
e
racionalidade
à
cobrança
de toda
a dívida
ativa da
União,
possibilitando
à AGU,
por meio
de sua
Procuradoria-Geral
da
Fazenda
Nacional,
o acesso
tempestivo
do
Estado
ao
patrimônio
dos
grandes
devedores
do país.
Sob os
valores
do
Estado
Democrático
de
Direito,
e diante
de uma
instituição
enquadrada
constitucionalmente
entre as
“Funções
Essenciais
à Justiça”
(a
exemplo
da AGU),
revela-se
incompreensível
e
inaceitável
a
pretensão
de
confundir
a
Advocacia-Geral
da União
com órgãos
da área
econômica
governamental,
responsáveis
pelas
políticas
tributárias
do país.
É
fato que
o atual
procedimento
de execução
dos créditos
públicos
da União,
muito além
de
sobrecarregar
desnecessariamente
o Poder
Judiciário
brasileiro
(prejudicando
o cidadão
que dele
precisa),
cria óbices
praticamente
intransponíveis
à
efetividade
da
cobrança,
refém
do
excesso
de
procedimentalismo
causado
pela
atual e
obrigatória
via
judicial,
oportunizando
a
corriqueira
fuga de
patrimônio
por
parte
dos
grandes
devedores
da
sociedade
brasileira,
única e
real
titular
da dívida
ativa da
União
(autêntico
patrimônio
público),
tornando
quase
deficitária
tal
atividade.
Com
o novo
processo
de execução
fiscal
previsto
no
projeto,
não há
se falar
em
“poder
de polícia”
por
parte do
“Leão”
ou da
“Receita
Federal”,
vez que
tal
atribuição
incumbirá
exclusivamente
a
Advocacia-Geral
da União
(de cuja
estrutura
interna
faz
parte a
Procuradoria-Geral
da
Fazenda
Nacional),
cujo
compromisso
maior
tem
sido, ao
longo de
sua
recente
história,
com a
defesa
das leis
e das
garantias
constitucionais.
Por
fim,
toda Lei
regularmente
aprovada
pelo
Congresso
Nacional
goza de
presunção
de
legitimidade
e
constitucionalidade,
devendo
ser
observada
por
todos
indistintamente,
e,
especialmente,
por
operadores
do
Direito.
A
UNAFE,
reiterando
seu
compromisso
na
defesa
das
prerrogativas
dos
advogados
públicos
federais,
espera
que as
manifestações
públicas
do
senhor
presidente
seccional
da
OAB-SP,
acerca
dos
debates
em torno
do novo
processo
de execução
fiscal,
doravante
possuam
caráter
respeitoso
e
elevado,
à
altura
da
importância
do tema
tratado
e da
dignidade
do cargo
público
exercido
pelos
membros
da
Advocacia-Geral
da União.
Fonte:
Conjur,
de
6/04/2010
CNMP
emite
nota técnica
contra a
projeto
de Maluf
para
punir
procuradores
O
CNMP
(Conselho
Nacional
do
Ministério
Público)
entregou
nesta
terça-feira
(6/4) ao
presidente
da Câmara,
deputado
Michel
Temer
(PMDB-SP),
nota técnica
contrária
à
aprovação
da
chamada
“Lei
Maluf”,
projeto
de lei
267/2007,
de
autoria
do
deputado
Paulo
Maluf,
que prevê
a
criminalização
de
membros
do MP
por
abuso na
proposição
de ações.
O
CNMP já
havia se
manifestado
sobre o
PL
267/2007
em
agosto
de 2007,
quando o
projeto
foi
apresentado.
A nova
nota técnica
do CNMP
reitera
os
argumentos
da
anterior
e
apresenta
novas
razões
contrárias
à
aprovação
do
projeto.
Aprovada
em reunião
extraordinária,
realizada
ontem à
noite, a
Nota Técnica
será
entregue
hoje, 6
de
abril,
às
11h30,
pessoalmente
por
todos os
14
conselheiros,
inclusive
o
presidente,
Roberto
Gurgel,
ao
presidente
da Câmara
dos
Deputados,
Michel
Temer.
Leia
a seguir
a íntegra
da Nota
Técnica:
NOTA
TÉCNICA
Nota
técnica
que
expede o
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público,
no exercício
das
competências
previstas
no art.
130-A,
§2º,
II, da
Constituição
Federal
e no
art. 19,
VI, do
seu
Regimento
Interno,
e nos
termos
da
deliberação
do
Colegiado,
reunido
em sessão
administrativa,
em 5 de
março
de 2010.
A
presente
Nota Técnica
reitera
posicionamento
contrário
do
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público
acerca
do
Projeto
de Lei
n.
265/2007,
de
autoria
do
Deputado
Paulo
Maluf,
que propõe
alterações
na Lei
4.717/65
(lei da
ação
popular),
na Lei
7.347/85
(lei da
ação
civil pública)
e na Lei
8.429/93
(lei da
improbidade
administrativa),
agregando
as
seguintes
razões
às já
apresentadas
em nota
técnica
emitida
em 09 de
agosto
de 2007.
1.
As
alterações
propostas,
uma vez
aprovadas,
a par de
ferirem
a
autonomia
do
Ministério
Público,
criando
situação
claramente
intimidatória
à atuação
de seus
membros
na
defesa
da
probidade
administrativa,
da
legalidade
e,
conseqüentemente,
da
sociedade
brasileira,
implicam
disciplinar,
como se
regras
fossem,
os
excessos
e abusos
praticados
por uma
minoria
de
membros
que,
como
exceções
que são,
vêm
sendo
tratados
rigorosamente
pela
atividade
fiscalizatória
exercida
por este
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público,
no exercício
de sua
função
constitucional
de
controle
externo
da
Instituição
e das
atividades
funcionais
de seus
membros.
2.
O
eventual
manejo
temerário
ou por má-fé
da ação
popular,
da ação
civil pública
e da ação
civil
por
improbidade
administrativa
já
encontra
na
legislação
processual
civil
disciplina
específica,
bem como
nas Leis
n.
4.171/65
e
7.347/85.
3.
A
pretensão
de
responsabilização
individual
do
membro,
inserida
no
referido
projeto,
a partir
da
identificação
subjetiva
de atuação
temerária,
de má-fé,
com
intenção
de promoção
pessoal
ou de
perseguição
política,
não se
pode
distanciar
das
garantias
do
devido
processo
legal,
que o
projeto
não
assegura,
ao
prever a
possibilidade
de
condenação
na própria
sentença
que
julga
improcedente
a ação,
sem que
o membro
do
Ministério
Público
ou
qualquer
legitimado
que a
subscreveu
tenha
sido
sequer
instado
a
defender-se
de tal
classificação
quanto
à sua
conduta.
4.
A situação
torna-se
mais
grave
quando
se
considera
que a
atuação
do
Ministério
Público
é
pautada
na
unidade
da
instituição,
sendo
absolutamente
comum
que o
membro
subscritor
da
inicial
não
seja o
responsável
pelo
posterior
impulso
da ação,
em razão
de promoção
ou
readequação
de
atribuições.
5.
Trata-se,
portanto,
de grave
violação
ao
devido
processo
legal e
à ampla
defesa.
6.
O
Congresso
Nacional
criou o
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público,
conferindo-lhe
competências
específicas
para
coibir
os
eventuais
abusos
no exercício
das
nobres
missões
institucionais
do
Ministério
Público.
Esta
atuação
já é
rotina
no âmbito
deste
Conselho,
onde vêm
sendo
instaurados,
processados
e
julgados,
sistematicamente,
sindicâncias,
processos
disciplinares
e revisões
de
processos
disciplinares,
com
sucessivas
punições,
nos
quais,
diferentemente
do que
permite
o
Projeto
de Lei
em referência,
garante-se
aos
membros
o
direito
de
defesa.
7.
Restaria
substancialmente
esvaziada
a competência
constitucional
deste
Conselho
caso o
referido
Projeto
de Lei
venha
lograr
aprovação.
8.
Necessário,
isto
sim, é
o
aprimoramento
do
instrumental
hoje à
disposição
dos órgãos
correicionais
e de
controle,
mediante
uniformização
legal
dos
procedimentos
disciplinares,
aumento,
mediante
lei, dos
prazos
prescricionais,
atribuindo-se
tratamento
único
à matéria
disciplinar
no âmbito
de todos
os ramos
do
Ministério
Público
Brasileiro,
inclusive
com
redimensionamento
das
penalidades
hoje
previstas.
9.
Para
tanto,
este
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público,
que vem
empreendendo
esforços
no
aprimoramento
de suas
atribuições
e da sua
gestão,
espera
contar
com a
confiança
deste
Congresso
Nacional.
10.
Em
conclusão,
o
Projeto
em análise
compromete
seriamente
a
liberdade
de ação
ministerial,
criando
obstáculos
à promoção
de
demandas
revestidas
de inequívoco
interesse
público.
Manejadas
majoritariamente
pelo
Ministério
Público,
tais ações
são
instrumentos
de
consolidação
do
Estado
Democrático
de
Direito.
A aprovação
do
Projeto
de Lei
referido
não
atende
ao
interesse
publico
e à
necessidade,
amplamente
reconhecida
pela
sociedade,
de reforço
dos
mecanismos
de
controle
dos atos
dos
agentes
públicos
e de
promoção
dos mais
relevantes
valores
da
cidadania.
Brasília,
6 de
abril de
2010.
ROBERTO
MONTEIRO
GURGEL
SANTOS
Presidente
do
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público
Fonte:
Última
Instância,
de
7/04/2010
Sai
lista de
precatórios
em SP
O
Estado
de São
Paulo
liberou,
no dia
31 de
março,
o
pagamento
de uma
nova
leva de
precatórios
para
credores
que
aguardam
montantes
de até
R$
18.641,43.
Porém,
a grana
está
bloqueada
até o
TJ-SP
(Tribunal
de Justiça
de São
Paulo)
criar um
novo
sistema
de
liberação
do
dinheiro
com base
nas
novas
regras
dos
precatórios.
Fonte:
Agora São
Paulo,
de
7/04/2010
Alberto
Goldman
toma
posse
como
governador
do
Estado
Tomou
posse na
Assembleia
paulista,
na tarde
desta
terça-feira,
6/4, no
cargo de
governador
do
Estado
de São
Paulo, o
governador
interino
Alberto
Goldman.
O novo
chefe do
Executivo
assume
na vacância
do cargo
pela renúncia
de José
Serra,
pré-candidato
à
Presidência
da República
pelo
PSDB. O
presidente
da
Assembleia,
deputado
Barros
Munhoz,
declarou
Goldman
empossado
no cargo
após
este
prestar
o
juramento
de
cumprir
as
constituições
federal
e
estadual
e as
leis.
Alberto
Goldman
fez
questão
de
ocupar a
tribuna
do plenário
Juscelino
Kubitschek
para
fazer
seu
primeiro
pronunciamento
oficial
à
frente
do
governo
paulista,
e
lembrou
que da
mesma
tribuna
proferiu
o
primeiro
discurso
de sua
vida política,
quando
eleito
deputado
estadual
em 1970.
Goldman
deverá
permanecer
no cargo
por nove
meses,
até o
encerramento
do
mandato.
O
governador
empossado
afirmou
ainda
que,
para
espanto
de
muitos,
não
disputará
sua
reeleição
ao
posto.
Ele também
se
comprometeu
a seguir
as
diretrizes
de seu
antecessor
para
administrar
o
Estado.
O
presidente
Barros
Munhoz
declarou-se
"emocionado
e
orgulhoso
em dar
posse a
alguém
com uma
carreira
política
brilhante
como
Alberto
Goldman".
Munhoz
afirmou
também
acompanhar
a trajetória
do
governador
desde
seu
primeiro
mandato
como
deputado
estadual
nesta
Assembleia,
destacando
a
transparência
e
seriedade
com que
Goldman
tem se
conduzido
como
homem público.
A
cerimônia
teve a
participação
do 1º
secretário
da Mesa
Diretora
da Casa,
deputado
Carlinhos
Almeida,
que leu
o termo
de
posse, e
do 2º
secretário
Aldo
Demarchi.
Estiveram
presentes
também
os líderes
partidários
e
parlamentares
com
assento
na
Assembleia.
O
ex-governador
Geraldo
Alckmin,
o
prefeito
Gilberto
Kassab,
secretários
do
Estado,
o
ex-governador
Orestes
Quércia,
os
presidentes
do
Tribunal
de Justiça,
Antonio
Carlos
Viana
Santos,
do
Tribunal
Eleitoral,
Walter
de
Almeida
Guilherme,
e do
Tribunal
de
Contas
do
Estado,
Fulvio
Julião
Biazzi,
o
presidente
da
OAB-SP,
Luiz
Borges
D"Urso,
o
senador
Roberto
Freire
(PPS) e
outras
autoridades
estaduais
e
nacionais
compareceram
à
solenidade.
Discurso
de posse
do
governador
Alberto
Goldman
"É
uma
honra
estar
aqui
nesta
mesma
tribuna
em que,
39 anos
atrás,
proferi
o
primeiro
discurso
da minha
vida política,
então
como
deputado
estadual,
para ser
agora
empossado
no cargo
de
governador
do
Estado
de São
Paulo.
Na época,
pouco após
o AI-5,
ápice
da
ditadura
militar,
quando
se
cassaram
centenas
de
mandatos
populares,
eu com
33 anos
de
idade,
pai de
três
filhos
pequenos,
ousara
ser
candidato
para
confrontá-la,
para
lutar
pelo
restabelecimento
do
Estado
de
Direito
Democrático.
Desse
ideal
nunca me
afastei.
Sinto
apenas a
ausência
dos meus
pais,
que
certamente
aqui
estariam
orgulhosos
para
verem
seu
filho
assumir
o
principal
cargo
político
do
Estado.
Humildes
imigrantes
judeu-poloneses
na década
de 30,
ele
vendedor
ambulante,
alfaiate
e depois
empresário
do setor
de
confecções,
encontraram
no
Brasil
um lugar
no mundo
para
viver,
criar a
família
e serem
felizes.
Ainda
recordo
o meu
pai
dizendo
"este
é o
melhor
país do
mundo".
Se
tivessem
ficado
na sua
terra
natal, a
Polônia,
teríamos
sido vítimas
do
holocausto,
que
vitimou
milhões
de
judeus e
outros
milhões
de cidadãos
do
mundo.
Não
posso
também
deixar
de
ressaltar
os
milhares
de
brasileiros
que, com
sua
luta,
vivos ou
mortos,
são
protagonistas
desse
momento.
Quero
fazê-los
representados
por um
simples
e
humilde
companheiro,
o
pernambucano
Amaro
Cavalcanti
de
Albuquerque,
coordenador
das
minhas
primeiras
campanhas,
um anônimo,
verdadeiro
filho do
Brasil.
Um homem
que,
rindo,
me
contava
que,
preso e
torturado
para que
me
delatasse
como um
"perigoso"
comunista,
dizia
aos
torturadores
que nada
sabia
das
minhas
ligações
políticas,
era
apenas
um
empregado
que
atuava
por que
estava
recebendo
um
"dinheirinho
daquele
judeu".
Não
posso
também
deixar
de
lembrar
e
homenagear
um
companheiro
de
jornadas,
Antonio
Reszk,
precocemente
falecido,
que foi
deputado
nesta
Casa,
homem
limpo,
dedicado
e
comprometido
com a
população.
Serão
quase
nove
meses de
governo
em que
tenho a
responsabilidade
de
continuar
o
trabalho
do mais
preparado
e
eficiente
homem público
que
conheci:
José
Serra.
Prossigo
a
realização
das
metas
que, por
ele, por
mim e
por toda
a nossa
equipe,
foram
firmadas
com a
população
de São
Paulo.
Com os
mesmos
conceitos
e os
mesmo
valores
que
marcaram
os últimos
três
anos e
três
meses do
nosso
governo.
Com o
mesmo
caráter
e a
mesma
obsessão
de
afirmar
a
vontade
popular.
Com o
mesmo
anseio
de
melhorar
a vida
do nosso
povo,
acabar
com a
miséria,
diminuir
as
desigualdades
e
construir
um mundo
melhor,
com mais
amor e
solidariedade
entre os
seres
humanos.
Este
sempre
foi o
meu
objetivo
na vida.
Desde os
bancos
escolares
em que,
como
simples
militante,
me
empenhei
na vida
política,
passando
pelos
dois
mandatos
de
deputado
estadual
e seis
mandatos
de
deputado
federal,
pelas
secretarias
de
Estado
que
exerci,
pelo
honroso
cargo de
ministro
de
Estado
dos
Transportes,
pelo
trabalho
de
vice-governador
desse
Estado,
em todos
eles
sempre
buscando
as
transformações
que eu
julgava
necessárias
para
melhorar
a vida
de nosso
povo.
Sem
qualquer
objetivo
de poder
ou de
riqueza.
Muitos
ficam
surpresos
pelo
fato de
eu não
desejar
disputar
o
governo
de São
Paulo, já
que a
candidatura
seria
natural
por eu
estar
exercendo
o cargo
e a
legislação
me
permitir
a reeleição.
Eu já
afirmava,
há
muito
tempo, a
minha
disposição
de não
disputar
qualquer
mandato
eletivo
neste
ano. É
uma
decisão
de vida
e uma
decisão
política
consciente
de que
outros
companheiros
também
podem
alcançar
os
mesmos
objetivos.
Entendo
que o
meu
papel no
momento
atual é
colocar
todas as
minhas
forças
para o
cumprimento
das
metas
desta
administração
e
contribuir
para a
eleição
dos
candidatos
do meu
partido
à
Presidência
e ao
governo
do
Estado,
sempre
nos
limites
da lei e
da ética,
pois
acredito
que o
exemplo
de
respeito
a elas
deve vir
dos que
exercem
os
cargos públicos
mais
importantes.
Os que não
acreditam
nas
palavras
dos políticos,
e mesmo
muitos
deles, não
acreditavam
que a
minha
decisão
fosse
para
valer.
Estou
provando
que é
possível
sermos
verdadeiros,
transparentes
e autênticos.
Terminado
o
mandato,
no fim
deste
ano, não
pretendo
uma
tranquila
aposentadoria.
Enquanto
eu tiver
forças
para
trabalhar,
pretendo
continuar
na vida
política,
ajudando
meu
Estado e
o meu país,
com a
consciência
de que
posso
colocar
minha
experiência
a serviço
do povo
brasileiro,
qualquer
que seja
a posição
e a
responsabilidade
que eu
assumir.
Devo
dizer
que sou
o mesmo
homem
que
desde 18
anos de
idade,
estudante
de
engenharia
na
Escola
Politécnica
da USP,
decidiu
exercer
a militância
política
com o
objetivo
de
transformar
a nossa
sociedade,
na busca
do ideal
de
igualdade
e de
fraternidade.
Apenas
mais
maduro,
mais
realista
e mais
experiente.
Mas com
a mesma
vontade,
a mesma
dedicação
e a
mesma
ousadia.
E ainda
com uma
sensibilidade
mais aguçada.
Tornei-me
mais
resistente
nos anos
em que
enfrentei
a
ditadura
militar.
Mais
flexível
quando
construímos
a transição
daquele
regime
para a
reconquista
da
democracia.
Mais
experiente
no exercício
de funções
executivas
no
Ministério
dos
Transportes
(onde
iniciei
o
processo
de
concessão
das
rodovias
federais)
e nas
secretarias
de
Administração
(onde
promovi
a
reforma
administrativa)
e, mais
recentemente,
na de
Desenvolvimento
do
Estado
(com o
programa
de
ampliação
das
ETECs,
escolas
técnicas
e
FATECs,
faculdades
de
tecnologia,
e a
modernização
do IPT)
e na
presidência
dos
Conselhos
de
Desestatização
e de
Parcerias
Público
Privadas
(com a
concessão
de
rodovias,
modernização
do
sistema
de trens
metropolitanos,
e
construção
de estações
de captação
e
tratamento
de água).
Tornei-me
mais
aguerrido
no exercício
do
mandato
de
deputado
federal,
presidindo
e
relatando
importantes
projetos
para o
desenvolvimento
do país
e, no
exercício
da
liderança
do PSDB
em 2005
na Câmara
dos
Deputados,
colocado
diante
de um
delicado
momento
da história
política
deste país:
o escândalo
do
mensalão.
Aliás,
devo
admitir:
continuo
intolerante
frente
ao
mau-caratismo,
a
mentira,
a
deslealdade
e a
corrupção.
Agora
me cabe
o
comando
do
Executivo
deste
Estado.
Continuarei
um
inconformado,
sempre
desejando
mais, ávido
por
fazer e
por
aprender,
para
construir
um
futuro
melhor,
com a
mesma
equipe
de
sucesso
do meu
antecessor,
estando
sempre
atento a
realizar
um
governo
honrado
e
eficaz.
Assim
como José
Serra,
acompanharei
a atuação
dos
nossos
servidores
públicos,
do mais
alto
escalão
até os
executores
das ações
mais
simples
- afinal
os
principais
responsáveis
pelo
sucesso
de nosso
governo
-
cobrando
o
cumprimento
dos
deveres
perante
o povo
paulista,
ajustando
aqui ou
ali o
que for
necessário,
incentivando
a
criatividade
e a
inovação,
uma das
marcas
mais
características
dessa
administração.
Vamos
continuar,
obsessivamente,
buscando
a
melhoria
na
qualidade
da educação,
o melhor
atendimento
médico,
uma
segurança
que
garanta
a
tranquilidade
do cidadão,
um
sistema
de trens
metropolitanos
de
qualidade,
enfim
melhorar
o quanto
possível
os serviços
públicos
postos
à
disposição
dos
paulistas.
Manterei
a
austeridade
fiscal,
no padrão
de Mario
Covas,
Geraldo
Alckmin
e José
Serra,
incentivando
os
investimentos,
não os
gastos
supérfluos.
É assim
que
vamos
garantir,
até o
final do
ano, o
maior
investimento
da história
de São
Paulo:
64 bilhões
de
reais.
Vamos
continuar
a usar o
planejamento
como
instrumento
eficaz
para
administrar
o
Estado.
Vamos
prepará-lo
para que
o próximo
governador,
seja ele
quem
for, em
respeito
à decisão
popular,
possa
recebê-lo
saudável
e pronto
para
continuar
os
projetos
e os
programas
em execução.
Mais do
que
isso,
vamos
planejar
o Estado
para a
próxima
década,
deixando
projetos
para que
os próximos
governos
tenham a
opção
de
realizá-los,
na forma
de sua
decisão
soberana,
sem
qualquer
perda de
tempo.
Temos
pressa.
O país
precisa
que
nosso
Estado
mantenha-se
aquecido,
dinâmico,
realizador,
líder
do
desenvolvimento
de uma
Nação
que
queremos
colocar
como uma
dentre
as
melhores
para a
vida dos
seres
humanos.
Precisamos
contar
sempre
com os
servidores
públicos
de nosso
Estado.
São
eles,
professores,
policiais,
trabalhadores
da saúde
e todos
os
demais,
instrumentos
do povo
paulista
para a
consecução
de suas
demandas.
Compreendemos
os
anseios
de
melhoria
salarial
e de
condições
de
trabalho.
Estaremos
sempre
prontos
a
dialogar
dentro
do nível
de
respeito
necessário
entre nós,
dirigentes
eleitos
pelo
povo, e
os
servidores.
Nunca
com
aqueles
que ameaçam
usar de
violência.
Nem
vamos
conciliar
com os
que
transformam
reivindicações
em
instrumento
político
com
finalidade
eleitoral.
Sabemos
que
todas as
despesas
de um
governo
tem de
ter a
receita
correspondente.
A arte
de nosso
ofício
é
distribuí-la
da forma
mais
justa
possível.
Salários
de
servidores,
livros
nas
escolas,
medicamentos
nos
hospitais,
trens de
metrô,
estações
de
tratamento
de
esgoto,
tudo
isso e
muito
mais são
essenciais
para a
vida dos
paulistas,
pelos
serviços
que são
prestados
e pela
geração
de
empregos
e renda
que
promovem.
Tudo
deve ser
avaliado
e
balanceado.
E
decidido
com
responsabilidade
e espírito
público.
Vamos
manter
com a
Assembleia
Legislativa
a relação
já
estabelecida
de
transparência
e
respeito.
Da mesma
forma
com o
nosso
Tribunal
de
Contas,
com o
nosso
Ministério
Público
e com a
Justiça
em nosso
Estado.
E o
mesmo
relacionamento
que tem
havido
com os
prefeitos
municipais
e com as
autoridades
do
governo
federal.
Obrigado,
companheiro
José
Serra e
obrigado
meu
partido,
o PSDB,
por
terem me
escolhido
para
vice-governador
e
darem-me
agora a
oportunidade
de
governar
esse
Estado.
Obrigado
a essa
maravilhosa
equipe
de
governo
e aos
servidores
de São
Paulo
que me
permitiram
aprender
cada vez
mais
para
poder
melhor
governar.
Obrigado
Deuzeni,
minha
mulher,
meus
filhos e
netos,
por
terem
suportado
tantos
anos de
ausências,
sempre
com
compreensão,
amor e
carinho.
E,
finalmente,
obrigado
povo de
São
Paulo
por nos
ter dado
a
oportunidade
de
colocar
a seu
serviço
a nossa
experiência
e a
nossa
vontade
de
trabalhar,
e por me
permitir
dar
ainda
mais um
pouco
daquilo
que
aprendi
em 72
anos de
vida e
mais de
50 anos
de militância
por um
Brasil
melhor."
Fonte:
site da
Alesp,
de
7/04/2010