TJSP
reafirma
decisão
e
mantém
pedágio
no
Rodoanel
Por
unanimidade,
o
Plenário
do
Órgão
Especial
do
Tribunal
de
Justiça
do
Estado
de
São
Paulo
(TJSP)
manteve,
na
tarde
desta
quarta-feira
(03.03.2010),
a
cobrança
de
pedágio
no
Rodoanel
Mário
Covas.
Os
desembargadores
paulistas
deram
razão
à
Procuradoria
Geral
do
Estado
(PGE)
na
Reclamação
dos
Autos
nº
994.09.228039-1
(0181993.0/2-00)
contra
a
decisão
da
5ª
Vara
da
Fazenda
Pública
(5ª
VFP)
da
Capital,
que
determinava
a
retomada
de
Liminar
anterior
que
ordenava
a
imediata
paralisação
dessa
cobrança.
O
Pleno
do
TJSP
apenas
reafirmou
decisão
anterior
do
próprio
Tribunal
que
já
havia
aceitado
o
Pedido
de
Suspensão
de
Liminar
nº
173.861.0/7
da
Fazenda
do
Estado
de
São
Paulo
(FESP)
e
da
Agência
Reguladora
dos
Serviços
Públicos
Delegados
de
Transporte
do
Estado
de
São
Paulo
(Artesp),
através
da
PGE.
O
procurador
geral
do
Estado,
Marcos
Fábio
de
Oliveira
Nusdeo,
fez
questão
de
acompanhar
pessoalmente
o
julgamento,
que
evitou
prejuízos
iminentes
ao
Tesouro
Paulista
e,
consequentemente,
a
toda
população
do
Estado.
Fonte:
site
da
PGE
SP,
de
3/03/2010
"Advogado
não
pode
passar
pela
porta
do
crime"
O
presidente
da
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil,
Ophir
Cavalcante,
afirmou
nesta
quarta-feira
(3/3)
que
a
Ordem
não
vai
permitir
que
um
bacharel
em
Direito
seja
admitido
na
carreira
da
advocacia
"pela
porta
do
crime".
No
último
domingo
(28/2),
um
candidato
que
fazia
a
Exame
de
Ordem,
em
Osasco
(SP),
foi
flagrado
com
respostas
das
questões.
O
fato
ocorreu
durante
a
aplicação
da
prova
de
Direito
Penal
da
segunda
fase
do
Exame
de
Ordem
Unificado
(2009.3).
A
divulgação
do
resultado
do
Exame
seria
feita
nesta
quarta-feira
(3/3).
"Para
se
tornar
advogado,
é
fundamental
que
ele
tenha
ética
e
competência.
Por
isso,
a
OAB
vai
ser
extremamente
rigorosa
na
apuração
desse
fato
lamentável
ocorrido
em
Osasco",
asseverou
Cavalcante.
De
acordo
com
o
presidente
da
OAB,
o
Exame
de
Ordem
é
essencial
para
que
toda
a
sociedade
tenha
certeza
quanto
à
qualidade
do
profissional
que
está
deixando
as
faculdades
e
ingressando
no
mercado,
uma
vez
que
o
profissional
da
advocacia
lida
com
direitos
importantes
dos
cidadãos:
o
patrimônio
e
a
liberdade.
Nesta
terça-feira
(2/3),
Ophir
entregou
ao
diretor-geral
em
exercício
do
Departamento
de
Polícia
Federal,
Luiz
Pontel
de
Souza,
notícia-crime
com
base
em
relato
recebido
da
Comissão
de
Exame
de
Ordem
da
OAB
da
seccional
São
Paulo,
de
irregularidade
na
aplicação
da
segunda
fase
da
prova
prático-profissional
de
Direito
Penal
do
Exame
de
Ordem.
Ophir
pediu
à
PF
a
apuração
urgente
dos
fatos
para
as
devidas
providências
pela
entidade.
O
presidente
solicitou
também,
que
o
Centro
de
Seleção
e
Promoção
de
Eventos
da
Universidade
de
Brasilia
(Cesp/UnB),
órgão
que
aplica
o
Exame
de
Ordem
no
país,
que
instaure
imediatamente
sindicância
para
apuração
interna
da
irregularidade.
A
OAB
de
São
Paulo
está
auxiliando
a
OAB
Federal
na
apuração
do
episódio.
De
acordo
com
a
seccional,
mais
de
23
mil
bacharéis
em
Direito
em
São
Paulo
se
inscrevem
para
fazer
o
Exame
de
Ordem.
Deles,
4.779
candidatos
foram
aprovados
para
a
segunda
fase.
Na
prova
prático-profissional,
o
candidato
deve
fazer
uma
redação
de
peça
jurídica
e
de
cinco
questões
práticas,
além
de
Direito
Penal,
também
inclui
provas
nas
áreas
de
Direito
Administrativo,
Direito
Civil,
Direito
Constitucional,
Direito
do
Trabalho,
Direito
Empresarial
e
Direito
Tributário.
Com
informações
da
Assessoria
de
Imprensa
da
OAB
Fonte:
Conjur,
de
3/03/2010
Estudo
de
ONG
aponta
lentidão
do
Supremo
O
Projeto
Meritíssimos,
lançado
ontem
pela
ONG
Transparência
Brasil,
sustenta
que
o
Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
não
é
célere
e
que
seus
ministros
estão
recebendo
menos
processos
por
ano,
mas
o
tempo
das
decisões
não
está
caindo
significativamente.
"O
STF
está
perdendo
eficiência",
afirma
relatório
de
30
páginas,
com
gráficos
e
quadros
comparativos
que
analisam
o
desempenho
dos
ministros
da
instância
máxima
do
Judiciário.
Segundo
o
documento
?
que
pode
ser
acessado
no
endereço
www.meritissimos.org.br
?,
o
STF
não
cumpriu
a
Meta
2
do
Conselho
Nacional
de
Justiça
(CNJ),
que
recomendou
julgamento
de
todos
os
processos
distribuídos
até
31
de
dezembro
de
2005.
O
congestionamento
geral
da
corte
atinge
92,3
mil
ações,
informa
o
estudo.
MAPEAMENTO
Oscila
o
tempo
médio
que
cada
ministro
gasta,
em
semanas,
para
decidir
sobre
recursos
de
agravos
de
instrumento.
Eros
Grau
leva
15
semanas,
Ellen
Gracie,
51,
Joaquim
Barbosa,
46.
O
mapeamento
mostra
que
Eros
mantém
em
seu
gabinete
764
agravos
para
exame,
Ellen
tem
3.811
e
Barbosa,
3.766.
Desde
1997
até
agora,
período
sob
análise,
1
milhão
de
processos
tramitaram
no
Supremo
?
94,5%
são
relativos
a
agravos
de
instrumento
e
recursos
extraordinários;
2,3%
são
habeas
corpus;
3,3%
reclamações,
mandados
de
segurança,
inquéritos
e
outros.
"Não
se
pretende
oferecer
explicações
a
respeito
de
por
que
os
números
comparativos
têm
esta
ou
aquela
característica,
mas
apenas
exibi-los",
assinala
Claudio
Weber
Abramo,
diretor
executivo
da
Transparência
e
idealizador
do
projeto,
financiado
pela
Fundação
Ford.
O
trabalho
não
alcança
tipos
nem
qualidade
de
decisões.
Não
aborda
por
que
os
indicadores
de
um
ministro
são
melhores
ou
piores
do
que
os
dos
outros.
"O
projeto
é
exclusivamente
voltado
ao
levantamento
e
análise
de
estatísticas
e
à
medida
de
tempos
de
tramitação",
observa
Abramo.
LIMPANDO
A
MESA
"A
ministra
Ellen
tem
sido
muito
lenta
nos
últimos
dois
anos,
como
também
o
ministro
Joaquim
Barbosa,
cujos
números
são
muito
ruins",
ressalta
o
executivo.
"Já
Eros
Grau
tem
sido
bastante
veloz
nos
últimos
dois
anos,
mas
não
desde
que
foi
investido
no
cargo.
Como
vai
se
aposentar
em
agosto,
talvez
ele
esteja
limpando
sua
escrivaninha
e
resolvendo
os
processos."
O
ministro
Gilmar
Mendes
não
foi
avaliado
porque,
na
condição
de
presidente
do
STF
nos
últimos
dois
anos,
não
recebe
recursos
para
analisar,
exceto
habeas
corpus.
Desde
2006,
registra-se
redução
gradual
da
quantidade
de
agravos
e
de
extraordinários
que
ingressaram
na
corte.
Em
2009,
o
montante
dessas
duas
classes
sobre
o
total
geral
de
processos
distribuídos
caiu
em
76%,
o
que
se
deve
à
adoção
da
Repercussão
Geral
?
decisões
que
abrangem
famílias
de
recursos
que
usam
argumentos
idênticos.
A
queda
do
congestionamento
tem
sido
quase
três
vezes
menor
do
que
a
taxa
de
redução
de
ingresso
de
novas
ações.
"O
STF
não
tem
como
avaliar
os
dados
estatísticos,
mas
a
própria
divulgação
dá
conta
que
o
levantamento
foi
feito
a
partir
de
informações
públicas
disponibilizadas
por
iniciativa
da
corte",
esclareceu
a
Secretaria
de
Comunicação
do
Supremo.
"Não
há
porque
duvidar
da
veracidade
dos
números."
Para
a
secretaria,
"talvez
tenha
havido
um
erro
de
interpretação"
na
avaliação
de
que
o
STF
está
menos
eficiente
no
item
redução
do
volume
de
recursos
extraordinários.
"Um
único
recurso
julgado
pelos
ministros
pode
resolver
simultaneamente
até
100
mil
controvérsias",
anota
a
secretaria.
"O
STF
está
mais
eficiente
do
que
antes
da
Repercussão
Geral.
O
Supremo
é
um
tribunal
mais
eficiente."
Fonte:
Estado
de
S.
Paulo,
de
4/03/2010
Após
4
meses,
lojas
ignoram
Lei
da
Entrega
A
véspera
do
casamento
de
Márcio
Imazaki,
32,
foi
marcada
pela
espera
-não
só
da
cerimônia,
mas
também
da
entrega
de
uma
cama
que
não
chegou
naquele
dia
-nem
a
tempo
da
noite
de
núpcias.
O
problema
poderia
ter
sido
evitado
caso
a
Copel,
onde
ele
comprou
o
móvel,
tivesse
obedecido
a
Lei
da
Entrega,
que
estabelece
que
as
empresas
são
obrigadas
a
oferecer
datas
e
turnos
específicos
para
entregas
e
realização
de
serviços.
Ontem,
o
Procon
de
São
Paulo
multou
47
lojas
-incluindo
duas
da
Copel-
por
descumprimento
da
lei,
aprovada
no
ano
passado,
no
governo
Serra.
Ela
obriga
as
lojas
a
combinarem
o
dia
de
entrega
e
dizerem
se
ela
será
feita
no
turno
da
manhã
(7h
às
12h),
tarde
(12h
às
18h)
ou
noite
(18h
às
23h).
Fica
proibido
dizer
que
o
produto
chegará
em
um
prazo
de
"até
quatro
dias",
por
exemplo,
ou
em
"horário
comercial".
Cerca
de
28%
das
164
vistoriadas
pelo
Procon
desrespeitaram
a
lei.
Na
lista
das
autuadas,
estão
unidades
das
Casas
Bahia,
da
Fast
Shop
e
da
Telhanorte,
além
de
nove
lojas
virtuais,
como
a
do
Extra,
a
da
livraria
Saraiva
e
a
do
Submarino.
Os
principais
motivos
das
multas
foram
a
falta
de
informação
sobre
datas
ou
turnos
da
entrega
e
o
não
cumprimento
do
horário
e
dia
combinados.
Pela
lei,
a
multa
das
autuações
pode
ir
de
R$
212
a
R$
3,2
milhões.
O
Procon
não
divulgou
valores,
mas
diz
que
nenhuma
atingiu
o
valor
máximo.
"Tem
isso?
Eu
nem
sabia
que
eu
podia
escolher
[a
data
e
o
turno
de
entrega]",
diz
o
propagandista
Hugo
Pereira,
32.
Em
12
de
fevereiro,
ele
comprou
um
aparelho
de
som
para
a
filha
de
seis
anos
pelo
Submarino.
Não
recebeu
da
empresa
opções
de
data
e,
uma
semana
depois,
o
aparelho
foi
deixado
na
portaria
do
prédio
dele,
com
defeito.
Até
hoje
espera
a
troca.
"Eu
moro
sozinho.
Poderia
ter
me
programado
para
receber
e
conferido
se
o
aparelho
de
som
estava
funcionando",
diz.
Além
de
ajudar
nesses
casos,
a
legislação
também
pretende
acabar
com
o
jogo
de
gato
e
rato
entre
o
entregador
e
o
consumidor.
Foi
o
que
aconteceu
com
o
recém-casado
Márcio.
A
Copel
marcou
dois
dias
de
entrega.
Em
ambos,
não
apareceu.
Em
um
sábado,
quando
ele
não
estava
em
casa,
o
caminhão
finalmente
chegou.
"Não
tive
como
receber.
Eles
não
tinham
nem
avisado
que
iriam".
Irritado,
cancelou
o
pedido
e
foi
comprar
em
um
concorrente.
Essa
é
a
segunda
operação
que
o
órgão
faz
depois
da
lei.
Na
primeira,
65%
das
lojas
vistoriadas
descumpriam
a
legislação.
"O
número
diminuiu,
mas
as
empresas
permanecem
com
essa
política
de
não
fixar
datas.
A
gente
quer
evitar
que
o
cliente
fique
o
dia
inteiro
esperando
um
produto
que
não
chega",
diz
Roberto
Pfeiffer,
diretor-executivo
do
Procon-SP.
Fonte:
Folha
de
S.
Paulo,
de
4/03/2010