STJ
só tem competência para processar governador em matéria
penal
Falha
tentativa de o Instituto Ponto de Equilíbrio Elo Social
Brasil, instituição sem fins lucrativos e com sede em
São Paulo, notificar o governador do Amazonas. A Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
confirmou o entendimento de seu vice-presidente,
ministro Francisco Peçanha Martins, de que o tribunal não
tem competência para processar simples notificação
judicial, sem conseqüências jurídicas.
Foram
apresentadas 28 petições no STJ visando notificar
todos os governadores de estado e o do Distrito Federal
sobre projetos sociais. Aquela instituição, criada em
1998, promove o movimento "Passando o Brasil a
limpo" por meio do "Elo Social" e está
implantando os projetos em parceria com o governo
federal.
O
objetivo da notificação, segundo informou o presidente
da entidade, Jomateleno Teixeira, é dar igualdade de
oportunidade aos governadores para incluir seu estado no
programa de construção da barreira social, "para
que não possa, futuramente, alegar ignorância sobre
este verdadeiro movimento e revolução social". Os
governadores devem se manifestar por escrito.
Segundo
esclarece a instituição, a implantação dos projetos
é custeada pela iniciativa privada e a manutenção se
dá por geração de renda própria, patrocínios e convênios
com órgãos federais, estados e municípios. O programa
prevê a implantação da delegacia social do cidadão
com vistas ao fortalecimento da família, de centros de
ressocialização e profissionalização Ponto de Equilíbrio,
por meio do qual pretende criar mais de um milhão de
empregos, e a realização de cursos vivenciais e
profissionalizantes para a construção de colégios em
bairros carentes.
Essas
petições foram distribuídas a vários ministros
integrantes da Corte Especial do STJ, que estão
analisando a questão, todas tiveram o mesmo desfecho,
sendo encaminhadas aos tribunais estaduais.
No
caso da petição relativa ao Estado do Amazonas, o
ministro Peçanha Martins, relator do caso, já havia
negado seguimento ao pedido. A questão foi apreciada
pela Corte Especial devido a um agravo regimental
apresentado pela entidade. O recurso, contudo, foi
rejeitado pelos ministros. Isso porque o STJ é
incompetente para apreciar pedido de notificação
judicial que se pretende fazer ao governador do Estado
do Amazonas, por não se tratar de hipótese prevista no
artigo 105, inciso I, da Constituição Federal de 1988.
A
igual conclusão chegou o ministro Aldir Passarinho
Junior, ao rejeitar pedido semelhante em relação aos
governadores de Pernambuco e Acre. Conforme destaca o
ministro, o STJ só tem competência para processar ações
contra governadores em matéria criminal.
Fonte:
STJ
CCJ pode votar projeto sobre súmula vinculante
A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ)
pode votar nesta manhã o Projeto de Lei 6636/06, da
Comissão Especial Mista da Reforma do Judiciário, que
disciplina a edição, a revisão e o cancelamento da súmula
vinculante pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O
projeto estabelece, por exemplo, que a decisão sobre a
aprovação ou rejeição de súmula vinculante só será
tomada se estiverem presentes na sessão pelo menos 8
dos 11 ministros do STF.
O
relator, deputado Maurício Rands (PT-PE), recomenda a
aprovação da proposta.
Fonte:
Câmara dos deputados
Arrecadação
de ICMS em julho tem queda de 3% em relação ao mês de
junho
A
arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo alcançou
no mês de julho o montante de R$3,292 bilhões,
indicando queda de 3% em relação ao mês de junho de
2006 e aumento de 5,3% sobre julho de 2005. Os valores
estão deflacionados pelo IGP-DI.
Já
a Receita Tributária, composta pela arrecadação do
ICMS, IPVA, ITCMD e outras taxas, somou o total de R$
3,627 bilhões em julho.
Fonte:
Secretaria da Fazenda
Conselho
prioriza celeridade da Justiça
O
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que completou um
ano em junho, parte para uma segunda etapa de atuação
na qual terá como foco a redução da morosidade do
Judiciário. No primeiro ano de atividades, o CNJ
trabalhou para solucionar problemas do Judiciário, tais
como o nepotismo, o recesso forense e a promoção dos
juízes. Mas agora, conforme o conselheiro do órgão,
Alexandre de Moraes, todos os esforços serão voltados
para aumentar a celeridade e atacar a demora dos
julgamentos. "Para a população, o que importa é
o processo andar rapidamente", diz.
Segundo
ele, serão desenvolvidas três frentes de atuação.
Uma refere-se aos juizados especiais. O
coordenador-geral do CNJ, Sérgio Tejada, afirma que o
conselho quer incentivar as transações e acordos entre
as partes, principalmente nas ações dos juizados que
envolvem temas já pacíficos. "Estamos conversando
com as empresas de telefonia e a Federação Brasileira
de Bancos (Febraban)", diz. Processos envolvendo
bancos e telefônicas são os mais representativos nos
juizados. Há também uma frente que estuda propostas
para reduzir os prazos internos dos tribunais e outra
que acompanha projetos no Congresso.
Para
o ministro Antônio de Pádua Ribeiro, membro do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor-geral
do CNJ, a população recebeu de forma positiva o CNJ.
Como demonstração da confiança, o ministro cita o
fato de que 55% dos processos encaminhados ao conselho
terem como destino a corregedoria. Do total de 1.741
processos, 951 tiveram foram para a corregedoria, que já
julgou ou decidiu, em definitivo, 669 do total recebido,
ou seja, cerca de 85% dos processos.
Fonte: Valor Econômico, de 02/08/2006